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segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Artigo:Conflitos no trabalho – veja quais são e como evitar situações mais freqüentes


Há situações no trabalho que são explosivas



*Ricardo M. Barbosa

 Conflitos no ambiente de trabalho são muito frequentes, existem os que devem ser tratados de forma mais amenas e os que podem se tornar até mesmo caso de polícias. Contudo, com a necessidade de preservar o emprego, muitos brasileiros ficam em dúvidas de como se portar nessa situação, sem colocar em risco sua carreira.

 Segundo do diretor executivo da Innovia Training e Consulting, Ricardo Barbosa, os conflitos devem ser objeto de análises antes de qualquer ação. “O grande erro que vejo nos profissionais na hora que enfrentam conflitos e problemas no trabalho são ações impulsivas. Geralmente, quando isso ocorre, o resultado é o aumento do conflito ou outras complicações, assim, só tome ações imediatas em casos de urgências, nos demais, o mais interessante é sempre refletir antes para depois definir o que será feito”, informa.

 Veja alguns dos principais conflitos que o diretor da Innovia aponta e medidas que devem ser tomadas nesse caso:

Perseguição no ambiente de trabalho – esse fato é bastante comum, e ele é na maioria das vezes fruto da falta de diálogo. Assim, alguém que se sente perseguido no ambiente de trabalho deve primeiramente fazer uma reflexão: será que essa perseguição não é  reflexo de alguma postura inapropriada tomada? Será que não possui também parcela de culpa nessa situação? Hoje os casos de perseguição são realmente muito frequentes, mas também ocorrem situações de vitimização. Posterior a esta reflexão, recomendo o diálogo, se possível com um mediador, buscando alinhar as ações e eliminar dificuldades que possam ocorrer no futuro.

Competitividade exagerada – a competitividade é cada vez mais vigente no mercado de trabalho, e em certo ponto é saudável, pois, potencializa o crescimento das pessoas, contudo, quando essa é exacerbada se inicia um grande problema, podendo até mesmo prejudicar os resultados da empresa. Qual o ponto exato de uma boa competitividade? Essa deve ser a que se estabelece até o ponto em que um não prejudica o trabalho do outros, criando dificuldades ou mesmo ‘sabotando’ as ações. Nos casos que isso ocorrer é necessário que se busque primeiro o dialogo franco, mostrando que todos se prejudicam, posteriormente tentar registrar os fatos ocorridos, seja por e-mail ou por outro tipo de documentação e, por fim, buscar os superiores explicando essas dificuldades.

Assédio moral - assédio moral é uma situação muito complexa e mais comum do que se imagina. Nesse caso o posicionamento das pessoas perante esta situação também é de grande complexidade, principalmente pelo motivo de que isso ocorre na grande maioria dos casos de cima para baixo. E, mesmo quando existe alguém acima de que quem está assediando, uma acusação sem provas pode ser alvo de mal entendimento. Assim, o primeiro passo é  se resguardar, criando provas de que essa situação realmente ocorre. Posteriormente o ideal é ter uma conversa franca com a pessoa que pratica essa ação, mas em um momento em que ela esteja mais calma. Geralmente, são assediadas pessoas que possuem uma postura de maior timidez, assim, uma mudança de postura pode auxiliar. Se, mesmo assim, não alterar a situação, recomendo procurar um superior comprovando o ocorrido e em último caso recomendo buscar mudar de emprego e entrar até mesmo com uma ação contra o assediador.

Ambiente de trabalho inadequado – isso pode ocorrer por diversos motivos, como muita bagunça, estresse e cobrança demasiada, dentre outros motivos. Nesse caso, também recomendo cautela, pois, o reclamante pode passar por chato e ser tratado de forma diferenciada no grupo. Tente perceber que tanto estresse como brincadeiras são fatos naturais no setor do trabalho, mas, que o problema ocorre quando se tem excessos que prejudicam a produtividade. Nesses casos nada de gritar ou bater de frente. Recomendo que aguarde a situação passar para conversar com as pessoas que estavam a frente da bagunça ou do nervosismo explicando as dificuldades que ocorreram. Mas isso de uma maneira simpática.

Assédio sexual - nesse caso a situação é muito mais séria, paqueras e brincadeiras de cunho sexual já não são recomendadas dentro das empresas, assim, busque sempre fugir desse tipo de situação, com uma postura profissional e, caso a situação persistam, a recomendação é buscar comprovações, dependendo do caso, até mesmo medidas legais devem ser tomadas. Se omitido ou apenas pedindo demissão você faz com que esse pessoa que está cometendo um crime se sinta impune e possa fazer isso novamente em ocasiões futuras. Eu sei que muitas vezes o medo impera nessa situação, mas é necessário buscar combater essa realidade que infelizmente ainda ocorre em algumas empresas.

*Ricardo M. Barbosa - é diretor executivo da Innovia Training & Consulting (www.innovia.com.br). Consultor em Gestão de Projetos há 15 anos e já atuou como executivo em grandes empresas como Ernst & Young Consulting; Wurth do Brasil; Unibanco; Daimler Chrysler.

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