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Crônica: De bem-sucedido ao amargo do ostracismo

    Hourpress/Arquivo Morava num apartamento de cobertura na Região dos Jardins, com direito a três vagas na garagem, onde tinha estacionad...

terça-feira, 14 de junho de 2016

Túnel do Tempo: Morre Atriz Leila Diniz




Luís Alberto Alves

Tragédia: No dia 14 de junho de 1972, a atriz Leila Diniz morre em acidente de avião na Índia.

Radiografia de Sampa: Rua Bela Cintra



Luís Alberto Alves

Bela Cintra era o nome de uma antiga chácara onde hoje está situado este logradouro. Está localizada onde antes existiram as chácaras do Capão e das Jaboticabas. Em 1880, Mariano Antonio Vieira (1826-1901) adquiriu essas terras e nelas abrigou uma comunidade de portugueses açorianos da qual ele também fazia parte.

 O seu sogro, José Paim Pamplona ergueu em 1881 uma capela em louvor ao Divino Espírito Santo de Bella Cintra, pois achava que este local era muito parecido com a localidade de Sintra nos arredores de Lisboa, Portugal.

 Esta capela é hoje uma Igreja e está localizada na Rua Frei Caneca (nº 1.047). Já em 1897 a Rua Bela Cintra fazia parte da malha viária da cidade. Nome oficializado em 24 de agosto de 1916. A Rua Bela Cintra (foto) fica no bairro da Consolação, Centro.

Geral: Corte de recursos enfraquece defesa brasileira, diz comandante da Marinha



  • Rio de Janeiro
Flávia Villela - Repórter da Agência Brasil
O comandante da Marinha, almirante Leal Ferreira, em café da manhã com jornalistas
Em café da manhã com jornalistas no navio Cisne Branco, o comandante da Marinha, almirante Leal Ferreira, diz que corte de recursos prejudicou projetos estratégicos na área da defesa brasileira   Flávia Villela/Agência Brasil
O corte de cerca de 30% no orçamento deste ano da Marinha prejudicou projetos estratégicos para a área da defesa, afirmou hoje (14) o comandante da força, almirante de esquadra Eduardo Bacellar Leal Ferreira, durante café da manhã com jornalistas no navio-veleiro Cisne Branco, no Rio de Janeiro.

“Hoje a Marinha não tem o mesmo grau de prontidão que deveria ou precisaria ter. No momento, estamos vulneráveis”, disse Ferreira. Segundo o almirante, as ameaças ao Brasil são muito difusas, mas existem e podem aparecer. "Há dois anos, ninguém falava em Estado Islâmico. As surpresas surgem a cada ano, e a preparação de uma defesa demora uma geração para ser feita. Podemos ter uma crise a qualquer momento e a fronteira brasileira mais vulnerável é a marítima”, destacou Ferreira.

Ele lembrou que 10% do que se transporta no mundo pelo mar saiu ou chega aos portos brasileiros.“Nossos navios estão envelhecidos, são de manutenção cara – essa é nossa preocupação para ameaças de maior nível. Temos muitas carências neste momento.”

Além da falta de verba para renovar a esquadra, já antiga, o almirante citou o corte de recursos para 2016, estimados em cerca de R$ 4 bilhões, o que obrigou a Marinha a adiar vários projetos. Um deles é o Programa de Construção de Submarinos da Marinha do Brasil (Prosub). O submarino de propulsão nuclear, cuja conclusão estava prevista para 2023, deve começar a funcionar em 2027. “O orçamento do Programa Nuclear, que chegou a R$ 400 milhões, teve que ser cortado e caiu a R$ 200 milhões, e já tínhamos vários compromissos assumidos que tivemos que saldar. Não foi uma transição fácil. Tivemos que readequar programas, renegociar contratos e atrasar muita coisa.”

A crise também provocou a suspensão do Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron) por tempo indeterminado. O almirante também citou as aeronaves, quase todas antigas e muito usadas. “A cada vez, o número de aeronaves com que podemos contar diminui, e algumas têm que ser mudadas no curto prazo. Temos que enfrentar esse problema e arranjar os recursos necessários.”

O comandante da Marinha adiantou que está sendo estudada possibilidades de permuta de imóveis, sobretudo nas regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste para aliviar o problema orçamentário.

