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Crônica: De bem-sucedido ao amargo do ostracismo

    Hourpress/Arquivo Morava num apartamento de cobertura na Região dos Jardins, com direito a três vagas na garagem, onde tinha estacionad...

quinta-feira, 24 de outubro de 2019

Geral: Empreendedorismo feminino no Brasil




Pesquisas apontam maior interesse do público feminino no empreendedorismo

Dora Ramos
Estudo recente da consultoria McKinsey apontou que 39% da população economicamente ativa é dona do próprio negócio. Os dados apontam que o empreendedorismo tem despertado mais interesse das mulheres. E as mulheres empreendem por necessidade em maior número também.
A proporção de “Empreendedores Novos” - os que têm um negócio com menos de 3,5 anos - é maior entre as mulheres: 15,4% contra 12,6% de homens. O estudo constatou ainda que as representantes do sexo feminino empreendem movidas principalmente pela necessidade de ter outra fonte de renda, ou de adquirir independência financeira.
Como empreendedora à frente da Fharos Contabilidade há 30 anos, aos 25 anos de idade, não foi diferente. Na juventude, soube o que era a necessidade de buscar mais renda e a dificuldade de viver na Inadimplência. Hoje, oriento pessoas a como equilibrarem suas finanças e a maneira de lidar com seus recursos. Abrir meu próprio negócio era a realização do sonho de ter uma empresa e de ser independente.
Foquei meu serviço de contadora em aprender como lidar com as pessoas. Nos cursos que fiz, era a única contadora em meio a muitos terapeutas e psicólogos. Acabou sendo um diferencial. Contudo, até chegar ao reconhecimento, enfrentei preconceitos variados.
Vim de família humilde. Comecei ganhando confiança através de indicações dos clientes. Buscava prestar um serviço diferenciado. E, sendo mulher, havia quem questionasse a minha figura à frente da empresa. Existia a questão de ser uma mulher negra. Perguntavam: “Quem é o homem que manda aqui?”. Minha resposta era simples e sarcástica: “Está olhando para ele!”
Como contadora e consultora das empresas, há um constante envolvimento com todos os processos. Pensei muito mais na consultoria, do que na contabilidade pura e simples. Sempre entendi a contabilidade como sendo um braço de apoio.
Comecei trabalhando em empresas contábeis durante o dia e como contadora do meu próprio negócio à noite. A decisão acertada veio no reconhecimento do atendimento, voltado para o lado humano. Fazia cursos diferentes, ligados ao trabalho, que pudessem me aproximar do cliente, de maneira a apoiá-lo no seu negócio. Ainda hoje, alguns clientes não estão acostumados com isso. Acham que o contador trabalha para o governo, emitindo impostos que você precisa pagar.
Nem todas as pessoas sabem, mas a rotina da área de Contabilidade é bastante intensa e requer foco. É necessário estar bem mentalmente para lidar com as pessoas de maneira clara, e buscar complementações voltadas para isto.
Me orgulho de nunca ter desistido, apesar das inúmeras dificuldades enfrentadas e da vontade de querer fazer dar certo. Acredito que sou completamente “fora da curva”. Meus pais eram semianalfabetos. Minha mãe aprendeu a ler com 55 anos. Como filha mais velha, precisava mudar a nossa realidade através da minha própria ação.
Como todos os milhões de brasileiros atualmente, enfrentei os ditos "perrengues" financeiros nos anos em que ainda estudava para me tornar profissional. Vivenciei a inadimplência. Dava um jeito para pagar e pegava dinheiro emprestado. Cheguei a ver meus pais vendendo as alianças deles, para terem dinheiro para custearem minha faculdade. É um gesto que me marcou e que foi muito forte. Lembro também que obtive grande auxílio financeiro da faculdade que estudava e fui reconhecida pelo esforço. Sabendo que não tinha dinheiro para a rematrícula, me ofereceram ajuda para terminar meus estudos.
Em razão dos avanços no mercado de trabalho, estão surgindo grandes oportunidades no cenário atual. O número de mulheres que investem e empreendem cresce cada vez mais. Não só no Brasil, mas em boa parte dos países, o nível de conhecimento financeiro das mulheres ainda é bem inferior, quando comparado ao dos homens. Todavia, só aqui no Brasil, de 2002 a 2017, o número de investidoras na Bolsa de Valores, por exemplo, subiu de 15 mil para 141 mil.
De 2013 a 2019, o número de investidoras no Tesouro Direto dobrou. De 80,5 mil para 155,5 mil, o que significou um avanço de 93,1%. E como empreendedoras, as mulheres estão em maior número nos setores de comércio, indústria e serviços, sendo a maioria entre novos empreendedores. Segundo a pesquisa GEM Brasil (Global Entrepreneurship Monitor) de 2015, mulheres já abriam novos empreendimentos em mais número que os homens. Mulheres estão trabalhando e empreendendo mais, encontrando caminhos para poderem existirem formalmente e conquistando espaços como líderes.

