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quinta-feira, 18 de abril de 2019

Geral: Semana da Tontura alerta sobre a origem de tonturas e vertigens


Um dos enfoques é tratar a constante confusão entre os termos tontura e vertigem


Luís Alberto Alves/Hourpress


É difícil encontrar alguém que nunca sentiu um desconforto ou teve a sensação de tudo ao redor estar girando. A tontura é algo comum que atinge milhares de pessoas ao redor do mundo. Entretanto, esse é um assunto amplo e repleto de equívocos.

Nesse cenário, a Academia Brasileira de Neurologia (ABN), em conjunto com a Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL), estão promovendo a Semana da Tontura, com objetivo de chamar a atenção para esse problema tão recorrente.

A campanha ocorre na semana seguinte ao dia da tontura, datado em 22 de abril. Em sua segunda edição, visa divulgar informações gerais por meio de cursos e aulas das mais diversas especialidades como neurologia e otorrinolaringologia. Também serão distribuídos panfletos com esclarecimentos destinados ao público leigo.

Um dos enfoques é tratar a constante confusão entre os termos tontura e vertigem. Por serem sinônimos no dicionário, a diferenciação torna-se mais complicada. Tontura é usada para designar a sensação de mal-estar e fraqueza. Já vertigem, é empregada para situações nas quais a pessoa perde a noção de espaço em movimento, achando que está inclinado ou caindo.

O slogan da campanha, “Tontura é coisa séria”, pretende alertar sobre a possibilidade dos sintomas desses dois problemas estarem atrelados a doenças sérias.  A vertigem, por exemplo, pode estar ligada a um problema do labirinto, nosso sensor de movimento, ou a algumas partes do cérebro e cerebelo, este último responsável pelo equilíbrio. Porém, se o paciente é mais velho, tem quadro de pressão alta ou diabetes, pode ser um sinal de AVC (Acidente Vascular Cerebral).

Cristiana Borges Pereira, neurologista e vice-coordenadora do departamento científico de Distúrbios Vestibulares e do Equilíbrio da ABN, enfatiza a importância de estar atento aos sinais, principalmente em relação à sensação de mal-estar “Cerca de 30% das pessoas que procuram o pronto-socorro se queixando de tontura podem apresentar uma doença grave por trás.”, completa.

Tanto a vertigem, como a tontura, tem um impacto enorme na vida das pessoas que convivem com essas duas questões. O incômodo limita atividades diárias, o trabalho, além do âmbito social e emocional.

Conhecido como doutor tontura, o neurologista Saulo Nader acredita que o grande obstáculo está no tratamento “Existe infelizmente uma dificuldade dos médicos em lidar com as Labirintites e Tonturas. É tido como “difícil” ou “desafiante” a identificação correta e o tratamento desse perfil de doenças. E quem sofre com tudo isso é a população, que acaba não tendo seu caso desvendado e não consegue a tão sonhada melhora”, pontua.

Para Cristiana, a campanha é importante para conscientizar as pessoas e trazer uma mensagem de atenção para os sintomas “Muitas vezes esses sinais são menosprezados pelos pacientes e, até mesmo, médicos. A população geral, aqueles que nunca tiveram vertigem, por exemplo, não valorizam e acham uma besteira. Porém, pode indicar algo mais preocupante.”, enfatiza.

Economia: Indústria de realidade virtual nas escolas ganha espaço real no Brasil


A ideia é ajudar os estudantes remotos a se sentirem como se estivessem sentados em uma sala de aula


