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segunda-feira, 7 de outubro de 2019

Geral: PRF prende suspeito de integrar milícia que controla comunidades


O suspeito tinha contra ele um mandado de prisão por homicídio


Agência Brasil

Policiais rodoviários federais prenderam na noite de ontem (6), com o apoio do Ministério Público do Rio de Janeiro, um suspeito de integrar a milícia que controla a comunidade de Rio das Pedras e da Muzema, na zona oeste da cidade do Rio. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), ele estava escondido em um sítio em Guapimirim, na Baixada Fluminense.
O suspeito tinha contra ele um mandado de prisão por homicídio. O Disque Denúncia oferecia uma recompensa de R$ 1 mil por informações que levassem à captura do foragido. Ele foi levado à Delegacia de Campos Elíseos (60ª DP).
A milícia que controla Rio das Pedras e a Muzema é apontada como responsável pela construção de edifícios irregulares, como os que desabaram em abril deste ano, matando mais de 20 pessoas.

Geral: Câncer de mama é o que mais atinge mulheres no Brasil e no mundo



Hábitos saudáveis ajudam a reduzir em até 30% chances de desenvolver doença

Redação/Hourpress
O câncer de mama é o tipo mais comum entre as mulheres no mundo, depois do câncer de pele não-melanoma, correspondendo a 25% dos casos novos a cada ano. No Brasil, este percentual é de 29%. A doença é causada pela multiplicação desordenada de células da mama, gerando a formação de células anormais e, consequentemente, um tumor.
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), a estimativa para 2019, é de 59.700 novos casos. O número de mortes em 2017 foi de 16.927, sendo 16.724 mulheres e 203 homens. A doença pode ser investigada através do exame clínico das mamas, exames de imagem como mamografia, ultrassonografia e ressonância nuclear magnética. A confirmação diagnóstica, porém, só pode ser feita através da biópsia.
“Há vários tipos de câncer de mama e com comportamentos diferentes, por isso uns tem o crescimento mais rápido e outros, mais lento. É importante salientar que o câncer de mama também acomete os homens – contudo, é raro, representando apenas 1 % do total de casos da doença”, explica o Dr Leopoldo Cruz Vieira, ginecologista obstetra e mastologista do HSANP.
“Quando a doença é diagnosticada no início, o tratamento tem alto potencial curativo. No caso de metástases, o tratamento busca prolongar a sobrevida e melhorar a qualidade de vida”, ressalta Leopoldo.
O exame de mamografia é recomendado para mulheres a partir de 40 anos. Porém, existem mulheres fora dessa faixa etária que descobrem a doença. A idade mínima para rastreamento mamográfico é de 40 anos. Porém, toda investigação deve ser individualizada para pacientes mais jovens, principalmente para as que possuem maiores fatores de risco”, afirma o ginecologista.
A doença pode ser tratada através de cirurgia para remoção do tumor e radioterapia, ou por tratamentos sistêmicos, como quimioterapia, hormonioterapia e terapia biológica. Os avanços vêm ocorrendo em relação ao maior conhecimento da doença através do estudo da biologia molecular tumoral, possibilitando tratamentos mais eficazes e menos invasivos.
A redução de risco e o diagnóstico precoce da doença seguem sendo os principais fatores para reduzir a mortalidade por câncer. Segundo o INCA, é possível reduzir em 30% o risco de uma mulher desenvolver câncer de mama a partir da adoção de bons hábitos, como a prática de atividades físicas regulares, alimentação saudável, não fumar, não ingerir bebidas alcoólicas, ter peso corporal adequado e não usar hormônios sintéticos em altas doses.
A mortalidade por câncer de mama apresenta uma curva ascendente e representa a primeira causa de morte por câncer nas mulheres brasileiras. O Sul e o Sudeste são as regiões que apresentam as maiores taxas de mortalidade, com 15,26 e 14,56 óbitos/100 mil mulheres em 2015, respectivamente.
A incidência da doença aumenta em mulheres a partir dos 40 anos. Abaixo dessa faixa etária, a ocorrência da doença é menor, bem como sua mortalidade, tendo ocorrido menos de 10 óbitos a cada 100 mil mulheres. Já a partir dos 60 anos o risco é 10 vezes maior.
Sobre o HSANP
Investimento de um grupo de médicos e gestores especializados na área de saúde com mais de 20 anos de experiência, o HSANP é referência na Zona Norte da Grande São Paulo. Seu objetivo é servir à população, com atendimento qualificado, alta tecnologia e corpo clínico especializado.

