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sábado, 23 de fevereiro de 2019

Variedades: Solange Almeida lança primeiro EP do projeto "Essência"



Composto por quatro faixas inéditas e uma faixa bônus, o EP1 chega bem a tempo de embalar o Carnaval


Redação/Hourpress

O primeiro projeto de 2019 da cantora Solange Almeida já tem data e nome: o EP “Essência”, que reforça suas raízes no forró e chega bem a tempo de embalar o Carnaval, estreia nesta sexta-feira (22) nas plataformas digitais. Composto por quatro faixas inéditas e por uma nova versão de “Quero Ver Tu Balançar”, faixa bônus com participação da cantora Tainá Costa, o EP 1 aposta em canções com temática atual, no ritmo que consagrou a cantora. Tem espaço para os problemas de relacionamento na era dos smartphones e mensagens instantâneas, para a curtição da vida de solteira e também para a sofrência.
Formam o EP as músicas “Se Beber Não Digite”, faixa de trabalho que estreia acompanhada de webclipe nesta sexta (22); “Corretorzinho”; “Deixa Eu Ser Solteirinha”; “Só Voltou Pra Dar o Troco”, além da animada “Quero Ver Tu Balançar”, faixa bônus com participação da cantora Tainá Costa. Os vídeos das outras canções que compõem o EP serão disponibilizados individualmente nas próximas semanas. O projeto “Essência” contará ainda com um segundo EP, que será lançado em breve.
Assista ao vídeo de “Se Beber Não Digite”: https://www.youtube.com/watch?v=aVhUYKPqB6w
Solange falou sobre o projeto: “o lançamento me deixou bastante ansiosa. Intitulamos de ´Essência´, justamente por ser um trabalho democraticamente eclético, com músicas que falam de amor, mas também dançantes. Para essa nova fase, convidei o Rafinha RSQ para produzir o projeto, juntamos nossas ideias e o resultado ficou fantástico. E para completar a festa, convidei a Tainá Costa para um feat maravilhoso, que resultou em um clipe gravado numa comunidade do subúrbio de Fortaleza. É um trabalho em parceria com a minha gravadora Sony Music e que dá start oficialmente ao meu ano de 2019”.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

Fundo do baú: Originais do Samba, "Do lado direito da rua Direita"


Letra simples, mas bem melodiosa


Luís Alberto Alves/Hourpress

Quase final de 1972, o grupo Os Originais do Samba estourou nas paradas de sucesso com o hit "Do lado direito da rua Direita", autoria do compositor da escola de samba Camisa Verde e Branco, Luiz Carlos Chuchu, que durante muitos anos tocou cavaquinho na banda que acompanhava Jair Rodrigues.

Letra simples, mas bem melodiosa. Dos Originais, só restou ainda vivo o pandeirista Bigode. A maioria dos componentes já cumpriram a missão aqui na Terra e partiram, inclusive o saudoso Mussum. Mate a saudade, da época que samba não era essa "meleca" que é hoje.

https://www.youtube.com/watch?v=TX2ro7-UBFs

Geral: Brasil é anfitrião do maior Congresso de Saúde Digital da América Latina


Inovações e principais novidades da telemedicina de todo o mundo serão apresentadas em evento que acontecerá de 4 a 6 de abril, na capital paulista


Redação/Hourpress

De 3 a 6 de abril de 2019, o Transamerica Expo Center, localizado em São Paulo, servirá de palco para o Global Summit Telemedicine & Digital Health, evento internacional, inédito no país, idealizado pela Associação Paulista de Medicina (APM). Com o objetivo de reunir, durante três dias, as principais referências mundiais nesta área do conhecimento, a programação prevê mais de 70 horas de conferências e fóruns com foco em conteúdo, negócios e inovações.

Para Jefferson Gomes Fernandes, presidente Científico e do Conselho de Curadores do Global Summit, é fundamental que haja maior acesso e resolubilidade dentro dos sistemas de saúde tanto no Brasil como no mundo. “Existe um caminho que pode contribuir de forma preponderante para isso, que são as ações e contribuições das ferramentas de Telemedicina, Telessaúde e Saúde Digital”, afirma o presidente.

O evento abordará pautas como inteligência artificial, machine learning, aparelhos vestíveis, consultas e diagnósticos remotos, a legislação no Brasil e seus entraves, as experiências de sucesso em outros países, entre outras.

O presidente da Associação Brasileira de Telemedicina e Telessaúde, Humberto Oliveira Serra, pondera que a telemedicina precisa ser melhor regulamentada pelo Conselho Federal de Medicina já que, atualmente, por exemplo, não é permitido que o paciente se consulte com um médico a distância.