Geral: Trinta entidades da sociedade civil unidas contra planos de saúde que querem prejudicar pacientes



Defesa do consumidor, médicos, Ministério Público, OAB e outras, assinam manifesto contra proposta das empresas que ameaçam Lei 9656 

Redação/Hourpress

A Academia de Medicina de São Paulo é a trigésima instituição a se posicionar publicamente contra a proposta do segmento de planos de saúde que prejudicará a assistência aos brasileiros. As empresas tentam, outra vez, acabar com a cobertura elementar hoje oferecida a qualquer cidadão no sistema suplementar. Também solicitam o fim da proibição de reajustes por idade aos usuários com mais de 60 anos, além do abrandamento dos prazos máximos para que um paciente seja recebido em consulta ou faça uma cirurgia, por exemplo.  

Para as operadoras que não atenderem às exigências legais, pleiteiam penas mais leves. Isso além de pleitear a liberação para reajustes aos cidadãos.  
Médicos, defesa do consumidor e entidades como o Ministério Público e a OAB, entre outras, inclusive assinaram um manifesto contra propostas apresentadas pelas operadoras de planos de saúde para flexibilizar a legislação do setor.  
As medidas serão tratadas durante evento ainda nesta semana, organizado pelas empresas com a presença de autoridades do Executivo e do Judiciário. Mas já se tornaram públicas. 
Entre as propostas apresentadas para desfigurar a atual lei dos planos de saúde (9.656), em vigor desde 1998 e que fixa garantias mínimas de atendimentos aos consumidores, está a tentativa de liberar a venda de planos segmentados, de menor cobertura, que deixam de fora os tratamentos a doenças mais complexas e podem abrir caminho para cobranças abusivas. 
A Associação Paulista de Medicina, uma das entidades médicas do grupo, entende que, por trás da enganosa premissa de que a segmentação viabilizaria modalidades com mensalidades mais baixas, tenta-se, mais uma vez, acabar com a cobertura elementar hoje oferecida a qualquer cidadão no sistema suplementar.  
“Os danos para os pacientes serão enormes. As pessoas acharão que elas e suas famílias estão amparadas ao comprar um desses produtos, mas cairão em armadilhas. Quando precisarem de especialistas para um tratamento de maior complexidade, perceberão que não têm direito a uma série do coberturas; só terão as filas do SUS como alternativa. Isso sem falar que os atuais planos com cobertura mínima desaparecerão, como ocorreu com os produtos individuais. Pacientes largarão tratamentos em andamento com seus médicos, podendo ter seus quadros clínicos agravados e correndo risco de morte”, ponderam os diretores de Defesa Profissional da APM, Marun David Cury e João Sobreira de Moura Neto.  
Reajustes liberados 
Além da diminuição de coberturas, outra proposta prejudicial é a da liberação de reajustes de mensalidades e maiores prazos para atendimento, fim do ressarcimento ao SUS, redução de multas e desonerações tributárias, enquadramento de prestadores e redução de poder da ANS.  
No manifesto, as entidades se dirigem a parlamentares e autoridades envolvidos com o tema para que rejeitem a retirada de direitos já consolidados dos consumidores; pedem que gestores públicos refutem falsos argumentos de que as medidas podem beneficiar o SUS; solicitam que demais entidades médicas e da sociedade civil apoiem a luta contra os retrocessos; e convocam as operadoras de planos de saúde para que venham a público submeter suas propostas ao debate. 
Por fim, as instituições garantem manter a vigilância contra o avanço de qualquer uma dessas ameaças apontadas. Veja o manifesto assinado pelas entidades (bit.ly/manifesto-alerta).  