Geral: Conheça as duas escolas do estado de São Paulo selecionadas no estudo Excelência com Equidade no Ensino Médio


Pesquisa feita por Fundação Lemann, Iede, Instituto Unibanco e Itaú BBA mapeia escolas que atendem alunos de baixo nível socioeconômico e conseguem boa aprendizagem


Luís Alberto Alves/Hourpress

O estado de São Paulo teve duas escolas contempladas no estudo “Excelência com Equidade no Ensino Médio: a dificuldade das redes de ensino para dar um suporte efetivo às escolas”, realizado por Fundação Lemann, Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional (Iede), Instituto Unibanco e Itaú BBA. Ambas são escolas técnicas e estão localizadas no interior do estado -- nenhuma unidade de ensino médio na capital paulista alcançou os critérios exigidos.
O objetivo da pesquisa foi identificar estratégias e práticas comuns às escolas de ensino médio que atendem alunos com renda familiar de até 3 salários mínimos e conseguem bons resultados educacionais.
No total, pelo nível socioeconômico dos alunos, 5.042 escolas públicas de ensino médio eram elegíveis. Dessas, somente 100 (2%) atingiram os indicadores de qualidade propostos. Isto é, conquistaram bons resultados na Prova Brasil e no Enem 2017, além de taxa de aprovação mínima de 95%. É importante ressaltar que 82 dessas 100 escolas são de tempo integral.
Os estados que mais se destacaram na pesquisa foram: Ceará, com 55 escolas; Pernambuco, com 14; e Goiás e Espírito Santo, com 7 escolas cada.
As duas escolas do estado de São Paulo que atingiram os critérios do estudo são:


Pesquisa qualitativa
Por terem se destacado, Ceará, Pernambuco, Goiás e Espírito Santo foram os estados escolhidos para a realização da pesquisa de campo (qualitativa). Os pesquisadores visitaram duas escolas em cada um desses estados, além de uma escola com indicadores na média, para comparação.
A partir dessa análise, foi possível identificar ações e práticas que contribuem para os bons resultados e que podem servir de inspiração a outras unidades e redes. Valem destaque: 1. Tomadas de decisão baseadas em evidências; 2. Foco no uso de dados e no monitoramento contínuo da aprendizagem dos alunos, com utilização de sistemas integrados de gestão educacional; 3. Parceria entre professores e alunos, com escuta ativa e quebra do tabu da hierarquia; 4. Boa interlocução dentro e fora da escola (pais, comunidade e Secretaria de Educação); 5. Estratégias pedagógicas que conversam com a realidade dos alunos e atendem às diferentes necessidades de aprendizagem, com mescla de métodos de fixação (exercícios e simulados) e métodos que estimulam a criatividade e o protagonismo (feira de ciências, atividades esportivas, tutoria entre alunos e aulas eletivas criadas por eles).
No entanto, é preciso ressaltar que mesmo as escolas selecionadas têm desafios consideráveis: “nenhuma atingiu 600 pontos de média nas avaliações objetivas do Enem, uma pontuação longe de ser considerada alta, e nenhuma consegue garantir 70% dos alunos com aprendizado adequado em língua portuguesa e matemática, segundo o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb)”, afirma Ernesto Martins Faria, diretor executivo do Iede e pesquisador responsável pelo estudo.
O estudo “Excelência com Equidade no Ensino Médio: a dificuldade das redes de ensino para dar um suporte efetivo às escolas” é a terceira etapa da série Excelência com Equidade, que começou em 2012 com a análise dos anos iniciais do ensino fundamental. A partir de 2015, os anos finais passaram a ser estudados. Contando com este, são nove relatórios de pesquisa já produzidos.
ACESSE AQUI O ESTUDO NA ÍNTEGRA
Assista a um vídeo que traz algumas das lições das escolas de bons resultados

Túnel do Tempo: EUA na guerra contra o Afeganistão



Luís Alberto Alves/Hourpress


Em 07 de outubro de 2001, Estados Unidos une-se ao Reino Unido e inicia o combate ao Afeganistão,em  represália  ao atentado de 11 de setembro contra o World Trade Center, em Nova York. 

