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sábado, 4 de janeiro de 2014

Túnel do Tempo: Cartunismo perde Henfil

Henfil publicou vários livros


Luís Alberto Caju

Transfusão mata cartunista: No dia 4 de janeiro de 1988 morria o cartunista Henfil (Henrique de Sousa Filho), 43 anos, por ter contraído o vírus causador da Aids em transfusão de sangue. Desenhista, jornalista e escritor, especializou-se em ilustração e produção de histórias em quadrinhos.

 Em 1965, aos 21 anos, começou a produzir caricaturas políticas no jornal Diário de Minas. Em 1967 criou charges esportivas no Jornal dos Sports, do Rio de Janeiro, colaborou nas revistas Visão, Realidade, Placar e O Cruzeiro.

 A partir de 1969 foi para os jornais O Pasquim e Jornal do Brasil, tornando seus personagens muito conhecidos em todo o Brasil. No ano seguinte lançou a revista Os Fradinhos. Sua marca registrada era um desenho humorístico político, crítico e satírico, com personagens tipicamente brasileiros.

  Anos depois foi tratar da saúde nos Estados Unidos (era hemofílico). Nos dois anos que ali passou, escreveu o livro Diário de um Cucaracha. Na volta ao Brasil trabalhou no programa TV Mulher, exibido pela Rede Globo, ao lado de Marília Gabriela e da então socióloga Marta Suplicy, no final da década de 1970.

 Como escritor publicou os seguintes livros: Hiroshima, meu humor (1976), Diário de um Cucaracha (1976), Dez em humor (coletânea, 1984), Diretas Já (1984), Henfil na China (1980), Fradim de Libertação (1984) e Como se faz humor político (1984).

 Henfil notabilizou-se pelo posicionamento político, por causa do engajamento na resistência à ditadura militar no Brasil, de 1964 a 1985, lutando pela democratização do País, pela anistia aos presos políticos e pelas Diretas Já. Era irmão do sociólogo Betinho, citado na música “O Bêbado e a Equilibrista”, autoria de João Bosco e Aldir Blanc, gravado por Elis Regina, no verso que fala do “irmão do Henfil”.

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