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terça-feira, 27 de outubro de 2015

Radiografia de Sampa: Rua Jaceguai


Luís Alberto Alves

 Arthur Silveira da Motta Jaceguai, barão e almirante, nasceu em São Paulo em 1842. Em 1858 se alistou na armada como aspirante. Promovido a guarda-marinha em 1860, embarcou na fragata Constituição, fazendo a sua primeira viagem transoceânica, servindo no seu regresso da Europa, nas corvetas Baiana. Foi 2º tenente em 1862, professor de hidrografia em 1863, 1º tenente em 1865 e seguiu para a esquadra em operações contra as forças paraguaias de Lopez. 

 Assistiu à rendição uruguaia (1865). Serviu na comissão que procedeu ao reconhecimento hidrográfico do Alto Paraná, sendo elogiado na ordem do dia. A bordo do navio de guerra Apa, participou da luta entre esse navio e uma chata inimiga, que durou de 24 a 28 de março de 1866. Tomou parte no combate contra o forte de Itapiru, servindo na transmissão de ordens arriscando serviço que tornou a prestar em 01 de abril no ataque de Itapiru. 

 No bloqueio do rio Paraguai, quando os navios brasileiros eram tenazmente hostilizados por Lopez, assinalou-se a sua atividade, distinguindo-se nos ataques contra os fortes de Curuzu, de 01 a 03 de setembro, e de Curupaiti.

 Em 1867 passou para o comando do couraçado Barroco, notabilizando-se novamente na passagem pelas baterias de Curupaiti (agosto de 1867). Em 1868 foi promovido a capitão de fragata por serviços de guerra. Em ordem do dia, mais uma vez foi elogiado pelos atos praticados na repulsão da abordagem dada pelos paraguaios contra o navio de seu comando na madrugada de 09 de julho de 1868. 

 D. Pedro II assinou um decreto concedendo-lhe uma pensão anual. Comandou a corveta Amazonas e a Vidal de Negueiros. Em 1869, já capitão de mar e guerra, passou a comandar a corveta Niterói, na viagem de instrução ao Cabo da Boa Esperança e Montevidéu. Em 1879 foi como enviado extraordinário e ministro plenipotenciário em missão especial à China. 

 Promovido a chefe de esquadra em 1884 e a comandante em chefe da esquadra em manobras, composta de 15 vasos. Nessa mesma data foi agraciado com o título de barão. Em 1872 realizou do Rio de Janeiro a Lisboa mais uma viagem de instrução, voltando a Europa em 1874, afim de visitar os vários estabelecimentos de construção naval, estudando o uso e o emprego da artilharia e torpedo, indo também aos Estados Unidos. 

 Em maio desse mesmo ano, foi a Inglaterra, encarregado de fiscalizar o assentamento da artilharia no navio Independência e comprar artilharia para as corvetas Parnaiba e Guanabara. Apresentou um estudo sobre a organização administrativa e militar da marinha da Itália, e um trabalho sobre arsenais e estabelecimentos técnicos do império Austro-Húngaro.

  Membro efetivo do conselho naval (1878), foi nomeado diretor da Biblioteca e Museu da Marinha 1896, e em 1900 foi reintegrado no serviço da armada no posto de vice-almirante, e nomeado diretor da Escola Naval, e promovido a almirante em 1902. As obras mais importantes que escreveu foram: "Marinha dos Estados Unidos", "Marinha Argentina", "Quatro séculos de atividade marítima", "O desastre de Canudos", "De aspirante a almirante". Morreu em 1914. A Rua Jaceguai (foto) fica na Bela Vista, Centro de SP.

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