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Os gritos eram a marca registrada de sua personalidade ditatorial
Astrogildo Magno
Alonso era o tipo de pessoa de
pavio curto, como se diz na linguagem popular. Não levava desaforo para casa de
ninguém. Como presidente de uma grande empresa, tratava os funcionários embaixo
de chicote, ou seja, cometendo vários tipos de assédios contra homens e
mulheres.
Não sabia falar baixo. Os gritos
eram a marca registrada de sua personalidade ditatorial. Quando chegava à sede
da empresa na região da Paulista, os funcionários entravam em pânico,
principalmente quando ouvia a secretária dizer que a reunião iria começar
dentro de alguns minutos.
Poder
Pavor, era a palavra que resumia
a vida das 60 pessoas que ali tentavam ganhar o salário. O dinheiro entrava na
conta corrente, porém com muito sacrifício, principalmente choro e lágrimas, de
aguentar calado e não poder fazer nenhum tipo de questionamento.
Na portaria do edifício, onde
ficava a matriz da empresa de Alonso, a falta de educação começava na garagem. Sempre discutia com um
dos manobristas. Humilhava o rapaz diariamente. O classificava como
incompetente. Deveria estar na rua como mendigo.
Porém. Num determinado dia,
próximo do feriado de Finados, Alonso parou o carro e o funcionário veio atendê-lo.
Abriu a porta do automóvel para Alonso descer como de costume. Ao virar de
costas, ele sentiu algo perfurar várias vezes as suas costas. De repente
mergulhou num poço escuro, onde ouvia vozes macabras e cheiro de enxofre....
Astrogildo Magno é cronista
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