O governo estuda criar novo imposto no setor de bebidas |
Luís Alberto Alves
Após reunião no
Ministério da Fazenda nesta quarta-feira (28), empresários temem que nova
tributação continue privilegiando grandes corporações de bebidas no País.
Mesmo após admitir a necessidade de revisar a
tributação no setor de bebidas e adiar o aumento de impostos no setor para
depois da Copa, o governo sinaliza que pode adotar medidas precipitadas e
anunciar em breve uma nova forma de tributação, que continuará prejudicando os
pequenos produtores nacionais.
Empresários do setor de bebidas, em reunião no
Ministério da Fazenda, com o secretário de Política Econômica da pasta, Marcio
Holland, os pequenos fabricantes do setor foram informados de que novos modelos
de tributação já estão sendo sugeridos pelas grandes corporações do setor de
bebidas. No entanto, a Associação dos Fabricantes de Refrigerantes do Brasil –
Afrebras, que representa mais de 150 pequenas e médias indústrias de bebidas em
todo o País, teme que mais uma vez prevaleça o interesse econômico ante ao
publico.
De acordo com o presidente da Afrebras, que
participou da reunião, “mais uma vez, o governo pode ceder à pressão das
grandes corporações do setor e vir a instituir mais um modelo criativo de tributar
o setor de bebidas, que penaliza o pequeno e favorece o grande. Com isso, mais
uma vez, quem perderá será a sociedade brasileira que deixará de ver os
impostos sendo recolhidos por quem realmente deveria recolher”.
Segundo Bairros, o modelo mais adequado e
inclusive sugerido pelo Ministério da Fazenda é o “ad valorem”, que já é
aplicado em praticamente 99% dos setores da economia brasileira. "A partir
deste sistema, aqueles que comercializam seus produtos com preços maiores
recolherão mais impostos, para aquelas empresas que comercializam por um preço
menor recolherão menos”. Esse modelo inclusive evita que o poder econômico
fique pendurado no governo e acaba com todo o tipo de pressão pelo setor
privado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário