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quarta-feira, 4 de março de 2020

Artigos: Imprevisibilidade climática tem explicação?



O neutro é a pior situação que pode ocorrer, com dois extremos: o excesso de chuva e depois um longo período de tempo de seca


*Prof. Dr. Rodrigo Berté

Apesar de sempre estarmos afoitos à espera do verão, a estação vem se comportando de forma irregular e nos surpreendendo com temperaturas mais baixas. Mas não estranhem, pois tudo isso tem uma explicação.

O último verão teve picos de temperaturas elevadas nos meses de dezembro, janeiro e em fevereiro, em especial na capital paranaense, Curitiba, e em toda a região Sul de forma geral. Essas nuances são justificadas pelo solstício de verão — quando o sol está no ponto mais alto, evento que determina a estação.

A imprevisibilidade nesta época se dá pelos oceanos. Como eles estão neutros, não tivemos os fenômenos do El Niño e La Niña, que são respectivamente responsáveis pelo aquecimento e esfriamento da água do Oceano Pacífico. Já no Oceano Atlântico, que também influencia muito na temperatura, a oscilação ocorre muito mais rapidamente, com picos de temperaturas acima e abaixo do normal. Este comportamento faz com que o clima não tenha padrão.

O neutro é a pior situação que pode ocorrer, com dois extremos: o excesso de chuva e depois um longo período de tempo de seca.

Do outro lado do mundo vemos a Antártida perdendo 2,7 trilhões de toneladas de gelo em 25 anos, e chegando a temperaturas próximas a 20 graus. No hemisfério norte, no Ártico, os ursos polares, tendo em vista as mudanças climáticas e a falta de alimentos, estão ameaçados pelo canibalismo, rumo à extinção.

Diante de todas essas mudanças climáticas, outro fator assusta. Muitos terão perdas por excesso de chuva e outros por falta de chuva. O que se tem de previsibilidade é que o verão será mais curto e o inverno mais rigoroso, em especial para a região Sul do Brasil.

*Prof. Dr. Rodrigo Berté é Diretor da Escola Superior de Saúde, Biociência, Meio Ambiente e Humanidades do Centro Universitário Internacional Uninter.

Artigos: Todos somos millennials



Não necessariamente um millennial defende o conceito de trabalho remoto por causa da "preguiça"


*Victoria Parra

verdade é que, hoje, tem-se uma má impressão sobre os millennials. Chamam-nos de "a geração perdida" ou "a geração smartphone". Frequentemente, julgam-nos "irresponsáveis", "alienados" ou "egoístas". Às vezes, somos até acusados de ser "a pior geração". Nós, millennials, somos os nascidos entre 1980 e 2000, entre a geração X e a geração Z - esses últimos aqueles "jovens modernos" nascidos depois de 2000 que, de fato, não se lembram do momento em que a tecnologia entrou nas suas vidas. Mas essas denominações fazem sentido? As gerações são realmente tão diferentes entre si na hora de consumir, trabalhar e pensar no estilo de vida?

Acima de tudo, que importância tem ser classificado como millennial no ambiente de trabalho para as empresas de hoje? Por que importa fazer essa distinção? Principalmente porque, segundo a consultoria ManPowerGroup (2016), os millennials formarão, até 202035% da força de trabalho global. E, na verdade, ainda mais porque as gerações depois de nós, com certezanão serão mais parecidas com os baby boomers. Assim, é fácil compreender que, com o passar do tempo, esse número só aumentará e que, por um instinto de sobrevivência, as empresas deverão, mais cedo ou mais tarde, atualizar certos valores, processos, estruturas e estilos de gestão.

Existem inúmeros trabalhos, vídeos, blogs, estudos sociológicos sobre os "desafios" que representamos para as empresas, mas quero focar em um único aspecto que não muda de acordo com a lente com a qual olhamos. Um aspecto indiscutível e essencial. Este: a onipresença da tecnologia em todos os âmbitos das nossas vidas.
Não necessariamente um millennial defende o conceito de trabalho remoto por causa da "preguiça". É porque ele sabe que pode fazer o mesmo em casa. Não necessariamente um millennial exige "flexibilidade no horário de trabalho" para participar de outras atividades, mas porque ele sabe que existem ferramentas de comunicação, colaborativasinteligentes e intuitivas que reduzirão seu tempo de trabalho. O millennial não é uma pessoa "rebelde", mas um jovem que nasceu para (ou aprendeu aentender, de forma quase natural, a tecnologia como um aliado para todos os aspectos da sua vida.