Entidades signatárias  

● Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor - Idec 
● Associação Nacional do Ministério Público do Consumidor - MPCON 
● Associação das Donas de Casa do Consumidor e da Cidadania de Tubarão - ADOCON TUBARÃO 
● Associação de Defesa dos Usuários de Seguros, Planos e Sistemas de Saúde - ADUSEPS 
● Associação Brasileira da Cidadania e do Consumidor do Mato Grosso do Sul - ABCCON 
● Associação de Defesa da Cidadania e do Consumidor de Pernambuco- ADECON PERNAMBUCO 
● OAB Conselho Federal 
● Instituto Defesa Coletiva 
● Procons Brasil 
● Instituto Brasileiro de Política e Defesa do Consumidor - BRASILCON 
● Conselho Municipal de Defesa do Consumidor Porto Alegre - Condecon Porto Alegre 
● Movimento Edy Mussoi de Defesa do Consumidor 
● Fórum Nacional das Entidades Civis de Defesa do Consumidor - FNECDC 
● Associação Paulista de Medicina – APM 
● Academia de Medicina de São Paulo  
● Academia Brasileira de Neurologia – ABN 
● Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço - SBCCP 
● Sociedade Brasileira de Clínica Médica - SBCM 
● Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte - SBME 
● Sociedade Paulista de Medicina do Exercício e do Esporte - SPME 
● Sociedade de Pediatria de São Paulo - SPSP 
● Centro Brasileiro de Estudos de Saúde - Cebes 
● Associação Paulista de Neurologia - APAN 
● Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo 
● Sociedade Brasileira de Pediatria - SBP 
● Associação Brasileira de Mulheres Médicas - ABMM  
● Associação Brasileira de Saúde Coletiva - Abrasco 
● Associação de Obstetrícia e Ginecologia de São Paulo – SOGESP 
● Movimento das Donas de Casa e Consumidores de Minas Gerais  
● Movimento das Donas de Casa e Consumidores da Bahia 

Geral: Brasileiros interessados no visto EB-5 tem poucos dias para iniciar processo ainda com valores antigos



