Redação
A presidente da nova CPI (Comissão Parlamentar
de Inquérito) dos Crimes Cibernéticos, deputada Mariana Carvalho (PSDB-RO),
adiantou que a comissão deve ir além dos crimes financeiros praticados pela
internet, investigando outros tipos de violações como a pedofilia e os ataques
à privacidade das pessoas.
A deputada foi eleita para a
presidência da CPI nesta terça-feira (11) e indicou o deputado Esperidião Amin
(PR-SC) como relator.
Originalmente, a CPI foi requerida para
investigar o desvio de recursos de correntistas bancários e o tráfico de
pessoas por meio da internet. Mas o deputado Jean Wyllys (Psol-RJ) lembrou
outros tipos de crimes: "É fundamental que esta CPI enfrente os crimes
virtuais de ataque à honra, a destruição de reputações, a difamação, a apologia
à pedofilia, a homofobia, esses crimes.
É
importante que a CPI enfrente isso também, que a gente não se preocupe só com
as perdas bancárias, financeiras, das pessoas ricas, das pessoas com posses.
Que a gente proteja o cidadão que está plugado. A gente não pode esquecer que
no Guarujá uma mulher foi linchada até a morte por causa de boato que circulava
na internet."
A deputada Mariana Carvalho comentou
que os crimes também são mais frequentes no Brasil porque o País é um dos
campeões mundiais no uso da internet. "Dos internautas que ficam na rede,
o Brasil está disparado. Dobra a média de 356. Nós atingimos mais de 750
minutos por dia de acesso à internet."
Quadrilha
Em setembro de 2014, uma operação da Polícia Federal desarticulou uma quadrilha suspeita de desviar pela internet mais de R$ 2 milhões de correntistas de vários bancos. Além disso, um relatório da Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos apontou um crescimento nas denúncias envolvendo páginas na internet suspeitas de tráfico de pessoas.
Também foram eleitos nesta terça para a mesa do
colegiado os deputados Leo de Brito (PT-AC), 1º vice-presidente; Marco
Feliciano (PSC-SP), 2º vice; e João Arruda (PMDB-PR), 3º vice.
Nenhum comentário:
Postar um comentário