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As vendas de smartphones chegaram a 13,3 milhões |
Luís
Alberto Alves
A IDC Brasil, líder em inteligência de
mercado, serviços de consultoria e conferências com as indústrias de
Tecnologia da Informação e Telecomunicações, divulga os dados consolidados
do mercado de celulares no Brasil no 2º trimestre de 2014. De acordo com o
estudo Mobile Phone Tracker Q2, foram vendidos 17.9 milhões de aparelhos
entre os meses de abril e junho, sendo 13.3 milhões de smartphones (75%) e
4.6 milhões de feature phones (25%). Na comparação com o mesmo período do
ano passado, houve aumento de 22% nas vendas de smartphones e queda de 16%
nas vendas de feature phones.
"O resultado do segundo trimestre
para smartphones ficou acima da nossa previsão e representa um recorde de
vendas não só no Brasil, mas no mundo inteiro. É a primeira vez que o País entra
nesse patamar de 13 milhões e o mundo ultrapassa a marca de 300 milhões de
smartphones vendidos. A expectativa é o bom momento persistir e um novo
recorde ser batido nos próximos dois trimestres de 2014", afirmou o
analista de mercado da IDC Brasil, Leonardo Munin.
Os dados confirmam que a instabilidade
vista em outros segmentos da TI e o baixo crescimento da economia não
afetaram a categoria de smartphones. Para o analista da IDC Brasil, existem
quatro fatores que explicam o momento: aumento do portfólio de produtos
aliado à queda nos preços por parte dos fabricantes, um maior investimento
dos canais em cima desta categoria – principalmente o varejista, a inclusão
deste dispositivo na MP do Bem e a prorrogação da isenção de impostos para
smartphones por parte do governo, e o fator principal que é o usuário com
um desejo cada vez maior em estar conectado de onde ele estiver.
Dos aparelhos vendidos no 2º trimestre,
mais de 90% são Android e o ticket médio ficou em R$ 700.
Leonardo Munin não acredita no fim dos
celulares sem sistema operacional, porém, ressalta que cada vez menos
modelos estarão disponíveis no varejo nos próximos anos. Para 2018, por
exemplo, a IDC Brasil projeta que essa categoria de dispositivo não chegue
a 5% do volume total do mercado. Até o final do ano, a previsão é que 3/4
das vendas sejam de smartphones e apenas 1/4 de feature phones.
Para ele, a chegada de produtos com preços
mais atrativos e com configuração mais potente está acelerando a migração
de feature phones para smartphones. A título de comparação, em 2013, dos
celulares vendidos 53% eram smartphones e 47% feature phones. Para esse
ano, a projeção é de 75% de smartphones e 25% de feature phones.
Historicamente, as vendas de smartphones no Brasil sempre vinham atrás da
média da América Latina e mundial. “Desde o terceiro trimestre de 2013, no
entanto, ocorre uma inversão e hoje a participação de smartphones no
mercado de celulares no Brasil é maior tanto da média da região como da
média mundial”, afirma o analista.
Segundo o analista da IDC Brasil, o
smartphone com tela acima de 5 polegadas, o chamado phablet, também já caiu
no gosto dos brasileiros. "Os aparelhos inteligentes estão se tornando
cada vez mais um 'computador de bolso' e, quanto maior a tela, mais cômodo
é para o usuário navegar pela internet, ler conteúdos, assistir vídeos e
jogar”. A tendência dos phablets pode ser confirmada pelo crescimento das
vendas: 128 mil aparelhos em 2012, cerca de 2.2 milhões em 2013 e, para
2014, a expectativa é que as vendas cheguem perto dos 5 milhões de
dispositivos.
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