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sexta-feira, 8 de julho de 2016

Variedades: Mestres da cultura popular transformam feira de artesanato em galeria de arte

  • Recife
Sumaia Villela - Correspondente da Agência Brasil
Recife Esculturas do mestre Cunha, de Jaboatão dos Guararapes, na 17 edição da Fenearte, a Feira Nacional de Negócios e Artesanato (Sumaia Villela/Agência Brasil)
Recife – Esculturas do mestre Cunha, de Jaboatão dos Guararapes, na 17° edição da Fenearte, a Feira Nacional de Negócios e Artesanato (Sumaia Villela/Agência Brasil)Sumaia Villela/Agência Brasil
“Se eu fizer um caminhão igual a um de verdade, vai ser igual a todos os outros e ao de todo mundo. Então, fiz a minha regra”. É assim que José Francisco da Cunha Filho, o mestre Cunha, de Jaboatão dos Guararapes (PE), explica de onde tira a ideia de fazer máquinas e pessoas misturadas a bicho.

É realmente difícil encontrar um trabalho parecido em feiras de artesanato no país. Os seres antropomórficos (características humanas aliadas a outros seres e coisas) de Cunha são bem características. E é tudo feito à mão – cada peça é única, mesmo que sejam irmãs em conceito. O trabalho autoral e o talento manual o fazem um dos mestres do artesanato pernambucano, cujas obras estão expostas desde ontem (7) na Feira Nacional de Negócios do Artesanato (Fenearte), realizada no Recife até o dia 17 de julho.

Além de Cunha, mais de 40 mestres – e discípulos - apresentam seus trabalhos na feira. As peças são comercializadas, mas até os visitantes sem recursos saem de lá ganhando. Instalados na galeria principal do galpão, que conta com mais de 3 mil expositores, esses artesãos transformam a Fenearte em uma galeria de arte.

Os mestres, em sua maioria, estão presentes na feira. Mesmo com 93 anos, dona Maria Amélia da Silva não perdeu até hoje uma edição da Fenearte, que já dura 17 anos. Também não perde a oportunidade de produzir. “As mãos já estão ruins, mas eu continuo mesmo assim”, garante, com a voz baixa, sentada em uma cadeira de rodas ao lado de um Francisco de Assis de barro, obra sua.
Recife Mestra Maria Amélia, na 17 edição da Fenearte, a Feira Nacional de Negócios e Artesanato (Sumaia Villela/Agência Brasil)
Recife – Mestra Maria Amélia, na 17° edição da Fenearte, a Feira Nacional de Negócios e Artesanato (Sumaia Villela/Agência Brasil)Sumaia Villela/Agência Brasil
A artesã de Tracunhaém estabeleceu o norte da vida dela e da família a partir de um brincadeira de criança. Começou modelando bonecos, aos 10 anos. Com o avançar da idade e do ofício criou um traço característico, de temática católica, sobretudo. Hoje, o conceito foi passado para outras gerações, que já incorporam novos elementos à obra da mestra. O neto Ricardo Felix da Silva Júnior, de 17 anos, resolveu esculpir também outros integrantes da sociedade: agricultor, médico, músico. “Todo ano a gente trazia a mesma coisa. Só santo, santo. Então resolvi variar um pouco”, conta.

O tema religioso pode ser visto em muitos dos mestres expostos na Fenearte. É histórico, assim como a cultura da resistência. Brincadeira que encanta crianças até hoje, o mamulengo parece inofensivo, mas sempre foi ligado ao protesto e à libertação. É o que ensina o mestre José Lopes, de Glória do Goitá. “Esses bonecos vieram de Portugal para catequizar os índios, com os padres. Só que a senzala se apropriou disso e usava o mamulengo para inverter os papéis. O senhor de engenho, o fazendeiro, é que ia para o tronco levar chicotada”, diz.
Recife Mamulengos do mestre José Lopes, na 17 edição da Fenearte, a Feira Nacional de Negócios e Artesanato (Sumaia Villela/Agência Brasil)
Recife – Mamulengos do mestre José Lopes, na 17° edição da Fenearte, a Feira Nacional de Negócios e Artesanato (Sumaia Villela/Agência Brasil)Sumaia Villela/Agência Brasil
O teatro de mamulengo é feito com bonecos de “vara” ou “pau”, que são os manuseados por varetas, e também pelos “mão-molengas”, nas palavras de José Lopes – os fantoches que ganham vida com uma mão humana em seu interior. A arte dele se relaciona ao tema deste ano da Fenearte, que destaca os brinquedos – como o mamulengo – e os folguedos populares. “A gente brinca, mas educa. Sempre foi uma arte de protesto, contra a miséria, contra o preconceito racial. Hoje também”, garante o mestre.

