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segunda-feira, 13 de julho de 2015

Variedades: Tudo Por Amor ao Cinema estréia no final de julho








Redação

Conhecido por sua atuação na divulgação e preservação do cinema brasileiro e latino-americano, o amazonense Cosme Alves Netto teve uma história de amor e dedicação à sétima arte. Cosme chegou ao Rio na década de 50 para estudar, formando-se em Comunicação Social e Filosofia. Em agosto de 1964 assumiu a Cinemateca do MAM onde permaneceu por mais de 30 anos, transformando a instituição em um espaço de manifestação e guarda clandestina de filmes perseguidos pela ditadura.

  Tudo Por Amor ao Cinema mostra depoimentos de familiares e amigos de longa data. Entre eles, grandes nomes do cinema brasileiro como Eduardo Coutinho, Cacá Diegues, Walter Carvalho, Vladimir Carvalho, Nelson Pereira dos Santos, Jurandyr Noronha, Oswaldo Caldeira, Silvio Tendler, Orlando Senna, Geraldo Moraes e Andrea Tonacci, relatam quem foi Cosme. O documentário foi rodado no Brasil (São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Brasília e Manaus),  Havana (Cuba) e Lisboa (Portugal).

 Ao todo,  o filme conta com 34 entrevistas, fragmentos de cenas de 70 filmes e um vasto arquivo pessoal de imagens e objetos cuidadosamente escolhidos pelo diretor para contar a trajetória desse ilustre guardião, o qual dedicou sua vida a proteger obras cinematográficas, inclusive guardando-as clandestinamente e, por causa disso, foi preso e torturado por duas vezes (1964 e 1969) durante a ditadura.

 Nada melhor para contar a vida de um cinéfilo de carteirinha do que fazer jus ao que ele mais amava. O documentário tem como recurso trechos de diferentes filmes entre um depoimento ou outro, tornando Tudo Por Amor Ao Cinema uma grande homenagem a quem “fez de seus filmes, a história de sua vida”.

 Tudo Por Amor ao Cinema abriu a  19º edição do Festival Internacional É Tudo Verdade, no Rio de Janeiro, com exibição também em São Paulo. Desde então, vem participando de importantes festivais na América Latina, como o 36º Festival Internacional do Novo Cinema Latino-Americano, em Havana-Cuba e o 33º Festival Internacional de Cinema do Uruguai. No Brasil, teve sua participação no 47º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, além do 9ª CINEOP - Mostra de Cinema de Ouro Preto, aonde abriu a mostra e foi homenageado.



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