Redação
Festa popular que tem a cara do
Brasil, o Carnaval transforma o dia a dia das cidades e das pessoas, num grande
movimento de alegria e diversão. Nas ruas ou nos clubes, a palavra de ordem é
uma só: brincar e se divertir até o final. No entanto, após as comemorações,
vem a dor de cabeça. De acordo com uma pesquisa da
Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), cerca de um terço dos jovens dizem
não usar preservativo nunca ou quase nunca, comportamento que, sem dúvida, se
intensifica nessas épocas festivas.
A campanha de 2015 do Ministério da Saúde
reforça o conceito da prevenção, combinando camisinha, testagem e tratamento.
Com o slogan#PartiuTeste, a iniciativa visa conscientizar a população
para se prevenir contra o vírus da Aid, usar camisinha, fazer o teste e, se der
positivo, começar logo o tratamento. O teste pode ser realizado em
qualquer posto de saúde e quando diagnosticado até 72 horas depois da relação
desprotegida pode ser quase inativado com um tratamento de um mês.
Dados da pesquisa PCAP (Pesquisa de
Conhecimentos, Atitudes e Práticas na População Brasileira) indicam que 94% dos
brasileiros sabe que a camisinha é melhor forma de prevenção às DST e aids.
Mesmo assim, 45% da população sexualmente ativa do País não usou preservativo
nas relações sexuais casuais nos últimos 12 meses.
Com o avanço da medicina, a esperança para
aqueles que já têm o vírus também evoluíram. Uma
nova terapia com células-tronco pode ser uma grande aliada no combate à doença.
Pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, descobriram
que células-tronco modificadas geneticamente podem atacar células infectadas
pelo HIV em organismos vivos.
Para chegar a essa conclusão, os
investigadores modificaram células-tronco humanas do sangue e descobriram que
elas podem formar células T maduras (linfócitos), que tem o potencial de atacar
o HIV nos tecidos onde o vírus reside e se reproduz.
O estudo foi feito em um roedor, espécie
animal na qual a infecção pelo HIV se assemelha à doença e sua progressão em
seres humanos. Em uma série de testes realizados duas e seis semanas após a
introdução das células modificadas, os pesquisadores descobriram que o número
de células CD4 "ajudantes" das células T, que se esgotam durante a
infecção pelo HIV, aumentou, enquanto os níveis de HIV no sangue diminuíram.
Para o hematologista e diretor técnico da Criogênesis, Dr. Nelson Tatsui,
estes resultados, extremamente
positivos, podem
levar a novas abordagens para o tratamento da doença. “As perspectivas da medicina
regenerativa são enormes. Há de se considerar que a ciência está em constante
evolução e, certamente, ainda há muito a descobrir. O fato é que as
células-tronco já salvam muitas vidas”, complementou.
Ainda segundo o especialista, o armazenamento
das células-tronco pode também beneficiar parentes próximos, principalmente
irmãos. Outro ponto positivo é que as células-tronco do cordão umbilical são
adultas e livres de impurezas, o que garante ainda mais eficiência em seu uso
na área terapêutica. “As células, após a coleta, são avaliadas e armazenadas,
podendo ficar congeladas por longos períodos sem que haja a perda de suas
propriedades terapêuticas. Para se ter uma ideia, existem bolsas de sangue de
cordão congeladas há mais de 20 anos”, finalizou.
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