Uma análise feita no Brasil com empresas de capital aberto e com relatórios transparentes, indica que 75% desses empreendimentos ficaram no ponto de equilíbrio, enquanto 15% destruíram valor e apenas 10% têm realmente gerado lucro econômico. A pesquisa foi feita pela consultoria McKinsey, que durante duas décadas estuda cerca de 2,5 mil empresas em nível global e dedicou-se aos resultados publicados entre 1995 e 2016, e concluído em 2018. Em dez anos, o break even foi alcançado somente por 11% das companhias estudadas.
Especialistas explicam que rever estratégias e investir em capacitação são ações essenciais para empresas que desejam ser bem sucedidas. As estratégias necessárias para a empresa chegar ao lucro econômico, estão ligadas à uma série de fatores, como o porte da organização e o segmento no qual atua, entre outras questões. Para o especialista em empreendedorismo e gestão de negócios, Lisandro Zanotto, muitas organizações falham nos processos iniciais de qualquer empresa como, por exemplo, na elaboração do planejamento. “Muitas acreditam que têm uma estratégia, mas possuem, no máximo, um desejo”, comenta.
Outro fator essencial para Zanotto é o relacionamento com os colaboradores, que é decisivo no processo de busca pelo sucesso, pois organizações são feitas de pessoas. Segundo o especialista, em alguns casos, o sonho que está na cabeça do dono ou do gestor, não é compartilhado, nem tão pouco construído com os demais funcionários da organização. “Os pontos de partida para estar no rol do grupo dos 10% são desenhar uma estratégia realista e diferenciada para a organização, e comunicar de forma muito clara e frequente aos colaboradores”, explica.
Classificada como uma forte tendência no mundo dos negócios, a contratação de consultorias tem papel fundamental no suporte às empresas que desejam alcançar resultados acima da média, pois ajudam na elaboração de objetivos, metas, estratégias, indicadores de performance, entre outras informações indispensáveis para a alavancagem de uma organização. “Quando a empresa possui uma estratégia bem clara de onde quer jogar, como ela irá vencer e quais são as competências necessárias, fica mais fácil desenvolver um plano de ação para uma execução disciplinada, que contará com um time comprometido”, diz Zanotto.
Especialista em consultoria há 17 anos, Zanotto acentua que olhar apenas os números do negócio não basta, apesar de ser fundamental, e sinaliza alguns pontos que precisam ser mapeados e analisados constantemente pelos proprietários ou gestores. “As metas da empresa devem estar claras, é necessário ter um plano de ação para o desdobramento de metas, estar próximo do cliente e ouvir as suas dores, além de resolver realmente os problemas deles, é despertar a necessidade de aquisição dos produtos e /ou serviços que a empresa oferece”, explica.
O especialista cita algumas políticas internas eficazes necessárias, relacionadas aos colaboradores, que colaboram para que a empresa alcance lucro econômico:
Política de capacitação de funcionários é fundamental e contribui de forma exponencial na busca pelo lucro econômico.
Política de atração de talentos necessário para que os melhores talentos olhem e desejem a sua marca.
Política de benefícios deve ser estruturada não de forma padrão, ou seja, os mesmo benefícios para todos. O dono ou o gestor, precisa conhecer muito bem seus colaboradores. O que o motiva? Que tipo de benefícios o atrai? Em que momento de vida este colaborador se encontra e como ele gostaria de ser recompensado por seus resultados?
Políticas de redução de custos também são importantes e precisam estar bem claras a todos. Recompensar os colaboradores por metas de redução de custos irá motivá-los a ficarem atentos quanto aos custos das áreas e o impacto disso no todo da empresa.