Redação/Hourpress
Depois de desenvolver produtos como Xbox One e Windows Vista, Elbert Perez resolveu fundar, em parceria com Chance Glasco -  um dos fundadores da franquia do game “Call of Duty” - uma startup de realidade virtual nos Estados Unidos. A Doghead Simulations fica na Flórida e aposta na utilização da “RV” de uma forma diferente, como ferramenta profissional e não apenas como entretenimento.
 Elbert Perez deu game over no mercado de jogos eletrônicos para jogar no universo educacional. Criou o software Rumii, uma ferramenta que transporta o aluno para dentro da sala de aula virtual, onde os participantes criam um avatar personalizado em duas dimensões e podem compartilhar a tela, documentos, e até fazer apresentações, durante a aula online. A ideia é ajudar os estudantes remotos a se sentirem como se estivessem sentados em uma sala de aula, em vez de assistir a um vídeo do professor no YouTube ou fazer uma pesquisa na internet.
Atualmente o palestrante aposta que a realidade virtual vai influenciar vários segmentos da economia e que o Brasil tem grande potencial de consumo da tecnologia que, em breve, deverá substituir as reuniões a distância e as antigas conference calls, cada vez mais comuns por causa da disseminação do trabalho remoto, por aplicativos que podem ver quem está na reunião.
 Fora das telas, o levantamento do Goldman Sachs realizado no final do ano passado estima que a Indústria RV vai movimentar globalmente cerca de US$ 35 bilhões até 2025.  Com intuito de globalizar os alunos brasileiros, a Full Sail Universty realiza palestras de 22 a 30 de abril em São Paulo, Campinas, Limeira e Rio de Janeiro.
 “…vamos mostrar a diferença da educação tradicional para a realidade virtual”, comenta Carol Olival, diretora do Centro de Experiências da Full Sail University localizado em São Paulo, ao informar que esses Road shows com graduados da instituição, tem a finalidade de estabelecer contato entre os alunos de Ensino Médio e a Full Sail University para encontrar jovens que queiram entrar no mercado de entretenimento, mídia e tecnologia.
 “Nossa função é facilitar o acesso desses jovens à universidade da Florida, através de um processo de entrevistas e levantamento da documentação necessária”. Comenta ao informar que as palestras serão agendadas e os horários bloqueados por ordem de procura
 Serviço:
 22/04/2019 - Segunda-feira
Horário: 19h00 - Apresentação das mais novas ferramentas para RV 
Local: Full Sail University - Av. República do Líbano, 314
Road Show
Para ficar por dentro da programação completa – Click Aqui
Data: 22 a 30 de abril. As palestras são agendadas e os horários bloqueados por ordem de procura e que é necessário garantir uma presença mínima de 50 participantes no evento.
Sobre Elbert Perez:
Co-fundador e diretor técnico da Doghead Simulations. Atuou como Senior VR Developer na HTC Creative Labs. Foi produtor técnico da Microsoft. Trabalhou em jogos como Halo 4, Ryse: Son of Rome, Sunset Overdrive e Ascend: Hand of Kul, além de desenvolver produtos como Xbox One, SmartGlass XNA e Windows Vista. Elbert é um desenvolvedor de jogos independente com mais de 20 títulos nos mercados Steam, Windows Phone, Android e iOS - gerando mais de três milhões de downloads. 
 Sobre Carol Olival: 
Carol Olival, Diretora do Centro de Experiências da Full Sail University em São Paulo
 Sobre a Full Sail no Brasil:
O Experience Center da Full Sail foi criado com o objetivo de aproximar a instituição americana dos potenciais alunos brasileiros. Equipado com ferramentas de alta tecnologia, o Experience Center consegue dar às famílias que visitam o local a dimensão do que é estudar na universidade e o caráter único de sua proposta educacional. Para agendar uma visita basta acessar o site: http://www.experienciafullsail.com.br/ ou ligar para 11-3057-0806. 
 Sobre a Full Sail University:
A Full Sail University, inaugurada em 1979, é reconhecida como uma das mais relevantes universidades do mundo na oferta de cursos de nível superior no segmento da indústria criativa. Instalada em uma área de mais de 84 hectares na Flórida, Estados Unidos, seu campus possui mais de 60 salas de aula e 110 estúdios e laboratórios.
 Entre programas presenciais e online de mestrado, bacharelado, certificados e pós-graduação, os mais de 70 cursos oferecidos pela universidade abrangem oito áreas: Arte e Design, Mídia e Comunicação, Cinema e Televisão, Internet e Tecnologia, Gravação e Música, Gestão e Negócios, Games e Esportes. 
Com uma abordagem educacional inovadora, a metodologia da Full Sail University prepara o aluno para o mercado de trabalho desde o primeiro momento, favorecendo assim o início de uma carreira de sucesso no ramo do entretenimento. Hoje com 16 mil alunos, vindos de mais de 73 países, a Instituição é um verdadeiro celeiro de talentos para a indústria do entretenimento.

