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quarta-feira, 1 de julho de 2020

É hora de começar a se acostumar com mais uma doença


 Cinco milhões morreram no planeta. A vida prosseguiu

Luís Alberto Alves/Hourpress

O impacto de uma doença grave é igual à perda de alguém querido. Nos primeiros dias e meses, a pessoa fica sem “chão”. Parece que não conseguirá sobreviver ou mesmo continuar tocando o barco para frente. Algo assustador!

A tristeza e depressão massacram a alma. Com a covid-19 se repete a mesma coisa. No início, a população imaginava que o mundo iria acabar. O caos. Cada chamada do noticiário na televisão ou rádio, o coração disparava.

Mas retornando no tempo, outras doenças, até mais graves do que a covid-19, ceifou grande número de vidas, muitas delas produtivas. Que o diga o Império Romano que perdeu militares de alta patente para a varíola, no ano 167 d.C.

Trágica

Roma, a capital do poder que mandava em todo o mundo, perdia por dia 2 mil pessoas atacadas pela varíola. Cinco milhões morreram no planeta. A vida prosseguiu.

 Entre os anos 541 e 544, a peste bubônica, conhecida depois como peste negra, aniquilou 50 milhões de pessoas que viviam na Europa, África e parte da Ásia. Na Turquia, diariamente morriam 10 mil vidas. A Inglaterra perdeu 100 mil cidadãos.

A roda trágica da doença prosseguiu girando velozmente. Em 1917, os soldados dos Estados Unidos que lutavam na I Guerra Mundial caíram nas garras da gripe espanhola. Cinquenta milhões morreram em todo o mundo.

Contaminados

No Brasil, 35 mil não escaparam, inclusive o recém-eleito presidente da República, Rodrigues Alves. Em 1981, nos Estados Unidos aparece a Aids.

Dois anos depois os médicos descobrem que o vírus da imunodeficiência humana é o causador dos óbitos, cuja sigla em inglês é HIV. Até 2018, a Aids já matou 32 milhões de pessoas, e deixou grande número de contaminados.

Como disse no início deste texto, a população ficou impactada, mas depois entendeu que a vida prossegue, quando se toma todas as precauções para não se transformar em números nas frias estatísticas. Com a covid-19 ocorrerá o mesmo.

 

 


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