Os mestres têm destaque na programação da feira, mas o espaço reúne uma variedade de mais de 5 mil expositores. A organização atribui à Fenearte o título de maior feira da América Latina. Setenta e cinco por cento dos artesãos são de Pernambuco. O restante é dos demais estados do Brasil e também de outros países. O espaço conta ainda com apresentações de grupos de cultura popular. A programação completa da Fenearte está na internet.
Dólar em alta

A expectativa de movimentação financeira da Fenearte é de cerca de R$ 40 milhões, com um público de 330 mil pessoas. De acordo com o coordenador da feira, Thiago Angelus, o cálculo repete a estimativa do ano passado, já que a crise econômica pode frear o consumo dos visitantes. Ele argumenta, no entanto, que o mercado de artesanato vive um bom momento.

“Além da Fenearte, também fazemos a gestão dos centros de artesanato de Pernambuco. E a gente tem percebido crescimento, por incrível que pareça, na venda de artesaanto. Com essa alta do dólar, do euro, muitos estrangeiros têm vindo ao Nordeste e comprado. E hoje, faltando 15 minutos para a abertura do evento, decidimos abrir o portão, proque tinha muita gente na fila”, afirma Angelus. “E os artesãos se prepararam, eles percebem o momento, trouxeram também peças menores, com preços mais acessíveis”.

Já os artesão se dividem sobre os efeitos da crise. A mestra Maria Amélia não tem problema com cliente: suas obras são encomendadas por gente do estado e de fora de Pernambuco. Em menos de três horas de feira já havia vendido quatro peças das mais caras, de cerca de R$ 400. Já o mestre do mamulengo garante a renda com apresentações. Por enquanto, José Lopes avalia que as vendas estão menores do que em anos anteriores.
Recife 17 edição da Fenearte, a Feira Nacional de Negócios e Artesanato (Sumaia Villela/Agência Brasil)
Recife – 17° edição da Fenearte, a Feira Nacional de Negócios e Artesanato (Sumaia Villela/Agência Brasil)Sumaia Villela/Agência Brasil
Expositores de outras áreas do pavilhão, como Edgard Viana, do Recife, se supreenderam com o movimento. “Eu estou admirado. Em se tratando de crise, eu vim um pouco temoroso, mas fiquei supreendido com o movimento bom, como tem sido bem aceito. As pessoas estão gostando, estão comprando”, comemora.

A Pernambucana Bernadete Farias e o holandês Danny van Maarseveen estão aproveitando também para fazer o maior número de contatos possíveis. A estratégia é distribuir amostras grátis do stroopwafel, um biscoito típico da Holanda, tudo feito na hora. “Nós vendemos para padarias, delicatessens, restaurantes. Agora queremos chegar ao supermercado e aumentar a clientela”, diz Bernadete.

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quinta-feira, 7 de julho de 2016

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Túnel do Tempo: Viagem no espaço de 190 milhões de quilômetros



Luís Alberto Alves

Espacial: No dia 7 de julho de 1988, a sonda soviética Fobos 1 parte de Baikonur, no Casaquistão, para uma viagem de 190 milhões de quilômetros até Fobos, uma das luas de Marte.

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Radiografia de Sampa: Avenida Adolfo Pinheiro



Luís Alberto Alves

Adolfo Alves Pinheiro de Paiva, foi poeta, tenente, presidente da Câmara, primeiro Coletor Federal em 1840, e eleito vereador três vezes. Em 1841 veio para o então município de Santo Amaro, onde foi escrivão, juiz de paz, delegado, fiscal, tesoureiro e provedor da Irmandade do Santíssimo, fabriqueiro da Matriz, inspetor de ensino, diretor da Sociedade Musical, coletor de rendas gerais e províncias, vereador, procurador e chefe político de prestígio, representando o Partido Liberal. A Avenida Adolfo Pinheiro (foto) fica em Santo Amaro, Zona Sul de SP.

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Geral: PF diz que investigados na Lava Jato usavam banco para lavar dinheiro




 Brasília
Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil

A procuradora da República Jerusa Burmann Viecili disse hoje (7) que há uma “terceirização” e uma “dupla camada” de lavagem de dinheiro obtido por atos de corrupção no Brasil. A Operação Caça-Fantasma, 32ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada nesta quinta-feira pela Polícia Federal (PF), investiga a atuação do banco panamenho FPB Bank, que atuava no Brasil e mantinha “uma parceria” com a empresa panamenha Mossack Fonseca, responsável pela abertura de empresas offshore [empresas abertas em paraísos fiscais] de pessoas investigadas por desvios de dinheiro na Petrobras.