A partir de 21 de novembro taxas para obter o Green Card dobrarão o valor

*Daniel Toledo
Supervisionado pela agência de Serviços de Cidadania e Imigração dos Estados Unidos (USCIS), o programa de vistos EB-5 entrou em vigor no ano de 1990 com o propósito de alavancar investimentos e gerar emprego no país.
Desde então, as regras seguiam sem qualquer alteração, mas desde 2015 o assunto vem ganhando as páginas dos jornais em relação a possíveis aumentos.  Agora, após a votação do tema no congresso e a sanção do presidente, o valor vai dobrar.  A partir do dia 21 de novembro, o investimento do EB-5 indireto, o passivo, de US$ 500 mil, mais de R$ 2 milhões, vai saltar para US$ 900 mil, em torno de R$ 3,6 milhões. O direto, feito por meio da criação do próprio projeto do estrangeiro nos Estados Unidos, subirá para US$ 1,8 mi também nesta data.
Daniel Toledo, advogado da Toledo e Advogados Associados, especializado em direito internacional, consultor de negócios e sócio fundador da Loyalty Miami, explica que os interessados em obter o Green Card, ainda com as taxas antigas, devem se apressar. “Estamos há apenas dois meses do prazo. É preciso estar no planejamento também que, além do custo do visto, ainda há 10% de taxas de administração e da imigração, traduções, certificados, comprovação e ainda a análise de onde vem o montante”, alerta.
O especialista acredita que em curto prazo haverá uma diminuição na procura pelo EB-5.  “Não são todos que possuem disponibilidade financeira para fazer um investimento de 500 mil dólares, e quando esse valor é dobrado, a tendência é que ocorra uma pequena queda na procura, o que já é esperado. Mas quem vai fazer a aplicação deste visto geralmente já tem uma poupança, reserva financeira, ou um patrimônio um pouco mais alto e então conseguem ter acesso e outros soluções para completar o valor. A grande movimentação agora se dará em relação a quem está indeciso, que vai acelerar o processo para dar entrada antes de novembro, para não pagar o dobro”, aponta Toledo.
Mas além do valor, outra questão que está sendo muita discutida é em relação aos centros regionais. Anteriormente, esses projetos precisavam seguir os requisitos solicitados pela imigração, sendo que um deles é que o projeto esteja na área de Targeted Employment Areas (TEA), que é uma região onde há baixo desenvolvimento e pouca oferta de emprego.  Agora, se o local estiver dentro dessas condições, não será necessário uma pós-analise da imigração. A partir desta nova regra, a designação de estar ou não nessas áreas, cabe ao agente que faz a análise do processo. Cada profissional vai ter a liberdade de informar se aquele projeto está ou não dentro de uma área que precisa de desenvolvimento.
Por todos esses motivos, Daniel recomenda que é preciso ter cuidado redobrado com essa escolha, porque há dezenas de problemas com polos pequenos, que dependem do capital do EB-5 para a conclusão da obra. “Se a empresa ou consultoria não conseguir vender todas as cotas do EB-5 que foram prometidas, o projeto fica inacabado, ou seja, o investidor que colocou o dinheiro neste fundo, perdeu toda e qualquer possibilidade de conquistar o tão sonhado Green Card”, destaca.
Para evitar que o visto seja negado, Toledo recomenda que os investidores devem procurar projetos de parceiros financeiros fortes. Os empreendimentos que dispõe de cotas de EB-5 são centros esportivos, hotéis, resort, e demais projetos na área imobiliária, que vem ganhando uma forte atenção do investidos brasileiro. “Caso o solicitante vá investir em um projeto de construção de apartamentos, deve observar se realmente serão gerados todos os dez empregos obrigatórios. Apostar no segmento do turismo, em caso de hotel, ou resort e que já possuem histórico de obras entregues torna a obtenção do visto algo muito mais fácil. Só em 2018, a nossa equipe realizou 30 processos bem-sucedidos”, enfatiza.
A Lightstone, empresa que atua no segmento imobiliário nos Estados Unidos há 30 anos, possui mais de US$ 6 bilhões em ativos sob gestão e desenvolvimento. A instituição já concedeu diversas oportunidades de investimento para estrangeiros, tanto em Nova York, Miami e Los Angeles, arrecadando até o momento mais de US$ 400 milhões em capital EB-5, através de mais de 800 investidores no mundo todo. “Nossos projetos que contemplam o Green Card  são empreendimentos imobiliários localizados em áreas que acreditamos ser de grande valor agregado”, explica Bruna Allemann, diretora da Regional Brasil .
*Daniel Toledo é Advogado da Toledo e Advogados Associados especializado em direito internacional e consultor de negócios, sócio fundador da Loyalty Miami. Para mais informações, acesse: http://www.toledoeassociados.com.br ou entre em contato por e-mail daniel@toledoeassociados.com.br. Toledo também possui um canal no YouTube com mais de 64 mil seguidores https://www.youtube.com/loyaltymiami com dicas para quem deseja morar, trabalhar ou empreender internacionalmente.