Geral: Cinco dúvidas comuns que ninguém pergunta sobre câncer no testículo


Apesar de ser considerado um dos cânceres com maior chance de cura, o preconceito, a vergonha e o machismo podem atrapalhar o tratamento


Redação/Hourpress

De acordo com o Instituto do Câncer (INCA), o câncer de testículo é considerado raro, correspondendo a 5% do total de casos de câncer entre os homens e afeta principalmente homens em idades férteis. Apesar de ser agressivo, quando detectado precocemente pode ser facilmente curado por responder bem aos tratamentos quimioterápicos.

O oncologista Marcelo Aisen do Centro Paulista de Oncologia (CPO) – unidade de São Paulo do Grupo Oncoclínicas explica que ainda não há uma forma de prevenir o tumor de testículo e que a doença está relacionada a crianças que já tiveram criptorquidia, disfunção congênita em que o testículo nasce dentro do corpo, ou seja, fora de posição normal. "Seus sintomas são aumento de testículo, acompanhado ou não de dor. Muito comum que os homens o descubram no banho, durante a higiene. Apesar de esporádico, meninos que apresentaram a criptorquidia têm maior chance de desenvolvimento da doença e seus pais devem ficar atentos a qualquer alteração no testículo dos filhos", explicou.

A falta de informação e o preconceito são os maiores obstáculos da doença. "O homem não tem o hábito de procurar um médico quando nota algo estranho com o seu corpo e quando falamos de câncer de testículo ou próstata, o cenário só piora", disse Aisen.

Para desmistificar a doença, o especialista esclarece dúvidas que muitos homens têm vergonha de levar para o consultório.

Achei um nódulo nos testículos, é câncer?
Depende, mas a presença de um nódulo é um sinal para procurar um urologista. "Todo nódulo encontrado no testículo pode ser um câncer sim, mas só é possível ter um diagnóstico após uma avaliação microscópica do tumor", o câncer de testículo se apresenta com nódulo endurecido, porem só o medico consegue diferenciar, com exame clínico e de imagem adequado. Há outros problemas que podem resultar em um volume testicular, como as infecções, torção, hérnias e cistos de epidídimo. Por isso é recomendado procurar a ajuda de um especialista.

É preciso retirar o testículo no tratamento?
A escolha do procedimento ideal depende do estágio do tumor. "A cirurgia é geralmente a primeira etapa realizada para todos os cânceres sim, mas pode ser associada à quimioterapia ou radioterapia durante o processo". A cirurgia é curativa e mesmo nos estadiamentos mais avançados a quimioterapia também cura

Pancadas podem causar a doença?
Não há nenhuma relação entre pancadas no local com o desenvolvimento do câncer. "Por alguns atletas terem tido a doença, muitos pacientes acreditam que o câncer pode ter aparecido devido a algum trauma no local, mas não há ligação".
A criptorquidia é o único fator de risco e como ainda não há uma forma de prevenção da doença, o autoexame é um grande aliado para a detecção precoce.

Isso vai atrapalhar minha vida sexual?
Se for preciso retirar um testículo ou até mesmo os dois, isso não afeta diretamente a capacidade do homem ter uma vida sexual ativa. A diferença é que, se ambos os testículos forem retirados, o homem torna-se estéril e não produzirá mais testosterona.

"Para solucionar essas questões o homem pode optar por uma prótese testicular no escroto e também realizar terapia hormonal sob a forma de gel ou adesivo. De forma direta, isso não afeta a capacidade dele manter relações sexuais", com as próteses novas, não há como perceber a diferença entre a mesma e o testículo, portanto a vida sexual ficara mantida.

Posso ter filhos após o tratamento?
Em geral, os tratamentos podem acabar induzindo a infertilidade e pelo câncer afetar principalmente homens em idade fértil é recomendado que se discuta com o médico sobre a melhor opção. "Antes de começar o tratamento, podem conversar sobre a possibilidade de realizar uma cirurgia que poupe os nervos ou banco de esperma", a opção de congelar espermas para uma possível fertilização in vitro
Também é aconselhado que o homem só tenha filhos de um a dois anos após o fim do tratamento.