“O destaque da fase de hoje é essa sofisticação do método utilizado para ocultação de recursos ilícitos nas contas desse banco. A utilização das offshores [de operadores pessoa física] já é por si só a colocação de uma máscara, de uma sombra no dinheiro, porque são empresas que conseguem manter o beneficiário do dinheiro de maneira anônima. Com esse outro nível de sofisticação, com a utilização de um banco clandestino, tem-se essa dupla camada de lavagem, uma nova modalidade de ocultação e dissimulação das titularidades das contas”, disse a procuradora.

O FPB Bank, segundo a investigação, funciona de maneira oficial no Panamá, mas atuava no Brasil sem autorização do Banco Central. Os funcionários da instituição captavam clientes, realizavam serviços bancários e atendiam essas pessoas em suas residências ou em escritórios clandestinos do banco. “Era um pacote completo. A instituição registrava a offshore, cuidava da parte gerencial e da estruturação da conta lá fora para possibilitar o fluxo de dinheiro. Não é razoável que uma pessoa busque uma instituição clandestina se não para fins ao menos duvidosos”, disse o delegado da PF, Rodrigo Sanfurgo.

Celular criptografado
A parceria entre o FPB Bank e a Mossack Fonseca foi descoberta durante a 22ª fase da Lava Jato, quando foi encontrado um celular criptografado utilizado para comunicação entre os representantes das duas empresas. “A força tarefa investiga uma rede que se vale de uma estrutura complexa para proporcionar o fluxo de dinheiro para fora do país”, disse Sanfurgo.

Segundo o Ministério Público Federal, foram identificadas 44 offshores constituídas pela Mossack Fonseca por solicitação dos funcionários do banco, mas ainda não foram identificados todos os clientes da instituição financeira. A investigação apontou que quatro pessoas já investigadas na Lava Jato movimentaram dinheiro com quase 20 empresas offshores ligadas à Mossack, Pedro Barusco e Renato Duque, ex-gerentes da Petrobras, o empresário Mario Goes e Roberto Trombeta. Mas ele não necessariamente têm conta no PFB Bank.

Mas, segundo a Polícia FederalF, a estrutura para a lavagem de dinheiro não era exclusiva para atender investigados na Lava jato, e estava disponível para qualquer pessoa. Ainda não se sabe há quanto tempo a instituição financeira panamenha atuava no Brasil, mas “os representantes no Brasil possuem uma relação de alguns com o banco. Não é algo recente”, explicou Sanfurgo.

Mandados
Foram cumpridos hoje sete mandados de condução coercitiva para representantes do banco que atuavam no Brasil, todos brasileiros, segundo o delegado. Onze mandados de busca e apreensão foram cumpridos na casa desses investigados e nos locais onde há indícios que funcionavam os escritórios do banco em Santos, São Bernardo do Campo e São Paulo.

Um dos alvos de condução coercitiva é Edson Paulo Fanton, que consta como representante do banco panamenho no Brasil. Ele é sobrinho do delegado da PF Mário Renato Fanton, mas, segundo De Paula, não há nenhuma relação do delegado com o FPB Bank.

Para o delegado da PF Igor de Paula, essa complexa rede surge diante da fartura de dinheiro sujo que existe no país. "Dinheiro que precisa ser lavado. É nesse espaço que crescem situações como essa", disse, explicando que não é ilegal ter empresa offshore ou recursos no exterior. “Mas a Mossack tinha uma forma de atuação que deixava bem claro que os clientes não queriam ser conhecidos e a documentação era manuseada de forma que não pudesse ser acessada. E esse banco, atuando de forma clandestina, leva a crer que a maioria dos clientes movimenta recursos de origem ilícita”, completou.

De Paula explicou que não há como precisar o montante de dinheiro movimentado pelo banco e que o segundo momento da investigação será mapear quem e porquê utilizou os serviços da instituição. “[O Panamá] de fato não é dos lugares mais fáceis para conseguir cooperação”, disse o delegado, citando o caso Panamá Papers.

A panamenha Mossack Fonseca também está no centro do escândalo mundial, chamado de Panamá Papers, um esquema de ocultação de recursos usado por centenas de autoridades e celebridades de dezenas de países, revelado este ano por um consórcio internacional de jornalistas.

Segundo o delegado De Paula, os recursos extraídos de forma ilícita da Petrobras são “gigantes” e, pelo que se observa no esquema Panamá Papers, a Mossack atendia todo o tipo de cliente, o que deve se repetir no modelo brasileiro. Daí a atuação do FPB Bank no contexto da corrupção da Petrobras. Nesta fase da Lava Jato, a PF apura crimes contra o sistema financeiro nacional, a lavagem de ativos e a formação de organização criminosa internacional.
Triplo X
A 22ª fase da Lava Jato, Operação Triplo X, foi realizada no dia 27 de janeiro deste ano e tinha como alvo apartamentos da empreiteira OAS que, segundo investigações, podem ter sido usados para repasse de propina do esquema de corrupção da Petrobras.