“A Psicologia já superou isso, com a regulamentação da teleconsulta. Então, são questões que precisam ser enfrentadas nas discussões”, pontua Serra. “Aliás, o telediagnóstico avançou demais em anos recentes. Um exemplo disso é o projeto QualiSUS-Rede, vinculado entre o Ministério da Saúde, estados e munícipios, que objetiva sistematizar de forma integrada os serviços de Saúde, levando assistência aos trabalhadores do setor público em todo o País”, acrescenta.

Com a presença de key speakers nacionais e internacionais, o Global Summit é oportunidade imperdível para a discussão acerca dos avanços técnico-científicos em telessaúde e telemedicina no Brasil e no mundo.

Entre as presenças confirmadas, estrelas como o doutor alemão Andreas Keck, que é fundador do Strategy Institute for eHealth, dr. Daniel Kraft (EUA), presidente de Medicina da SIngularity University e fundador e presidente do Exponential Medicine, dr. Frank Lievens (Bélgica), secretário executivo da International Society for Telemedicine & eHealth, dr. Robert Wah (EUA), diretor médico global da DXC Technology e ex-presidente da Associação Médica Americana.

Também confirmado no evento, o dr. Pini Ben-Elazar, especialista israelense, diretor executivo da Mor Research Applications, evidencia os benefícios da telemedicina. Ele afirma que a tecnologia em saúde já tem salvado incontáveis pacientes e proporcionado mais qualidade de vida por todo o planeta.

“Em linhas gerais, destaco os cuidados à distância, por um custo baixo. Assim, o paciente necessita menos ver o seu médico e ser diagnosticado em casos de atenção primária”, diz Elazar.

O presidente da Associação Paulista de Medicina, José Luiz Gomes do Amaral, ressalta a importância do Global Summit em ampliar o debate sobre como os avanços técnico-científicos na área médica conduzirão a humanidade em direção a um futuro melhor.

“A Medicina se apoia em três pilares. O primeiro é a vontade de aliviar o sofrimento do próximo; isso se fez há 2300 anos e será igual daqui a 200 anos. Segundo, caracteriza-se pelo comportamento ético, um juramento médico perante a sociedade. Por fim, trata-se da ciência, a qual imensas modificações, que não podemos prever, se fazem constantes em uma espiral que se move em velocidade exponencial”, assevera.

“É um encontro da maior relevância para a assistência em saúde aos brasileiros. As novas tecnologias chegaram para democratizar o atendimento, levando a todos as melhores possibilidades clínicas e terapêuticas sem barreiras físicas. O Brasil tem obrigação de se aprofundar nesse tema, derrubar barreiras normativas e garantir que a medicina de nível chegue a todos por meio das soluções remotas”, complementa Antonio Carlos Endrigo, presidente da Comissão de Organização
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Geral: Audi e Airbus juntas em serviço de mobilidade urbana em São Paulo



