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terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Variedades: Sintonizah estreia dia 27 de janeiro no Centro Cultural São Paulo



O negociador de discos raros é uma das atrações do filme

Redação

 Sintonizah é um documentário que revela a sintonia protagonizada pelo Reggae no Brasil e Jamaica. O filme leva o espectador às raízes do gênero, que se infiltrou em São Luís do Maranhão, para vivenciar a cultura local, respondendo questões sobre a força de sua identidade em populações distintas.
 Dirigido por Lecuk Ishida e Willy Biondani, Sintonizah é o resultado do encontro de grandes figuras da música Jamaicana e apaixonados pelo Reggae, que se aconchegam na pista de dança dos guetos, envolvidos pelas batidas, e fazem da música sua profissão, e razão de viver.
 A descoberta nessa viagem musical é costurada pelos depoimentos de Stranjah (Alex Herbst), negociador de discos raros e pesquisador do filme, pelos músicos ícones Stranger Cole e Lone Ranger, que conduziu a equipe pelos pontos mais relevantes do cenário do Reggae, como a visita ao Studio One para o bate-papo com o proprietário Courtney Dodd, no local onde ídolos do gênero como Bob Marley and the Wailers produziram seus discos. Além do panorama apontado pela antropóloga e autora do livro Global Reggae, Carolyn Cooper. 
 Em São Luiz, as informações se conectam com declarações de Fauzi Beydoun, integrante da banda brasileira Tribo de Jah, o DJ Serraleiro, um dos pioneiros do Reggae no Brasil, Tarcisio Selektah, professor e pesquisador da UFMA, entre outros. Juntos contam sobre o alcance acidental das ondas de rádio da Jamaica nos aparelhos de rádio da cidade e como o ritmo gerou uma identificação semelhante nos guetos independente das fronteiras.
 "É fascinante descobrir que certas manifestações como o Reggae são tão fortes. Apesar da distância geográfica e códigos diferenciados, a música criou uma identificação entre as pessoas, que acabam vivendo da mesma maneira inspiradas pelo som", comentou Lecuk Ishida.
 Produzido pela Biondani com apoio da BossaNovaFilms e incentivo do ProAc - Programa de Fomento ao Cinema, o média-metragem será exibido pela primeira vez em sessão gratuita na terça-feira, 27 de janeiro, às 20h no Centro Cultural São Paulo, sala Paulo Emílio. A estreia será seguida de debate com o diretor Lecuk Ishida e equipe.
                                                         Curiosidades de produção
· O nome Sintonizah surgiu inspirado pela fonética do Patoá Jamaicano, idioma falado na Jamaica, que inclui a letra "h" no final das palavras.
· Durante as entrevistas, ouviram sobre colecionadores e comerciantes obcecados pelo ritmo. Para garantir exclusividade dos seus discos, muitos compram todas as cópias disponíveis, a prensa e a matriz para destruição, garantindo a raridade. 
· Durante a produção, Lecuk Ishida e equipe foram guiados e conduzidos de carro pela cidade por Lone Ranger. Em uma das saídas para gravação, um casal de policiais abordou o cantor e perguntou o que estava acontecendo, quando viu o veículo cheio. O músico respondeu "It's Brazilian reggae!". Quando os dois policiais foram conferir dentro do carro, deram de cara com quatro orientais, o diretor e seus assistentes e caíram na gargalhada.
Brasil/Jamaica, 54 minutos, livre.
Assista ao trecho do filme: https://www.youtube.com/watch?v=DIXwwUiXedg
                                                       Sinopse
 Foi por acidente que as ondas de rádio jamaicanas atravessaram o mar do Caribe e trouxeram o reggae ao Brasil, sintonizando nas rádios do Maranhão. O documentário Sintonizah embala o espectador em uma viagem entre Kingston, na Jamaica, e São Luís do Maranhão para transmitir as emoções de quem vivência o reggae e, também, revelar como a cultura maranhense incorporou o gênero musical e transformou a cena local na ‘"Jamaica brasileira".
                                                        Sobre os diretores
 Lecuk Ishida teve o seu primeiro contato com vídeo no início dos anos 80 com o programa “Grito da Rua” (Gazeta). Nos anos 90 aprimorou seus conhecimentos morando 10 anos fora do Brasil, onde estudou na UCLA (LA) e Silicon Graphic (Japão). Em 2000, já no Brasil, trabalhou em muitas produções publicitárias e televisivas com perfil documental. Logo começou a dirigir algumas de suas produções, entre elas: DVD ao vivo da banda Sepultura, DVD ao vivo Trio Virgulino, programa “Ecoprático” (Cultura), “Tempos de Escola” (Futura), “Feito no Brasil” (Nat Geo), “Pratique Ecosport” (Fox), “Nosso Planeta” (Record), “Globo Ecologia” (Globo), entre outros. Hoje, investe na criação de programas de TV, trabalhos autorais de dramaturgia e documentários.
 Reconhecido internacionalmente pela direção de filmes de beleza e estética apurada, Willy Biondani começou sua carreia como fotógrafo de publicidade e editoriais de revistas de moda e beleza. Trabalhou para conceituadas revistas em Paris, onde também se tornou diretor de publicidade. Recebeu prêmios no Art Directors, Clio, Cannes e Anuário do CCSP.
 Em 2005, integrou a edição especial “200 Best Ad Photographers Archive” e fundou a BossaNovaFilms com seus sócios. Mais tarde, dirigiu o média-metragem "Diadorim e Riobaldo", baseado no livro "Sertão Veredas", de Guimarães Rosa, o DVD "Roger100Ceni" sobre o goleiro Rogério Ceni, entre outros. Atualmente está trabalhando para o lançamento de "Tudo bom, tudo bem", seu primeiro longa.
Ficha técnica
Direção: Lecuk Ishida e Willy Biondani
Produtora: Bionandi
Produção: Denise Gomes e Paula Cosenza
Pesquisa: Stranjah (Alex Herbst)
Roteiro: Fernando de Castro Américo
Direção de Fotografia: Ernesto Kobayashi
Montagem: Thiago Lucena
Finalização de Áudio: INPUT | Artesonora
Participações: os músicos Lonne Ranger e Stranger Cole, a antropóloga e escritora Carolyn Cooper, o proprietário do “Studio One” Courtney Dodd, o proprietário da gravadora “Randy's 17th North Parade” e da “Impact” Caurl Lauder, o antropólogo e professor Carlos Benedito, o integrante da banda “Tribo de Jah” Fauzi Beydoun, os DJs e colecionadores Serraleiro e Stranjah (Alex Hurst), e Tarcisio Selektah, professor e pesquisador da UFMA.

Serviço:
Sessão gratuita
27 de janeiro, às 20h
Centro Cultural São Paulo: Rua Vergueiro, 1000;
Sala Paulo Emílio (99 lugares)


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