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segunda-feira, 28 de março de 2016

Geral: Haddad deixa de lado urbanização de Paraisópolis



Redação

Cenário de novela global, comunidade da zona sul de São Paulo sofre com descaso da Prefeitura; Esgoto a céu aberto, fendas no asfalto, ausência de equipamentos básicos nas UBSs e falta de vagas em creches e escolas estão entre os problemas enfrentados pelos moradores

 A comunidade de Paraisópolis parece não fazer parte do mapa do prefeito de São Paulo Fernando Haddad. Ao longo de pouco mais de três anos de mandato, o líder do governo municipal pouco fez para  cumprir as promessas de campanha. Mais do que isso, Haddad interrompeu os projetos que estavam em andamento, em especial a urbanização da comunidade - um tema tão importante que foi transformado em tema de novela.

O descaso da Prefeitura se estende à recusa no diálogo com as lideranças comunitárias. Há quase dois anos, representantes dos moradores e comerciantes locais tentam o agendamento de uma reunião com Hadad para debater a interrupção das obras de urbanização e outros problemas enfrentados por quem vive na segunda maior comunidade de São Paulo.

 "Diferente do que muitos acreditam, mesmo com 'I Love Paraisópolis' e toda a exposição positiva que o folhetim trouxe para a comunidade, não houve qualquer avanço no projeto de urbanização, que incluí, entre outros, moradia popular e saneamento básico. O prefeito deu as costas para Paraisópolis", explica Gilson Rodrigues, presidente da União dos Moradores e do Comércio de Paraisópolis (UMCP).

Entre os desafios enfrentados diariamente por quem reside e trabalha na região está ainda a falta de canalização do córrego que corta toda a área. Por causa disso, os moradores sofrem com esgoto a céu aberto e constantes enchentes - o que, além de inúmeros danos, faz com que diversas casas e áreas da comunidade sejam inundadas pela água contaminada. Falta de vagas em creches e no ensino fundamental e ausência constante de equipamentos de uso cotidiano para atendimento à população na Unidade Básica de Saúde (UBS) também fazem parte da longa lista de temas ignorados pela administração atual da cidade.

Além disso, fendas no asfalto assustam quem caminha pelas ruas de Paraisópolis. Em uma cena digna de ficção, no final de fevereiro um veículo acabou sendo engolido por uma das crateras na Rua Melchior Giola, uma das principais vias de tráfego local. Mesmo diante de uma situação, a solução não passou de um remendo feito dias depois para apenas tapar este buraco.  

"Infelizmente a Paraisópolis real parece estar ainda muito distante das conquistas da Paraisópolis da novela. Continuamos lutando para que o poder público cumpra sua promessa de implementar ações efetivas no combate à falta de condições básicas de moradia, saúde, transporte e educação que enfrentamos atualmente", disse Rodrigues.

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