O etanol de segunda geração (2G),
produzido a partir do processamento do bagaço e da palha de cana-de-açúcar,
poderá se tornar um dos combustíveis mais competitivos do mercado nos
próximos anos.
A implementação da nova tecnologia trará, principalmente, aumento no número
de empregos, bem como maior movimentação financeira na cadeia produtiva do
etanol, além de atender as demandas nacionais e internacionais. A
infor
mação é da pesquisadora da Embrapa Agroenergia, Dasciana Rodrigues.
Ela destaca, também, que o Brasil poderá produzir aproximadamente 120
milhões de litros de etanol por ano.
A Granbio - a empresa de biotecnologia industrial - acredita que a nova
tecnologia vai dobrar a fabricação brasileira de etanol em 20 ou 30 anos.
“Usando somente palha e bagaço, é possível aumentar em 50% a capacidade de
produção do combustível, sem a necessidade de ampliar as áreas plantadas do
canavial”, diz a empresa.
Para a Granbio, a técnica minimizará
os impactos de crise no setor sucroenergetico. “Com os avanços da tecnologia
e acesso à biomassa, será possível maior geração do 2G”. E, na mesma linha,
a pesquisadora Dasciana Rodrigues, acrescenta que a matéria-prima utilizada
na fabricação do combustível, além de ser renovável e abundante, está
disponível em muitas regiões do País.
Em entrevista ao Universo Agro, a
empresa explica ainda que os custos de produção e comercialização serão
menores. “Isso ocorre devido ao baixo preço da matéria-prima. À medida que
a fábrica atingir 100% de sua capacidade, alcançaremos um custo mais
competitivo que o do etanol de primeira geração”, informou a Ganbrio.
Por outro lado, o coordenador do
Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia de bioetanol (CTBE), Antônio
Bonini, ressalta que o 2G enfrenta algumas dificuldades. “Os principais desafios
são: a logística, produção de enzimas e operação do processo”, diz. Algumas
matérias-primas como: sorgo e resíduos florestais, também, podem ser
utilizadas na elaboração do etanol de segunda geração. “O ideal é que o
material esteja disponível em grandes quantidades e com preços baixos”,
finalizou Bonini.
A tecnologia do etanol 2G será um dos temas abordados durante 14ª
Conferência Internacional sobre Açúcar e Etanol, que acontece nos dias 20 e
21 de outubro no Grand Hyatt Hotel em São Paulo. Mais informações sobre o
evento acesse:http://www.conferenciadatagro.com.br/
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