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quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020

Política: Doações que beneficiem pessoa com câncer ou deficiência poderão ser deduzidas do IR



O Projeto de Lei 6231/19 torna permanentes os incentivos tributários concedidos a pessoas físicas e jurídicas


Luís Alberto Alves/Hourpress/Agência Câmara

Que fazem doações ao Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica (Pronon) e ao Programa Nacional de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com Deficiência (Pronas/PCD).  A matéria está em análise na Câmara dos Deputados.
A lei alterada pelo projeto já determina que os valores doados podem ser deduzidos do Imposto de Renda (IR) devido, mas prevê o fim o fim do benefício para pessoas físicas em 2020 e para pessoas jurídicas em 2021.
Autor da proposta, o deputado Sergio Souza (MDB-PR) informa que os programas foram criados com a finalidade de captar e canalizar recursos para a prevenção e o combate ao câncer, no caso do Pronon, e para a reabilitação da pessoa com deficiência, no caso do Pronas/PCD.
“Os programas têm exercido importante papel na expansão da prestação de serviços médico-assistenciais, no apoio à formação, ao treinamento e ao aperfeiçoamento de recursos humanos, bem assim na realização de pesquisas clínicas, epidemiológicas, experimentais e socioantropológicas”, diz o autor.
Tramitação
O projeto será analisado em 
caráter conclusivo pelas comissões de Seguridade Social e Família; de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Política: MP da Carteira de Trabalho Verde-Amarela recebe mais críticas do que elogios no primeiro debate



MP da Carteira de Trabalho Verde-Amarela recebe mais críticas do que elogios no primeiro debate

Luís Alberto Alves/Hourpress/Agência Câmara

TV Câmara

A medida provisória que institui o Contrato de Trabalho Verde e Amarelo (MP 905/19) recebeu mais críticas do que elogios de deputados e senadores nesta quarta-feira (05), durante a primeira audiência pública da 
comissão mista que analisa a proposta. O secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho, foi convidado a explicar a proposta.
Para os críticos, a MP não respeita critérios de urgência e relevância e reúne temas desconexos, que deveriam ser analisados por projeto de lei. Entre os pontos criticados está a autorização para o trabalho aos domingos, o fim da regulamentação de nove profissões, a exigência de contribuição previdenciária de quem recebe seguro-desemprego e mudanças em direitos constitucionais dos trabalhadores, como o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e o seguro-desemprego.
Roque de Sá/Agência Senado
Rogério Marinho (D) considera urgente a geração de empregos
Defensores da proposta, por outro lado, afirmaram que a legislação trabalhista brasileira, que tem como espinha dorsal a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), precisa ser modernizada, simplificada e racionalizada para atrair investimentos e gerar empregos.
Marinho frisou que a Medida Provisória 905/19 se concentra em três grandes eixos: na contratação de jovens que procuram o primeiro emprego; na reestruturação da oferta de microcrédito; e na atualização da lei trabalhista. “Vocês me perguntam o porquê de tantos assuntos tratados na mesma proposta. Todos têm conectividade entre si. Eles tratam de desburocratização, simplificação, mas, sobretudo, de permitir que o emprego, que é ocupação e renda, possa ser gerado no nosso País”, respondeu. “Eu diria que não há nada mais urgente do que resgatar empregos.”
Os deputados Paulo Pimenta (PT-RS)Bohn Gass (PT-RS)Rogério Correia (PT-MG)Bira do Pindaré (PSB-MA) e Paulo Pereira da Silva (Solidariedade-SP) e o senador Paulo Paim (PT-RS) sugeriram o reenvio da MP na forma de projeto de lei. Pimenta criticou especificamente o trabalho aos domingos e a desregulamentação de nove profissões. “Se não tiver registro, se não tiver formação, é salário menor, é precarização, é um exército de desempregados sempre disposto a trabalhar”, disse.
Roque de Sá/Agência Senado
Parlamentares da oposição querem que a proposta seja encaminhada novamente por projeto de lei
Profissões
A MP acaba com o registro profissional de jornalistas, radialistas, publicitários, atuários, artistas, arquivistas, sociólogo, secretários, corretores de seguros e guardadores de carros, autorizando qualquer trabalhador a exercer essas profissões.  Segundo Marinho, o objetivo é permitir que o respectivo órgão de classe faça o controle dessas profissões, sem necessidade de registro no Ministério do Trabalho. “Para que o registro de guardador de carro?”, indagou.

