Trabalhar
meio período ou à distância (Home Office) é o sonho de muitos
profissionais, principalmente das grandes cidades brasileiras. Alguns
buscam fugir do trânsito, outros querem ter mais tempo para as suas
atividades pessoais. Na verdade, o que todos querem é ter mais qualidade de
vida pessoal e profissional. O Home Office é uma realidade recente no dia a
dia de muitas empresas, e vem crescendo em todo o mundo, inclusive no
Brasil, onde a legislação não favorece essa atividade.
De acordo com o Top Employers
Institute, empresa que pesquisa e certifica as práticas de RH de maior
relevância, em todo o mundo, 15% das companhias brasileiras instituíram o
Home Office para os seus colaboradores; em 2013 esse índice era de 6%. O
número ainda é baixo se comparamos com outros países. O Reino Unido, por
exemplo, tem um dos mais elevados índices, com 65%, seguido pela Holanda,
com 60% e de 58% na Alemanha, segundo o mesmo estudo.
Outros dados desta pesquisa apontam
que por aqui 45% das empresas têm práticas de trabalho com tempo flexível,
já a média mundial é de 77%. Essa prática, porém, tem dois lados da moeda.
Será que o trabalhador remoto é visto de forma igual ao que está presente
diariamente no escritório? Segundo os pesquisadores Kimberly Elsbach e
Daniel Cable, da Universidade da Califórnia e da London Business School,
respectivamente, a resposta é não! Quem trabalha de casa tem menos chances
de ser promovido, de acordo com o estudo que eles realizaram por mais de 10
anos.
Eles concluíram que os trabalhadores
presenciais são mais lembrados entre os grupos que cumprem seus horários e
os que excedem suas jornadas. Assim, o tempo que a pessoa passa no
escritório afeta a sua avaliação, facilitando futuras promoções. Quando se
trata de uma pessoa que cumpre seu horário de trabalho, os diretores foram
9% mais propensos a dizer que era confiável e responsável. Quando se
menciona um colaborador que excede o tempo de trabalho, o índice de
valorização sobe para 25%.
O SAS, uma das empresas certificadas
como Top Employers Brasil 14, é uma das companhias que incentivam seus
colaboradores a trabalhar de forma remota. "Os nossos funcionários
possuem ferramentas, como notebook e celular, que possibilitam o home
office. O SAS preza pelo equilíbrio entre trabalho e vida pessoal e essa
prática é mais uma ferramenta que ratifica a nossa cultura", afirma
Tato Athanase, gerente de RH da empresa.
Para Fabiane Panaro, responsável
pela Top Employers no Brasil, essa mudança de perfil mostra que as empresas
brasileiras estão se moldando ao novo trabalhador, às novas realidades da
sociedade e do mercado de trabalho. "As tecnologias estão aproximando
as pessoas, ao mesmo tempo em que o trânsito e os custos de locomoção
dificultam os trajetos das pessoas. Assim as empresas estão encontrando
meios de seguirem produzindo, mantendo o colaborador ativo e alinhado com a
companhia", finalizou Panaro.
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