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quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

Artigo: Consumo de drogas e álcool tem efeitos nocivos sobre o aparelho cardiovascular



SBC reforça as consequências geradas pelo uso excessivo dessas substâncias, em especial ao coração

Redação/Hourpress

O Dia Nacional de Combate às Drogas e ao Alcoolismo, celebrado em 20 de fevereiro, alerta sobre o perigo dessas substâncias no organismo e a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) reforça que elas podem ter importante papel negativo sobre o aparelho cardiovascular.

Pesquisas já confirmaram o aumento no consumo de álcool e drogas provocado pelo isolamento social, durante a pandemia do novo coronavírus. Estudo da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), por exemplo, reportou que 35% dos entrevistados com idades entre 30 e 39 anos relataram ter ampliado o número de ocasiões em que consumiram mais de cinco doses de álcool. Como resultado, a Organização Mundial da Saúde (OMS) chegou a recomendar que os países limitassem a venda de bebidas alcoólicas no período.

A OMS considera que a dependência em drogas lícitas ou ilícitas é uma doença. O uso indevido de substâncias como álcool, cigarro, crack e cocaína é um problema de saúde pública de ordem internacional que preocupa nações do mundo inteiro, pois afeta valores culturais, sociais, econômicos e políticos.

“Tanto a cocaína, como outras drogas ilícitas, ou a própria cannabis têm efeitos importantes sobre o aparelho cardiovascular e podem promover descarga de adrenalina, na verdade uma forte atuação das catecolaminas, entre as quais se destaca a noradrenalina, que pode levar à elevação da pressão arterial, aumentar o consumo de oxigênio por parte das células cardíacas, causar arritmias, levar à oclusão das artérias coronárias. Esses medicamentos podem fazer uma forte constrição dos vasos levando ao infarto e, muitas vezes, à parada cardíaca, tanto é que uma das causas de infarto em jovens é a utilização de cocaína”, fala o diretor de Promoção de Saúde da SBC, José Francisco Kerr Saraiva.

O Ministério da Saúde adverte que o consumo da cocaína em grande parte dos usuários aumenta progressivamente, sendo necessário consumir maiores quantidades da substância para atingir o efeito desejado. No Brasil, essa é a substância mais utilizada pelos usuários de drogas injetáveis. Muitas dessas pessoas compartilham agulhas e seringas e expõem-se ao contágio de outras doenças, como hepatite e aids.

Todos os fármacos considerados ilícitos, encabeçados pela cocaína, podem trazer transtornos cardíacos desde simples elevações da pressão arterial até arritmias graves com parada cardíaca, infarto e destruição das células cardíacas. O uso dessa droga é a principal causa de infarto do miocárdio, especialmente nos jovens, que ao não valorizarem os sintomas e não procurarem assistência médica, aumentam ainda mais o risco de desenvolver transtornos cardíacos.

O álcool também tem efeitos tóxicos, diretos e indiretos, sobre o coração. Indiretos, pois pode trazer alterações lipídicas na composição dos lipídios sanguíneos, com aumento principalmente dos triglicérides, o que, a longo prazo, pode levar a uma alteração pró heterogênica, culminando com a degeneração dos vasos. Em doses elevadas também pode causar arritmias e dano cardíaco.

“Concluímos que drogas ilícitas, particularmente a cocaína e seus derivados, possuem profundos efeitos sobre o coração e o próprio álcool em excesso pode trazer uma série de transtornos. A maioria das pessoas acham que álcool só agride o fígado, quando, na verdade, ele pode provocar alterações cardiovasculares diretas ou indiretas, elevando, portanto, o risco cardiovascular. Na realidade não existe prova de que a longo prazo a utilização de álcool, em doses leves ou moderadas, possa trazer dano. Obviamente que não podemos estereotipar essa frase e sabemos que há predisposição genética e outros fatores que podem influenciar”, ressalta Saraiva.

Para o diretor de Promoção de Saúde da SBC, uma lata de cerveja ou um cálice de vinho para uma pessoa pode simplesmente causar um efeito de prazer, mas outras podem ficar alcoolizadas, tudo vai depender do hábito de consumo e de outros fatores.