Como parte de uma empresa de inovação e tecnologia como a Avaya, sei que realmente existem ferramentas e soluções que permitem que isso seja uma realidade. Não amanhã, nem no futuro, mas hoje. Resposta instantânea, espaços colaborativos, integração entre canais de voz, bate-papo, e-mail, telefones celulares, telefones de mesa (em outras palavras, omnichannel), previsão inteligente, otimização de recursos, busca de respostas mais claras e eficientes - tudo isso é possível com as tecnologias certas, e é isso que esperamos nos nossos trabalhos e que exigimos das empresas que consumimos.

Que mudanças as empresas devem fazer hoje? O segredo está na inovação de espaços de trabalho de comunicação e colaboração. Quando uma companhia reflete a necessidade de adaptar suas instalações e ferramentas de trabalho aos processos desenvolvidos internamente com seus colaboradores, começa-se a criar uma cultura em torno dessas mudanças e, portanto, uma diminuição das lacunas de comunicação existentes e um aumento da produtividade. Executar essas mudanças não significa "atender aos caprichos" do millennial, mas atender às necessidades dos futuros clientes, dos talentos atuais da empresa. Representa estabelecer internamente as fundações de uma posição que seja atraente para ter o capital humano de trabalho que atrairá os melhores perfis.

Segundo um estudo da Glassdoor, as empresas que obtiveram aprimeiras posições no Ranking das Melhores Empresas para Trabalhar na Argentina são as que apresentam o maior equilíbrio entre vida pessoal e vida profissional. Estas palavras mágicas são as mais associadas aos millennials: "buscamos equilíbrio". Agora, há alguém que não? Não acredito que, no passado, as gerações anteriores não o desejassem, procurassem ou pelo menos ansiassem por alcançá-lo. Não é um desejo louco que transcende qualquer "rótulo" possível; é um desejo catalogado como humano.

A diferença é de que, no passado, esse equilíbrio, não era mais do que um desejo distante, sobretudo porque não existia uma forma de concretizá-lo. São poucos aqueles que podem desejar algo e imaginá-lo como real mesmo não sabendo o caminho para alcançá-lo os inovadores. Paradoxalmente, a tecnologia que avançou graças a esses "inovadores" tornou todos esses desejos possíveis. A tecnologia, então, nada mais é do que a resposta a perguntas e desejos que estão avançando e progredindo com o ser humano.
Como geração, temos um desafio que as anteriores não tiveram: garantir que a tecnologia nos permita transformar positivamente nossas vidas, facilitando nosso dia a dia.

 O mundo do trabalho "do passado" está chegando ao fim e, agora, pode se tornar o do presente e do futuro. Hoje, temos as ferramentas e sabemos como usá-las. Não, não somos tão diferentes um do outro; depende apenas de cada um de nós, de colaborarmos e trabalharmos juntos, todas as gerações, a fim de satisfazer o que agora nos é concedido, mas que, na realidade, nos transcende: a busca pelo bem-estar, o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal, e satisfação onde quer que estejamos.
*Victoria Parra é gerente de Marketing Cone Sul da Avaya.

Política: Comissão faz audiência pública para discutir MP da regularização fundiária

A medida provisória (MP) 910/19, que estabelece novos critérios para a regularização fundiária de imóveis da União e do Incra, será tema de audiência pública nesta tarde


Luís Alberto Alves/Hourpress/Agência Câmara
Devem participar do debate representantes de movimentos sociais, professores e outros especialistas.
A regularização de que trata o texto inclui assentamentos ocupados até maio de 2014, com área de até 15 
módulos fiscais. Com a medida, o governo diz que  beneficiará cerca de 300 mil famílias. O módulo fiscal é uma unidade fixada para cada município pelo Incra e varia de 5 a 110 hectares.
A MP altera a Lei 11.952/09, que até então limitava a regularização a imóveis de até quatro módulo fiscais, ocupados até julho de 2008, e apenas na 
Amazônia Legal, abrangendo a totalidade dos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins, além de parte do Maranhão e do Mato Grosso, perfazendo uma superfície de 5.217.423 km², o que corresponde a cerca de 61% do território brasileiro.
Presidido pelo deputado Lucio Mosquini (MDB-RO), o colegiado tem como relator o senador Irajá (PSD-TO).
Foram convidados para participar do debate:
- o professor Carlos Frederico Marés de Souza Filho, da Pontifícia Universidade Católica do Paraná;
- o professor Gerd Spavoreck, da Universidade de São Paulo;
- Hercules Jackson, especialista em Direito Ambiental;
- representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag);
- representante da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib);
- representante da Via Campesina;
- representante da Comissão Pastoral da Terra Nacional (CPT);
- representante da Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq);
- representante do Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS);
- representante da Assembleia Legislativa do Estado de Rondônia.