Bira do Pindaré também criticou o trabalho aos domingos. “Querem tirar o domingo, que é o dia da família, do futebol, com o discurso de que vai gerar empregos. É um direito fundamental das pessoas o descanso aos domingos”, defendeu. O deputado Rogério Correia (PT-MG) chamou a proposta de MP da Escravidão e avalia que ela representa o fim da CLT.
Empregos
Por outro lado, os deputados Bia Kicis (PSL-DF)Alexis Fonteyne (Novo-SP)Kim Kataguiri (DEM-SP) e Átila Lira (PP-PI) sustentaram que as legislações trabalhista e tributária dificultam os negócios e a geração de emprego no Brasil.  Kataguiri defendeu a revogação da CLT como caminho para a geração de mais empregos. No mesmo sentido, Fonteyne afirmou que a CLT é uma “cova de empregos e uma fábrica de desempregos”.

“Essa MP deveria ter proposto o fim da CLT. Não há nada mais precário do que o desemprego. Ele que é precário.  Pessoas com baixa qualificação, que não conseguem emprego no Brasil, vão buscar trabalho em outros países, onde nem CLT tem”, disse Fonteyne.
As próximas audiências da comissão foram marcadas para os dias 11, 12 e 13 de fevereiro e deverão ouvir representantes da Justiça do Trabalho, do setor de seguros e de patrões e empregados.

Política: Projeto do governo viabiliza exploração de minérios em terras indígenas



As atividades só poderão ser realizadas em solo indígena com prévia autorização do Congresso Nacional e mediante consulta às comunidades afetadas


Luís Alberto Alves/Hourpress/Agência Câmara

O Projeto de Lei 191/20 regulamenta a exploração de recursos minerais, hídricos e hidrocarbonetos em terras indígenas. A iniciativa do governo federal vai ao encontro de declarações recentes do presidente Jair Bolsonaro, que  defende o aproveitamento econômico de territórios indígenas.
“Em Roraima, tem R$ 3 trilhões embaixo da terra. E o índio tem o direito de explorar isso de forma racional, obviamente. O índio não pode continuar sendo pobre em cima de terra rica”, disse Bolsonaro, em abril de 2019, ao encontrar representantes das etnias Parecis (Mato Grosso), Macuxi (Roraima), Xucuru (Pernambuco) e Yanomamis (Amazonas/Roraima), que reivindicam o direito de explorar as reservas tradicionais.
O projeto define condições específicas em que poderá haver pesquisa e lavra de recursos minerais e de hidrocarbonetos (petróleo, gás natural) em terras indígenas, bem como o aproveitamento hídrico para geração de energia elétrica nessas áreas.
De acordo com a Constituição Federal, essas atividades só podem ser realizadas em solo indígena com prévia autorização do Congresso Nacional, por meio de decreto legislativo, e mediante consulta às comunidades afetadas, as quais é assegurada participação nos resultados.
Estudo técnico
Além das imposições constitucionais, o texto do Executivo determina que a exploração econômica do subsolo indígena deverá assegurar indenização às comunidades afetadas, já que a atividade impede que eles explorem a própria terra (restrição ao usufruto). O cálculo da indenização levará em conta o grau de restrição imposto pelo empreendimento.