O que não foi provado, em países que têm consumo de álcool em doses baixas ou moderadas, é que ele possa ser nocivo para o aparelho cardiovascular, pelo contrário, estudos observacionais realizados na França mostram que o consumo de vinho pode ter um efeito protetor, isso foi demonstrado e tem sido proposto.

“Isso jamais nos angariaria a prescrever álcool no sentido de proteção, porque ainda que em doses baixas pode trazer transtornos para o fígado, desencadeando hepatite, cirrose e isso acaba sendo um problema que muitas vezes é um caminho sem volta”, garante Saraiva.

O álcool também acaba sendo um fator de risco adicional nos indivíduos que são diabéticos. Ele pode, inclusive, alterar os valores glicêmicos, mas, acima de tudo, contribui na alteração de lipídios e, particularmente, de triglicérides.

“Não é que o consumo de álcool seja proibido, mas deve ser feito com cuidado e nunca em excesso e o diabético tem de fazer esse controle para que o prazer não se torne um problema. O mais importante é que as drogas ilícitas, principalmente as que estimulam a produção de catecolaminas ou que simulam as catecolaminas do organismo, podem trazer diversos problemas cardíacos. Está comprovado que o álcool em excesso acaba sendo um fator de risco também para trazer alterações no coração. O consumo pode acontecer desde que seja em doses baixas e esses conceitos não se aplicam ao fígado”, revela Saraiva.

Sobre prevenção, o Ministério da Saúde diz que é muito difícil convencer alguém a não fazer algo que lhe dê prazer; drogas e álcool, antes de qualquer outra coisa, oferecem prazer imediato, e por causarem dependência física, psicológica e síndrome de abstinência são de difícil tratamento. As ações preventivas devem ser planejadas e direcionadas para o desenvolvimento humano, o incentivo à educação, à prática de esportes, à cultura, ao lazer e à socialização do conhecimento sobre drogas, com embasamento científico.

Geral: Falta de chuvas pressiona Sistema Cantareira em São Paulo

 


Reservatórios mantêm-se em níveis inferiores ao necessário


Agência Brasil 

Cartilha divulgada hoje (18) pelo Consórcio Intermunicipal das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ) sobre o fato de a redução da média histórica de chuvas nos últimos anos ter mantido os reservatórios do Sistema Cantareira em níveis abaixo do necessário. Segundo o consórcio, desde a crise hídrica de 2014, o armazenamento de água no sistema não voltou aos níveis seguros para evitar desabastecimento.

O Sistema Cantareira é o maior manancial da Região Metropolitana de São Paulo, com capacidade de 973,9 bilhões de litros de água, e abastece diretamente 10 milhões de pessoas.

“O recomendado é que, após o período das chuvas mais intensas, entre os meses de março e abril, os níveis de armazenamento do Sistema Cantareira estejam no mínimo na ordem de 75%” ressalta o texto da cartilha. Em 2020, o volume nos reservatórios nessa época do ano correspondia a 64,6% do total e nos anos anteriores havia sido ainda menor.

Isso acontece porque desde 2017 as chuvas nas cabeceiras dos rios que abastecem o sistema têm ficado abaixo dos 1,5 mil milímetros anuais, média histórica antes da crise hídrica. Em 2020, choveu 23,2% menos do que o esperado.

“Em 2021 o Sistema Cantareira adentrou o ano com apenas 36% de reservação de água e com baixa expectativa de recomposição de seu volume até março/abril, quando deverá atingir seu volume de reservação máxima”, alerta a cartilha.

O consórcio alerta ainda que a região metropolitana tem crescimento populacional constante e já sofre com eventos climáticos extremos, como a estiagem de 2014, ligados às alterações do clima no mundo. “Desde então [crise hídrica], o sistema não se recuperou completamente, fato que evidencia o reflexo da incidência dos eventos climáticos extremos e do comportamento das chuvas, que tem ocorrido em menor volume na região”.

Previsões

O consórcio traçou quatro possíveis cenários para este ano. Na previsão mais otimista, os reservatórios do Cantareira encerrariam o ano com 44,2% da capacidade útil. Na pior previsão, o sistema teria apenas 18,4% do volume útil total no fim do ano.