Segundo a Polícia Federal, a empresa Mossack Fonseca é responsável pela offshore Murray, que adquiriu um condomínio imobiliário no Guarujá, litoral paulista, inicialmente construído pela Cooperativa Habitacional dos Bancários (Bancoop), presidida entre 2005 e 2010 pelo ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, preso em abril do ano passado, numa das fases da Lava Jato. O empreendimento foi repassado para a empreiteira OAS em 2009, em função de uma crise financeira da cooperativa.

Offshore, que significa "afastado da costa" em inglês, é um termo utilizado para se referir a contas bancárias ou empresas abertas no exterior, geralmente em paraísos fiscais, onde os titulares buscam melhores condições em relação ao seu país de origem, como isenção de impostos e sigilo fiscal. A abertura de uma empresa offshore e a manutenção de recursos no exterioir são permitidas pela legislação brasileira, desde que declaradas à Receita Federal e ao Banco Central.

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Economia: Feijão, manteiga e leite ficam mais caros e elevam o valor da cesta básica


São Paulo
Camila Boehm – Repórter da Agência Brasil
O custo do conjunto de alimentos básicos aumentou, em junho, em 26 das 27 capitais, segundo pesquisa divulgada hoje (6) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). De acordo com o levantamento, o feijão, a manteiga e o leite são os produtos que mais tiveram impacto no custo da cesta básica no País.

As maiores altas foram verificadas em Florianópolis (10,13%), Goiânia (9,40%), Aracaju (9,25%) e Porto Velho (8,15%). A única diminuição foi em Manaus (-0,54%). São Paulo foi a capital que registrou o maior custo para a cesta (R$ 469,02), seguida de Porto Alegre (R$ 465,03) e Florianópolis (R$ 463,24). Os menores valores médios foram observados em Natal (R$ 352,12) e Rio Branco (R$ 358,88).

Entre janeiro e junho de 2016, todas as cidades acumularam alta, segundo o Dieese. As maiores variações foram observadas em Goiânia (25,59%), Aracaju (23,22%) e Belém (19,13%). Os menores aumentos ocorreram em Manaus (4,41%), Curitiba (6,31%) e Florianópolis (9,24%).

Estimativa para o salário mínimo
O Dieese estima mensalmente o salário mínimo necessário para suprir as despesas de um trabalhador e de sua família, levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o valor deve ser suficiente para cobrir despesas com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.

Com base na cesta mais cara, que em junho foi a de São Paulo, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 3.940,24, segundo o Dieese, o que representa 4,48 vezes mais do que o mínimo atual de R$ 880. Em maio, o mínimo necessário correspondeu a R$ 3.777,93, ou 4,29 vezes o piso vigente.

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Política: Banco panamenho é alvo de nova fase da Lava Jato


Brasília
Felipe Pontes - Repórter da Agência Brasil

A Polícia Federal (PF) realiza na manhã de hoje (7) a Operação Caça-Fantasmas, a 32ª fase da Lava Jato, que investiga uma instituição financeira panamenha que atuava no Brasil ilegalmente, sem autorização do Banco Central, e comercializava empresas offshore.

Entre os clientes da instituição financeira estão investigados na Lava Jato, o que levou a PF a concluir que recursos desviados da Petrobras passaram pela instituição panamenha.
Cerca de 60 policiais cumprem 17 ordens judiciais – sete conduções coercitivas e dez mandados de busca e apreensão – nas cidades de Santos, São Paulo e São Bernardo do Campo.

Segundo os investigadores, a instituição financeira panamenha funcionava como uma verdadeira agência comercial de serviços bancários, cujo objetivo seria facilitar o envio de recursos ilícitos ao exterior.

Funcionando à margem do sistema financeiro nacional, a instituição panamenha oferecia, entre seus serviços, a comercialização de empresas offshore registradas pela panamenha Mossack Fonseca, que já foi alvo da 22ª fase da Lava Jato.

A Mossack também está no centro do escândalo mundial Panamá Papers, um esquema de ocultação de recursos usado por centenas de autoridades e celebridades de dezenas de países, revelado este ano por um consórcio internacional de jornalistas.

Nesta fase da Lava Jato, a PF apura crimes contra o sistema financeiro nacional, a lavagem de ativos e a formação de organização criminosa internacional. O nome caça-fantasmas foi escolhido por causa do objetivo da operação: revelar a extensão da atuação e a clientela oculta da instituição financeira panamenha.

Esta é a segunda operação da PF ligada à Lava Jato realizada nesta semana.

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