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terça-feira, 8 de março de 2022

Geral: A Guerra e a Influência Digital

 Do campo de batalha às redes sociais, dos posts do presidente aos dos soldados, quais os impactos no conflito das ações dos influenciadores digitais

influenciadores ucranianos publicaram cenas sombrias 


Redação/Hourpress

Século 21 e estamos vivendo um novo mundo, infelizmente com uma guerra. Mesmo dentro deste cenário, um novo movimento surge: a “chegada” de influencers que estão se valendo das redes sociais para ajudar a “combater” a guerra, os chamados TikTokers War.  

Quando a Rússia invadiu a Ucrânia, alguns dos usuários mais jovens das redes sociais vivenciaram o conflito nas linhas de frente do TikTok, postando vídeos de pessoas se amontoando e chorando em abrigos antibombas sem janelas, explosões em ambientes urbanos e mísseis cruzando cidades ucranianas, que tomaram o aplicativo de suas ofertas habituais de vídeos de moda, fitness e dança. 

Além disso, os jovens influenciadores ucranianos publicaram cenas sombrias de si mesmos envoltos em cobertores em bunkers subterrâneos e tanques do exército rolando por ruas residenciais. 

Invasão

Eles pediram a seus seguidores que orassem pela Ucrânia, doassem para apoiar os militares ucranianos e exigiam que os usuários russos em particular se unissem aos esforços antiguerra. Até o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, em um de seus discursos, convocou os tiktokers de seu país com a missão de divulgar e influenciar o ocidental sobre os absurdos dessa guerra. Segundo o presidente, esses influenciadores são a chave para acabar com a invasão. O apelo de Zelensky foi prontamente atendido. 

Essa tamanha exposição das consequências humanitárias da guerra também impulsiona protestos no mundo todo. Por toda Europa pessoas têm ido às ruas protestar contra o presidente Putin que se mantém no poder há mais de 20 anos.  

“Toda essa exposição nas redes sociais não só alimenta a vontade dos ucranianos de resistir à invasão russa como também ecoa por todo ocidente, alertando líderes mundiais sobre possíveis formas de sanções contra os russos com a finalidade de dar fim à guerra. Essa forma de influência digital atua como um outro tipo de soldado intervindo pelo fim da guerra”, ressalta Isielson Miranda, CEO da Conztellation, um marketplace que conecta influenciadores da indústria criativa com investidores interessados em participar do crescimento desse mercado. E que acaba de lançar a criptomoeda Starz.  

Vídeos

Outra pessoa que seguiu a mesma linha foi a miss Ucrânia:  largou os vestidos e o glamour de ser uma miss e se mostrou nas redes sociais toda paramentada com armas e dizendo que está pronta para lutar na guerra pelo seu povo. 

Marta Vasyuta, uma tiktokers ucraniana com quase 200 mil seguidores, já compartilhou diversos vídeos que se tornaram virais. Vasyuta disse em uma entrevista à Reuters que ela quer que as pessoas entendam que isso não é uma piada, é uma situação séria que os ucranianos estão enfrentando.  

Apesar desses conteúdos chamarem a atenção pela carga de violência destrutiva de uma guerra, nem tudo é caos e medo. O perfil do soldado denominado Alex Hook, publica vídeos de dancinhas para tranquilizar a filha e matar a saudade.  Outros soldados dançam e se divertem entre os intervalos dos bombardeios com o propósito de diminuir a pressão e o terror presente. 

Idéia

“Diante desses fatos o que fica evidente é o papel crucial dos influenciadores digitais na sociedade atual. Seja no debate público sobre política, economia, problemas climáticos, os desafios impostos pela pandemia do covid-19, em todas as camadas da vida contemporânea, os influencers têm exercido uma função importantíssima para a construção de uma mundo mais justo e democrático”,  esclarece Marcello Bussacarini, diretor de marketing da Conztellation.  

Somente no Brasil, o alcance dos influencers tem se mostrado cada vez maior.  Estudo desenvolvido pela Qualibest mostra que eles já são a segunda maior fonte de informação para a tomada de decisão. Para se ter uma ideia, só ficam atrás das recomendações dadas por parentes e amigos. 