Lava Jato e projetos da Marinha
“A Lava Jato ainda não chegou à Marinha”, afirmou o almirante, ao comentar as investigações do contrato da Odebrecht para construção do submarino nuclear. O Prosub é desenvolvido pela Marinha em parceria com a empresa francesa DCNS e pela Odebrecht, cujo presidente está preso por suspeita de crimes de corrupção investigados na Operação Lava Jato.

De acordo com o almirante, o Prosub está sendo auditado de forma rigorosa desde o início da assinatura do contrato. Ele disse esperar que não haja problema nenhum. "Temos vários órgãos auditando os vários setores. Até agora, nenhuma irregularidade chegou a mim. O contrato está sendo executado”, afirmou Ferreira, ressaltando que a Odebrecht está cumprindo os prazos e que a questão orçamentária foi o principal fator para o atraso das obras.

Ferreira disse que outra parceria entre a Marinha e a Odebrecht prejudicada pelas investigações da Lava Jato foi a da empresa Próton, que sequer saiu do papel. O contrato foi firmado em 2014 entre a Odebrecht Defesa e Tecnologia (ODT) e a estatal Amazônia Azul Tecnologias de Defesa, criada em 2013, para apoiar o desenvolvimento do submarino nuclear. Após o envolvimento da Odebrecht nas investigações de corrupção, o projeto foi suspenso.

O almirante ressaltou, no entanto, a necessidade de criação de uma empresa nesses moldes para garantir a autonomia tecnológica do Brasil na área nuclear. “O desenvolvimento tecnológico envolve a criação de firmas de alta tecnologia. Se queremos ter tecnologia de ponta, precisamos criar empresas desse tipo.”

Olimpíada e crise
O almirante garantiu que os cortes não vão afetar atuação da Marinha durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos no Rio de Janeiro, que serão disputados em agosto e setembro. “Em termos militares, a operação é muito simples. É uma área restrita. O nível de ameaça é considerado relativamente baixo. Estamos prontos para a Olimpíada.”
A Marinha atuará na área de Copacabana, que engloba a zona sul da capital fluminense, com a força de contingência, e na área marítima.

Geral: Moradores de rua são vítimas da cultura de exclusão, diz missionário


  • São Paulo
Fernanda Cruz - Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Pessoa em situação de rua dorme na Rua São Luís, região central (Rovena Rosa/Agência Brasil)
A morte de cinco pessoas nas ruas de São Paulo despertou preocupação com a falta de acolhida a esse públicoRovena Rosa/Agência Brasil
A morte de cinco moradores de rua em São Paulo nos últimos cinco dias, possivelmente em razão do frio, desperta preocupação com a falta de acolhida a essa público. Para o missionário Simone Bernardi, responsável pelo Abrigo Arsenal da Esperança, a questão é resultado da cultura de exclusão, reflexo da sociedade atual.

“Estamos numa sociedade que não quer acolher ninguém. Quer tirar o problema e colocá-lo embaixo do tapete. Nós, muitas vezes, somos o tapete”, declarou Simone. O Arsenal da Esperança existe há 20 anos e recebe diariamente 1,2 mil pessoas. São 1150 vagas fixas e 50 rotativas, além de 50 vagas emergenciais durante o inverno.

Os recursos, segundo ele, vêm da prefeitura, que contribui com 60%. O restante chega em forma de doações. A casa, uma antiga hospedaria de imigrantes na zona leste, na Rua Doutor Almeida Lima, 900, foi cedida em comodato para a comunidade Fraternidade da Esperança, ligada à Igreja Católica. Ao longo do ano, cerca de 300 voluntários se revezam para manter o funcionamento do local.

São Paulo - Maria Ivani dos Santos Lima dorme nas ruas do centro de São Paulo enfrentando temperatura próxima a 0 C, na Praça Ramos, região central (Rovena Rosa/Agência Brasil)
Para o missionário, a sociedade quer tirar o problema e colocá-lo embaixo do tapeteRovena Rosa/Agência Brasil
São recebidos apenas homens, que eles respondem por 82% da população em situação de rua na capital, conforme censo encomendado pela prefeitura. “Quando começamos esse trabalho há 20 anos, praticamente não tinha casas de acolhida em São Paulo. A exigência era dar uma resposta grande à população masculina”, lembrou Simone Bernardi.

