Geralmente militares das Forças Armadas têm o domínio desta técnica
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Luís Alberto Alves/Hourpress
Preso recentemente, o gerente de posto de gasolina no
interior do Pará, George Washington de Oliveira Sousa, ainda não confessou à
polícia de Brasília, onde foi detido, como obteve R$ 170 mil para utilizar na
compra de armamento e artefatos para fabricar bombas que iria explodir próximo
ao Aeroporto Internacional de Brasília e numa estação de energia elétrica na
cidade satélite de Taguatinga.
Segundo ele assumiu em
depoimento à polícia, a ideia era provocar falta de energia e pânico quando um
caminhão tanque cheio de combustível fosse para os ares espalhando labaredas de
fogo semeando o caos, para forçar intervenção militar do Exército, visando
impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva no dia 1º de
janeiro.
Dinheiro
O mistério que intriga nesta investigação é como Sousa
conseguiu R$ 170 mil para colocar em prática este projeto maluco. Vendeu
carros? Fez empréstimo em banco? Obteve esse dinheiro ao se desfazer de algum
imóvel? De onde veio este dinheiro? A Polícia Civil de Brasília já trabalha com
a hipótese de que alguém o financiou. Mas quem é essa pessoa ou pessoas?
Outro detalhe é o know how para fabricar detonador que
funciona remotamente a 60 metros para acionar o dispositivo para explodir o
artefato. Isto não se aprende na internet. É preciso de aula prática, de pessoa
que domina essa técnica. Geralmente militares das Forças Armadas têm o domínio
deste tipo de manejo. Ele admitiu que alguém no acampamento de manifestantes
bolsonaristas próximo ao QG do Exército
lhe passou essas coordenadas.
Gases
Trabalhar com a hipótese de que Sousa agiu por conta própria,
para tentar impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva em
1º de janeiro, é infantilidade. Existe alguém “graúdo” que agiu nos bastidores.
Cabe à polícia prendê-lo o mais rápido possível. Em tempo: a Constituição
Federal classifica de terrorismo “usar ou ameaçar usar, transportar, guardar,
portar ou trazer consigo explosivos, gases tóxicos, venenos, conteúdos biológicos
químicos, nucleares u outros meios capazes de causar danos ou promover
destruição em massa. A pena prevista para este tipo de crime varia de 12 a 30
anos de prisão.
Luís Alberto Alves, jornalista, editor do blogue Hourpress
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