“Não teremos falta de água nas Bacias PCJ para o ano de 2021, porém, novamente não atingiremos os níveis recomendados de armazenamento de água, fato que nos apresenta um sinal de alerta principalmente pela baixa incidência de chuvas constatadas nos últimos anos”, avalia o consórcio.

Recomendações

Para manter a segurança hídrica na região, o consórcio recomenda uma série de políticas que permitam mais armazenamento de água e melhor uso do recurso. Entre as medidas sugeridas, estão os parques alagáveis e piscinões ecológicos que além de reduzir o impacto de inundações, permitem o armazenamento de água.

O consórcio também aponta como ação efetiva incentivos do Poder Público para que residências e empresas tenham cisternas para armazenar água da chuva, destinada a usos menos nobres, como limpeza de piso e rega de jardim.

Geral: Rio Branco decreta situação de emergência por causa da cheia do Rio Acre

 

Por causa das chuvas mais de 13 mil pessoas foram afetadas


Agência Brasil 


Marcos Santos

A cheia do Rio Acre já prejudica ao menos 13,7 mil pessoas em Rio Branco (AC). Cerca de 200 pessoas tiveram que ser levadas para abrigos provisórios. O transbordamento do rio – o segundo registrado este mês – já atingiu pelo menos 2,9 mil residências de 24 bairros da capital, agravando a crise sanitária decorrente da pandemia do novo coronavírus (covid-19) e o surto de dengue que a cidade já vinha enfrentando.

Anteontem (16) à noite, o prefeito Tião Bocalom decretou situação de emergência. O decreto permite ao Poder Público agilizar a aquisição de produtos e serviços necessários ao atendimento às populações afetadas, permitindo à prefeitura contratar serviços temporários e efetuar compras consideradas essenciais sem precisar de licitação. Além disso, o reconhecimento da gravidade da situação possibilita aos gestores municipais pedir recursos emergenciais aos governos estaduais e federal para ações de assistência e de restabelecimento e manutenção de serviços essenciais.

Até a noite desta terça-feira, ao menos 24 bairros de Rio Branco já tinham sido afetados pela cheia do rio. Segundo o coordenador da Defesa Civil, Cláudio Falcão, ao menos 2.740 residências foram atingidas. “É uma situação grave que justifica a decretação de situação de emergência pela inundação do Rio Acre”.

A prefeitura montou “módulos habitacionais” provisórios dentro do Parque de Exposições Wildy Viana, onde algumas famílias desabrigadas começaram a ser instaladas ontem à tarde. 

Conforme o Boletim de Alerta Hidrológico da Bacia do Rio Acre, do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), no fim da tarde de ontem o nível do Rio Acre atingiu, às 18h, 1,74 metros acima da cota de transbordamento do curso d´água, que é de 14 metros - o alerta de risco de transbordamento é disparado quando a água chega a 13,50 metros.

O boletim da CPRM aponta para uma redução gradual do volume d´água no Rio Acre a partir de hoje (17).

Emergência

O governador do Acre, Gladson Cameli, a também declarou situação de emergência em áreas afetadas por inundações e enxurradas em Rio Branco e em mais nove cidades acrianas (Cruzeiro do Sul; Feijó; Jordão; Mâncio Lima; Porto Walter; Rodrigues Alves; Santa Rosa do Purus; Sena Madureira e Tarauacá).

Também por decreto, o governo estadual criou um gabinete de crise para integrar os esforços de diversas secretarias e órgãos de governo para atender não só às pessoas prejudicadas pelas enchentes e enxurradas, mas também pela covid-19 e pela dengue.

Túnel do Tempo: Repressão deixa vários mortos na Ucrânia

 


Luís Alberto Alves/Hourpress

Em 18 de fevereiro de 2014 pelo menos 76 pessoas morreram e outras centenas ficam feridas em confrontos entre policiais e manifestantes contrários ao governo em Kiev, na Ucrânia.

Raio X de Sampa: Conheça a história da Rua Iguatemi

 


Luis Alberto Alves/Hourpress

A Rua Iguatemi (foto) fica no Itaim Bibi, Zona Sul de Sampa, era nome de um porto militar e povoação fundada pelo governador D. Luis Antonio de Sousa Mourão, à margem esquerda desse rio em 1765, para impedir que os espanhois invadissem o Brasil. Desde 1916 que essa rua foi batizada com este nome. 

