Em que
patamar se situa, hoje, a gestão ambiental das empresas atuantes no Brasil?
Em busca desta resposta, a Fundação Dom Cabral desenvolve, desde 2012, a
pesquisa intitulada Estado da Gestão para a Sustentabilidade no Brasil. A
iniciativa, que tem o apoio institucional do Secovi-SP, aponta, na edição
de 2014, alguns desafios já observados na sua primeira realização.
Um desses problemas é o
distanciamento entre discurso e prática. Embora as organizações adotem o
discurso pró-sustentabilidade e reconheçam sua importância (92%), ainda
lhes faltam atitudes mais efetivas, tais como o estabelecimento de metas e
políticas substancialmente alinhadas com esse princípio. Apenas 66% das
entrevistadas têm um responsável para tratar do assunto internamente, por
exemplo. E, observe-se, a Fundação estudou prioritariamente empresas de
grande porte, sendo que 49% delas têm mais de 1 mil colaboradores diretos.
Também ficou claro que, embora haja
uma consciência maior em relação ao valor da sustentabilidade – inclusive
como elemento impulsionador da reputação e imagem das organizações –, a
falta de engajamento dos principais executivos (presidentes e CEOs, por
exemplo) faz com que o tema não seja priorizado.
A pesquisa busca, principalmente,
identificar os hiatos que persistem no tocante a essa questão. Por isso,
suas conclusões são valiosas para subsidiar as empresas, ajudando-as a
melhor direcionar seus esforços ou mesmo a repensarem suas formas de lidar
com a sustentabilidade.
Ao todo, foram ouvidas 400
organizações de diversos ramos de atuação, sendo 45 delas da área de
construção. Mas, destas, apenas uma parte está ligada ao setor de
habitação. A maioria é de empreiteiras que atuam com grandes obras de
infraestrutura.
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