Redação/Hourpress
  • Passageiros da Voom, empresa da Airbus, terão traslado gratuito entre helipontos e aeroporto de Guarulhos;
  • Parceria prevê que o transporte de passageiros será feito pelo modelo Audi Q7 TDI, um utilitário potente com motor diesel V6 3.0 de 258 cv e capacidade para 890 litros de bagagem;
  • Johannes Roscheck, presidente da Audi no Brasil: "Nossa parceria com a Voom é parte do plano da Audi para serviços que melhoram o tráfego nas principais cidades";
 A Audi e a Voom lançaram, em conjunto, um serviço de mobilidade urbana inédito em São Paulo, que oferece o transporte premium entre helipontos da cidade e terminais do Aeroporto Internacional de Guarulhos (GRU). A parceria entre as empresas permitirá que clientes da Voom sejam transportados pelo modelo topo de linha entre os veículos SUVs da marca, o Audi Q7.
A missão da Voom é tornar as viagens urbanas aéreas acessíveis hoje. Nós fornecemos aos clientes em São Paulo - uma das cidades mais congestionadas do mundo - uma experiência de viagem perfeita e extremamente conveniente on demand. O serviço, em parceria com a Audi, está disponível para os passageiros da Voom nos voos partindo e chegando ao Aeroporto de Guarulhos. O transporte terrestre entre helipontos e os terminais do aeroporto é totalmente gratuito para todos os clientes da Voom.
A Audi e a Airbus estão comprometidas em desenvolver soluções inteligentes e inovadoras para a mobilidade urbana. Entre as novidades está o veículo de conceito autônomo modular Pop.Up Next, apresentado em março de 2018 no Salão de Genebra. Ele permite ser acoplado em módulos aéreos e terrestres e é totalmente elétrico, desenhado para a mobilidade automática horizontal e vertical. “Nossa parceria com a Voom faz parte do plano da Audi de oferecer serviços modernos de mobilidade urbana. A Audi está empenhada em melhorar a mobilidade nas cidades, oferecendo soluções inteligentes e inovadoras através de seus veículos”, explicou o presidente da Audi no Brasil, Johannes Roscheck.
“Como sabemos, o mundo está se urbanizando rapidamente e a infraestrutura terrestre não pode atender sozinha às demandas futuras. Na Airbus, estamos comprometidos em construir o futuro do voo hoje. A Airbus e a Voom estão em parceria com a Audi para oferecer uma solução de transporte multimodal nas cidades mais congestionadas do mundo. Este é o primeiro de muitos marcos em nossa parceria com a Audi para enfrentar os desafios atuais e futuros da mobilidade urbana”, conta Eduardo Domingues-Puerta, chefe da divisão de UAM da Airbus.
“Há uma crise de mobilidade nas cidades mais congestionadas do mundo e novas soluções são necessárias para causar um impacto real e significativo. Estamos empolgados em trabalhar com a Audi para trazer essas soluções inovadoras para o mercado, começando em São Paulo”, disse Clement Monnet, CEO da Voom.
Os veículos utilizados no transporte do passageiro serão todos do modelo Audi Q7, o mais luxuoso e potente utilitário esportivo da marca vendido no Brasil. O interior do Q7 transmite sensação de espaço e elegância, com motor V6 de 333 cv, câmbio automático de oito marchas e tração integral permanente. Fundamental para quem precisa de espaço para viajar, o compartimento de carga tem acionamento automático e capacidade para 890 litros de bagagem na versão cinco lugares, com a última fileira de assento rebatida. Já com sete lugares, a capacidade passa para 295 litros de bagagem.
Mobilidade Urbana
Uma pesquisa do Ibope de 2016 mostra que o paulistano gasta em média um mês e meio preso no trânsito a cada ano, com motoristas gastando pouco mais do que três horas no trajeto por dia. Para melhorar esse cenário, a Voom oferece em São Paulo e na Cidade do México um serviço de helicóptero sob demanda com preços até 80% menores do que os serviços de táxi aéreo tradicionais, já que conta com uma plataforma desenvolvida pela própria empresa.
“A Voom foi fundada pela necessidade de melhorar a mobilidade urbana nas cidades mais congestionadas mundialmente. Assim, achamos muito positiva essa parceria com a Audi em São Paulo, que agrega muito valor ao nosso serviço e causará um impacto real e significativo na experiência. Esperamos que essa cooperação seja expandida e passe a atingir outras cidades ao redor do mundo”, explica Monnet.
Sobre a Voom
A Voom desenvolveu uma plataforma que faz com que os sonhos dos passageiros e viajantes se tornem realidade - sobrevoar o trânsito com um simples toque de um botão. Não é segredo para ninguém que o horário de pico no trânsito é mais que um incômodo para os passageiros. O trânsito custa bilhões de dólares por ano para as economias locais e causa um impacto negativo na saúde das populações. O congestionamento é uma importante questão global que só tende a piorar devido ao grande crescimento populacional. 
 A empresa que pertence à Airbus e faz parte da divisão UAM (Mobilidade Urbana Aérea) foi lançada em 2016, e atualmente está disponível em São Paulo (Brasil) e na Cidade do México (México), e será lançado em outras cidades ao redor do mundo ao longo de 2019 e além. Para saber mais sobre o serviço ou agendar o seu voo, visite o site http://voom.flights ou baixe o aplicativo na Apple Store. Nos siga no Twitter, no Facebook e no Instagram.

Sindical: Busca pelo desenvolvimento profissional é essencial para a carreira



Com o mundo em mudança constante é necessário estar atento para o novo, segundo especialista


*Alexandre Slivnik

Com os avanços tecnológicos tornando o mercado de trabalho cada vez mais exigente os profissionais precisam se qualificar, a fim de acompanhar as mudanças de suas áreas, e consequentemente, melhorar a sua atuação.
Para Alexandre Slivnik, que atua com gestão de pessoas, possui especialização em Harvard – Graduate School of Education e é diretor da Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento (ABTD), o amadurecimento profissional é algo necessário. "O negócio dos negócios são as pessoas. Sendo assim, os gestores precisam investir no desenvolvimento de seus colaboradores para que eles busquem melhores resultados para as organizações", afirmou.