Raio X de Sampa: Conheça a história da Avenida Lins de Vasconcelos



 Ocupou a primeira presidência do Instituto de Advogados de São Paulo, do qual participou como um dos fundadores

Luís Alberto Alves/Hourpress

Luis de Oliveira Lins de Vasconcelos nasceu em Maceió (AL) em 12 de outubro de 1844 e faleceu em São Paulo em 16 de janeiro de 1916. Saiu de sua terra natal com 14 anos para estudar na capital paulista para conseguir se tornar advogado pela Faculdade de Direito do Largo São Francisco.
Ganhou destaque nesta área. Trabalhou para diversas empresas do setor de linhas de ferro e também do mercado financeiro. Foi nomeado presidente (cargo equivalente a governador) do Maranhão em 1879 e ali permaneceu até 1880. Ocupou a primeira presidência do Instituto de Advogados de São Paulo, do qual participou como um dos fundadores.
Foi um dos fundadores da Cia. Melhoramentos, em Caieiras (SP), em 1891, e da Companhia Viação Paulista, da Estrada de Ferro Bragantina, além de ser um rico empresário. Usou parte deste dinheiro em doações para Santa Casa de Misericórdia de SP e outras instituições de caridade.
A Avenida Lins de Vasconcelos (foto) percorria todo o loteamento de uma de suas propriedades, onde hoje existe o bairro do Cambuci, Centro Expandido, no seu traçado original que utilizava parte da antiga Estrada da Colônia da Glória até chegar à Estrada do Vergueiro.
     

quinta-feira, 3 de outubro de 2019

Sindical: Centrais se dividem sobre alternativas para reforma sindical


Já nas alternativas ao financiamento sindical também há divergências


Redação Hourpress/Diap
Unânimes na posição contrária a um modelo de reforma sindical que possibilitaria até 1 sindicato por empresa, as centrais sindicais estão divididas sobre qual alternativa defenderão. Força e UGT defendem representatividade mínima dos sindicatos por categoria, em eventual fim da unicidade sindical. Já CTB, NCST, CGTB e CSB querem a continuidade do modelo atual, em que é permitido apenas 1 sindicato por categoria em cada cidade ou região. No portal Valor Econômico
A proposta de novo órgão bipartite para regular a estrutura sindical também tem relativo acordo entre as organizações. Já nas alternativas ao financiamento sindical também há divergências.
As centrais sindicais iniciaram discussão com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para chegar a uma proposta de reforma sindical negociada entre entidades patronais, de trabalhadores e o Congresso. A intenção é se antecipar à reforma em elaboração por grupo de trabalho formado pelo secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho (PSDB).
A Força Sindical defende que possa haver mais de 1 sindicato por categoria por região, mas mediante volume mínimo de representação da categoria, a ser definido. “Deve haver um prazo de transição entre o modelo atual e o modelo futuro”, diz Miguel Torres, presidente da Força, acrescentando que essa representação não seria feita por número de filiados, mas por número de trabalhadores que aceitarem a representação pelo sindicato nas campanhas salariais.
Ele propõe novo modelo de contribuição sindical, com adesão voluntária pelos trabalhadores no momento da campanha salarial. “Uma das propostas é que só tenha direito às negociações coletivas aquele trabalhador que financiar a campanha salarial. Quem não contribuir fica sem ser coberto pelas negociações”, sugere.
Para Torres, a proposta de reforma sindical em discussão pelo governo, que prevê pulverização da representação, com a possibilidade de criação de sindicatos por empresa, com base na Convenção 87 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), tem como objetivo acabar com o movimento sindical. “Essa proposta nós não aceitamos.”
Ricardo Patah, presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), diz que a central não defende o fim da unicidade sindical, mas que as discussões tanto no Executivo, quanto no Congresso, estão tendendo nessa direção. O sindicalista defende então, nesse contexto, que os sindicatos tenham que ter representatividade mínima, como 10% da categoria entre seus filiados. Defende também contribuição negociada em assembleia por categoria e que as conquistas das negociações coletivas sejam válidas para todos.
“Temos uma reunião quarta-feira (2) na UGT para definir parâmetros mínimos e, no dia 17, haverá reunião do Rogério Marinho e o [secretário do Trabalho] Bruno Dalcomo com as centrais”, antecipa.
A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), a Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST) e a Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), por sua vez, fecharam posição contrária ao fim da unicidade sindical, diz Adilson Araújo, presidente da CTB. A Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) também tem posicionamento público neste mesmo sentido.
“Se houver a possibilidade de pluralismo, toda vez que houver uma disputa sindical, as correntes perdedoras se acharão no direito de fundar uma nova entidade. É uma fragmentação muito forte do movimento sindical”, diz Antonio Neto, presidente da CSB. “Nos surpreende saber que o governo Bolsonaro está copiando todas as teses do PT e da CUT, que sempre defenderam a Convenção 87, o pluralismo sindical e contra a contribuição sindical.”
A Central Única dos Trabalhadores (CUT) de fato defende historicamente essas posições, mas procurada pelo Valor disse que não comentaria o assunto.