A reunião será realizada às 14 horas, no plenário 6 da ala Nilo Coelho, no Senado.

Política: Para Maia, baixo crescimento do PIB mostra que só as reformas não bastam

"A grande mensagem [desse resultado] é que a participação do Estado será sempre importante para que o Brasil possa crescer e se desenvolver”, afirmou


Luís Alberto Alves/Hourpress/Agência Câmara

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, afirmou que os investimentos públicos são instrumentos importantes para ajudar o crescimento econômico brasileiro. Segundo ele, o baixo crescimento do 
PIB mostra que apenas as reformas e os investimentos privados não são suficientes para organizar a economia do País.
“A gente não consegue organizar um País apenas fazendo reformas, cortando, cortando, cortando... Só o setor privado sozinho não vai resolver, a grande mensagem [do PIB] é que a participação do Estado será sempre importante para que o Brasil possa crescer e se desenvolver”, afirmou o presidente.
Nesta quarta-feira (4), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os números do Produto Interno Bruto brasileiro de 2019. A economia cresceu 1,1% no ano passado. Apesar de ser a terceira alta anual consecutiva, após dois anos de retração, foi o desempenho mais fraco da economia nestes três anos.
"Já era a expectativa, uma expectativa que infelizmente foi confirmada. Os números mostram uma queda do valor de investimento público, também a queda de serviços na área pública e prova que a aplicação do Orçamento, os investimentos públicos são muito importantes para ajudar o crescimento econômico", disse Maia.

Política: Projeto cria marco legal para uso de inteligência artificial no Brasil


Texto determina que a inteligência artificial deverá respeitar os direitos humanos e os valores democráticos


Luís Alberto Alves/Hourpress/Agência Câmara

O Projeto de Lei 21/20 cria o marco legal do desenvolvimento e uso da Inteligência Artificial (IA) pelo poder público, por empresas, entidades diversas e pessoas físicas. O texto, em tramitação na Câmara dos Deputados, estabelece princípios, direitos, deveres e instrumentos de governança para a IA.
Entre outros pontos, a proposta estabelece que o uso da IA terá como fundamento o respeito aos direitos humanos e aos valores democráticos, a igualdade, a não discriminação, a pluralidade, a livre iniciativa e a privacidade de dados.
Além disso, a IA terá como princípio a garantia de transparência sobre o seu uso e funcionamento.
Autor do projeto, o deputado Eduardo Bismarck (PDT-CE) disse que o objetivo é dotar o País de uma legislação que, ao mesmo tempo, estimule a IA e proteja os cidadãos do mau uso dela. “Precisamos de uma edição de legislação tornando obrigatórios os princípios consagrados no âmbito internacional e disciplinando direitos e deveres”, disse.
Agentes de IA
O texto apresentado por Bismarck é bem detalhado. Ele prevê a figura do agente de IA, que pode ser tanto o que desenvolve e implanta um sistema de IA (agente de desenvolvimento), como o que opera (agente de operação).

Os agentes de IA terão uma série de deveres, como responder, legalmente, pelas decisões tomadas por um sistema de inteligência artificial e assegurar que os dados utilizados respeitam a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). A norma regula o tratamento de dados pessoais de clientes e usuários de empresas do setor público e privado.
A proposta também prevê os direitos dos agentes de IA e de todas as pessoas afetadas pelos sistemas de inteligência artificial (chamadas no projeto de “partes interessadas”). Entre eles, o acesso à forma de uso, pelos sistemas, de dados pessoais sensíveis, como dados genéticos.
Relatório
Outra inovação do projeto é a criação do relatório de impacto de IA, um documento elaborado pelos agentes de IA com a descrição da tecnologia, incluindo medidas de gerenciamento e contenção de riscos. A publicação do relatório poderá ser solicitada pelo poder público, que também poderá recomendar a adoção de padrões e melhorias na tecnologia.