A consultoria Nielsen estima haver mais de 500 mil influenciadores em potencial, considerando criadores com mais de 10 mil seguidores, e  84% das pessoas afirmam tomar decisões com base nas opiniões de influencers. 

“O marketing de influência tem alto poder de engajamento e consegue amplificar o alcance da mensagem. Parte desse sucesso tem a ver com o fato de que influencers são pessoas reais, gente como a gente, fator que tende a aumentar a confiança e a credibilidade da mensagem que deseja passar”, esclareceu o diretor de marketing da Conztellation. 

Internacional: Otan diz que vai impedir que Moscou expanda a agressão

 

Declaração é do secretário-geral da aliança militar

    Pixabay
Otan repete o gesto de Pôncio Pilatos ao lavar as mãos diante de problema sério


Agência Brasil 

O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, está hoje (8) em Riga, capital da Letônia, país membro da aliança militar. Stoltenberg falou sobre a invasão russa na Ucrânia e reforçou o apoio prestado pelos aliados do bloco aos ucranianos. “Somos a organização de defesa mais poderosa do mundo. Estamos mobilizando centenas de soldados adicionais e vamos defender e proteger cada polegada da Letônia e de cada território aliado”, garantiu.

Jens Stoltenberg disse ainda que a Otan está preparada para proteger seus 30 países membros e que vai impedir que Moscou expanda a agressão. “Temos a aliança mais forte da história”, afirmou.

A Otan vem apoiando a Ucrânia de diferentes maneiras, há anos. Desde a anexação da Crimeia, em 2014, a aliança militar treina soldados e fornece armamentos e equipamentos militares. “Fazemos tudo para ajudar os ucranianos na luta contra os invasores russos. Os aliados impuseram sanções sem precedentes e agora estamos vendo os efeitos. O rublo [moeda oficial da Rússia] está em baixa histórica, muitas empresas estão deixando a Rússia. A gente tem que acabar com esse conflito. Estamos aumentando nossa presença na Letônia e em outras partes do leste da aliança, para que a Rússia entenda que estamos protegendo cada polegada do nosso território”, disse Stoltenberg.

Estônia

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, também foi aos Países Bálticos, numa demonstração de preocupação do Ocidente com a invasão da Ucrânia. Blinken, que está em Tallinn, capital da Estônia, participou hoje de uma entrevista coletiva ao lado da primeira-ministra do país, Kaja Kallas, onde reforçou o apoio dos Estados Unidos aos ucranianos.

Blinken disse que a Estônia e os Estados Unidos vão continuar trabalhando para aumentar a assistência humanitária e de segurança na Ucrânia. “Tudo o que vi no Báltico, esse apoio ao povo ucraniano, a gente vê as cores azul e amarela nas casas nos prédios. Isso é uma mensagem poderosa de solidariedade. Essa não é a guerra do povo russo, não é uma guerra de liberação, é a guerra do [Vladimir] Putin para subjugar um país democrático. Então ele vai ser responsabilizado pelo mundo”, disse o secretário.

O secretário disse ainda que a Rússia está utilizando a dependência energética como arma de guerra e que é a hora de o Ocidente combater essa estratégia.

A primeira-ministra da Estônia, Kaja Kallas, disse que a nova situação de segurança requer mudança por parte dos europeus, incluindo a defesa da Estônia. “A Otan tem que se adaptar rápido e as decisões têm que incluir uma estratégia de defesa da região, para fortalecer nossas defesas na terra, no mar e no ar”, disse, ressaltando que o país está aumentando o percentual do orçamento destinado à defesa de 2% para 2,44% do Produto Interno Bruto (PIB).

Internacional: Presidente da Ucrânia diz que apoio do Ocidente é insuficiente

 

Ele pede que países intervenham na guerra

    Ministério das Relações Exteriores Ucrânia/Twitter
Bomba de 500 kg jogada sobre prédio residencial ao sul de Kiev, que não explodiu


Agência Brasil 

Em um novo depoimento dado hoje (8), em Kiev, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou que os russos estão “criando um inferno” em seu país. Ele disse que a culpa por morte, ataque aéreo e bloqueio às cidades da Ucrânia é, sem dúvida, da Rússia.

