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quarta-feira, 1 de julho de 2015

Radiografia de Sampa: Rua Abelardo Pinto Piolim



Luís Alberto Alves

 Abelardo Galdino Pinto, Piolin, nasceu praticamente num circo. Era 27 de dezembro de 1897 e o circo de seu pai estava em Ribeirão Preto (SP), por isso nasceu nessa cidade. Filho do circo, sua vida só poderia ter sido o que foi, como mais tarde ele admitiu. Seu sonho era ser engenheiro, construir casas, pontes e estradas.

 Construiu apenas castelos de sonhos para muita gente e com isso ele era feliz. Em 1917, teve de entrar no picadeiro e fazer dupla com seu irmão "Faísca". Criou um tipo novo de palhaço e imaginou o personagem a quem estaria ligado depois por toda a vida: "Piolim", barbante fino, foi o nome dado por uns artistas espanhóis que trabalhavam no circo.

 Por mais de 50 anos passeou nos picadeiros do Brasil . Seu tipo foi insubstituível: longos sapatos protegidos por polainas; luvas maiores que as mãos; o bengalão, velho símbolo de elegância; um paletó amarfanhado escondendo o colete, que por sua vez encobria o suspensório feito de corda.


 Uma de suas armas foi o riso. Ao completar o cinquentenário de atividades circences, Piolim recebeu muitas homenagens, mas sua luta em favor do circo continuava sem sucesso. Disse ao saber da aprovação, pela Câmara Municipal de São Paulo, do requerimento de congratulações dirigido a ele: "a grande homenagem mesmo deve ser prestada ao circo, não a mim". 

 A sua luta sempre foi ter o circo como “instituição", porém, morreu sem vitória, no dia 4 de setembro de 1973.  A Rua Abelardo Galdino Pinto Piolim (fot0) fica ao lado do Largo do Paiçandu, Centro de SP.

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