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quinta-feira, 5 de maio de 2016

Política: Com afastamento de Cunha, base aliada quer anular processo de impeachment


  • 05/05/2016 12h55
  • Brasília
Pedro Peduzzi – Repórter da Agência Brasil
A decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavasky de afastar o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), do mandato de deputado e da função de presidente da Casa legislativa servirá de argumento para que a bancada contrária ao impeachment de Dilma Rousseff peça a anulação da votação feita no dia 17 de abril, que aprovou a admissibilidade do processo. Já na avaliação da bancada da liderança do DEM, há suspeitas de que o afastamento de Cunha, sem o julgamento pelo plenário do STF, represente uma interferência do Judiciário no Legislativo.

Segundo o vice-líder do PT na Câmara, Paulo Teixeira (PT-SP), a notícia do afastamento de Cunha por uma liminar foi boa, porém tardia. “Boa porque ele cometeu inúmeros crimes e claramente obstruía a investigação e o processamento desse crimes, mas também tardia porque ele não poderia ter presidido esse processo de impeachment motivado por vingança, retaliação ao não apoio da Dilma no Conselho de Ética, coisa que ele exigia dela para absolvê-la. Tardia porque o STF deveria ter afastado ele antes do processo, tendo em vista que ele moveu o processo de impeachment sem justa causa ou motivação”, disse.

“Isso macula ainda mais o processo de impeachment. Na minha opinião, o STF tem de levar às últimas consequências esse processo, anulando inclusive o processo de impeachment”, acrescentou. Na avaliação de Teixeira, os senadores têm de levar isso tudo em consideração e estancar o processo naquela Casa. “Eles precisam enxergar que esse processo teve motivação baseada em chantagem e vingança e, portanto, não podem prosseguir em um processo assim. Espero que os senadores entendam o que está acontecendo, sob pena de eles mancharem suas biografias”, acrescentou.

O líder do DEM, deputado Pauderney Avelino (AM), se disse surpreso pelo fato de a decisão ter sido apresentada na forma de liminar. “É uma decisão monocrática de um ministro, que deverá ser confirmada pelo pleno do STF. Estou surpreso porque o julgamento do pleno já estava pautado para hoje”, disse o deputado do DEM. Na avaliação de Pauderney Avelino, a suspensão do mandato de Cunha sem o julgamento pelo pleno pode ser considerada uma interferência do Judiciário no Legislativo: “devemos ter cautela e prudência para avaliar”, ponderou.

O deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) contra argumentou Pauderney dizendo que medida liminar faz parte do ordenamento jurídico do país e existe justamente pelo seu caráter cautelar de evitar prejuízos ao interesse público. "Portanto a decisão é corretíssima. Tardou mas não falhou”, disse ele pouco antes de lamentar o fato de “a tropa de choque do Cunha estar totalmente ausente do plenário”.

Para Luiza Erundina (PSOL-SP), a liminar do ministro representa uma vitória da democracia. “Essa Casa precisa resgatar sua credibilidade”, disse a deputada, que criticou as consequências do processo de impeachment para o país. “Não dá para esperar que alguém que não teve voto popular queira ocupar a cadeira de presidente da República, tendo por base argumentos tão questionáveis. Isso se deu da forma mais mesquinha e conivente com o que há de mais retrógrado no país”, disse Erundina.

O deputado Henrique Fontana (PT-RS) corroborou a opinião de que a aprovação da admissibilidade do processo de impeachment na Câmara poderá ser revista pelo STF. “A decisão do Tribunal confirma a ilegitimilidade do processo que tenta cassar o mandato de Dilma. Não tenho nenhuma dúvida de que esse processo poderá ser revertido porque é evidente o abuso cometido na sua abertura. Tudo será analisado pelo STF. E vamos fazer toda a defesa da presidenta, tanto no Senado como na Justiça Brasileira”.