Autor de best seller sobre desenvolvimento profissional, Slivnik acredita que é preciso impulsionar a carreira e ter sucesso não só no ambiente de trabalho, mas também na vida de forma geral, afinal, o sucesso da carreira é uma consequência de uma vida vivida com propósito. "Mas infelizmente, por conta das muitas demandas do dia a dia, algumas questões que colaboram com o nosso crescimento são deixadas de lado, mas, com o aumento da competitividade dentro do mercado, os profissionais perceberam que a atualização e envolvimento com suas áreas de atuação são práticas indispensáveis", apontou o especialista.

Slivnik acredita que um profissional desenvolvido estará melhor preparado para os desafios do mercado. " Além de melhorar a sua empregabilidade, aumenta a sua chance na busca de um eventual novo emprego. Só há crescimento, quando existe a vontade de desenvolver-se de maneira contínua", destaca.
As empresas estão constantemente em busca de quem possui habilidades para resolver problemas e, quanto maior o desafio, melhor remunerado e reconhecido esse colaborador será. "Vale ressaltar que certas competências não são características inerentes, ou seja, elas devem ser desenvolvidas a partir de atividades que visam esse resultado, ainda que algumas pessoas tenham mais facilidade ou dificuldade do que outras", ressalta Alexandre.

Saber trabalhar em equipe, inovar, querer correr riscos e sair da zona de conforto são atributos essenciais para os profissionais evoluírem em suas carreiras. E é mito dizer que uma característica, como a criatividade, não pode ser desenvolvida com a prática. "É preciso estimular a inovação e a tomada de decisões com riscos, pois somente assim, os colaboradores estarão mais propensos a pensar diferente e de forma criativa na busca de resultados", finalizou.

*Alexandre Slivnik é reconhecido oficialmente pelo governo norte americano como um profissional com habilidades extraordinárias (EB1). É autor de diversos livros, entre eles do best-seller O Poder da Atitude. É diretor executivo do IBEX – Institute for Business Excellence, sediado em Orlando / FL (EUA). É Vice-Presidente da Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento (ABTD) e diretor geral do Congresso Brasileiro de Treinamento e Desenvolvimento (CBTD). 

É membro da Society for Human Resource Management (SHRM) e da Association for Talent Development (ATD). Palestrante e profissional com 19 anos de experiência na área de RH e Treinamento. É atualmente um dos maiores especialistas em excelência em serviços no Brasil. Palestrante Internacional com experiência nos EUA, ÁFRICA e JAPÃO, tendo feito especialização na Universidade de HARVARD (Graduate School of Education - Boston/ EUA). www.slivnik.com.br

Chumbo quente: A cultura de não fiscalizar e a tragédia de Brumadinho


Todos poderiam e deveriam fiscalizar, mas não fizeram

*Fernanda dos Reis

A tragédia de Brumadinho, além de toda a consternação nacional e da solidariedade de todos, merece uma reflexão importante sobre esse tipo de problema no Brasil: nesse caso da barragem da Vale, como acontece com numerosos outros empreendimentos e obras em nosso país, a legislação de entrada, alvarás, autorizações e licenças ambientais parecem em conformidade. No entanto, a fiscalização e o acompanhamento são capengas. Essa contradição é marcante na cultura brasileira.

Há no País mais de 30 órgãos com capacidade de fiscalização ambiental, muitos deles até mesmo com sobreposição de competências. Talvez seja este um dos problemas, pois algo que muitos cuidam acaba sendo relegado, com a diluição das responsabilidades. Uma questão que lembra a velha máxima de que "cachorro com muitos donos morre de fome". Ministério Público, Agência Nacional de Água, Agência Nacional de Mineração, Ibama, Tribunais de Contas.... Todos poderiam e deveriam fiscalizar, mas não fizeram. Tantos organismos onerosos para o Estado e nenhum cumpriu sua missão em Brumadinho.

O Brasil tem uma legislação forte para todo o processo de liberação de obras e empreendimentos, mas peca muito no acompanhamento, fiscalização e prevenção. Tivemos, há pouco tempo, o rompimento da barragem de Mariana, do mesmo grupo empresarial da Vale, que também foi um evento gravíssimo. À época, houve toda uma reverberação, alertas e discursos de autoridades e analistas. Porém, passado o impacto, o tema foi esquecido e se manteve a ausência de fiscalização e acompanhamento.