“A culpa é do invasor. Mas a responsabilidade é daqueles que, há 13 dias, não conseguem aprovar, lá em algum lugar do Ocidente, nas suas salinhas, uma decisão óbvia, necessária, de assegurar o nosso céu. Daqueles que não salvaram nossas cidades dos bloqueios e das bombas, apesar de poderem fazer isso”, criticou.

Zelensky vem pedindo, desde o início da invasão russa, que os países do Ocidente criem um espaço de exclusão aérea, onde aviões estrangeiros possam entrar e atacar, derrubar aviões e helicópteros russos. No entanto, a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) vem afirmando há dias que não entrará de forma ativa na guerra, apenas apoiará a Ucrânia com armamentos, equipamentos, treinamentos, recursos financeiros e ajuda humanitária.  

Carta da Otan

O receio da Otan é de que, caso entrasse ativamente no conflito, uma grande guerra na Europa poderia começar. Se a Rússia atacar algum dos 30 países do bloco, o artigo 5º da Carta da Otan será ativado. O dispositivo afirma que, caso um país do bloco seja agredido, todas as outras nações devem reagir em  bloco.

“Estão nos cercando de propósito, torturam nossos cidadãos, cortam a luz, cortam o fornecimento de água e alimentos. Estamos destruindo os invasores em todos os lugares que podemos, mas há centenas de agressores em aviões e helicópteros. Sabemos que a Rússia, nesses 13 dias, perdeu mais máquinas do que nos últimos 30 anos. Mas eles ainda têm máquinas suficientes para matar, ainda há foguetes suficientes para aterrorizar nosso povo, [eles] ainda têm bombas de 500 quilos suficientes para jogar em cima de nós. Há 13 dias ouvimos somente promessas, ouvimos que já já a ajuda chegará”, queixou-se Zelensky.   

O presidente ucraniano reclamou ainda da promessa de criação de corredores humanitários para evacuar a população civil. ”Nenhum corredor humanitário funcionou, não temos mais tempo. Vou continuar conversando com os líderes mundiais, eles têm que se esforçar ao máximo para parar essa guerra, esse genocídio”.

Internacional: EUA suspende importação de petróleo da Rússia

 Isso vai significar que um país não poderá usar os preços da gasolina contra outro país como arma

    Pixabay

Putin já está prejudicando as famílias americanas devido a um aumento nos preços dos combustíveis


Agência Brasil 

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou no início da tarde de hoje (8) a suspensão das importações de petróleo da Rússia. Biden reconheceu que muitos países aliados, devido à dependência energética, podem não ser capazes de tomar medidas parecidas.

“Os Estados Unidos produzem muito mais petróleo domesticamente do que todos os países europeus juntos. Na verdade, somos também exportadores, então podemos assumir essa medida, outros não podem. Estamos trabalhando também com parceiros europeus para reduzir a dependência da energia russa”, afirmou Biden.

O mandatário americano afirmou também o apoio de mais de US$ 1 bilhão  de assistência para segurança na Ucrânia em carregamentos de equipamentos de defesa e também apoio humanitário, tanto para os ucranianos que saíram quanto para os que estão lutando no país.

“Estamos implementando o pacote de sanções mais significativo da história e que está causando danos significativos na economia russa. O rublo [moeda oficial russa] caiu 50% em relação ao início da guerra, o rublo agora vale menos do que 1 centavo de dólar. Cortamos vários bancos russos do sistema financeiro internacional, o que dificulta que eles façam transações com o restante do mundo”, ressaltou Biden. 

O presidente americano disse ainda que Vladimir Putin, mandatário russo, já está prejudicando as famílias americanas devido a um aumento nos preços dos combustíveis. ”Desde que Putin entrou na Ucrânia, o preço da gasolina subiu 75 centavos de dólar. E vou fazer de tudo para evitar que suba ainda mais. Estamos liberando 60 milhões de barris de petróleo. A metade, 30 milhões, vai vir das reserva estratégica dos Estados Unidos e estamos tomando outras medidas para que o fornecimento de energia global continue”, disse Biden.

