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terça-feira, 11 de março de 2014

Geral: Cresce consumo de tranquilizantes no Brasil


Muitos buscam a paz nos tranquilizantes e aumentam o problema

Luís Alberto Alves

 O uso de tranquilizantes (nome cientifico: ansiolíticos) tem aumentado significativamente no Brasil, caracterizando o uso irracional de um medicamento que pode ser prejudicial aos seus usuários.

 Para a professora de farmácia da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Amouni Mourad, o fato de pesquisas atuais confirmarem o quadro de uso excessivo de sedativos ou benzodiazepínicos traz a preocupação em definir estratégias para melhorar o nível de informações das pessoas quanto aos possíveis riscos de dependências, além das reações adversas que podem surgir com seu uso indiscriminado.

 Outro ponto muito sensível está relacionado à prescrição desses medicamentos, sujeitos a controle especial, visto que os pacientes precisam de uma receita para comprá-los. Segundo a especialista, é importante analisar a real necessidade do uso desses medicamentos, fato que só pode ser avaliado pelos médicos especialistas no assunto, ou seja, psiquiatras.

 “A vida atual é muito intensa e estressante, há uma sensação de angustia antecipada, agitação, ou seja, uma sensação permanente de ansiedade. Infelizmente, a procura por meios para melhorar essa condição recai no uso de medicamentos, pois é um caminho supostamente mais fácil e rápido de resolver o problema”, conclui a professora.

Efeitos colaterais dos benzodiazepínicos (http://www.projetodiretrizes.org.br/projeto_ diretrizes/ 004.pdf):
• Sonolência excessiva diurna (“ressaca”);
• Piora da coordenação motora fina;
• Piora da memória (amnésia anterógrada);
• Tontura, zumbidos;
• Quedas e fraturas;

• Reação paradoxal: consiste de excitação, agressividade e desinibição que ocorrem mais frequentemente em crianças, idosos e em deficientes; 
• “Anestesia emocional” – indiferença afetiva a eventos da;
• Idosos: maior risco de interação medicamentosa, piora dos desempenhos psicomotor e cognitivo (reversível), quedas e risco de acidentes no trânsito;
• Risco de dependência: 50% dos que usaram por mais de um ano ficaram dependentes por 5 a 10 anos.


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