Para Mantega é melhor controlar inflação do que criar mecanismos para reduzir vítimas fatais em acidentes de trânsito |
Luís
Alberto Caju
Acidentes
no lugar de inflação alta: Pegou mão a opinião do ministro da
Fazenda, Guido Mantega, de acenar com a prorrogação do prazo para instalação
obrigatória de airbags (bolsas que inflam em caso de colisão) e freios ABS (que
evitam o travamento das rodas) em todos os carros novos.
A exigência dos dois itens para 100% da frota
nova no próximo ano está prevista desde 2009 em duas resoluções do Contran
(Conselho Nacional de Trânsito), formado por representantes de oito
ministérios. Pelo visto o governo
federal está mais preocupado com os preços dos veículos, do que com
dispositivos que possam reduzir o número de vítimas fatais em acidentes.
Enquanto isso na Europa, todos os automóveis
saem de fábrica com Airbags e freios ABS. Mantega afirmou que os dois
dispositivos poderiam elevar de R$ 1.000,00 a R$ 1.500,00 nos carros. Na sua
avaliação, a inflação poderia sofrer impactos. Parece que o governo federal não
se preocupa com a segurança de milhares de vidas que diariamente enfrentam o
perigoso trânsito brasileiro.
É melhor controlar a inflação do que gastar
muito dinheiro nas sequelas deixadas nos acidentes registrados nas ruas e rodovias
de todo o País. Sou obrigado a concordar com o estadista francês Charles de
Gaule: “O Brasil não é um país sério”. Infelizmente.
Estadistas
adolescentes:
O trio de estadistas parecia que estava numa festa, em vez do funeral de Nelson Mandela |
Funeral virou evento light! Essa é a
conclusão que tiro após a foto do trio Obama (presidente dos EUA), Helle
Thorning Schmidt (primeira-ministra da Dinamarca) e David Cameron (premiê
britânico), bem no estilo das redes sociais, feita nas arquibancadas do estádio
onde ocorre o velório de Nelson Mandela na África do Sul.
Não conheço ninguém que vá
ao velório e encontre ali clima de alegria. Pelo contrário há tristeza.
Portanto, a foto do trio citado acima é desrespeito à memória de Mandela e a
sua família. Mas o que esperar de um mundo onde a vida perde cada vez mais o
valor? Com as pessoas interessadas apenas em consumir, sem qualquer preocupação
a quem esteja a seu redor.
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