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021

Variedades: Projeto "Outros Sons de Carnaval" traz programação com música instrumental

 

Serão seis apresentações transmitidas diretamente no canal oficial do portal de notícias ACidade ON


Redação/Hourpress

Gabriela Aguiar

Nem tudo é batucada, purpurina e confete. O projeto Outros Sons de Carnaval oferece ao público uma opção diferente de trilha sonora justamente na semana do carnaval. A primeira edição do evento acontece nos dias 18, 19 e 20 de fevereiro. Serão duas apresentações por dia, com duração de uma hora cada, transmitidas diretamente no canal oficial do portal de notícias ACidade ON. A classificação indicativa é livre, ou seja, dá para a família toda curtir.

Com o propósito de difundir a música instrumental e de captar recursos para os artistas que perderam renda durante a pandemia, a programação do projeto será composta por apresentações inéditas e performances já realizadas em outros eventos. Outros Sons de Carnaval vai contar a história de diversos instrumentos e artistas que têm papel importante na inserção de crianças e adolescentes ao mundo instrumental.

Outros Sons de Carnaval é um projeto da Lei Aldir Blanc e ProAC, com realização do Governo Federal, Ministério do Turismo, Secretaria Especial da Cultura, do Governo do Estado de São Paulo – por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa – e da O.A. Eventos, empresa de eventos do Grupo EP, e transmissão do portal de notícias ACidade ON.

Confira a programação completa:

(*Programação sujeita a alterações)

18/02/2021 – QUINTA-FEIRA – 19h

Apresentação Grupo Sax Supera

18/02/2021 – QUINTA-FEIRA – 20h

Apresentação Grupo Anelo 6Teto

19/02/2021 – SEXTA-FEIRA – 19h

Apresentação Grupo Banda Flor

19/02/2021 – SEXTA-FEIRA – 20h

Apresentação Grupo Mistura de Temperos

20/02/2021 – SÁBADO – 19h

Apresentação Grupo Vocal do Instituto Anelo

20/02/2021 – SÁBADO – 20h

Apresentação Grupo Baião Anelo

 

Sobre as apresentações:

SAX SUPERA

Quinteto de saxofones formado no Instituto Anelo que apresenta arranjos originais de um ampla gama de gêneros e estilos: música popular brasileira, pop, funk, temas consagrados de filmes, animações e novelas. O grupo surge em 2015 através do fundador do Anelo, Luccas Soares, que reuniu vários dos saxofonistas envolvidos com a instituição em um único quarteto. Assim o grupo se apresentou em eventos na região da cidade de Campinas. 

 

ANELO 6TETO

Grupo inicialmente criado em 2019 para representar o Instituto Anelo no Standard Bank National Youth Jazz Festival, festival sul africano de música, como parte da programação dedicada à música brasileira. Foi uma das atrações com maior público do evento e ainda realizou workshops para os alunos do festival. Em edições passadas o festival já contou com de nomes de peso da música instrumental brasileira como Trio Corrente, Michel Pipoquinha, Mestrinho, entre outros.

 

BANDA FLOR

Surgida em 2020, a Banda Flor é formada exclusivamente por mulheres ligadas ao Instituto Anelo, com o intuito ocupar um espaço na cena musical além de trazer à tona a representatividade da mulher na música. Seu repertório compõe-se de arranjos e adaptações instrumentais de temas da música popular brasileira, do jazz norte americano bem como composições autorais. Destaque para  Lamento Sertanejo - Gilberto Gil, Drão - Gilberto Gil e Caetano Veloso, Ponta de Areia - Milton Nascimento, Feira de Mangaio - Sivuca, Água da Minha Sede - Zeca Pagodinho, entre outras. 

 

MISTURA DE TEMPEROS

O Mistura de Tempero vem se apresentando em bares e centros culturais da cidade de Campinas e região, além de fazer parte dos grupos artísticos do Instituto Anelo, organização sem fins lucrativos localizada no bairro Jardim Florence na cidade de Campinas - SP, que oferece aulas gratuitas de música à comunidade.