O texto exige ainda estudos técnicos prévios com o objetivo de avaliar o potencial exploratório da área. Esses estudos independem de autorização do Congresso Nacional e podem ser realizados com processo de demarcação em curso.
Atividades de mineração ou de exploração de recursos hídricos que tenham sido autorizadas antes da demarcação deverão ser analisadas pelo Congresso Nacional no prazo de quatro anos, ouvidas as comunidades indígenas afetadas.
Caberá ao órgão ou entidade responsável pelo estudo prévio solicitar à Fundação Nacional do Índio (Funai) interlocução com as comunidades indígenas, a fim de que sejam respeitados usos, costumes e tradições dos povos envolvidos. Se a interlocução não for possível ou não houver autorização para o ingresso na terra indígena, o estudo técnico poderá ser elaborado com dados e elementos disponíveis.
Após a conclusão do estudo prévio, o governo federal definirá quais áreas poderão ser exploradas. No caso de minérios, as áreas autorizadas pelo Congresso Nacional para a realização de pesquisa e lavra serão licitadas pela Agência Nacional de Mineração (ANM).
Participação nos resultados
O projeto reserva às comunidades indígenas cujas áreas sejam utilizadas para a exploração econômica o direito de receber, a título de participação nos resultados,  0,7% do valor da energia elétrica produzida, de 0,5% a 1% do valor da produção de petróleo ou gás natural e 50% da compensação financeira pela exploração de recursos minerais.

O texto prevê ainda a criação de conselhos curadores, de natureza privada, que serão compostos apenas por indígenas e pelos responsáveis pela gestão dos recursos financeiros decorrentes dos pagamentos, que serão depositados pelo empreendedor, por meio de transferência bancária, na conta do respectivo conselho curador.
Na distribuição dos recursos, os conselhos curadores deverão prezar pela repartição justa dos recursos, pela autonomia da vontade dos povos envolvidos, pelo respeito aos modos tradicionais de organização e pela legitimidade das associações representativas das comunidades indígenas afetadas.
Lavra garimpeira
O Projeto de Lei 191/20 prevê permissão para lavra garimpeira em terras indígenas em áreas definidas pela ANM, desde que haja consentimento das comunidades indígenas afetadas. A agência concederá o prazo de 180 dias para que as comunidades indígenas afetadas manifestem interesse em realizar a garimpagem diretamente ou em parceria com não indígenas.

Em 1996, o Projeto de Lei 1610/96, do ex-senador Romero Jucá, já criava regras para a exploração de minérios em terras indígenas. Em 2015, foi criada uma comissão especial para analisar o projeto, que teve parecer favorável do ex-deputado Eduardo Valverde. O parecer, entretanto, não chegou a ser votado.
Reportagem – Murilo Souza

Política: FAB aguarda vaga no espaço aéreo chinês para resgatar brasileiros



Aeronaves estão em Varsóvia e devem chegar em Wuhan amanhã


Agência Brasil

O Ministério da Defesa informou hoje (6) que os aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) destacadas para repatriar os brasileiros que estão em Wuhan, China, epicentro do surto do novo coronavírus, já estão em Varsóvia, na Polônia, onde estava prevista uma das escalas.
As duas aeronaves VC-2 aguardam a alocação de um horário para pouso do controle aéreo chinês. De acordo com o ministério, a espera é devido ao alto fluxo de tráfego aéreo no país e das missões internacionais de repatriação, que estão saindo e chegando da região afetada.
A previsão é que as aeronaves brasileiras cheguem na China no final da sexta-feira (7). Já a chegada ao Brasil deve acontecer no sábado (8).
Os aviões da FAB partiram ontem (5) de Brasília para buscar ao menos 34 pessoas (brasileiros e parentes) que requisitaram resgate ao governo. A previsão é que as aeronaves levem 62 horas no processo de ida e volta, sendo 47 horas de voo.
Antes de chegar à cidade destino, as aeronaves fizeram escala em Fortaleza (CE), Las Palmas (Espanha) e Varsóvia (Polônia). Também está prevista uma escala em Ürümqi, já na China. No retorno, as aeronaves passarão pelas mesmas cidades.
O repórter cinematográfico da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) Warley Andrade está em um aviões da FAB e enviou imagens internas da aeronave. 