Horários flexíveis
Diferente de outros albergues onde a rigidez com horários aumenta a rejeição de muitos moradores de rua, o Arsenal da Esperança funciona 24 horas por dia e tem flexibilidade de horários de entrada e saída. A acolhida começa às 16h e segue até 21h30.

“O horário serve para organizar a casa, mas se a pessoa chega bem depois do horário de acolhida não deixamos ninguém de fora. Entretanto, a pessoa precisa se justificar. Tem um serviço social interno que faz um acompanhamento pessoal”, esclareceu o missionário.
O horário de saída no dia seguinte é até 9h, embora alguns abrigados saiam muito mais cedo. “Começamos a servir o café da manhã às 4h30, porque tem gente que atravessa a cidade a pé para entregar um currículo, por exemplo, e não tem condição de pegar um metrô”, informou.

Os moradores fixos utilizam sempre o mesmo leito no dormitório e contam também com armários para guardar seus pertences.

Aproximadamente 200 pessoas permanecem na casa o dia todo por estarem doentes ou porque realizam algum dos cursos internos. “Esse não é um depósito de pessoas. É uma casa onde cada um tem um nome, um sobrenome, uma situação. Tem gente que chega sem a roupa do corpo. Tem gente que perdeu o emprego e não conseguiu mais alugar o quarto onde estava e foi para a rua. Então, é um universo muito grande”, acrescentou o missionário.

São Paulo - Alessandro Ferreira, Neguinho Tiradentes e Romaria receberam roupas e cobertores para ajudar a suportarem o frio na Rua Ipiranga, em frente à Praça da República (Rovena Rosa/Agência Brasil)
Nos últimos dias, São Paulo  tem batido recordes de baixas temperaturasRovena Rosa/Agência Brasil
Cursos profissionalizantes
Dentro do centro são oferecidos cursos profissionalizantes nas áreas de construção civil e culinária, alfabetizantes e de português para estrangeiros. Mário Monteiro, de 39 anos, conclui o curso de construção civil e será contratado com carteira assinada. Assim que receber seu primeiro salário ele planeja alugar uma casa para morar e enviar dinheiro para a esposa e duas filhas.

“Vim de Três Lagoas, Mato Grosso do Sul, mas não tenho parentes em São Paulo. Um amigo me falou desse centro de acolhimento. Vim para trabalhar na construção civil. Cheguei há dois meses. Aqui, a pessoa só não consegue se reerguer se não quiser, porque eles dão oportunidade.”

Diego Matias de Melo, de 30 anos, veio de Betim, Minas Gerais. “Tive dificuldades familiares. Essa é terceira vez que tento morar em São Paulo. Cheguei há um ano e pouco, fiz uns bicos em Barueri. Trabalhei na construção civil e não deu certo. Vim a pé para o abrigo. Foram três dias caminhando. Nunca tinha dormido na rua antes”, disse.

Frio intenso
São Paulo tem batido recordes de baixas temperaturas. Na estação meteorológica da Capela do Socorro, a temperatura dessa madrugada foi de 3 graus, segundo o Centro de Gerenciamento de Emergência (CGE). Ontem (13), a cidade registrou zero grau às 3h30. Foi a temperatura medida pelo CGE mais baixa em 12 anos.

Geral: Frio atinge quase toda região Noroeste do Estado de SP


Redação

O frio atinge quase toda a região e alguns municípios como Novo Horizonte, Votuporanga e Riolândia registram a ocorrência de geadas, ou seja, formação de uma camada de cristais de gelo na superfície ou na folhagem exposta devido à queda de temperatura.

A região Noroeste Paulista registra uma das maiores onda de frio dos últimos anos e o município de Populina chega a registrar 3,2 ºC por volta das seis horas da manhã. Neste município a menor temperatura já registrada pela Unesp Ilha Solteira foi de 1,2ºC no dia 28 de junho de 2011 e temperaturas menores ou iguais a registrada hoje aconteceu em apenas 8 dias, ou em uma frequência de 0,44% dos dias e a última vez foi no dia 28 de agosto de 2013, quando foi registrado 3,6ºC.