O líder do PT na Câmara, deputado Afonso Florence (BA), também desqualificou a legitimidade do processo: "todos sabem que Cunha é o artífice e Temer é o fantoche. Não existe mais legitimidade no processo de impeachment",

Política: Cunha "não se qualifica" para substituir presidente da República, diz Teori


  • Brasília
Da Agência Brasil
O ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, determinou hoje (5) o afastamento de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) do mandato de deputado federal e, em consequência, da presidência da Câmara. O ministro atendeu a pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que apresentou denúncia acusando Cunha de tentar interferir na condução das investigações da Operação Lava Jato. A decisão é liminar. Eduardo Cunha informou que vai recorrer da decisão. Mesmo afastado do mandato, Cunha permanece como deputado e com foro privilegiado.

Brasília - O ministro Teori Zavascki, relator do processo que pedia que as investigações da Operação Lava Jato sobre o ex-presidente Lula devem permanecer na Corte (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Brasília - O ministro Teori Zavascki, relator do processo da Lava Jato, determinou afastamento de Eduardo Cunha do mandato de deputado federal e da Presidência da CâmaraAntonio Cruz/Agência Brasil
Na decisão, Zavascki diz que, diante da denúncia apresentada por Janot, Cunha não tem condições de ocupar o cargo de presidente da Câmara e nem substituir o presidente da República. De acordo com a Constituição, com ausência do presidente e do vice-presidente do país, o presidente da Câmara é quem ocupa a Presidência da República. 

"Não há a menor dúvida de que o investigado não possui condições pessoais mínimas para exercer, neste momento, na sua plenitude, as responsabilidades do cargo de Presidente da Câmara dos Deputados, pois ele não se qualifica para o encargo de substituição da Presidência da República, já que figura na condição de reú no Inquérito 3983, em curso neste Supremo Tribunal Federal", diz o ministro no documento, de 76 páginas. No inquérito, Cunha responde por corrupção, lavagem de dinheiro, manutenção de valores irregulares em contas no Exterior. 

                                                                                     Uso do cargo
Na decisão, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, argumenta que Cunha usou o cargo de deputado federal e de presidente da Casa "em interesse próprio e ilícito, qual seja, evitar que as investigações contra si tenham curso e cheguem a bom termo, bem como reiterar as práticas delitivas, com o intuito de obter vantagens indevidas". 

Janot citou 11 motivos para o afastamento de Cunha. Entre eles, o procurador-geral argumenta que Cunha determinou que parlamentares aliados apresentassem requerimentos contra empresários e empresas com intuito de pressioná-los ao pagamento de propina; convocou testemunhas para depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito da Petrobras (CPI) para intimidação; contratou empresa de investigação financeira para descobrir algo que pudesse compromete-lo e seus aliados em acordos de delação premiada na Operação Lava Jato; colocou em pauta votação de projeto que poderia eximi-lo de penalidade por manter valores não declarados fora do país; retaliou integrantes de partidos que apresentaram ação pedindo a cassação de seu mandato; apreendeu documentos que apontam o recebimento de propina; obstruiu a pauta de votações para evitar a apuração de conduta de aliados na Câmara e utilizou de manobras para trocar o relator no Conselho de Ética responsável por analisar processo contra ele.

Brasília - Presidente da Câmara, Eduardo Cunha, põe em votação MP sobre renegociação de dívidas de produtores rurais e de caminhoneiros (Wilson Dias/Agência Brasil)
Eduardo Cunha foi denunciado por ter usado o cargo de presidente da Câmara dos Deputados em benefício próprioWilson Dias/Agência Brasil
"Isto demonstra que Eduardo Cunha deve ser afastado do cargo de deputado federal para impedir a reiteração criminosa, garantindo-se a ordem pública, uma vez que vem se utilizando há bastante tempo de referido cargo para práticas ilícitas", diz Janot, no pedido de afastamento. 
Diante dos argumentos de Janot, Teori Zavascki diz que "há indícios de que o requerido, na sua condição de parlamentar, e, mais ainda, de Presidente da Câmara dos Deputados, tem meios e é capaz de efetivamente obstruir a investigação, a colheita de provas, intimidar testemunhas e impedir, ainda que indiretamente, o regular trâmite da ação penal em curso no Supremo Tribunal Federal, assim como das diversas investigações existentes nos inquéritos regularmente instaurados". 

"Nada, absolutamente nada, se pode extrair da Constituição que possa, minimamente, justificar a sua permanência no exercício dessas elevadas funções públicas", diz o ministro, além de que a permanência de Cunha "é um pejorativo que conspira contra a própria dignidade da instituição por ele liderada". 

Política: Deputados ocupam tribuna para defender decisão do STF de suspender Cunha




Luís Alberto Alves

Diversos deputados ocuparam a tribuna da Câmara nesta manhã para defender a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki que afastou Eduardo Cunha do mandato de deputado federal e da função de presidente da Casa.

A deputada Luiza Erundina (Psol-SP) disse que essa decisão deveria ter vindo do Conselho de Ética, mas não foi possível porque Eduardo Cunha manobrou para impedir sua cassação. “Essa cadeira é do povo, e foi conspurcada ao ser ocupada por interesses mesquinhos. E isso se deve aos partidos, que a maioria esteve conivente”, acusou.

O deputado Arnaldo Jordy (PPS-PA) lembrou que apenas quatro partidos (PPS, Psol, Rede, PDT) tiveram a coragem de, já no ano passado, entrar com pedido para retirar Eduardo Cunha da direção da Câmara. “Nós vínhamos cobrando isso há um ano e meio, junto com outros partidos, e esperamos que essa decisão do ministro Teori Zavascki se confirme, porque nesse momento o deputado afastado está na residência oficial tramando contra isso”, disse o deputado Chico Alencar (Psol-RJ). Ele adiantou que a defesa de Eduardo Cunha deve argumentar que o Plenário teria de revalidar a decisão do Supremo, o que em sua opinião seria um equívoco.

O líder da Rede, deputado Alessandro Molon (RJ), disse que a decisão serve de mensagem para todos os que imaginam que o mandato parlamentar serve como defesa para quem cometeu crimes. “Esperamos essa Casa perceba que aquilo que parecia ilimitado, o poder do deputado Eduardo Cunha, tem limite, que é a legalidade, e a dignidade da Câmara.”

Defesa garantida
O deputado Mauro Pereira (PMDB-RS) também defendeu a decisão do SFT e disse que as instituições estão funcionando e Eduardo Cunha terá o direito de se defender no Supremo, da mesma forma que o ex-presidente Lula. Ele criticou o PT por atacar o Supremo e o procurador-geral, e disse que os deputados não deveriam fazer a mesma coisa. “Vamos separar bem as coisas, o ex-presidente Lula chamou os ministros do Supremo de covardes, mas eles vão cumprir suas missões e vamos passar o Brasil a limpo”, disse.

O deputado Ivan Valente (Psol-SP) disse que os fiéis a Eduardo Cunha não são fiéis por questões políticas, mas porque foram financiados por ele nas eleições. “Eduardo Cunha mancha essa Casa, e o Psol desde o primeiro momento sabia disso, desde que ele mentiu na CPI da Petrobras, dizendo que não tinha contas na Suíça.”

O deputado Gonzaga Patriota (PSB-PE) também defendeu o afastamento de Eduardo Cunha. “Ninguém aguentava mais ser presidido por alguém sem a capacidade ética e moral para ser presidente dessa Casa”, disse.

“Aqui se faz, e aqui se paga. Há mais de um ano nessa casa, e todos os dias Eduardo Cunha manobrou e fez o que quis. Ele achava que mandava em todos os deputados, nos juízes”, comemorou o deputado Caetano (PT-BA).

Já o deputado Fábio Ramalho (PMDB-MG), disse que não é um momento para bater palmas, e sim para repensar o novo governo que vai se instalar. “Nesse momento é preciso ter esperança de que o presidente Michel Temer faça um bom trabalho e mude os rumos do Brasil.”

O deputado Celso Maldaner (PMDB-SC) comemorou a decisão de Teori, e frisou que Santa Catarina está orgulhosa do ministro, que é do interior do estado. “A justiça tarda, mas não falha”, disse.

O deputado Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) disse que já cobra o afastamento de Cunha desde que as denúncias começaram. “O Supremo cumpriu seu dever”, frisou.

O deputado Marcelo Aguiar (DEM-SP) disse que o momento é difícil, mas o povo brasileiro precisa de uma resposta. “Quem terá a coragem de colocar seu nome para dirigir essa Casa, até quando vamos jogar um no colo do outro as decisões?”, disse.

O deputado João Gualberto (PSDB-BA) disse que Eduardo Cunha fez parte da mesma quadrilha comandada pelo ex-presidente Lula. Ele frisou que Cunha era um aliado do PT, que agora o chama de bandido, mas estavam juntos até recentemente. “O PSDB não votou nele, nós votamos no Júlio Delgado”, lembrou.

Política: Após afastamento de Cunha, vários deputados questionam impeachment de Dilma


Luís Alberto Alves

Nesta quinta-feira, diversos deputados ocuparam o Plenário da Câmara para defender a decisãodo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki que afastou Eduardo Cunha do mandato de deputado federal e da função de presidente da Casa. Vários parlamentares presentes aproveitaram para questionar a condução do processo de impeachment aprovado pela Câmara no mês passado.
Para a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), o processo está maculado pela dupla que geriu o processo. Além da suspensão do mandato de Eduardo Cunha, a deputada lembrou que o tribunal eleitoral de São Paulo também decidiu, nesta semana, tornar inelegível o vice-presidente da República, Michel Temer. “O processo contra a presidenta Dilma deveria ser nulo, porque foi conduzido por pessoas suspeitas”, disse.

O deputado Chico Lopes (PCdoB-CE) concordou, e disse que a decisão foi tardia, uma vez que Eduardo Cunha pode conduzir o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. “Não é possível que um cidadão, investigado, consiga manipular até mesmo as comissões, que são uma questão dos partidos.”

O deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA) lembrou que, na decisão, o ministro Teori frisa que Eduardo Cunha usou de chantagem e retaliação, exatamente o que considera ter sido o processo de impeachment.

Alice Portugal (PCdoB-BA) também acredita que o processo de impeachment deveria ser anulado. “Espero que essa decisão seja convalidada”, disse.

Os deputados José Nunes (PSD-BA) e Silas Freire (PR-PI) também criticaram o processo de impeachment. Embora não ache nulo o processo, Freire afirmou que é uma contradição a Câmara ter aprovado o impeachment sem se livrar também dos deputados envolvidos em escândalos.

O deputado Benjamim Maranhão (SD-PB), no entanto, defendeu a decisão da Câmara no processo de impeachment, e lembrou que ele foi orientado pelo Supremo Tribunal Federal. “Existe uma tentativa de ligar essa decisão de hoje com a decisão de afastar a presidente Dilma Rousseff. Mas o que ocorreu foi que cumprimos a Constituição e a Lei de Responsabilidade Fiscal”, disse.

Política: STF afasta Eduardo Cunha do mandato de deputado federal


Luís Alberto Alves

Eduardo Cunha está na residência oficial reunido com advogados e deve entrar com recurso no STF contra a decisão de Teori
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki, determinou nesta quinta-feira (5) o afastamento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), do mandato de deputado federal.
Noéli Nobre
Política - geral - movimentação imprensa residência oficial Presidência da Câmara
Jornalistas de plantão na frente da residência oficial, que teve a segurança reforçada. 
O ministro, que é relator da Lava Jato, concedeu uma liminar em um pedido feito pela Procuradoria-Geral da República que pedia o afastamento do deputado. A PGR diz que Cunha usa o cargo para "constranger, intimidar parlamentares, réus, colaboradores, advogados e agentes públicos com o objetivo de embaraçar e retardar investigações".

Veja a íntegra da decisão

Cunha já foi notificado da decisão e substituído pelo1º vice-presidente da Câmara, deputado Waldir Maranhão (PP-MA).
Neste momento, Eduardo Cunha está na residência oficial reunido com advogados e deve entrar com recurso no STF contra a decisão de Teori. Segundo a assessoria de Cunha, ele só deve se pronunciar após a decisão do Supremo na votação desta tarde.
Julgamento
O presidente do STF, ministro Ricardo Lewandowski, anunciou que será julgada na sessão do plenário na tarde desta quinta-feira (5) a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 402, que questiona a constitucionalidade do exercício dos cargos que estão na linha de substituição da Presidência da República por pessoas que sejam réus perante o STF. De acordo com Lewandowski, a inclusão do processo em pauta se justifica pela urgência de seu julgamento e se fundamenta no Regimento Interno do STF e em precedentes da Casa.

A ADPF foi ajuizada pelo partido Rede Sustentabilidade, que pede o afastamento provisório do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, sob a alegação de ele poderia assumir a função de substituto direto de presidente da República em caso de afastamento da atual titular do cargo, Dilma Rousseff. Sua continuidade no cargo seria impossível, alega o partido, por que ele pode responder a ação penal no STF, decorrente do recebimento da denúncia no Inquérito 3983.

Cunha já afirmou que está tranquilo quanto ao julgamento, pelo fato de o próprio Supremo já ter decidido que ele não poderia ser julgado por fatos estranhos ao seu mandato. Cunha também alega que não é sequer réu no Supremo, pois ainda não foi publicado o acórdão do julgamento que decidiu pela aceitação de denúncia contra ele.
Além disso, Eduardo Cunha argumenta que como presidente da Câmara não seria sucessor, e sim eventual substituto do presidente da República.

Variedades: Os Inimigos da Dor, filme dirigido por Arauco Hernández, estreia hoje (5)


Redação

O filme brasileiro-uruguaio fez parte da 38ª Mostra Internacional de Cinema e ganhou diversos prêmios, trazendo para as telas a história de três corações partidos, que se unem em busca de um propósito.

Os Inimigos da Dor, coprodução do Brasil e do Uruguai, dirigida por Arauco Hernández, chega aos cinemas em 5 de maio.

O longa, que fez parte da seleção oficial na 67º Festival de Cinema de Locarno em 2014,  conta a história de um alemão que foi abandonado por sua mulher em Berlim e vai ao Uruguai, país de origem da amada, a sua procura. Seus problemas começam no aeroporto, quando sua mala desaparece e o homem fica sem proteção contra o frio do lugar.

Sai em busca de um orelhão, e se depara com um grupo de jovens que tenta roubá-lo, mas para sua sorte, um ex-viciado em heroína, o ajuda a escapar e lhe oferece um lugar para ficar. Conforme os dias passam, mais pessoas se envolvem na história do estrangeiro e em sua busca pela mulher.

O filme é uma comedia dramática, que narra a aventura dos corações perdidos e solitários.

O diretor
Arauco Hernandez nasceu em Montevidéu, em 1974. Ele tem uma Pós-Graduação em Ciências da Comunicação, com foco em Cinema e Televisão. Em 1996, ele viajou para o México, onde passou um semestre no Instituto de Estudos Superiores (ITESO) em Guadalajara. Voltou para o Uruguai em 1997, onde ele ministrou oficinas de cinema e trabalhou como cinegrafista e diretor de fotografia.

Em 2002, ele dirigiu o curta-metragem  Stray Dog (16min, B & W) com o qual ganhou o "Prémio Inovação" em Clermont-Ferrand.  Naquele ano, ele recebeu uma bolsa Fulbright para continuar seus estudos de pós-graduação e em abril de 2003 ele foi premiado com uma bolsa de estudos pela Universidade de Columbia para continuar a sua educação lá. De Columbia foi para Nova York, onde ele trabalhou como treinador e diretor de fotografia voltado para o cinema.

Em novembro de 2006 ele retornou ao Uruguai, onde trabalhou como Diretor de Fotografia em filmes, como:
- Gigante (Adrian Biniez) 2009 - "Melhor Opera Prima", "Alfred Bauer" e "Urso de Prata" no Festival de Berlim, e "Foco Latino" em San Sebastian Award.
- Hiroshima (Pablo Stoll) 2009 - Lançado em setembro no Festival de Toronto.
- Prazo de Norberto (Daniel Hendler) - Prêmio "Televisão Espanhola" Os filmes em andamento, San Sebastian de 2009.
- A vida (Federico Veiroj) - Prémio "Filmes na Indústria Progress" Os filmes em andamento, San Sebastian de 2009.
- Olhos de madeira (Roberto Suarez) - Filmado em Fevereiro de 2010.
- O Bella Vista (Alicia Cano) - Estreia 2012.

A Produtora  
A Cordón Films foi criada em 2007 por Daniel Hendler e Micaela Solé, com o objetivo de produzir longas-metragens. Daniel Hendler é um diretor e ator de teatro e cinema, enquanto Micaela Solé é uma diretora e produtora de cinema, sendo também a produtora executiva da Cordón Films.

A Co-Produtora
Criada em 2006, a Primo Filmes é uma produtora de cinema, TV e desenvolvimento de conteúdo publicitário, que, em pouco tempo de atuação, já produziu obras premiadas e conquistou o seu espaço no cenário cinematográfico brasileiro.
É uma produtora independente brasileira, responsável por filmes reconhecidos internacionalmente, como O Cheiro do Ralo, dirigido por Heitor Dhalia, inspirado na obra de Lourenço Mutarelli e Fabricando Tom Zé, de Décio Matos Junior.

Os Inimigos da Dor (Brasil/Uruguai, 82 min., 2014)
DireçãoArauco Hernández
RoteiroArauco Hernández
Fotografia: Thomas Mauch
Montagem: Pablo Riera
Música: Maximiliano Silveira, Manuel Rilla
Elenco: Félix Marchand, Pedro Dalton, Lucio Hernández
Produtor: Micaela Solé
Produção: Cordón Films, Primo Filmes

Variedades: Prova de Coragem estreia em diversos cinemas


Redação

Na semana de estreia, filme entra em cartaz nos cinemas Caixa Belas Artes, Cinemark Metrô Santa Cruz, Cinemark Shopping Iguatemi, Espaço Itaú de Cinema Frei Caneca, Espaço Itaú de Cinema Pompeia e Playarte Bristol (São Paulo); Cinépolis Parque Barueri (Barueri); Circuito Cinemas Bonsucesso Shopping e Cinemark Guarulhos (Guarulhos); Cinemark ABC Plaza e Playarte ABC (Santo André); Playarte Metropole (São Bernardo do Campo); Cinépolis Campinas, Cinemark Campinas e Top Cineplex Prado (Campinas); Cinépolis Santa Ursula (Ribeirão Preto); Espaço Unibanco Miramar (Santos) e Sorocaba Shopping (Sorocaba)

Mariana Ximenes e Armando Babaioff são os protagonistas do longa produzido por Monica Schmiedt


Hermano (Armando Babaioff), um jovem medico bem sucedido,  planeja uma escalada de alto risco em uma montanha na Terra do Fogo, quando é surpreendido pela notícia de que sua mulher está grávida. Adri (Mariana Ximenes), com quem ele vive há sete anos, quer levar adiante uma inesperada gravidez, mas enfrenta a resistência de Hermano que não aceita a ideia de ser pai.

Obcecado em vencer o desafio da montanha nos confins da América Austral ele se entrega aos preparativos, mesmo sabendo que sua companheira enfrenta uma gravidez de risco.

Prestes a ser pai, Hermano se entrega a seu projeto. Superar tal montanha é a prova de coragem que ele deve a si mesmo. Hermano se cobra um ato heroico, o enfrentamento de um risco limite. O que o move: fuga ou redenção?

Este é o mote de “Prova de Coragem”, uma adaptação do livro “Mãos de Cavalo”, de Daniel Galera, dirigida por Roberto Gervitz, que chega aos cinemas em 5 de maio.

O filme, que teve première mundial na sessão competitiva do 39º Festival de Filmes do Mundo de Montreal, tem realização da M. Schmiedt Produções, patrocínio da Petrobras, coprodução com o Uruguai, Telecine e Globo Filmes e foi financiado pelo FSA/ANCINE. O projeto venceu o prêmio Santander/Prefeitura de Porto Alegre de Desenvolvimento de Projetos. A distribuição é da Europa Filmes.

Prova de Coragem (Brasil/Uruguai, 90 min., 2015)
Diretor: Roberto Gervitz
Roteiro: Roberto Gervitz
Produção: Monica Schmiedt
Coprodução: Globo Filmes e Telecine
Produtor Associado: Cacá Diegues
Produção Executiva: Monica Schmiedt e Liliana Sulzbach
Direção de Fotografia: Lauro Escorel
Direção de Arte: Adrian Cooper

Figurino: Taís Cardoso