A fúria do ditador Vladimir Putin o transformou num pária
mundial
Aos poucos a Rússia está mergulhando na escuridão do ostracismo político e econômico
Luís Alberto Alves/Hourpress
Igual o seriado norte-americano “Todos odeiam o Chris”,
descontada a dose de ficção, a Rússia conseguiu jogar a maioria dos países
contra si. Tanto na Europa, quanto nas Américas, Ásia, Oriente Médio e Oceânia,
cresceu a repulsa contra a política fascista do ditador Vladimir Putin.
A Fifa (Federação Internacional de Futebol) vetou a
participação da seleção russa na Copa do Mundo do Catar, que será realizada em
novembro deste ano. Nenhum time de futebol do país de Putin poderá participar
de qualquer campeonato ou comercializar o passe dos seus atletas.
A FIA (Federação Internacional de Automobilismo) vetou o GP
da Rússia, que seria realizado em setembro no circuito de Sochi. A empresa
aérea Aeroflot está proibida de fazer voos para qualquer país da Europa e Américas.
Quem estiver nestes dois continentes não poderá utilizar nenhuma das aeronaves
desta empresa.
Também está vetado, temporariamente, qualquer intercâmbio
comercial com qualquer empresa russa. O governo Vladimir Putin teve congelado
nos Estados Unidos US$ 1 trilhão (R$ 5,2 trilhões), além de proibir qualquer
transação financeira em dólares, euro ou ienes.
Petróleo
Todas as instituições financeiras russas estão exclusas do
Swift, sigla da Sociedade de Telecomunicações Financeiras Interbancárias
Mundiais. Uma medida extrema entre as propostas de sanções relacionadas à
invasão da Ucrânia na semana passada. Em cheio ocorreu a limitação dos
pagamentos por serviços como fornecimento de gás da Rússia.
Hoje (28), a Shell anunciou que sairá de todas as suas
operações russas, incluindo joint ventures com a estatal de gás Gazprom e uma
grande usina de gás natural liquefeito (GNL), tornando-se a mais recente grande
empresa de energia ocidental a deixar o país rico em petróleo após a invasão da
Ucrânia por Moscou.
Os ativos da Shell nestes empreendimentos representavam cerca
de US$ 3 bilhões (R$ 15,4 bilhões) em valor no final do ano passado e observou
que sua decisão de abandoná-los levaria a prejuízos ou perdas contábeis. A
multinacional do petróleo, com essa decisão, deixou para trás uma participação
de 27,5% numa instalação de gás natural liquefeito, na Rússia, e uma
participação de 50% no Salym Petroleum Development, um grupo de campos de
petróleo na Sibéria Ocidental.
A fúria do ditador Vladimir Putin o transformou num pária
mundial. O Banco Central russo, para impedir maiores estragos na economia,
subiu os juros de 9,5% para 20%. A população, temerosa dos caos financeiro que
poderá atingir o país, faz fila nos bancos para sacar todo o dinheiro ali
depositado. Até a neutra Suíça desceu do
muro e passou a apoiar a Ucrânia, atualmente saco de pancada dos militares
russos.
Luís Alberto Alves, jornalista e editor do blogue Hourpress
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