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Crônica: De bem-sucedido ao amargo do ostracismo

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quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Geral: Aprovado “teste da linguinha” obrigatório no SUS

O "teste da linguinha" avalia existência de problemas que podem causar desmame precoce, baixo peso ou língua presa

Luís Alberto Caju
 A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (30), de forma conclusiva, proposta que obriga os hospitais e as maternidades a realizar o chamado “teste da linguinha” (avaliação do frênulo ou membrana da língua) em bebês recém-nascidos. O teste avalia a existência de problemas na língua que podem levar a desmame precoce, baixo ganho de peso e língua presa.
 O relator da proposta, Heuler Cruvinel (PSD-GO), defendeu a medida. O texto aprovado é um substitutivo da Comissão de Seguridade Social e Família aos projetos de lei 4832/12, do deputado Onofre Santo Agostini (PSD-SC), e 5146/13, do deputado Ricardo Izar (PSD-SP), que tramitam apensados.

 Os projetos originais previam, além do teste, a realização de cirurgia corretiva, caso se constatasse que o bebê tivesse língua presa. O PL 5.146 também estabelecia que o exame seria realizado por fonoaudiólogo ou profissional de saúde capacitado. A proposta será enviada ao Senado, a menos que haja recurso para análise no Plenário da Câmara.


Radiografia de Sampa: Avenida General Ataliba Leonel




A Avenida General Ataliba Leonel fica no bairro paulistano do Tucuruvi, Zona Norte da cidade

Luís Alberto Caju

 Ataliba Leonel nasceu em 1875, na cidade de Itapetininga, SP. Seu pai era major. Formou-se em Direito pela Faculdade da USP no Largo São Francisco. Exerceu a advocacia até entrar na vida pública, representando São Paulo na Câmara Federal, produzindo trabalhos exaltando a cultura paulista.

 Foi um dos iniciadores do Movimento de 23 de Maio, quando na capital de SP morreram os estudantes, cujos nomes constituíram o símbolo MMDC (Martins, Miragaia, Dráuzio e Camargo). Com a Revolução Constitucionalista de 9 de Julho, organizou a Brigada do Sul, da qual foi comandante-geral.

 A vitória da Ditadura Vargas provocou sua prisão e exílio em Portugal, com outros brasileiros ex-combatentes da mesma causa. Em todas as ocasiões que São Paulo enfrentou dificuldades com revoltas sociais, o general Ataliba Leonel estava presente, como ocorreu em 1922, 1924, 1930 e 1932. Morreu em Piraju (SP), em 29 de outubro de 1934, aos 59 anos. A Avenida General Ataliba Leonel fica no bairro do Tucuruvi, Zona Norte da capital paulista.



Túnel do tempo: Queda do avião da TAM, Primeira emissora de rádio do mundo, Laika no Sputnik

O avião da TAM caiu logo depois da decolagem, do Aeroporto de Congonhas, matando 99 pessoas

A KDKA funciona até hoje e atualmente pertence ao grupo de comunicação CBS, nos Estados Unidos

A cachorrinha Laika morreu poucas horas após o lançamento do satélite, servindo de laboratório para missões espaciais



Luís Alberto Caju

TAM: No dia 31 de outubro de 1996 acidente aéreo com avião da TAM, perto do Aeroporto de Congonhas, SP, mata 99 pessoas.

Primeira emissora de rádio: Em 2 de novembro de 1920, em Pittsburgh, Estados Unidos, entrava no ar a primeira emissora de rádio com licença governamental. A KDKA era da Westinghouse. Atualmente pertence à CBS e funciona até hoje.

Laika: O dia 3 de novembro de 1957 marcou o lançamento do satélite russo Sputnik II ao espaço, que deu 2.570 voltas ao redor da Terra e se queimou na atmosfera em 4 de abril de 1958.. Ele levou o primeiro ser vivo ao espaço, a cadela Laika.

                                              

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Variedades: KC and The Sunshine Band: de funcionários de loja de disco a banda de sucesso



KC and The Sunshine vendeu mais de 100 milhões de discos


Luís Alberto Caju

 Richard Finch e Harry Wayne Casey "KC" são exemplos de superação. De funcionários de uma loja de discos, em 1973, em Miami, Estados Unidos, eles se transformaram numa máquina de sucesso. Juntos formaram o grupo KC and TheSunshine Band. "KC" era o apelido de Wayne Casey.