Quarentena

Para agilizar o processo de repatriação dos brasileiros, o governo enviou, na terça-feira (4), um projeto de lei (PL) ao Congresso estabelecendo regras e medidas para controle, no território brasileiro, da epidemia do coronavírus. A matéria já passou pela Câmara e nesta quarta-feira também foi aprovada no Senado.
Ao deixar o Palácio da Alvorada na manhã desta quinta-feira, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que até amanhã o projeto será sancionado, antes que os aviões da FAB retornem ao país.
O projeto aprovado prevê, entre outros pontos, o isolamento para portadores do vírus ou quarentena para os que tiverem suspeitas de contaminação. Os cidadãos isolados terão tratamento gratuito e o direito de serem informados permanentemente sobre seu estado de saúde. O projeto prevê ainda o fechamento de fronteiras, portos e aeroportos para entrada e saída do país e a autorização excepcional e temporária da entrada de produtos sem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária ,caso sejam necessários.
Assim que chegarem em território brasileiro, todos os integrantes das aeronaves passarão por uma quarentena de 18 dias na Base Aérea de Anápolis (GO), incluindo os tripulantes.
No dia 30 de janeiro, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o surto de coronavírus como emergência em saúde pública de importância internacional. Mais de 550 pessoas já morreram na China e 28 mil foram infectadas pelo novo vírus. No Brasil, 11 pacientes são monitorados por suspeita de terem sido infectados, até agora nenhum caso foi confirmado.

Confira os principais sintomas e os cuidados para evitar o coronavírus.
Confira os principais sintomas e os cuidados para evitar o coronavírus. - Agência Brasil

Economia: Pesquisa aponta que caiu para 65,3% o número de brasileiros endividados em janeiro


É a terceira queda consecutiva de famílias com dívidas em atraso

Agência Brasil


O percentual de famílias com dívidas em cartão de crédito, cheque especial, cheque pré-datado, crédito consignado, crédito pessoal, carnê de loja, prestação de carro e prestação da casa diminuiu, em janeiro de 2020, para 65,3%, após ter alcançado o maior patamar da série histórica (65,6%) em dezembro.
Houve alta, entretanto, na comparação com janeiro do ano passado, quando o indicador alcançou 60,1%. Os dados são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada hoje (6) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Segundo a pesquisa, pelo terceiro mês consecutivo, o percentual de famílias inadimplentes, ou seja, com dívidas ou contas em atraso, teve queda – de 24,5% para 23,8%. Também foi registrada queda no percentual de famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso e que, portanto, permaneceriam inadimplentes - de 10% para 9,6%. Os dois indicadores, porém, apresentaram alta em relação a janeiro do 2019.
De acordo com o presidente da CNC, José Roberto Tadros, apesar de o endividamento permanecer em um patamar elevado, a queda nos indicadores de atraso e inadimplência indica que as dívidas têm sido compatíveis com a renda das famílias.
“As melhores condições do crédito têm permitido a ampliação desse mercado ao consumidor, que vem tendo mais segurança para comprar por conta da melhora recente do mercado de trabalho, confirmada pelos últimos indicadores econômicos”, afirmou, em nota.
Segundo a CNC, a parcela média da renda comprometida com o pagamento de dívidas apresentou retração na comparação mensal: de 29,7% para 29,4%. O percentual é o menor contabilizado desde maio de 2019.
Entre as dívidas apontadas pelos brasileiros como as principais em janeiro estão cartão de crédito (79,8%), carnês (15,9%) e financiamento de carro (10,9%).
A economista da CNC Izis Ferreira disse que havia uma demanda represada por bens que são mais dependentes do crédito, como móveis e eletrodomésticos.
“A proporção do comprometimento da renda com dívidas vem caindo desde novembro de 2019 e reforça que o consumo está sendo retomado através do que se pode chamar de dívida responsável, com as famílias se organizando para pagar empréstimos e financiamentos”, afirmou, em nota, a economista.

