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sexta-feira, 25 de julho de 2014

Geral: Hepatite não tratada pode virar câncer de fígado



A Hepatite não tratada se transforma em câncer do fígado

Redação

 Desde 2004, a OMS (Organização Mundial de Saúde) celebra a data 28 de julho como o Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais. A partir disso o Brasil realiza várias ações integradas de prevenção e controle nos níveis de gestão SUS para o enfrentamento das hepatites virais. Para a Sociedade Brasileira de Patologia, as principais preocupações com a Hepatite é o desenvolvimento de cirrose hepática e do câncer de fígado.

 “As duas grandes causas de cirrose e de câncer de fígado em todo o mundo atual são infecções virais como hepatites C e B ou as doenças gordurosas do fígado, sejam elas decorrentes de etilismo ou de distúrbios metabólicos associados à obesidade e/ou a diabete”, comentou o médico professor Venâncio Avancini Ferreira Alves, membro da Sociedade Brasileira de Patologia e Professor Titular do Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

 Segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde ), o câncer de fígado é um dos mais comuns entre homens com 7,5% do total de casos entre o sexo masculino. É também um dos que mais matam, devido ao diagnóstico tardio ou dificuldade no tratamento.

 A prevenção da hepatite é uma medida valiosa na prevenção deste tipo de câncer. No caso da hepatite B, já há vacina disponível. Na hepatite C ainda não há vacinação, mas há medidas preventivas eficientes à triagem realizada nos Bancos de Sangue e Derivados, reduzindo a níveis mínimos a transmissão por transfusões.

 Atualmente, a principal causa de transmissão parenteral é a partilha de agulhas por usuários de drogas injetáveis, não sendo frequente relativamente a transmissão em relações sexuais. Nos casos de hepatites crônicas já instaladas, o tratamento antiviral ao eliminar os vírus e reduzir a evolução do dano arquitetural para cirrose é a medida mais importante para a prevenção de possível surgimento do carcinoma de fígado.

 Tanto nas causas virais como nas demais doenças crônicas do fígado, ao ser constatada a cirrose, é fundamental a prevenção e tratamento das complicações próprias da cirrose, como o desenvolvimento de varizes venosas, ascite e insuficiência hepática, causadoras de muitas mortes.

 Além destes cuidados e do tratamento eficiente da doença original, a grande esperança reside na vigilância para detecção precoce do câncer do fígado, já efetuada em alguns dos principais centros especializados, com avaliação clínica e ultrassonografia repetida a cada seis meses. Grande esforço precisa ser feito para que estas medidas sejam estendidas para toda a comunidade de pacientes infectados pelos vírus das hepatites.


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