Em 2011, pela primeira vez, o final do trajeto da São Silvestre foi no obelisco do Ibirapuera |
Luís Alberto
Caju
A ideia de criar a
primeira Corrida de São Silvestre, em São Paulo, partiu do jornalista Casper
Líbero em 1924, após voltar fascinado de uma viagem à França, onde viu
competidores numa corria noturna. A primeira edição, em 31 de dezembro de 1924 só
teve 48 participantes dos 86 inscritos.
Nem a Revolução
Constitucionalista de 1932 e a Segunda Guerra Mundial interromperam sua
realização. O primeiro estrangeiro a vencê-la foi o italiano Heitor Blasi em
1925 e 1927. Nas primeiras edições ela era realizada em 23 minutos num percurso
de 8,8 km. Os participantes não recebiam nenhuma dieta especial e não podiam
tomar água durante a prova.
Com o tempo ela chamou a atenção
de atletas profissionais de todo o mundo, bem preparados para este tipo de
modalidade. Foi liberado ingerir água para amenizar o desgaste na corrida. Atualmente
com 15 quilômetros, chips monitoram o desempenho dos participantes no percurso.
A partir de 1975, quando
a ONU (Organização das Nações Unidas) declarou aquela data como Ano
Internacional da Mulher, a São Silvestre ganhou a modalidade feminina. Antes
homens e mulheres corriam juntos. Em 1989 o trajeto foi invertido, em vez de
ser realizada à noite, terminando na virada do ano, passou para o período da
tarde e a prova foi separada por sexo.
Em 1991, a Associação
Internacional das Federações de Atletismo incluiu a São Silvestre no calendário
internacional de provas de ruas. Dois anos depois ganhou a versão infanto-juvenil,
com o nome de São Silvestrinha. O queniano Paul Tergat detém o recorde de tempo
e um dos maiores vencedores com quatro vitórias. O primeiro brasileiro a vencê-la
foi o garçom José João da Silva, em 1980.
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