O Brasil tem, ainda, a Política Nacional de Segurança em Barragens, instituída pela Lei 12.334, de 20 de setembro de 2010, que estabelece procedimentos para a segurança de barragens destinadas à acumulação de água, à disposição final ou temporária de rejeitos e à acumulação de resíduos industriais. No entanto, a norma não foi implementada em termos práticos.

O acidente de Mariana, em 2015, deveria ter despertado toda a atenção para o tema. Porém, apesar de sua gravidade, a questão continuou relegada a segundo plano. O Ministério Público, por exemplo, poderia ter se aprofundado no conteúdo dessa lei específica e, com base nela, averiguar tudo o que estava acontecendo nas centenas de barragens existentes no Brasil. Mas, não fez isso. E agora, de maneira triste e dramática, estamos descobrindo que a Barragem de Brumadinho, não era segura e estável, como se classificava até ocorrer a tragédia.

Temos, portanto, um sério problema cultural de fiscalização. O Brasil gasta muito com legislação de entrada e punição. Demoniza as situações quando ocorrem, indeniza e aplica sanções legais, mas não investe e se empenha em fiscalizar e prevenir. Normalmente, os órgãos de controle glosam os recursos destinados à fiscalização, entendendo a prevenção como gasto e não investimento.

Observa-se esse problema até em questões mais simples, como a prevenção de passivo trabalhista nas prestadoras de serviço para órgãos públicos. Cortam-se essas despesas, sob alegação de que seria desnecessário um provimento para algo que não está ocorrendo. Porém, quando ocorre (e acontece!), é preciso punir e indenizar.

Se a Vale tivesse investido em prevenção os cerca de R$ 11 bilhões bloqueados judicialmente por conta do acidente de Brumadinho, o Brasil não estaria vivenciando essa situação tão amarga e a própria companhia não estaria enfrentando todas as consequências, como a perda recorde do valor de uma empresa na Bolsa de Valores, danos gravíssimos para sua imagem e processos criminais e indenizatórios que se seguirão.

O mesmo se aplica aos órgãos e autoridades competentes, que também poderiam ter evitado a tragédia se cumprissem de modo adequado seu dever legal de fiscalizar. Quando aprenderemos?

*Fernanda dos Reis é sócia-titular da Caodaglio & Reis Advogados Associados.

Geral:Revolução tecnológica esbarra em falta de infraestrutura de telecom


Ministrada pelo CEO da Megatelecom, a palestra abordou questões sobre a falta de infraestrutura do país, expectativas da rede 5G e importância da rede de fibra óptica


Redação/Hourpress

A revolução tecnológica consistiu em um conjunto de mudanças com profundo impacto no processo produtivo, econômico e social, incluindo as telecomunicações. Para abordar esta questão, Carlos Eduardo Sedeh, CEO da Megatelecom, ministrou a palestra "Infraestrutura: a estrada da revolução tecnológica", na última quinta-feira (14), na Campus Party 2019, um dos maiores eventos de tecnologia, games, empreendedorismo e educação do País.

Ao explicar que a sociedade tem vivenciado um período de constantes transformações com a entrada de novos disruptores digitais, Sedeh indagou o público sobre os avanços tecnológicos e quanto estão, de fato, preparados para as transformações digitais. "Temos ouvido falar muito de robotização, inteligência artificial, realidade aumentada, games. Mas estamos realmente preparados para isso? Quando acontecer, será como um tsunami", afirmou.

Com este discurso, o executivo falou sobre a necessidade de infraestrutura como, por exemplo, em redes de fibra óptica. "A telecomunicação se tornou primordial e essencial para o crescimento do país. Porém, há pontos que fazem com que esta expansão estagne. Acredito que todos que estão aqui já tiveram a experiência de estar conversando pelo celular e, de repente, o sinal falha, cai. Isso acontece porque você sai de uma antena e entra em outra. Aqui não existe uma qualidade uniforme das redes", disse.

O tema sobre o lançamento da rede 5G também foi bastante comentado. "O Brasil pensa em adquirir novos produtos adeptos à futura e promissora tecnologia de transmissão, mas, quando vocês comprarem um celular 5G por 'uma fortuna', terão a decepção de perceber que não era aquilo que esperavam. Se não tem fibra, se não tem rede, como nós vamos fazer isso? Toda vez que ouvirem falar de 5G, sejam céticos e questionem: e a infraestrutura?".

Sedeh finalizou sua participação na Campus Party 2019 incentivando os convidados a participaram dessa revolução tecnológica histórica que o mundo tem vivido. "Vocês, que são jovens, podem repensar a vida. Fazer uma nova faculdade, aprender a programar, se inserir nesse novo momento".