O texto que será avaliado pelos deputados prevê ainda, para o poder público: estímulo à adoção de IA nos serviços públicos, preferencialmente em formato aberto e livre; apoio a pesquisas na área; capacitação de trabalhadores para se adaptarem à nova realidade tecnológica; e criação de mecanismos de governança.
Tramitação
A proposta será analisada em 
caráter conclusivo pelas comissões de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática; Trabalho, de Administração e Serviço Público; e Constituição e Justiça e de Cidadania.

Economia: Petrobras bate recorde de exportação de combustível


Estatal exportou 238 mil barris de óleos combustíveis por dia



Agência Brasil 

Em fevereiro, a Petrobras exportou 238 mil barris de óleos combustíveis por dia, com 1 milhão de toneladas no mês. A marca é recorde para a estatal, que foi beneficiada pela mudança na especificação mundial do combustível marítimo (IMO 2020).
O novo padrão internacional reduziu o limite de teor de enxofre de 3,5% para 0,5%, o que gerou oportunidades para a Petrobras, que produz petróleo e óleo combustível com baixos teores de enxofre.
Segundo nota divulgada pela empresa, as exportações de petróleo continuaram em patamares elevados em fevereiro, com volumes acima de 690 mil barris por dia. A estatal destaca que isso só foi possível devido ao ajuste de fluxo das exportações, aumentando a destinação dos produtos para Caribe, Estados Unidos e Europa, no lugar da Ásia, que é o principal destino das exportações da Petrobras mas encontra-se com o mercado restrito devido ao surto de coronavírus (Covid-19) que afeta a região.
A Petrobras também destacou que ainda não é possível avaliar os impactos que o surto pode levar à companhia, diante dos desdobramentos na economia global.

Economia: Retrato da crise: hoje 44% das famílias são chefiadas por mulheres



A falta de dinheiro é motivo mais importante para as mulheres não saírem do que para os homens


Redação/Hourpress

O boletim Pesquisa Seade, baseado em levantamento inédito da Fundação Seade, analisa as características das famílias chefiadas por mulheres na metrópole paulista, as diferenças no padrão de renda domiciliar por sexo do chefe e os deslocamentos dos chefes de família no espaço urbano.
 Os dados mostram que a diversidade de composição é um traço cada vez mais característico das famílias da Região Metropolitana de São Paulo – RMSP,  39% das famílias são chefiadas por mulheres.
 Alguns resultados da pesquisa:
 1 – o arranjo mais usual entre as famílias chefiadas por mulheres na metrópole continua sendo aquele em que a mulher vive apenas com filhos e/ou netos, sem cônjuge;
 2 - a parcela de famílias chefiadas por mulheres em que elas chefiam o casal, com ou sem filhos, já corresponde a 24%;
 3 - a idade média das mulheres chefes de família corresponde a 53,8 anos, superior à dos homens chefes (49,4 anos);
 4 - as famílias chefiadas por mulheres têm rendimento cerca de 30% inferior ao daquelas chefiadas por homens. Em média, as famílias chefiadas por mulheres dispõem de R$ 41/dia, valor que sobe para R$ 46/dia entre as chefiadas por homens;
 5 - o trabalho é única fonte de renda para 44% das famílias chefiadas por mulheres, situação de 59% das chefiadas por homens. A renda média das famílias chefiadas por mulheres que somente recebem pensão e aposentadoria equivale a R$ 1.714, com 7% do total de famílias na RMSP estão nessa situação;
 6 - entre as famílias chefiadas por mulheres, as que mais recebem benefícios de programas sociais são aquelas que vivem sem cônjuge com filhos e/ou netos. Entre as chefiadas por homens, são casais com filhos e/ou netos. Cerca de 1,1 milhão de pessoas vivem em famílias chefiadas por mulheres que recebem benefícios de programas sociais;
 7 -  as mulheres chefes de família vão mais ao comércio do dia a dia (41%), a atividades religiosas (23%) e a serviços de saúde (13%), enquanto. Os homens chefes mencionam com mais frequência saídas para atividades de lazer (22%) e práticas esportivas (12%);
 8 -  as mulheres chefes de família se deslocam com menos frequência para visitas, lazer e práticas esportivas do que os homens chefes e as cônjuges mulheres, indício de sobrecarga de outras atividades;
 9 – a parcela de mulheres que não costumam sair, exceto para escola e trabalho, é menor do que a de homens. A falta de dinheiro é motivo mais importante para as mulheres não saírem do que para os homens.