Economia: Poupança tem maior retirada líquida da história em janeiro



Saques superaram depósitos em R$ 12,36 bilhões

Agência Brasil

Com os rendimentos comprometidos por causa da queda dos juros, o interesse na caderneta de poupança começou 2020 em baixa. Em janeiro, os investidores retiraram R$ 12,36 bilhões a mais do que depositaram na aplicação, informou hoje (6) o Banco Central. Essa foi a maior retirada mensal líquida da história desde o início da série, em 1995.
O recorde anterior tinha sido registrado em janeiro de 2016, quando a retirada líquida somou R$ 12,03 bilhões. Tradicionalmente, o primeiro mês do ano apresenta forte retirada de recursos da poupança. Isso porque a população usa parte das reservas financeiras para cobrir gastos de início de ano, como impostos, material escolar e quitar as compras de Natal.
Até 2014, os brasileiros depositavam mais do que retiravam da poupança. Naquele ano, as captações líquidas chegaram a R$ 24 bilhões. Com o início da recessão econômica, em 2015, os investidores passaram a retirar dinheiro da caderneta para cobrir dívidas, em um cenário de queda da renda e de aumento de desemprego.
Em 2015, R$ 53,57 bilhões foram sacados da poupança, a maior retirada líquida da história. Em 2016, os saques superaram os depósitos em R$ 40,7 bilhões. A tendência inverteu-se em 2017, quando as captações excederam as retiradas em R$ 17,12 bilhões, e em 2018, com captação líquida de R$ 38,26 bilhões. Em 2019, a poupança registrou captação líquida de R$ 13,23 bilhões.
Com rendimento de 70% da Taxa Selic (juros básicos da economia), a poupança está atraindo menos recursos porque os juros básicos estão no menor nível da história. Com a Selic em 4,25% ao ano, o investimento está cada vez rendendo menos.
Em 2019, a aplicação rendeu 4,26%, segundo o Banco Central, contra inflação oficial de 4,31% pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Para 2020, o Boletim Focus, pesquisa com instituições financeiras divulgada pelo Banco Central, prevê inflação oficial de 3,4% pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Com a atual fórmula de rendimento, a poupança renderá 2,975% em 2020, caso a Selic permaneça em 4,25% ao longo de todo este ano.

Economia: Fundos de pensão fecham 2019 com rentabilidade de 13,06%, diz Abrapp


Previsão é que patrimônio chegue a R$ 1 trilhão no primeiro semestre

Agência Brasil

O patrimônio dos fundos de pensão somou R$ 959 bilhões em outubro de 2019, o equivalente a 13,4% do PIB. O total é 7% maior que o registrado em dezembro de 2018 (R$ 900 bilhões), segundo levantamento da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp).
“A previsão é que o patrimônio chegue a R$ 1 trilhão ainda neste primeiro semestre e duplique para R$ 2 trilhões em duas décadas”, afirmou o presidente da Abrapp, Luís Ricardo Martins.
Segundo Martins, o sistema tem apresentado crescimento "consistente e robusto", puxado pela demanda reprimida, que procurou pelos fundos a partir de 2016, depois do anúncio da reforma da Previdência.
"Tem uma demanda reprimida e temos obrigação de criar mecanismos para que essas pessoas possam ingressar em um plano fechado de previdência privada, começando pelos planos familiares. Mas acho que o segmento fechado nunca esteve tão aberto."
Dados da Abrapp mostram que a rentabilidade da carteira consolidada até outubrodo ano passado dos fundos de pensão foi de 10,69%, no acumulado do ano, bem acima da TJP (taxa que estabelece o rendimento mínimo das entidades), que ficou em 7,78%.
Para o ano de 2019, a projeção da Abrapp é que a rentabilidade do sistema chegue a 13,06%, acima da TJP (INPC+5,84% a.a) de 10,73%. O número divulgado é uma projeção, e não foi fechado, porque alguns planos ainda não terminaram o balanço do ano passado.
O resultado também é positivo quando se leva em conta prazos mais longos, que devem ser considerados quando se trata de previdência: nos últimos 15 anos (desde 2005), os fundos de pensão tiveram rentabilidade de 485,47%, em comparação à exigência atuarial de 419,64%.
O levantamento da Abrapp confirmou ainda o crescimento acelerado dos planos instituídos (criados por sindicatos, entidades de classe etc.), que somaram 442,1 mil participantes e outubro – praticamente o dobro do total registrado em 2013 (224,7 mil pessoas).

Novos produtos

Segundo o presidente da Abrapp, é preciso uma reinvenção do segmento, criando novos produtos previdenciários para o jovem trabalhador, da chamada geração dos millennials, também conhecidos como geração Y, os nascidos entre o período da década de 80 até o começo dos anos 2000.
“Precisamos de um plano de previdência flexível, identificando com muita transparência, porque se for muito complicado ele não vai entrar, esse é um primeiro ponto. Dentro dessa revolução o nosso segmento precisa se adaptar a isso e, nessa linha, estamos trabalhamos na reestruturação de novos produtos.”