Recomenda que 2/3 do prato sejam preenchidos com alimentos considerados “anticâncer” ricos em fibras
Luís Alberto Alves/Hourpress
Oncologista do HCor Onco explica que uma dieta pobre em nutrientes é responsável por cerca de 30% dos cânceres; estudos evidenciam a diminuição de risco de diferentes tipos de cânceres com uma alimentação saudável e equilibrada
Falar sobre câncer na atualidade significa tratar de um problema de saúde pública em todo o mundo. Nesse contexto, questões como prevenção e detecção precoce se tornam primordiais, principalmente quando se considera que 30% das mortes por câncer, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), são causadas por fatores de risco modificáveis, como obesidade, alimentação inadequada, inatividade física, tabagismo e uso abusivo de álcool.
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA) e o Ministério da Saúde (MS) estimam a ocorrência de cerca de 600 mil casos novos de câncer no Brasil. O número preciso da estimativa é de 582.590 casos novos de câncer: 282.450 em mulheres e 300.140 em homens. O estudo abrange o biênio 2018-2019 e as estimativas para o ano que vem são as mesmas de 2018.
De acordo com o oncologista do HCor, a alimentação tem um papel fundamental na prevenção do câncer. “Determinados fatores da dieta, como ingestão de alimentos processados e gordurosos, são responsáveis por aproximadamente 30% dos cânceres em países desenvolvidos e 20% nos países em desenvolvimento”, explicou.
Fatores protetores dos alimentos: o objetivo de prevenir o câncer atrai pesquisadores para estudar a sua quimioprevenção, que visa intervir precocemente em estágios pré-cancerosos, inibindo, retardando ou revertendo a doença. Diversos estudos evidenciam a diminuição de risco de diferentes tipos de cânceres com uma alimentação saudável. “Sabemos que uma dieta balanceada, desde os primeiros anos de vida, à base de frutas, legumes, grãos integrais, por exemplo, ajuda a prevenir metade das mortes por doenças cardiovasculares e 1/3 das causas por câncer”, alertou.
O American Institute for Cancer Research (AICR), um dos mais importantes institutos de pesquisa sobre o câncer dos Estados Unidos, recomenda que 2/3 do prato sejam preenchidos com alimentos considerados “anticâncer” ricos em fibras, vitaminas, minerais e antioxidantes, como grãos integrais, leguminosas, vegetais e muitas frutas, que trazem diversos benefícios à saúde das células e do organismo como um todo.
Os campeões “anticâncer”
De acordo com Dr. Del Giglio, o ponto chave de uma dieta “anticâncer” é a sinergia de compostos que trabalham em conjunto no organismo para oferecer proteção para as células saudáveis contra o desenvolvimento do câncer. Há uma extensa lista de alimentos considerados “anticâncer”. Confira alguns e inclua em sua dieta diária:
Frutas e vegetais: maça, uva, brócolis, couve, e outros vegetais folhosos verde-escuros ajudam na proteção para os cânceres de pulmão, cólon, mama, próstata, boca e estômago;
Fibras: arroz integral, abóbora, chia, aveia crua são protetoras para o câncer do intestino grosso;
Legumes e grãos: tomate, feijões, ervilhas, lentilhas ajudam na prevenção do câncer de estômago e pâncreas.
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