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sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Economia: Meninas; cuidado com empréstimo de 13º à família e amigos



Redação

A chegada do 13º salário pode deixar qualquer pessoa eufórica, não é mesmo? Em tempos de crise, para muitos trabalhadores, o dinheiro extra já tem uma destino mesmo antes de cair na conta: quitar as dívidas. Assim como você, quem está precisando de um empréstimo com urgência, ficará tão ansioso quanto você quanto à data de entrada do seu benefício.
Para o economista e doutor em empreendedorismo da IBE-Fundação Getúlio Vargas, Paulo Ferreira Barbosa, o pedido de empréstimo do 13º pode vir de parentes e amigos muito próximos, que conhecem seu estilo de vida e supõem quanto você ganha. Dessa observação, ele dá a primeira dica: “É importante ser mais discreta, dar menos detalhes sobre seus gastosplanos financeiros“, afirmou.
Barbosa ressalta também a importância de colocar suas necessidades em primeiro lugar, mesmo acima da vontade de ajudar alguém. “Ainda que você não tenha dívidas para pagar e não tenha pensado no que fazer com seu dinheiro, não significa que ele está disponível. Ele é seu”. E aconselha: “Neste momento, o ideal é pedir um tempo para refletir quanto as suas prioridades e da sua família também. Você pode não estar precisando na hora, mas seus pais, marido ou filhos talvez precisem”.
De fato, para familiares muito próximos é quase impossível dizer não quando conhecemos seus problemas e suas necessidades. Mas é preciso também estudar o histórico de dívidas de qualquer pessoa antes de decidir fazer o empréstimo. “Se o banco ou uma financeira avalia o cliente antes de fechar negócio, você também pode fazer isso. Mesmo que esteja fazendo de forma informal”, explicou Barbosa.
O especialista recomenda fazer uma avaliação dos antecedentes do indivíduo que está pedindo o dinheiro, começando por qual sua maior dívida. Ele já pediu empréstimos informais outras vezes? Tem muitas pendências de pagamentos de cartão de crédito ou em negociações com o banco?
Outro critério fundamental é a proximidade que você tem com a pessoa que pede ajuda e a frequência com que a vê ou se comunica com ela. Jamais empreste para aquele parente que mora longe ou para colega que acaba de conhecer, fica mais difícil cobrar e ainda mais fácil de ser enrolada. Além disso, conversando com alguém realmente próximo, você terá liberdade – e todo o direito – de perguntar até mesmo a quantia exata que essa pessoa precisa. “Muitas vezes o valor necessário é só a metade do seu 13º salário, mas estão pedindo o valor completo”, disse Barbosa.
Por fim, não se esqueça também de estabelecer uma data de devolução da quantia emprestada. Se facilitar a negociação, escolha receber em prestações e deixe claro que contará com este valor mensalmente. “É uma forma de fazer com que valorizem o seu dinheiro e assumam a responsabilidade de pagar, pensando em não prejudicar você, que está emprestando”, afirmou Barbosa.


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