Túnel do Tempo: Getúlio Vargas chega ao poder



Luís Alberto Alves/Hourpress

Em 24 de outubro de 1930, reconhecendo o avanço da guerra civil, os militares do Rio de Janeiro depuseram o presidente Washington Luís, semanas antes do fim de seu mandato. O poder foi entregue a Getúlio Vargas, chefe político da Revolução de 1930. Iniciava a Era Vargas.

Raio X de Sampa: Conheça a história da Avenida Pacaembu



Luís Alberto Alves/Hourpress

Pacaembu é nome tradicional de um ribeirão, afluente da margem esquerda do Tietê. Corre, em parte canalizado pelo bairro de Perdizes, São Paulo, Capital. Pacaembu em tupi significa: "arroio ou ribeirão das pacas".

terça-feira, 22 de outubro de 2019

Veículos: Volvo estima ter fechado mais de R$ 1 bilhão em negócios na Fenatran/2019





Luís Alberto Alves/Hourpress

A Volvo estima que sua participação na Fenatran 2019 rendeu mais de  R$ 1 bilhão em negócios, somando-se a venda de caminhões, planos de manutenção e serviços financeiros, como seguros e consórcio. “Esperamos ter atingido mais um recorde de vendas, com o maior volume de negócios já alcançado pela Volvo em toda a história da Fenatran”, comemorou Wilson Lirmann, presidente do Grupo Volvo América Latina.

O resultado esperado pela Volvo é aproximadamente o dobro do registrado na edição anterior da feira, realizada em outubro de 2017. “Além de um importante momento para poder lançar novos produtos e serviços e apresentar as novas tecnologias de transporte, a Fenatran sempre foi um evento de negócios para a Volvo. E nesse ano sentimos um otimismo ainda maior dos clientes, que estão vendo sinais positivos no mercado de transportes e decidiram investir para renovar suas frotas”, explica Alcides Cavalcanti, diretor comercial de caminhões da Volvo no Brasil. Até as 21 horas de sexta-feira 18, estima-se que terão passado mais de 10 mil pessoas pelo estande da Volvo, entre clientes e visitantes em geral.  


Líder de vendas

O caminhão mais procurado pelos transportadores na Fenatran 2019 foi o FH 540cv 6x4, justamente o modelo mais vendido no Brasil entre todas as marcas em 2018 e no acumulado do ano até agora. Grande disponibilidade e segurança, alta produtividade e muita tecnologia embarcada são alguns dos atributos que fazem o FH ser o líder de vendas no País.
A empresa também bateu recordes de vendas de planos de manutenção, de seguros e de consórcio. Atualmente, sete em cada 10 caminhões vendidos pela marca tem algum tipo de plano de manutenção. O principal e mais completo é o Ouro, que cobre todas as manutenções preventivas e corretivas do veículo durante o período contratado. O cliente só precisa se preocupar com a troca de pneus, o motorista e o combustível.

A Volvo Financial Services Brasil também teve um excelente resultado na comercialização de seguros e de cotas de consórcio. Nesta Fenatran, a VFS trouxe condições especiais para financiamento, seguros e consórcio. Entre outros produtos, lançou uma atualização do Financiamento Sazonal para a compra de caminhões, uma modalidade voltada para os transportadores cujos setores são impactados pela sazonalidade da produção e precisam de uma opção especial de pagamento das parcelas.
Tecnologia

A Volvo levou para a Fenatran 2019 seus caminhões recentemente lançados com a tecnologia da Aceleração Inteligente. Os aperfeiçoamentos fizeram o FH ficar até 10% mais econômico. Um novo software de motor, novos componentes internos e um lubrificante mais avançado reduzem ainda mais os custos operacionais da linha 2020 dos caminhões.

