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Crônica: De bem-sucedido ao amargo do ostracismo

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segunda-feira, 31 de agosto de 2020

Economia: Maxon Oil cresce e prevê faturamento de R$ 100 milhões em meio à pandemia



 Marca de lubrificantes da Teclub aumenta a participação em um mercado dominado por grandes companhias

Redação/Hourpress

Você conhece alguma empresa que bateu 105% da meta durante a pandemia e que projeta fechar 2020 com um faturamento acima de R$ 100 milhões? Essa é a realidade da paranaense Teclub, fabricante dos lubrificantes automotivos e industriais Maxon Oil, que saltou de um faturamento de R$ 10 milhões em 2015 para uma previsão de mais de R$ 100 milhões em 2020, sendo 42% desse crescimento nos últimos meses.

A jornada da marca impressiona, tendo em vista que num mercado dominado por gigantes como Petrobras, Texaco, Ipiranga, Mobil, Shell, entre outros, a Maxon já é a sexta marca que mais vende na Região Sul e a 14ª no país, diante de um mercado com 276 players registrados.

Nos últimos 12 meses o mercado de lubrificantes cresceu 6% e segundo a Agência Nacional de Petróleo (ANP) o bom desempenho dos pequenos produtores é uma tendência e corresponde a 24% do setor, segundo dados de 2019. O segredo do sucesso da Teclub é a aposta na tecnologia embarcada e, principalmente, em trazer um produto de alta qualidade aliado a um custo extremamente competitivo quando comparado com as marcas tradicionais.

“Estamos conquistando espaço por nos posicionar como uma marca parceira, com excelente custo x benefício. Não disputamos espaço por meio de altos investimentos em mídia, como fazem as gigantes. Focamos em entender a real necessidade do consumidor e em mostrar a ele que trabalhamos com responsabilidade, profissionalismo e bom preço, o que resulta na fidelização”, afirma Edson Reis, CEO da Teclub-Maxon Oil.

Com uma estrutura moderna e organizada, instalada na Região Metropolitana de Curitiba, a empresa opera com capacidade de produção atual de 100 mil litros ao dia, expedindo mais de 1,5 milhão de litros mensalmente.

Conquista do mercado

A chancela do mercado para a Teclub-Maxon Oil veio após uma reestruturação de todos os setores da empresa, principalmente do parque industrial. O principal investimento foi no Centro de Tecnologia & Qualidade Maxon Oil, com fornecedores homologados pela SAE (Society of Automotive Engineers), pela API (Association des Constructeurs Européens de l´Automobile) e pela Jaso (Japanese Automobile Standarts Organization), instituições mundialmente reconhecidas e que padronizam as classificações do desempenho dos lubrificantes.

“Fazemos um trabalho direto nas distribuidoras, autopeças, centros automotivos, concessionárias, oficinas, nos postos de serviços, conversando com os frentistas e, sempre que possível, com o cliente final. Levamos nosso pessoal até estes locais para mostrar o que é o Maxon Oil e suas vantagens reais. Isto modifica toda a percepção sobre os nossos produtos, tendo em vista que num passado recente qualquer óleo que não viesse de uma grande companhia era considerado 'segunda linha' e danoso para o veículo. Isso não é mais uma realidade e somos capazes de oferecer as mesmas garantias que as grandes companhias”, explica Edson.

A empresa hoje mantém escritórios de representação em todos os estados do Brasil e no Distrito Federal e, a partir de 2021, pretende iniciar a expansão internacional, começando pela América Latina.

Negócio de família

Em 2006, Nelson Edson dos Reis e um sócio assumiram a empresa, então uma revendedora de lubrificantes, sem desenvolvimento e tecnologia própria. Tendo em vista a complexa dinâmica regulatória do mercado de lubrificantes, os filhos de Nelson, Edson (atual CEO) e Flávia, identificaram a necessidade de adequações técnicas e financeiras na operação e em 2010 passaram a integrar a direção da empresa.

"Os desafios técnicos foram enormes, porque a empresa precisou criar um fluxo de acompanhamento das normas da ANP e justamente esse desafio nos levou à qualidade de excelência do produto, num momento em que outros fabricantes independentes ainda não estavam atentos a isso. Então fomos pioneiros ao assumir uma posição alternativa em relação às grandes companhias", conta Edson. 