Desde o dia 9 de junho, as médias de temperatura mínima na região começaram a cair como mostram os registros da Rede Agrometeorológica do Noroeste Paulista operada pela Área de Hidráulica e Irrigação da Unesp Ilha Solteira e de acordo com o Professor Dr. Fernando Braz Tangerino Hernandez, essas baixas temperaturas vem trazendo grande apreensão à população e ao campo. "Depois das chuvas e ventos intensos, com o registro de granizos, agropecuaristas passam a se preocupar com possíveis geadas que venham a trazer novos transtornos às suas atividades econômicas, especialmente os irrigantes que tem atualmente no milho em final do ciclo e de feijão em início de ciclo. Com preços elevados do feijão, há grande expectativa de sucesso financeiro que podem ser frustrada com a possível ocorrência de geadas".

Próximo ao município de Populina, a segunda temperatura mais baixa foi registrada na cidade de Paranapuã com 5,1 ºC pela manhã, sendo a temperatura mais baixa de todo o ano de 2016, ontem (12) a cidade registrou 5,6 ºC pela manhã.

A cidade de Itapura que ontem tinha registrado a menor temperatura do ano com 7,6 ºC ontem (12) pela manhã, bateu seu recorde e registrou apenas 5,8 ºC no dia de hoje superando a a mínima do dia anterior.

Em Ilha Solteira a temperatura mínima atingiu 8,6º C no início da manhã desta segunda-feira (13). Ontem (12) o município registrou 7,9 ºC, assim, temperaturas iguais ou menores como a deste domingo, a menor de 2016, só foram registradas em outras nove ocasiões em Ilha Solteira, sendo a última em 28 de agosto de 2013, com 4,9º C.

As altas umidade relativa do ar na região vem contribuindo para que a sensação térmica se pronunciasse e assim a população precisa de cuidados especiais no uso das roupas de frio, para a proteção.

Economia: Governo divulga novo impacto do reajuste de servidores federais



  • Brasília
Daniel Lima - Repórter da Agência Brasil
O Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão divulgou hoje (14) nota corrigindo o impacto do reajuste de servidores federais até de 2018, que é de R$ 67,7 bilhões e não de R$ 52,9 bilhões como anunciado pelo governo anteriormente. O reajuste foi aprovado no dia 2 de junho pela Câmara dos Deputados.

De acordo com a nota de esclarecimento do ministério, “na tabela anteriormente divulgada, houve erro técnico na apuração dos impactos decorrentes dos reajustes concedidos no período 2017-2018. As informações divulgadas deixaram de computar parte do efeito das anualizações dos reajustes concedidos nos anos anteriores. Desta maneira, os valores apresentados para 2017 e 2018 estavam subestimados. Veja abaixo como fica o impacto atualizado:
tabela 1
O ministério destaca, ainda, que, mesmo com a correção, o impacto dos reajustes sobre a folha primária projetada para o período 2016-2018, considerados os seus efeitos anualizados, está abaixo da inflação esperada para o mesmo período.
tabela_2_14_junho.jpg

Política: Conselho de Ética: Relator não acolhe documento do BC que multa Eduardo Cunha



Luís Alberto Alves
Esse era um dos aditamentos ao relatório de Marcos Rogério que foi cogitado por alguns membros do conselho e especulado pela imprensa.O deputado Marcos Rogério (DEM-RO), relator do processo no Conselho de Etica e Decoro Parlamentar contra o presidente afastado Eduardo Cunha, afirmou, há pouco, que não irá acolher em seu relatório documento encaminhado pelo Banco Central que multa o presidente Eduardo Cunha em R$ 1 milhão.
O presidente do conselho, deputado José Carlos Araújo (PR-BA), informou aos demais parlamentares que o Banco Central encaminhou documento ao colegiado que confirma que Cunha possui contas no exterior e cobra multa por ele não ter declarado os recursos. Ainda cabe recurso.
Marcos Rogério explicou que não cabe incorporar o documento ao seu relatório porque, segundo o regimento interno da Câmara, as provas devem compor o relatório até o momento da instrução.

“Devolvo os documentos e não constarão do processo pelos óbices intransponíveis. Fatos que são das circunstâncias do processo não deixam de ser conhecidos, e o convencimento se forma de acordo com os autos e os acontecimentos”, afirmou.
O deputado Carlos Marun (PMDB-MS) criticou o documento encaminhado pelo Banco Central ao Conselho de ética. “Tem que se respeitar os Poderes”, afirmou.