Além disso, o presidente dos Estados Unidos ressaltou que a Europa também tem que acabar com a dependência em relação ao petróleo russo. Ele disse ainda que a invasão na Ucrânia deveria motivar a transição para energias mais limpas, como o uso de carros elétricos, por exemplo. “Quando fizermos isso, ninguém vai ficar preocupado com o preço da gasolina no futuro. Isso vai significar que um país não poderá usar os preços da gasolina contra outro país como arma”.

Internacional: Hackers da Rússia e de Belarus atacam Ucrânia com phishing, diz Google

 

Rússia nega usar hackers para perseguir seus inimigos

A Rússia nega usar hackers para perseguir seus inimigos


Agência Brasil 

O Google disse ter identificado hackers russos envolvidos em espionagem e campanhas de phishing mirando a Ucrânia e seus aliados europeus nas últimas semanas. Phishing é uma técnica usada para enganar usuários e obter informações confidenciais, como nome, senha e detalhes do cartão de crédito.

O Grupo de Análise de Ameaças do Google, que trabalha na prevenção a hackers e envio de avisos sobre eles aos usuários, disse em uma publicação na segunda-feira que nas últimas duas semanas a unidade de hackers russa FancyBear, também conhecida como APT28, enviou e-mails de phishing para a empresa de mídia ucraniana UkrNet.

A Rússia nega usar hackers para perseguir seus inimigos. As mensagens de phishing visam roubar informações de login da conta dos usuários, para que os hackers possam violar os computadores e as contas online de um alvo.

O Google não disse se algum dos ataques foi bem-sucedido.

Em outro caso, o Ghostwriter/UNC1151, de Belarus, e que o Google descreveu como uma ameaça, vem tentando roubar credenciais de contas por meio de tentativas de phishing contra os governos polonês e ucraniano e organizações militares.

Autoridades de segurança cibernética ucranianas disseram no mês passado que hackers de Belarus estão mirando os endereços de e-mail privados de militares ucranianos "e indivíduos relacionados".

O Google também disse que o Mustang Panda, ou Temp.Hex, que descreveu como baseado na China, vem enviando anexos carregados de vírus para "entidades europeias" com nomes de arquivos como "Situação nas fronteiras da UE com Ucrânia.zip".

O Google descreveu o esforço como um desvio do foco padrão do Mustang Panda nos alvos do Sudeste Asiático.

A Ucrânia pediu publicamente à sua comunidade de hackers para ajudar a proteger a infraestrutura e realizar missões de espionagem cibernética contra tropas russas.

Túnel do Tempo: Criação do Dia Internacional da Mulher

Pixabay


 Redação/Hourpress

Em 8 de março de 1857, em Nova York, um grupo de operárias têxteis entrou em greve pedindo a redução da jornada de trabalho de 16 para 10 horas por dia e recebendo menos que um terço do salário dos homens. Parte das grevistas foi trancada no galpão e a fábrica foi incendiada. 130 delas foram carbonizadas. 

Em 1910, a militante comunista Clara Zetkin propôs  a criação de um Dia Internacional da Mulher, sem definir uma data precisa, no II Congresso Internacional de Mulheres Socialistas, em Copenhagen. A sua proposta  estabelecia que a data seria um dia de mobilizações de mulheres trabalhadoras em todo o mundo, que abordariam tanto a pauta da questão das mulheres no trabalho, como lutariam pelo sufrágio, o direito ao voto feminino.

Diversas manifestações de trabalhadoras na Europa se seguiram desde a proposta da criação do Dia Internacional da Mulher. Em 1975, a ONU oficializou o dia 8 de março como o Dia Internacional da Mulher por meio de um decreto.

Raio X de Sampa: Conheça a história da Avenida das Nações Unidas

 


Redação/Hourpress

A Avenida das Nações Unidas, popularmente conhecida como Marginal Pinheiros, é uma homenagem à ONU (Organização das Nações Unidas), criada em 1945, por meio de carta que reuniu 51 países, entre eles o Brasil. O seu principal objetivo é a manutenção da paz e segurança internacional. Através do Conselho de Segurança, a ONU pode realizar intervenções em nações que estejam em situação de ameaça constante de paz.