 Em 1974, eles compuseram a canção "Rock Your Baby", gravada por George McRae. O hit estourou nas paradas norte-americanas. Foi a senha para a banda colocar os pés na estrada. Produziram a música "Shake, Shake, Shake Your Booty". Era o começo da Disco Music.

 Misturaram soul, R&B (blues de rua) e uma pequena pitada de funk (não confundir com o ritmo horroroso nascido no Rio de Janeiro). "KC" deixou claro nas suas primeiras entrevistas que gostava do som das gravadoras Motown e Stax (ambas dominaram, nas décadas de 1960 e 1970, o mercado da soul music com grandes nomes como Marvin Gaye, Stevie Wonder, Otis Redding entre outros).

 Outro grande destaque da KC Sunshine Band era a presença de vários instrumentos de sopro e uma grande linha de contrabaixo, aliada a solos de guitarra. Faziam música comercial, mas com qualidade e para o público dançar. Para encorajar, colocavam dançarinas no palco acompanhando o ritmo de cada hit apresentado.

 "Blow Your Whisle" fez sucesso no sul dos Estados Unidos e "Queen of Clubs" estourou na Europa. O single "Get Down Tonight" é que abriu, definitivamente, as portas do sucesso para o conjunto. Este hit espalhou a Disco Music por todo o mundo. Era um R&B (blues de rua) com batida de pop e pitadas pesadas de Led  Zeppelin.

 Porém Finch e Wayne Casey ainda não tinha percebido a riqueza da matéria-prima produzida pela dupla. Segundo Finch, a ideia deles era fazer uma festa onde se podia dançar de qualquer jeito. A música da KC sunshine Band  entraria como o complemento, mas sem qualquer compromisso sério.

 Quando os discos chegavam às lojas, as pessoas não sabiam onde colocar, porque não se encaixavam em nenhum ritmo específico. A febre aumentou, em 1975, com o álbum "Do It Good", produzido em 1974. Os lojistas e DJs perceberam que a música do conjunto era feita para pista de dança.

 No ano seguinte, a brincadeira ficou mais séria, com o hit internacional "That´s The Way (I Like It). A faixa "Boogie Shoes" contribuiu para o álbum vender muito, rivalizando em números, anos mais tarde, com os "Embalos de Sábado à Noite", gravado pelos Bee Gees.


 Até o final da década de 1970, o trabalho da KC Sunshine Band rendeu a conquista de três Grammys, além de vender mais de 100 milhões de discos em todo o mundo. Mas o fim da Disco Music nos anos 80 provocou um recuo nos planos da banda. Mesmo em crise, conseguiram ainda emplacar o hit "Please Don´t Go" nas paradas dos Estados Unidos e Europa. Com essa música na bagagem eles se apresentaram no Brasil    e vários países da América do Sul.

 Por onde passaram não deixaram nenhuma casa vazia. Do grupo original, composto por Harry Casey "KC" (principal vocalista e idealizador do conjunto), Richard Finch (baixista), Robert Johnson (baterista) e Jerome Smith (guitarrista), restou apenas Casey. Há 13 anos Smith morreu num acidente de carro, arquivando de vez os projetos de recolocar a KC Sunshine Band na estrada. O último álbum do grupo saiu em 1993.


TúneldoTempo: prisão de AlCapone, morte Vladimir Herzog e volta aos ringues de Muhammad Ali

O deslize com o Imposto de Renda levou Al Capone à prisão em 1931

Vladimir Herzog foi prestar depoimento no DOI/Codi e perdeu a vida sob tortura

Muhammad Ali não perdeu seu adversário Jerry Quarry no retorno aos ringues


Luís Alberto Caju

Al Capone: No dia 24 de outubro de 1931, nos Estados Unidos, o mafioso Al Capone é condenado a 11 anos de prisão por sonegação fiscal.

Vladimir Herzog: O dia 25 de outubro de 1975 era um sábado. Na sexta-feira, o jornalista da TV Cultura, Vladimir Herzog, recebe intimação para ir prestar depoimento no DOI –Codi, na Rua Tutoia, bairro do Paraíso, Zona Sul de São Paulo. No final da tarde estava morto, após ser torturado.


Muhammad Ali: Após a polêmica de não aceitar prestar Serviço Militar durante a Guerra do Vietnã, e sofrer punição da Justiça norte-americana, o boxeador Muhammad Ali retorna aos ringues em 26 de outubro de 1970, quando derrota Jerry Quarry.

