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quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Economia: Lava Jato, simulações mostram que sistema financeiro poderia absorver calote



  • Brasília
Kelly Oliveira – Repórter da Agência Brasil
O sistema financeiro teria condições de absorver impactos de um default (calote) das empresas envolvidas na Operação Lava Jato, como construtoras e empreiteiras. O Banco Central (BC) fez simulações de calote para fazer essa análise, publicada no Relatório de Estabilidade Financeira, divulgado hoje (1º).
“Mesmo com o elevado grau de conservadorismo, as simulações realizadas indicam que o sistema financeiro teria condições de absorver os impactos de default das empresas mais vulneráveis citadas na Lava Jato e seu respectivo contágio, incluindo o inadimplemento de empresas fornecedoras e dos seus funcionários”, diz o BC, no relatório.
Segundo o BC, embora com rentabilidade bastante afetada, nenhuma instituição financeira ficaria insolvente. Na análise das empresas mais vulneráveis, o impacto geraria a necessidade de capital adicional no total de R$ 130 milhões.
O BC diz ainda que mesmo ampliando a hipótese de default para todas as empresas citadas na operação, seus respectivos grupos, rede de conexões e funcionários, o sistema financeiro continuaria mostrando alta resistência, com nenhuma instituição insolvente. Nesse caso, a necessidade adicional de capital seria de R$ 3,4 bilhões.
Na apresentação do relatório, o diretor de Fiscalização do BC, Anthero Meirelles, disse que não foi feita uma simulação de quebra da Petrobras, mas das empresas e grupos econômicos envolvidos na investigação da Operação Lava Jato
Meirelles disse ainda que as simulações são de situações extremas para tentar identificar potenciais riscos, mas o BC não acredita que vão realmente acontecer. Ele acrescentou que as empresas são parte de grupos grandes, com muitos ativos e negócios fora da cadeia de óleo e gás.

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