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segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Desmistificando a Hérnia de Disco



 Luís Alberto Alves
Mal recorrente na população adulta, cerca de 30% das dores na coluna
podem se tornar crônicas – com maior intensidade e duração. Entre as causas mais
comuns, está a Hérnia de Disco. Advinda de uma fissura no disco intervertebral,
é resultado da má postura, de exercícios ou movimentos bruscos, que pressiona
os nervos da região e gera dor.

“Entre cada corpo vertebral, há um disco intervertebral, cuja função é amortecer e garantir a mobilidade da coluna em diversas direções. A hérnia é uma projeção do disco além do limite do corpo vertebral, uma espécie de massa de modelar seca que, ao mobilizar, perde sua integridade - ao contrário de uma massa nova, úmida, que podemos trabalhar em várias direções sem desmanchar”, explica a dra. Juliana Barcellos, Coordenadora Científica do Comitê de Dor e Movimento  da Sociedade Brasileira para Estudo da Dor (SBED).

A fisioterapeuta alerta que uma quantidade significativa da população adulta sofre de hérnia de disco e aponta possíveis fatores, como o avanço da idade e a perda de água na composição corporal associada ao envelhecimento, deformidades, lesões, sedentarismo e fatores genéticos. Esforços físicos, sedentarismo e sobrepeso também podem ocasionar o evento.

Os sintomas que englobam o quadro são: enfraquecimentos dos membros ou sensação de formigamento, dores intensas na região afetada da coluna ou nos nervos. Para identificá-la, o médico realiza um exame físico ou analisa o histórico clínico do paciente.

A fisioterapia é muito recorrente e está entre os tratamentos disponíveis, pois recupera os movimentos perdidos devido à hérnia. “Facilitar esses movimentos e recuperar a função da coluna são importantes para controlar a dor”, reforça dra. Juliana. Alternativas terapêuticas incluem hidroterapia, Pilates, Eletroterapia, RPG e exercícios aeróbicos.

É preciso, ainda, melhorar os hábitos alimentares, a hidratação, o sono e combater o sedentarismo. Em última instância, se a hérnia estiver em um local crítico e em estado comprometedor, a cirurgia é recomendada. “É preciso desmistificar a hérnia de disco, pois os pacientes costumam se assustar com o nome antes de saber o que significa. Indicamos mapear a dor e observar suas causas, pois, muitas vezes, estão associadas a outros fatores que precisam de correção”, conclui.

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