O recente passado de conquistas de Tite foi logo esquecido no Timão |
Luís Alberto Caju
Fim da linha para Tite: A jornada vitoriosa do técnico Tite terminou no Corinthians.
Contratado quando o time estava caindo pelas tabelas, conseguiu ganhar vários
títulos, entre eles a Libertadores e o Mundial de Clubes, no Japão, apagando de
vez a mancha do Mundial ganho aqui no Brasil, obra de armação da CBF.
Diria que o Timão é igual mulher: quando o
marido está por cima da carne seca, é o cara. Ficou sem emprego e saúde, começa
ser humilhado e jogado às traças. Logo são esquecidos os bons momentos de
noivado e começo de casamento, quando a mesa era farta e o dinheiro pautava as
vaidades da mulher fogosa, nos salões de beleza.
A diretoria corintiana tirou o “dela” da reta
quando a equipe alvinegra começou a patinar no Brasileirão. Logo, as qualidades
de Tite foram questionadas. Neste balaio entraram as torcidas organizadas e a
lenha para a fogueira aumentou em quantidade.
Os cartolas acenaram com possível retorno do retranqueiro Mano Menezes.
Novamente o mesmo paralelo com algumas mulheres, que largam o marido boa praça
para cair nos braços do mau caráter, sem vergonha. Não sou corintiano, mas o
Timão merece técnico melhor. Mas como mulher gosta de sofrer, a equipe de
Parque São Jorge também. Bom martírio!
Dívida paga com Jango: Finalmente o governo brasileiro teve boa atitude ao resolver
fazer a exumação dos restos mortais do ex-presidente João Goulart, arrancando
do poder pelo Golpe Militar em 1º de abril de 1964, e não 31 de março como
estabeleceu a história escrita depois pelo terror que assolou o País por 21
anos.
Após 51 anos, a viúva Maria Thereza Goulart, pôde ver o esposo retornar a Brasília, de onde um Golpe Militar o retirou |
Pode-se dizer que finalmente ele retornou a
Brasília pela porta da frente, na cerimônia realizada nesta quinta-feira (14)
com a presença da presidente Dilma Rousseff, da viúva e ex-primeira dama Maria
Thereza Fontella Goulart e seu filho João Vicente Goulart, além de diversas
autoridades.
Só quem acredita em fada madrinha, duendes,
Papai Noel e outras baboseiras para aceitar a tese de que Jango não foi vítima
da Ditadura Militar que se instalou no Brasil após a quartelada de 1964. O
curioso é que Carlos Lacerda e o ex-presidente Juscelino Kubistchek também
morreram num curto espaço de tempo. A verdadeira história do que aconteceu com
Jango, no exílio, ainda vai aparecer, pois teve participação de agentes norte-americanos
da CIA (serviço de inteligência dos Estados Unidos) e governos de países
vizinhos ao Brasil mergulhados em ditaduras (Uruguai, Chile, Paraguai,
Argentina, Bolívia) na triste Operação Condor.
O lema era eliminar fisicamente qualquer
opositor que pudesse oferecer perigo ao regime. No caso de Jango, seus
familiares não tiveram autorização de mandar fazer autopsia no corpo, nem
sequer abrir o caixão no dia do enterro em São Borja, Rio Grande do Sul. As
honras militares fúnebres ele não teve direito (concedidas a Chefes de Estado)
quando morreu. Teve de ser sepultado como um ninguém. Que o terror de um Regime
ditatorial, igual o instalado no Brasil em 1964, nunca volte assombrar o país.
Como diz o ditado popular: “sofrer só uma vez”!
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