JilócomPimenta: covardia dos Black Blocs e Crime Organizado já manda no Brasil

As máscaras dos Black Blocs é a força para espantar a covardia


Luís Alberto Caju

Black Blocs: Agora virou moda depredação de patrimônio público durante as manifestações, seja por qualquer motivo. De repente aparece um bando de mascarados e começa a destruir agências bancárias, lojas, tocam fogo ou depredam carros de polícia. O mais curioso é que esses valentões se escondem atrás de máscaras.
Alguns deles chegam com martelos ou barras de ferro para iniciar o quebra-quebra, sob argumento de mudar a sociedade que se encontra podre. Ou seja, jogam gasolina, em vez de água, para apagar o incêndio. Muitos se dizem anarquistas, mas pelo visto conhecem pouco dessa ideologia. São contrários ao capitalismo e gostam de comer sanduíches de uma famosa rede de fast food norte-americana.

 Começo a desconfiar que por baixo das máscaras desses covardes, denominados Black Blocs, estejam muitos simpatizantes ou militantes da extrema-direita, que ainda não se conformaram com o clima democrático existente no Brasil. Se a polícia quiser e apertar o cerco, pode prender toda essa corja. São pessoas que desconhecem o valor profundo da palavra democracia, que ao contrário do que eles pensam, exige ordem e respeito à opinião contrária, principalmente numa manifestação nas ruas.

Crime organizado: A recente divulgação, por parte do Ministério Público, em São Paulo, revelou que o crime organizado manda de fato nas cidades. Já funciona como um poder paralelo, definindo até a morte de pessoas que desrespeitem suas imundas regras de convivência. A culpa deste desgoverno é das nossas autoridades que durante décadas nunca se preocupou em resolver o problema da Segurança Pública.
Atualmente, a facção criminosa que domina diversos presídios no País, tem gente infiltrada em vários setores da sociedade, a começar da polícia (Civil e Militar), Câmaras Municipais, Assembleias Legislativas e outros órgãos federais. Articulados, souberam ocupar os espaços ignorados pelo Estado.

Na periferia, a garantia de sossego nas ruas está em mãos de criminosos. Basta conhecer o traficante da região e ele alerta aos comparsas para não mexer com determinados moradores, bastando que todos fechem os olhos para suas atividades ilícitas. Para complicar, policiais que deveriam aplicar as regras da Segurança Pública, se corromperam, passando nas sextas-feiras para recolher o dinheiro sujo da propina.
Neste clima a população vai reclamar com quem? O caminho é confiar em Deus e pedir para que o pior nunca aconteça, desde que não caia nas mãos de comerciantes da fé, que já andam vendendo lugar nos Céus, interessados só no pouco dinheiro existente nas mãos dos desesperados em busca de milagre.


Radiografia de Sampa: Rua Pamplona




A Rua Pamplona começa no bairro da Bela Vista e termina no Jardim Paulista

Luís Alberto Caju

 A história da Rua Pamplona, que fica na Bela Vista, Centro de São Paulo, começa nas últimas décadas do século XIX. Naquela época, José Coelho Pamplona, Visconde de Porto Martin, comprou duas glebas de terra da antiga Chácara do Capão. Na primeira parte do terreno ele abriu as Ruas Luís Coelho, Matias Aires, Antônio Carlos e transversais. Na segunda ficou a Pamplona.

 Em 1887, o trecho desta rua era tortuoso, pois a parte urbanizada chegava até a Alameda São Carlos do Pinhal perto da atual Alameda Jaú. Ali ela recebia o nome de Alameda Rio Claro. Tempos depois ocorreu a ligação dos dois trechos da Bela Vista com o Jardim Paulista.

 Já o nome Rio Claro acabou aplicado a uma paralela da Rua Pamplona. José Coelho, cujo sobrenome serviu para batizar essa via pública, nasceu em Portugal em 1843. Doze anos depois veio morar no Rio de Janeiro com a família. Em 1874 seus pais mudaram para São Paulo. Mais tarde tornou-se comerciante e grande empresário, inclusive fundando uma fábrica de sabão. Filantropo, contribuiu muito com o Hospital da Beneficência Portuguesa de São Paulo, do qual foi presidente nos anos de 1892/1894, 1902/1905. Morreu em 1906 e sepultado no cemitério da Consolação.