O escândalo do Mensalão estourou quando Zé Dirceu era Ministro Chefe da Casa Civil, na gestão do presidente Lula |
Luís
Alberto Caju
Crime
não tem ideologia ou cor: Tenho acompanhado pelas redes sociais e
portais de notícias a repercussão da condenação final e prisão dos envolvidos
no mensalão. Muitos dizem que o ex-ministro da Casa Civil, na primeira gestão
do governo Lula, Zé Dirceu é inocente. O mesmo se aplica ao presidente do PT, o
deputado federal José Genoíno. Todos são santos. Alguns internautas alegam
existir um complô da grande imprensa contra o PT no poder.
Por mais que haja corrupção no Judiciário e
ela existe, é ingenuidade crer que o STF (Superior Tribunal Federal) esteja
agindo de má-fé contra o Partido dos Trabalhadores. Por exemplo, o dedo duro
que entregou todo o esquema de pagamento em dinheiro aos parlamentares que
votassem a favor do então governo Lula, o deputado Roberto Jefferson, é do PTB.
Outro envolvido, corrupto até o talo, o parlamentar Valdemar Costa Neto é do
PR. Tem também, o ex-braço direito do fundador da Igreja Universal, o “bispo”
Edir Macedo, também do PR, o deputado Bispo Rodrigues.
O curioso que contra esses não há manifestação
de suposta injustiça. Merecem ir para a cadeia e sofrer todo tipo de punição. Parece
que dentro do PT nunca existiu corrupto. Aliás, porque o jurista e cidadão
acima de qualquer suspeita, o promotor aposentado Hélio Bicudo, saiu do partido
que ajudou fundar no final da década de 1970? Lembro bem que quando ele teceu
críticas ao governo Lula, logo passou a ser perseguido.
Justamente um homem que teve
coragem, de no auge do terror da Ditadura Militar, entre 1971 e 1972, denunciar
policiais civis envolvidos com grupos de extermínio, principalmente o flagelo,
o então delegado Sérgio Paranhos Fleury. Bicudo bateu de frente com o prefeito
de São Paulo, o secretário de Segurança Pública, o governador e o presidente da
República, o sanguinário Garrastazu Médici, responsável por inúmeras mortes
presos políticos no País. Pois bem saiu do PT passou a receber diversas
críticas.
Os acusados no mensalão tiveram todas as
chances para se defender. Mas os ministros do STF não caíram no engodo dos
advogados bem pagos por eles. Acabaram condenados e precisam pagar pelo crime
que cometeram. Precisa acontecer o mesmo com o restante de políticos corruptos
existentes no Congresso Nacional, entre eles o deputado federal Paulo Maluf, o
senador Jader Barbalho (PMDB/PA), os envolvidos no mensalão mineiro.
O STF não
pode se esquecer do escândalo envolvendo as licitações para compra de vagões de
trens para o Metrô paulistano e composições para a CPTM (Cia. Paulista de Trens
Metropolitanos). Ou seja, o pau que bate em Francisco precisa pegar o Chico. Nunca
devemos nos esquecer de que criminoso não tem cor ou ideologia: são bandidos e
precisar ser punidos com todo o rigor da lei. Jiló com Pimenta: Crime não
tem ideologia nem cor
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