Economia: Mulher aumenta participação no agronegócio



A palestrante e escritora Helda Elaine analisa o crescimento do número de profissionais do sexo feminino no agro. Elas já ocupam 31% dos cargos de decisão no setor

Redação/Hourpress
O setor de agronegócios, que representa quase um quarto do PIB do Brasil, sempre foi dominado por homens, mas esta realidade está mudando, e muito rapidamente.
Entre 2013 e 2017, o percentual de mulheres que ocupam cargos de decisão nos empreendimentos rurais passou de 10% para 31%, segundo a Associação Brasileira de Marketing Rural e Agronegócio (ABMRA).
Para Helda Elaine, palestrante com forte experiência e influência em cooperativas do agro, isto está acontecendo em grande parte pela participação e atuação crescente das mulheres em cooperativas, devido principalmente à própria expansão do setor.
Nos últimos 10 anos, o número de cooperados passou de 548 mil pessoas para 1,800 milhão no Brasil.
“Para abastecer os grandes centros, as cooperativas entendem a importância de frear o êxodo rural. Para isso, elas têm oferecido condições de trabalho cada vez melhores, favorecendo também a entrada das mulheres neste mercado”, explica Helda Elaine, autora do best seller “O Ser Humano 10D”, livro em que fala de sua experiência no setor.
“Isso tem acontecido muito no sul do Brasil porque, se todo mundo for para a capital, como vamos alimentar a população urbana? Neste sentido, a região sul é uma referência em se tratando de cooperativa. Com essa nova fase do país, o cooperativismo é a bola da vez”, afirma Helda Elaine.
Somente no Paraná, estado de origem de Helda Elaine, há 215 cooperativas agrícolas. Muita gente ainda pensa que cooperativa é coisa pequena, mas hoje as estruturas destes estabelecimentos são gigantescas. Hoje, as cooperativas são saudáveis. Grandes exportadoras de alimentos, elas registraram um crescimento de 20% em 2018, ano de crise. 
Entre os temas abordados por ela em suas palestras no setor de agronegócio, um deles está a mulher e suas potencialidades.
“A mulher do agronegócio é uma mulher 10D, ela sempre foi ‘filha DE alguém’, ‘esposa DE alguém’ e ‘mãe DE alguém’; e agora também tem sido ‘mulher DE negócios’, ‘mulher DE sucesso’ e muitas outras habilidades. É necessário, realmente, fazer algo a mais para conseguir um lugar de destaque em qualquer área e no agronegócio não é diferente”, explica a palestrante, que tem um dos maiores índices de recontratação do Brasil.
Somar, em vez de competir
Segundo Helda Elaine, o aumento da participação das mulheres no agronegócio também fomentou a participação do sexo feminino em cursos ligados à área, antes mais procurados por homens, como veterinária ou agronomia.
Os homens, porém, não devem ficar com receio desse espaço conquistado por elas no setor do agronegócio. “A convivência de homens e mulheres em um ambiente de trabalho não pode virar uma competição, uma guerra entre os sexos", diz Helda.
“As mulheres batalharam e conseguiram aumentar seu destaque e espaço no mundo do agronegócio por esforço e competência, e não foi para tomar o lugar do homem. Elas querem trabalhar junto”, explica.
Em suas palestras, Helda diz que o homem é sempre mais prático e a mulher, mais sensível, e estas características são complementares. Eles podem trabalhar em cooperação, para um mundo melhor.

Sindical: Usina Comanche será leiloada para pagamento de créditos trabalhistas


Complexo industrial pode receber lances a partir de R$ 55.395.160,00 até o dia 24 de abril


