Filme aborda a vida de um jovem na busca pelo afeto |
Redação
AUSÊNCIA, o segundo filme de ficção de Chico Teixeira,
acaba de ser selecionado para ir à capital da Alemanha, para a 36ª Mostra
Panorama do 65º Festival de Berlim, que começa em 5 de fevereiro. A Mostra, que
dá espaço para produções independentes, conta com estreias mundiais ou
europeias todos os anos.
O filme
narra a história de Serginho, um jovem em busca de afeto, que aos 15 anos,
procura um lugar para si num mundo que lhe obrigou a crescer antes do tempo. As
circunstâncias o tornaram o homem da casa, responsável pela mãe (Gilda Nomacce)
e pelo irmão pequeno. Num momento de transição, ele sente falta de um amor de
verdade, de perspectiva profissional, de carinho. Ele se desdobra para suprir
tantas ausências e quase sempre consegue. Até chegar um momento em que tudo
entorna, tudo transborda. Serginho quer mais dos seus amigos, pais, do chefe,
do professor Ney (Irandhir Santos), e do seu futuro.
O
longa-metragem é uma coprodução Brasil/Chile/França. Esta é a segunda parceria
entre a BossaNovaFilms e a Chilena Wood Producciones. Anteriormente, produziram
juntos “Violeta foi para o Céu”, melhor filme em Sundance 2012, estrelado por
Francisca Gavilán, que em Ausência interpreta
Ivone, a mulher do mágico.
No Festival
do Rio 2014, o filme recebeu o Prêmio Especial do Júri e o Troféu Redentor de
Melhor Ator (Matheus Fagundes). Foi a produção mais premiada no Fest Aruanda
2014, depois de passar pela 38ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo.
PRÊMIOS
· Cine en Construcción no Art
Cinema CICAE em Toulouse 2014;
· Prêmio Especial do Júri no Festival do Rio 2014;
· Melhor Ator (Matheus Fagundes) no Festival do Rio
2014;
· Prêmio da Crítica (Abraccine) no Fest Aruanda
2014;
· Melhor Direção (Chico Teixeira) no Fest Aruanda
2014;
· Melhor Ator (Matheus Fagundes) no Fest Aruanda
2014;
· Melhor Roteiro (Chico Teixeira, Cesar Turim e
Sabina Anzuategui) no Fest Aruanda 2014.
SOBRE CHICO TEIXEIRA
Com uma
narrativa que se aproxima do documental, Chico Teixeira tem cada vez mais
procurado em seus filmes histórias que retratam conflitos interiores e
familiares. É na ansiedade de seus personagens e em seus desejos não realizados
que o cineasta se concentra. Seu universo é um mundo verossímil e popular em
que capta a intensidade das relações humanas em meio a uma vida simples,
tornando-a singular.
O cineasta
começou sua carreira dirigindo documentários, sempre com temas que tivessem uma estranheza.
Possui em seu currículo os documentários “Criaturas que nasciam em segredo”
(1995), “Carrego Comigo” (2000), selecionados e premiados em diversos festivais
em todo o mundo. Sua primeira ficção, “A Casa de Alice” (2007), estreou na
Berlinale, na Mostra Panorama de 2007, e o projetou internacionalmente, com
participação em mais de 60 festivais internacionais, onde recebeu 33 prêmios.
Agora, o diretor volta à Berlim com Ausência, seu segundo
longa de ficção, premiado no Festival do Rio 2014 e no Fest Aruanda 2014.
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