Muitos buscam a paz nos tranquilizantes e aumentam o problema |
Luís Alberto Alves
O uso de tranquilizantes
(nome cientifico: ansiolíticos) tem aumentado significativamente no Brasil,
caracterizando o uso irracional de um medicamento que pode ser prejudicial aos
seus usuários.
Para a professora de farmácia da Universidade
Presbiteriana Mackenzie, Amouni Mourad, o fato de pesquisas atuais confirmarem
o quadro de uso excessivo de sedativos ou benzodiazepínicos traz a preocupação
em definir estratégias para melhorar o nível de informações das pessoas quanto
aos possíveis riscos de dependências, além das reações adversas que podem
surgir com seu uso indiscriminado.
Outro ponto muito sensível está relacionado à
prescrição desses medicamentos, sujeitos a controle especial, visto que os
pacientes precisam de uma receita para comprá-los. Segundo a especialista, é
importante analisar a real necessidade do uso desses medicamentos, fato que só
pode ser avaliado pelos médicos especialistas no assunto, ou seja, psiquiatras.
“A vida atual é muito intensa e estressante,
há uma sensação de angustia antecipada, agitação, ou seja, uma sensação
permanente de ansiedade. Infelizmente, a procura por meios para melhorar essa
condição recai no uso de medicamentos, pois é um caminho supostamente mais
fácil e rápido de resolver o problema”, conclui a professora.
Efeitos
colaterais dos benzodiazepínicos (http://www.projetodiretrizes.org.br/projeto_
diretrizes/ 004.pdf):
•
Sonolência excessiva diurna (“ressaca”);
• Piora da coordenação motora fina;
• Piora da memória (amnésia anterógrada);
• Tontura, zumbidos;
• Quedas e fraturas;
• Piora da coordenação motora fina;
• Piora da memória (amnésia anterógrada);
• Tontura, zumbidos;
• Quedas e fraturas;
• Reação paradoxal: consiste de excitação, agressividade e desinibição que ocorrem mais frequentemente em crianças, idosos e em deficientes;
• “Anestesia emocional” – indiferença afetiva a eventos da;
• Idosos: maior risco de interação medicamentosa, piora dos desempenhos psicomotor e cognitivo (reversível), quedas e risco de acidentes no trânsito;
• Risco de dependência: 50% dos que usaram por mais de um ano ficaram dependentes por 5 a 10 anos.
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