Luís Alberto Alves/Hourpress

A Vara do Trabalho de Ourinhos determinou o leilão do complexo industrial e dos bens móveis da Usina Comanche para pagamento de créditos trabalhistas. O leilão está disponível até o dia 24 de abril, por meio da plataforma MaisAtivo Judicial.
Os lotes são compostos pelo parque fabril, localizado em Canitar (SP), e diversos outros itens, como móveis de escritório, eletrônicos, eletrodomésticos, máquinas, equipamentos industriais e veículos.
O valor inicial é de 60% do valor da avaliação, ou seja, R$55.395.160, podendo ser apresentada proposta para aquisição em prestações, com entrada mínima de 25% do valor e o saldo em até 30 parcelas corrigidas monetariamente pelo índice IPCA-E.
O leilão, bem como o acesso a todas as informações dos lotes, será realizado pelo site www.canaljudicial.com.br, ou presencialmente, no dia do encerramento, no Fórum do Trabalho de Bauru, na Rua Antônio Cintra Junior, Nº 3-11. O leiloeiro oficial responsável é Julio Abdo Costa Calil, número Jucesp 813.
ServiçoLeilão da Usina Comanche
Data e horário: 24 de abril, às 13h
Leiloeiro oficial: Julio Abdo Costa Calil
Link para lances e acesso ao edital: https://bit.ly/2CZoIuB
SOBRE A MAIS ATIVO JUDICIAL
A MaisAtivo Judicial, empresa de intermediação do Superbid Marketplace, se especializou em solução de certames judiciais nas esferas cível, trabalhista e criminal. Todos os certames da MaisAtivo Judicial são realizados por leiloeiros oficiais com núcleo de atendimento em diversos estados do Brasil.
A MaisAtivo possui ainda divisões especializadas nos setores industrial, rural e imobiliário.

terça-feira, 16 de abril de 2019

Fundo do baú: o megasucesso dos Four Tops, "If I Had a Hammer"



Luís Alberto Alves/Hourpress

Corria o ano de 1976, na maioria dos bailes, o grupo Four Tops explodia com o hit "If I Had a Hammer", tradução para o inglês do megasucesso de Rita Pavone, "Datemi un Martello". Era um samba-rock gostoso de dançar e com mais de 7 minutos. Tempo suficiente para ninguém voltar sozinho para casa, se soubesse dançar bem.

https://www.youtube.com/watch?v=hVHv6YUZgRc

Economia: Mulheres se unem e transformam cidade de 10 mil habitantes na capital da lingerie



Juruaia, a “Gigante de Minas”, conta com 200 confecções, que juntas, vendem 1,5 milhão de peças por mês, empregam mais de cinco mil pessoas e contribuem para que o PIB cresça 30% ao ano

 Redação/Hourpress

A cidade de Juruaia, em Minas Gerais, detêm o importante status de uma das maiores fabricantes do país e é considerada a capital da lingerie. Tudo começou nas plantações de café, onde a maioria da população trabalhava nas lavouras. A economia foi crescendo e em 1992 duas empresas deram início a produção de moda íntima no munícipio. Mais tarde, fecharam.

No entanto, moradores da cidade enxergaram ali um negócio promissor e começaram a montar suas próprias empresas, unindo qualidade, tendências alternativas e preço competitivos, se comparado ao praticado pelas conceituadas marcas já estabelecidas no mercado.

A cidade de cerca de 10 mil habitantes foi se transformando aos poucos e ganhando cada vez mais projeção em Minas Gerais e no restante do país.

O desenvolvimento de Juruaia é um verdadeiro exemplo de empreendedorismo, já que nos primeiros 10 anos, a cidade conseguiu expandir sua economia, antes basicamente agropecuária, e se tornou um centro industrial de lingerie, graças aos próprios moradores.

A grande sacada da população de Juruaia foi entender que uma empresa sozinha no interior de Minas Gerais, longe do holofote das grandes capitais, não teria tanta projeção no cenário nacional. Se eles se juntassem e quanto mais empresas fossem criadas na região, a cidade se tornaria um polo industrial e foi isso o que aconteceu. A partir daí as mulheres foram trocando as lavouras de café pelas máquinas de costura.

Em 1997 foi fundada a ACIJU - Associação Comercial e Industrial de Juruaia – o que impulsionou a profissionalização das empresas ao oferecer cursos gratuitos para os funcionários dos associados com o apoio do SEBRAE - Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas.

A entidade começou com 35 indústrias de moda íntima. Hoje, após 22 anos, são cerca de 200 confecções na cidade, que juntas, vendem aproximadamente 1,5 milhão de peças por mês. Anualmente, são produzidas quase 20 milhões de unidades e o Produto Interno Bruto (PIB) cresce aproximadamente 30% ao ano. O polo da lingerie gera cerca de cinco mil empregos, ou seja, abrange quase 50% da população da cidade.

De acordo com a ACIJU, em decorrência da alta demanda, a produção ainda conta com a mão de obra das cidades vizinhas. Cerca de 500 trabalhadores de fora chegam diariamente para trabalhar nas indústrias locais. Algumas empresas foram além, devido à falta de funcionários, e estão investindo no treinando de homens para a confecção de moda íntima.

As empresas juruaienses fornecem suas produções para todo o país e chegam a exportar para Alemanha, Japão, Bolívia, Estados Unidos, Irlanda, entre outros.

As fábricas se constituem em um formato familiar. As mulheres lideram no comando das empresas, à frente de 95% das confecções.  A consolidação como um polo de lingerie trouxe uma verdadeira transformação social na cidade. Se antes, como contam os moradores, não se achava um administrador formado em Juruaia, uma geração de jovens que cresceu ali, em meio a ascensão empresarial, hoje se profissionaliza para dar continuidade à “capital da lingerie”. Muitos saem para estudar em universidades, mas voltam para aprimorar a produção de Juruaia e assumir os negócios da família.

Felinju – Uma das maiores feiras de moda íntima e negócios do país

Para atrair ainda mais os olhares do mercado foi criado um dos maiores eventos de moda íntima e negócios do país, a Felinju –Feira de Lingerie de Juruaia. O evento, que está em sua 22ª edição, acontecerá entre os dias 1 e 3 de maio, das 9h às 18h, e em 4 de maio, das 8h às 18h, no Expoju, em Juruaia (MG).

Felinju tem expectativa de um crescimento de 15% em relação ao ano anterior e atrair mais de 25 mil visitantes para conhecer de perto as novidades dos 80 expositores participantes.

Com o tema "Moda que (se) sustenta' e a 'Moda que (te) sustenta", a feira é um verdadeiro evento de negócios. Enquanto promove o lançamento exclusivo das coleções Outono/Inverno das marcas de Juruaia, Andradas, Guaxupé, Uberaba, Muriaé, Betim, Nova Resende e Juiz de Fora, fortalece pequenas, médias e grandes empresas do segmento e estimula o crescimento da rede de contatos e atividades comerciais entre fornecedores, fabricantes, revendedores, compradores e muito mais.

Felinju se moderniza e se reinventa a cada ano para aumentar os resultados dos participantes. Pensando especialmente nos negócios, a organização vai realizar, em parceria com o SEBRAE, a Rodada de Negócios, para captação de potenciais clientes, trazendo a possibilidade de produtos a pronta entrega com exclusividade a condições e políticas especiais.

Assim é possível reduzir despesas de viagem, hospedagem e alimentação. A qualidade aliada a detalhes como design e acabamento dos produtos locais trazem excelente custo benefício para lojistas e é também uma grande oportunidade para revendedoras independentes complementarem a renda familiar.

“A moda produzida em Juruaia sustenta a economia na cidade e de toda a cadeia produtiva. Em 2018, a feira movimentou R$20 milhões em negócios e a expectativa é superar este número nesta edição. As empresas de Juruaia querem mostrar o potencial do negócio da lingerie como alternativa para driblar a crise”, explica o presidente da Associação Comercial e Industrial de Juruaia (ACIJU), José Antonio da Silva.

No evento também terá desfiles exclusivos, que acontecerão todos os dias, às 12h e às 16h. Além disso, acontecerá, de forma simultânea a feira, o Festival Gastronômico Sabores de Juruaia com bebidas e variedade de comidas típicas e shows regionais.

Felinju, que é realizada pela ACIJU, acontecerá no Centro de Eventos Expoju, que conta com uma área de 7.000m². O evento contará com um número superior de expositores em relação ao ano passado, quando 66 empresas participaram da feira.

Serviço:

22ª Felinju
Data: 1 a 3 de maio de 2019, das 9h às 18h, e 4 de maio de 2019, das 8h às 18h
Local: Centro de Evento Expoju (Rua Suzana Gonçalves Salomão, 1.000 – Jd. Novo Horizonte - Juruaia (MG)
Desfiles: Todos os dias às 12h e às 16h.
OBS: A infraestrutura do centro de eventos Expoju conta com um estacionamento exclusivo para ônibus e vans em excursão
Entrada: Gratuita
Contato: (35) 3553-1327