Cinco milhões morreram no planeta. A vida prosseguiu
Luís Alberto Alves/Hourpress
O impacto de uma doença grave é
igual à perda de alguém querido. Nos primeiros dias e meses, a pessoa fica sem “chão”.
Parece que não conseguirá sobreviver ou mesmo continuar tocando o barco para
frente. Algo assustador!
A tristeza e depressão
massacram a alma. Com a covid-19 se repete a mesma coisa. No início, a
população imaginava que o mundo iria acabar. O caos. Cada chamada do noticiário
na televisão ou rádio, o coração disparava.
Mas retornando no tempo, outras
doenças, até mais graves do que a covid-19, ceifou grande número de vidas,
muitas delas produtivas. Que o diga o Império Romano que perdeu militares de
alta patente para a varíola, no ano 167 d.C.
Trágica
Roma, a capital do poder que
mandava em todo o mundo, perdia por dia 2 mil pessoas atacadas pela varíola. Cinco
milhões morreram no planeta. A vida prosseguiu.
Entre os anos 541 e 544, a peste bubônica, conhecida
depois como peste negra, aniquilou 50 milhões de pessoas que viviam na Europa,
África e parte da Ásia. Na Turquia, diariamente morriam 10 mil vidas. A
Inglaterra perdeu 100 mil cidadãos.
A roda trágica da doença
prosseguiu girando velozmente. Em 1917, os soldados dos Estados Unidos que
lutavam na I Guerra Mundial caíram nas garras da gripe espanhola. Cinquenta
milhões morreram em todo o mundo.
Contaminados
No Brasil, 35 mil não
escaparam, inclusive o recém-eleito presidente da República, Rodrigues Alves.
Em 1981, nos Estados Unidos aparece a Aids.
Dois anos depois os médicos
descobrem que o vírus da imunodeficiência humana é o causador dos óbitos, cuja
sigla em inglês é HIV. Até 2018, a Aids já matou 32 milhões de pessoas, e
deixou grande número de contaminados.
Como disse no início deste
texto, a população ficou impactada, mas depois entendeu que a vida prossegue,
quando se toma todas as precauções para não se transformar em números nas frias
estatísticas. Com a covid-19 ocorrerá o mesmo.
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