Um dos artigos visa punir com penas mais pesadas manifestantes máscarados depredando patrimônio nas ruas |
Luís
Alberto Alves
O governo vai encaminhar na
próxima semana, à Câmara dos Deputados, o projeto que regulamenta as
manifestações populares, segundo informou na quarta-feira (5) o ministro da
Justiça, José Eduardo Cardozo. Ele acrescentou que a proposta vai ser
apresentada em regime de urgência constitucional.
"Estamos neste momento,
Ministério da Justiça e Casa Civil, nos aspectos finais da iniciativa. Acredito
que, no início da semana que vem, nós já encaminharemos ao Congresso Nacional o
[projeto de lei em] regime de urgência constitucional", disse.
Como já havia sido divulgado pelo
governo, o projeto prevê o endurecimento das penas aplicadas aos condenados por
crimes previstos no Código Penal que forem cometidos durante protestos. Também
prevê a proibição do uso de máscaras e a necessidade de prévia comunicação de
atos ou reuniões públicas.
Cardozo não deu mais detalhes
sobre as sanções, mas classificou o projeto como equilibrado e disse que a
iniciativa não pode ser confundida com uma tentativa de limitar o direito à
liberdade de expressão ou de reunião. "O projeto vai ser bastante
equilibrado. Ele vai partir daquilo que a Constituição já diz, seja do ponto de
vista da vedação do anonimato, seja do ponto de vista da comunicação para a
realização de manifestações", disse.
Votação
No início de fevereiro, o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves, propôs aos líderes partidários a análise pelo Plenário, e em urgência, de todos os projetos que tratam de violência em manifestações. Um levantamento da área técnica da Casa apontou a existência de dez propostas que tratam de temas como uso de máscaras e de armas de fogo em manifestações, entre outros.
No início de fevereiro, o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves, propôs aos líderes partidários a análise pelo Plenário, e em urgência, de todos os projetos que tratam de violência em manifestações. Um levantamento da área técnica da Casa apontou a existência de dez propostas que tratam de temas como uso de máscaras e de armas de fogo em manifestações, entre outros.
Já tramitam na Câmara outros seis
projetos do Executivo com regime de urgência constitucional, todos trancando a
pauta de votações do Plenário. O primeiro da fila é o do marco civil da
internet (PL 2.126/11).
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