Outra novidade foi a exibição do caminhão mais veloz do mundo, o Iron Knight (Cavaleiro de Ferro). Detentor de dois recordes mundiais (de 0 a 500 metros e de 0 a 1.000 metros), o Iron Knight tem motor de 2.400 cavalos e torque de 6.000 Nm e foi produzido para demonstrar a capacidade da Volvo de extrair desempenho excepcional de seus caminhões.

A empresa também mostrou um FH da série especial em comemoração aos 40 anos da Volvo no Brasil. Inspirado no primeiro caminhão produzido pela marca no País, em 1980, o modelo é uma edição limitada de 40 veículos com uma configuração única, equipado com o que há de mais avançado em tecnologias de transporte.

Política: Políticas existentes de precificação de carbono não garantem o cumprimento dos objetivos do Acordo de Paris


Levantamento publicado pelo Banco Mundial aponta que apenas 20% das emissões no mundo são cobertas por uma política de precificação de carbono e menos de 5% desses atendem aos objetivos do Acordo de Paris
Redação/Hourpress
Cresce a utilização de instrumentos de precificação de carbono como maneira de lidar com o desafio de limitar as emissões de gases de efeito estufa (GEE). O objetivo dos instrumentos de precificação é incorporar na economia um custo socioambiental, refletindo monetariamente os impactos da mudança do clima e assim permitindo que empresas e consumidores reduzam suas emissões.
Um dos mecanismos empregados para refletir o preço do carbono são os certificados de redução de emissão de GEE, que normalmente adotam duas formas dentro de um instrumento de precificação de carbono. Em mercados de carbono, denominados cap-and-trade, os certificados são chamados permissões. Nestes sistemas há um limite de emissões de GEE dentro de um território, que pode ser uma região como a Europa ou um estado como a Califórnia, e as permissões são os certificados utilizados para comprovar que a emissão das empresas está dentro dos limites legalmente estabelecidos. Por sua vez, certificados também podem ser originados por projetos de redução fora de regiões com um mercado de carbono estabelecido. Tais iniciativas, denominadas projetos de offset, criam um certificado de redução, conhecidos no Brasil como créditos de carbono, que podem ser comercializados. Os objetivos neste caso são de um lado criar um incentivo financeiro para que empresas possam, voluntariamente, investir em projetos e tecnologias que reduzam emissões de GEE e, de outro lado, permitir que empresas, governos ou pessoas compensem , também voluntariamente, sua emissões de gases de efeito estufa com a compra desses certificados. Por convenção, estes certificados representam uma tonelada de Dióxido de Carbono equivalente (CO2e), ou seja, um crédito de carbono equivale a uma tonelada de CO2e que deixou de ser emitida à atmosfera. 
Anualmente, o Banco Mundial divulga um relatório sobre a adoção de instrumentos de precificação de carbono no mundo. O relatório “State and Trends of Carbon Pricing 2019” identificou 57 iniciativas de precificação de carbono implementadas ou em implementação no mundo e concluiu que, embora tais políticas continuem avançando, a cobertura e os níveis de preços permanecem insuficientes para atender aos objetivos do Acordo de Paris.
Esforços insuficientes para limitarmos o aquecimento em 2ºC
Segundo o relatório, apenas 20% das emissões globais são cobertas por uma política de precificação de carbono e menos de 5% desses estão em níveis consistentes de alcance das metas globais do Acordo de Paris. A análise ainda destaca a grande variabilidade de preços do carbono nestes instrumentos apontando que 51% das emissões reguladas são comercializadas por menos de dez dólares. Além disso, o relatório estima que, em 2018, os governos levantaram cerca de US$ 44 bilhões em receitas de crédito de carbono. Isso representa um aumento de mais de 13%, na comparação com os US$ 33 bilhões de 2017. Atualmente, o mercado Europeu (EU ETS) é o maior mercado de carbono no mundo, seguido pela Califórnia (California CaT). Este cenário mudará em 2020, quando o mercado nacional Chinês (China National ETS) será lançado.
