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segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Geral: Brasil poderá produzir cerca de 120 milhões de etanol por ano




 Luís Alberto Alves

 O etanol de segunda geração (2G), produzido a partir do processamento do bagaço e da palha de cana-de-açúcar, poderá se tornar um dos combustíveis mais competitivos do mercado nos próximos anos. 

A implementação da nova tecnologia trará, principalmente, aumento no número de empregos, bem como maior movimentação financeira na cadeia produtiva do etanol, além de atender as demandas nacionais e internacionais. A infor
mação é da pesquisadora da Embrapa Agroenergia, Dasciana Rodrigues. Ela destaca, também, que o Brasil poderá produzir aproximadamente 120 milhões de litros de etanol por ano.

A Granbio - a empresa de biotecnologia industrial - acredita que a nova tecnologia vai dobrar a fabricação brasileira de etanol em 20 ou 30 anos. “Usando somente palha e bagaço, é possível aumentar em 50% a capacidade de produção do combustível, sem a necessidade de ampliar as áreas plantadas do canavial”, diz a empresa.

 Para a Granbio, a técnica minimizará os impactos de crise no setor sucroenergetico. “Com os avanços da tecnologia e acesso à biomassa, será possível maior geração do 2G”. E, na mesma linha, a pesquisadora Dasciana Rodrigues, acrescenta que a matéria-prima utilizada na fabricação do combustível, além de ser renovável e abundante, está disponível em muitas regiões do País. 

 Em entrevista ao Universo Agro, a empresa explica ainda que os custos de produção e comercialização serão menores. “Isso ocorre devido ao baixo preço da matéria-prima. À medida que a fábrica atingir 100% de sua capacidade, alcançaremos um custo mais competitivo que o do etanol de primeira geração”, informou a Ganbrio.

 Por outro lado, o coordenador do Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia de bioetanol (CTBE), Antônio Bonini, ressalta que o 2G enfrenta algumas dificuldades. “Os principais desafios são: a logística, produção de enzimas e operação do processo”, diz. Algumas matérias-primas como: sorgo e resíduos florestais, também, podem ser utilizadas na elaboração do etanol de segunda geração. “O ideal é que o material esteja disponível em grandes quantidades e com preços baixos”, finalizou Bonini.

A tecnologia do etanol 2G será um dos temas abordados durante 14ª Conferência Internacional sobre Açúcar e Etanol, que acontece nos dias 20 e 21 de outubro no Grand Hyatt Hotel em São Paulo. Mais informações sobre o evento acesse:http://www.conferenciadatagro.com.br/ 


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