 

GRUPO VOCAL DO INSTITUTO ANELO

Com o intuito de homenagear Tim Maia, um dos maiores nomes da música brasileira, o grupo vocal do Instituto Anelo reúne quatro cantores e dois instrumentistas.

 

BAIÃO ANELO

Com o intuito de homenagear Luiz Gonzaga, o Instituto Anelo trará uma releitura de suas músicas que, além dos vocais, traz diversos instrumentos.

 

O Instituto Anelo é uma associação sem fins lucrativos que oferece aulas gratuitas de música na região do distrito do Campo Grande, em Campinas (SP). Fundado em 2000, é hoje um projeto intergeracional que atende uma média de 500 alunos por ano. Para saber mais: anelo.org.br.

Internacional: Nigeriana Ngozi Okonjo-Iweala torna-se primeira mulher a liderar OMC

 

O brasileiro Roberto Azevêdo renunciou ao cargo no ano passado


Agência Brasil 

Reuters

A nigeriana Ngozi Okonjo-Iweala, ex-ministra das Finanças do país africano, foi nomeada hoje (15) para chefiar a Organização Mundial do Comércio (OMC). Ela tornou-se a primeira mulher e africana a liderar a organização.

“Os membros da OMC acabam de aceitar nomear Ngozi Okonjo-Iweala como próxima diretora-geral da OMC. A decisão foi tomada por consenso durante uma reunião especial do Conselho Geral realizada hoje”, indicou a organização poucos minutos após o início do encontro.

Okonjo-Iweala assume suas funções no dia 1º de março e o seu mandato, que pode ser renovado, expira em 31 de agosto de 2025.

Ela substituirá o diplomata brasileiro Roberto Azevêdo, que renunciou ao cargo em setembro do ano passado. O posto de diretor-geral da OMC estava vago desde a ocasião, porque a administração de Donald Trump apoiava a ministra do Comércio da Coreia do Sul, Yoo Myung-hee, o que obstruía a indicação por consenso.

Dias após tomar posse, o presidente norte-americano Joe Biden mudou a orientação do país e passou a apoiar a indicação da nigeriana. A candidata sul-coreana desistiu da disputa no início de fevereiro, abrindo caminho para a escolha de Okonjo-Iweala.

Desafios

Autodenominada "realizadora" e conhecida por enfrentar problemas aparentemente insolúveis, Okonjo-Iweala terá muito com que se ocupar na entidade comercial mesmo sem Donald Trump, que ameaçou retirar os Estados Unidos da OMC.

Como diretora-geral, uma posição que concede poder formal limitado, Okonjo-Iweala, de 66 anos, precisará intermediar tratativas comerciais internacionais perante um conflito persistente entre os Estados Unidos e a China, reagir à pressão pela reforma das regras comerciais e se contrapor ao protecionismo acentuado pela pandemia de covid-19.

No discurso feito na OMC após a vitória, ela disse que fechar um acordo comercial na próxima grande reunião ministerial será uma "das maiores prioridades", e também exortou os membros a rejeitarem o nacionalismo da vacina, de acordo com um delegado presente à reunião fechada, que foi realizada virtualmente.

No mesmo discurso, ela descreveu os desafios que a entidade enfrenta como "numerosos e traiçoeiros, mas não insuperáveis".

O comissário de Comércio da União Europeia, Valdis Dombrovskis, disse que espera trabalhar estreitamente com ela para impulsionar uma "reforma muito necessária da instituição".

Perfil

Veterana de 25 anos do Banco Mundial, onde supervisionou um portfólio de US$ 81 bilhões, Okonjo-Iweala enfrentou sete outros candidatos defendendo a crença na capacidade do comércio de tirar as pessoas da pobreza.

Ela estudou economia do desenvolvimento em Harvard depois de testemunhar uma guerra civil na Nigéria na adolescência. Em 2003, ela voltou ao país para servir como ministra das Finanças, e apoiadores ressaltam sua postura rígida nas negociações, que ajudou a selar um acordo de cancelamento de bilhões de dólares de dívida nigeriana com as nações credoras do Clube de Paris em 2005.