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 A
    organização filantrópica americana, Howard G Buffett Foundation fechou um
    acordo de US$ 23,7 milhões para um projeto de combate à caça de
    rinocerontes no Parque Nacional Kruger, onde é localizada a maior
    concentração da espécie no mundo, na África do Sul. 
 
 Os
    fundos serão destinados para a criação de uma zona de proteção intensiva no
    parque, equipada com um sofisticado sistema de detecção e rastreamento em
    solo e aéreo, unidades caninas de elite, equipes treinadas de longa
    distância e sistemas de inteligência e monitoramento para manter os
    caçadores distantes. 
 
 "Será
    o melhor sistema de controle de parques do continente. Uma oportunidade
    única para testar novas tecnologias que podem ajudar na preservação de
    rinocerontes", afirmou Buffett, um dos investidores da iniciativa de
    proteção. 
 
 Com
    cerca de 20 mil quilômetros de extensão, o Kruger é o parque mais simbólico
    da África do Sul, e habitat para mais de 40% dos rinocerontes ainda vivos
    no mundo. Com uma crescente demanda por extração de chifres, 1.383 animais
    foram mortos desde janeiro de 2010, parte dos 2.368 rinocerontes mortos no
    país nos últimos anos. Em algumas áreas do continente, populações inteiras
    de rinocerontes já foram eliminadas. 
 
 O
    projeto, anunciado na capital Johanesburgo, será coordenado pelo Nature
    Conservation Trust em parceria com a secretaria nacional de parque
    (SANParks), responsável pelo sistema de reservas naturais. 
 
 A caça
    aos rinocerontes no Kruger é motivada por redes criminosas em Moçambique,
    África do Sul e Leste da Ásia, mas há evidência de grupos de milícia
    armados em outros locais da África que recebem investimentos ilegais para a
    extração do chifre do animal. A nova zona de proteção do parque será zona
    de teste para táticas contra a caça ilegal em outras regiões africanas. 
 
"Ao mesmo tempo em que o mundo abre suas
    fronteiras e facilita a viagem entre países, os crimes internacionais
    também aumentam", afirmou em nota Edna Molewa, Ministra do Meio
    Ambiente da África do Sul. "É uma triste realidade de que certos
    crimes como o comércio ilegal de animais silvestres, podem ser parcialmente
    atribuídos ao desenvolvimento moderno e economias em ascensão". | 
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