Sindical: Alguns modelos de sindicatos estão com data para morrerem


Rapidamente, todas as atividades laborais passam a ser mediadas ou assistidas por máquinas e inteligência artificial. Em breve, e cada vez mais, as máquinas substituirão as atividades humanas e os humanos vão auxiliá-las.
*Clemente Ganz Lúcio
As empresas estão mudando a estrutura e a organização do sistema produtivo. A propriedade empresarial vai passando para novos acionistas, que estão ávidos pelo máximo lucro. Para isso, terceirizam riscos e custos. Novas tecnologias para a energia, a comunicação e o transporte criam condições inéditas para outra concepção de cadeia produtiva, de logística e de localização. O custo hora de 1 metalúrgico europeu é 25 vezes maior do que o de 1 metalúrgico argelino.

A inteligência artificial e a internet geram a possibilidade, em velocidade alucinante, de as máquinas ocuparem cada vez mais espaços nas atividades produtivas e passam a transformar em atividades econômicas todas as atividades humanas. A industrialização transforma, potencialmente, todas as atividades humanas em produção econômica e consumo.

Rapidamente, todas as atividades laborais passam a ser mediadas ou assistidas por máquinas e inteligência artificial. Em breve, e cada vez mais, as máquinas substituirão as atividades humanas e os humanos vão auxiliá-las.

As empresas, em velocidade estonteante, disputam mercados e aceleram mudanças para competir e ganhar o jogo da concorrência! Para isso, domínio da vanguarda tecnológica, velocidade e intensidade na redução de custos laborais. Máquinas no lugar de gente, sem custo e sem resistência.

A legislação trabalhista muda para proteger as empresas, assegurando que as mudanças ocorram sem que haja passivo trabalhista, sem mediação coletiva do sindicato. Formas flexíveis de contrato, jornada e remuneração, redução dos direitos dão às empresas a possibilidade de ajuste estrutural da força de trabalho para promover a presença crescente da máquina.
O novo sistema produtivo emerge no atual velho mundo e ganha dominância. Os sindicatos são sujeitos coletivos que nasceram e fizeram história nesse sistema produtivo que definha, morre e, ao mesmo tempo, se transforma. Os sindicatos que conhecemos definharão e morrerão junto com esse sistema produtivo.

Mas não é só isso. Os sindicatos devem ser intencionalmente colocados fora do jogo social para não atuarem e disputarem essa mudança econômica. O mundo do trabalho deve ser flexibilizado no limite do necessário, sem resistência.
A lógica dominante é sair do emprego para o trabalho, da proteção social para o assistência, do direito para o mérito. Há um novo jovem trabalhador sendo ideologicamente formado, avesso ao outro e à solidariedade, individualista e sem utopia para o futuro.
O sindicato de hoje não é a organização que produzirá a resposta dos trabalhadores para esse novo sistema produtivo; os dirigentes atuais não conhecem esse novo mundo do trabalho e não serão capazes de, sozinhos, produzir a resposta sindical necessária. Sindicatos e dirigentes têm enorme dificuldade para dialogar com esses novos trabalhadores e não os compreendem.
Dramaticamente, é urgente acordar! Esses sindicatos têm data marcada para morrer!
É essencial olhar para o futuro! Para ser protagonista das mudanças que possibilitem aos trabalhadores, desde já, serem sujeitos da história das novas e difíceis lutas que esse outro mundo do trabalho exigirá. A utopia que leva à mudança, orientada pela justiça social, precisa do fermento da criatividade e da ousadia da invenção.
Não sejamos os coveiros da luta! Sejamos semeadores, no solo social da transformação econômica, dos novos instrumentos e da nova organização para as lutas sociais e políticas que ainda não somos capazes de imaginar, mas que virão.
*Clemente Ganz Lúcio Sociólogo. É diretor-técnico do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos)