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terça-feira, 3 de outubro de 2023

Geral: Mercado de Medicina Regenerativa deve crescer 22% ao ano até 2032

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Radiografia da Notícia

Moléculas extraídas do DNA do esperma do salmão, plasma do sangue e células retiradas do couro cabeludo do paciente

Esses são alguns dos componentes utilizados atualmente para regenerar os folículos afetados pela queda capilar e estimular o crescimento dos fios

Avaliado em US$ 22 bilhões em 2022, mercado de Medicina Regenerativa deve atingir US$ 174 bilhões até 2032

Redação/Hourpress

A Medicina Regenerativa é uma área que tem apresentado crescimento significativo nos últimos anos, conforme cada vez mais pesquisadores voltam suas atenções para esse tema. E a expectativa é que esse setor continue crescendo nos próximos anos: segundo relatório da Precedence Research, o mercado de Medicina Regenerativa, que foi avaliado em US$ 22 bilhões em 2022, deve apresentar um CAGR (taxa de crescimento anual composto) de 22% até 2032, quando atingirá um tamanho estimado de US$ 174 bilhões. E o crescimento não é à toa, afinal, as terapias regenerativas possuem uma enorme variedade de finalidades, do tratamento do câncer à cicatrização de feridas. 

Além disso, outra aplicação dos tratamentos regenerativos que tem ganhado destaque é o combate à queda capilar. “Nas terapias regenerativas, utilizamos células, como as células-tronco, e outros componentes, retirados do próprio paciente, para acelerar a regeneração dos tecidos e órgãos no corpo. No caso da queda dos cabelos, esses procedimentos atuam sobre os bulbos capilares, mais especificamente no ‘bulge’ dos bulbos, para combater o processo de miniaturização, recuperando a conexão mesênquima-epitelial responsável pela reiniciação do ciclo folicular, o que favorece o crescimento e fortalecimento de novos fios, com grande impacto na autoestima dos pacientes”, explicou o Dr. Danilo S. Talarico, médico professor de Dermatologia e Tricologia. E, enquanto certas aplicações da Medicina Regenerativa ainda estão confinadas aos laboratórios e centros de pesquisa, já é possível encontrar nos consultórios alguns procedimentos que utilizam esses princípios para combater a queda capilar, conforme o médico listou abaixo:

PDRN: O PDRN, ou polydeoxyribonucleotides, é uma substância com propriedades regenerativas composta por uma série de moléculas bioativas extraídas do DNA do esperma do salmão. “Essa substância pode ser aplicada no couro cabeludo por meio de drug-delivery, que abre canais que possibilitam que o ingrediente penetre profundamente na região. Dessa forma, o PDRN, graças a sua ação regenerativa, é capaz de estimular a proliferação celular no bulbo capilar, mais especificamente no ‘bulge’ dos folículos pilosos, assim acelerando o crescimento dos fios, que também se tornam mais fortes, grossos e saudáveis”, explica o Dr. Danilo. O médico ainda explica que, apesar de sua origem estranha, o PDRN é uma substância muito segura e bem tolerada, pois o DNA do salmão é similar ao DNA humano. “Além disso, durante o processo de extração e purificação da substância, são removidos peptídeos e proteínas que podem causar reações imunes, sendo seguro até para pacientes alérgicos a frutos do mar”, acrescenta o médico.

Rigenera: O Rigenera é um tratamento regenerativo contra queda capilar realizado a partir de células retiradas do couro cabeludo do próprio paciente, o que faz com que não apresente qualquer risco de rejeição. “No procedimento, um pequeno enxerto de pele é retirado de uma parte saudável dos cabelos e, em seguida, é inserido no equipamento conhecido como Rigenera, que gera um líquido com alta concentração de fatores de crescimento, componentes importantes do processo de proliferação celular. Esse líquido é, então, injetado na região do couro cabeludo afetada pela queda capilar para regenerar os tecidos e estimular a atividade celular, assim acelerando o crescimento dos cabelos e aumentando a espessura dos fios e o volume capilar”, explica o médico, que destaca que, de maneira geral, uma sessão ao ano já é suficiente para conferir excelentes resultados.

PRP: O PRP, ou plasma rico em plaquetas, é uma das terapias regenerativas mais populares, apresentando uma série de indicações, incluindo o tratamento de casos de queda capilar. “Essa é uma substância obtida a partir da coleta de uma pequena amostra do sangue do próprio paciente. Essa amostra é, então, centrifugada para separar os glóbulos vermelhos do plasma sanguíneo, que, em seguida, é injetado no couro cabeludo”, diz o expert, que afirma que as plaquetas presentes nesse plasma são ricas em fatores de crescimento, assim impulsionando a regeneração dos folículos capilares para contribuir com o crescimento dos cabelos.

Exossomos: Outro tratamento regenerativo que, apesar de ainda não estar disponível no Brasil, deve chegar por aqui em breve consiste na aplicação de Exossomos, pequenas vesículas secretadas por diversas células, incluindo células-tronco, o que confere grande potencial demonstrado em estudos pelo seu elevado poder regenerativo. “Os Exossomos contêm informações que induzem a ativação das células-tronco residentes no couro cabeludo, assim promovendo a tão sonhada regeneração capilar. Essas vesículas são obtidas por meio de cultura celular, que é processada para filtragem e separação. O produto desse processo é então injetado no couro cabeludo através de intradermoterapia ou drug delivery”, destaca o especialista.

Por fim, o Dr. Danilo Talarico explica que a indicação dessas terapias regenerativas é feita caso a caso. “A recomendação deve ser feita por um médico experiente após devida avaliação e diagnóstico da causa da queda capilar. Em alguns casos, podemos até mesmo combinar essas diferentes terapias ou então associá-las com outros tratamentos, como o uso de medicamentos tópicos e orais e até mesmo o transplante capilar”, finalizou o médico.


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