Para Henrique Pereira, CEO da WayCarbon, os insights apresentados pelo relatório indicam que existe um consenso crescente sobre a utilização de instrumentos de precificação uma vez que estes são os meios mais custo efetivos para reduzir as emissões de GEE. O executivo destaca, contudo, que há um longo caminho pela frente: “A implementação de mecanismos de precificação de carbono é um desafio por se tratar de um tema ainda pouco conhecido, que possui elementos de desenho regulatório bastante específico e que demanda amplo diálogo para convencimento e construção de suporte político”.
Na medida que as emissões de carbono seguem insuficientemente controladas, a janela de oportunidade para lidarmos com a questão começa a se fechar. Em 2018, ultrapassamos pela primeira vez 1ºC de aquecimento médio da superfície terrestre em comparação ao período pré-industrial. Dados da Climate Action Tracker indicam que os compromissos atualmente assumidos pelos países nos colocam em uma trilha de aquecimento de 2,9ºC, muito superior aos objetivos de Paris. Seguindo no mesmo nível de emissões, um aquecimento de 2ºC deverá ser atingido na próxima década.
Mercado voluntário de carbono
Mas se o mercado de carbono regulado no âmbito do Acordo de Paris ou pelos governos nacionais e/ou subnacionais ainda precisa amadurecer, o mercado voluntário, ou seja, aquele em que empresas, ONGs, instituições, governos ou mesmo cidadãos tomam a iniciativa de compensar suas emissões voluntariamente, vive a melhor fase há pelo menos uma década. O mercado atingiu um volume histórico de reduções de emissão emitidas em 2018, 62,7 milhões de tCO2e. O recorde anterior aconteceu em 2012, quanto 48,9 milhões de tCO2e foram emitidas em forma de créditos de carbono no mercado voluntário.
De acordo com o levantamento Voluntary Carbon Markets, da consultoria americana Forest Trends, essas atividades resultaram em mais de 430 milhões de toneladas de reduções de emissões desde 2005, o que equivale mais do que todas as emissões relacionadas à energia da Austrália em 2016. “Os atores no mercado voluntário estão experimentando uma onda de inovação, o que tem permitido encontrar novas formas para gerar crédito de carbono”, afirmou Pereira.
O relatório da Forest Trends mapeou 2008 projetos voluntários em 83 países e que podem ser comercializados livremente entre compradores e vendedores de diferentes nações. O Brasil tem o seu lugar de destaque nesse mercado, ocupando a 5º posição. Entre as iniciativas mapedas, quase três quartos (72%) são localizados em cinco principais países: Índia (442), China (426), Estados Unidos (351), Turquia (124) e Brasil (97).
Resposta da iniciativa privada
O desafio de precificação do carbono não é exclusivo dos governos. As empresas se preparam para assumir a liderança nesse processo e colocaram a pauta da sustentabilidade no centro dos negócios.
Em 2017, a Ticket Log liderou um projeto para geração de créditos de carbono por meio de substituição de gasolina por etanol na frota de veículos corporativo. Essa iniciativa contou com a parceria de várias empresas, a Braskem entre elas. Desde 2013, a empresa vem colocando em prática um programa voluntário de fornecedores com foco em sustentabilidade. A Braskem também participa de diversas iniciativas que contribuem para o fortalecimento da agenda na rede empresarial.
Empresas de diversas vertentes já entenderam que a preservação dos recursos naturais é uma vantagem competitiva. “Sustentabilidade é uma variável que afeta os negócios da mesma forma que a inflação, o custo dos insumos ou o cambio, que são variáveis que afetam a capacidade de produzir e de crescer das companhias”, afirma o CEO da WayCarbon.