Ele e Flávia estudaram a fundo o mercado de lubrificantes. Edson chegou a cursar engenharia química para saber mais sobre o core business, além de fazer várias especializações, e Flávia trouxe a sua expertise em administração e experiência no mercado financeiro. A partir de 2012, já com a liderança dos filhos, a Teclub começou a mudar, se adequando e investindo pesado em um time de profissionais focados em desenvolvimento de produto e serviços ao mercado e o resultado veio.

“Investimos em conhecimento e o resultado foi o melhor. Hoje temos pleno domínio do nosso negócio e estamos desenhando uma nova linha de produtos, além de trabalhar forte nos serviços ao mercado. A meta é sempre evoluir”, finalizou Edson. 

Artigo: Dez passos para a superação de problemas

 


Como encontrar a força necessária para se recuperar de adversidades?

*Flora Victoria

Todas as pessoas enfrentam situações difíceis em diversos momentos da existência. E agora não poderia ser diferente. De uma hora para outra, o surgimento do novo coronavírus (covid-19) mudou drasticamente a vida da maior parte da população mundial em 2020.

O desemprego em massa, por exemplo, cresce vertiginosamente em meio à pandemia. Para se ter uma ideia, 3,5 milhões de brasileiros entraram com pedidos de seguro-desemprego entre os meses de março e julho.

Esses números nada animadores deixam claro: hoje, mais do que nunca, é fundamental aprender maneiras saudáveis de superar os obstáculos. “Desenvolver uma coleção de habilidades positivas é o que nos ajuda a lidar melhor com os desafios, nos recuperar mais rapidamente deles ou, pelo menos, começar a seguir em uma direção certa”, explica Flora Victoria, mestre em psicologia positiva aplicada pela Universidade da Pensilvânia.

A união de várias dessas competências é o que podemos chamar de resiliência. Mas quem é considerado resiliente, afinal? Todo indivíduo que, quando sofre algum abalo, rapidamente volta ao seu bem-estar original.

Segundo a especialista, de uma maneira bastante simples, a resiliência é a nossa capacidade de retornar ao estado anterior depois da exposição a alguma situação de estresse. “E é claro que isso ocorre em diversas situações do dia a dia. No trabalho, nos estudos e nos relacionamentos com amigos, familiares e parceiros, as pessoas que cultivam a resiliência se recuperam mais rápido de circunstâncias adversas, como a que estamos passando atualmente”, conta Flora.

 

A estrada para cultivar a resiliência

De acordo com a American Psychological Association (APA), existem 10 passos que você pode seguir e encontrar a resiliência psicológica necessária para se recuperar. “São comportamentos simples de serem colocados em prática. Porém, unidos, eles podem surtir um grande efeito para a mudança”, pontua Flora, que também é Embaixadora da Felicidade no Brasil pela World Happiness Summit.

Ela lista cada um deles:

1Aprenda a se divertir e a relaxar: quando o corpo está são, a mente também fica sã. Fazer atividades que você gosta e cuidar de si ajuda a manter a mente e o corpo prontos para situações que exigem resiliência.

2Prepare-se para o melhor cenário: vale mais a pena se alimentar de esperança do que de medo. Tente visualizar o que você quer em vez de se preocupar com o que teme.

3) Compreenda que tudo é uma questão de perspectiva: tempestades não cabem em um copo d’água, não é mesmo? Tente ver a situação estressante em um contexto mais amplo e mantenha uma perspectiva de longo prazo.

4) Veja a si mesmo de forma positiva: só você tem o poder de resolver todos os seus problemas. Desenvolver confiança em suas capacidades e seguir os seus instintos ajuda a criar resiliência.

5) Procure meios de autodesenvolvimento: pessoas mais fortes são aquelas que realmente treinam para vencer. Mesmo em contratempos, procure aprender algo a cada dia para continuar crescendo de alguma forma.

6) Tome decisões em vez de fugir: deixar para depois só aumenta o estresse. Então, realizar medidas é melhor do que ignorar problemas ou simplesmente desejar que eles desapareçam.

7) Lute por seus objetivos: meta realista é a que pode ser cultivada a partir de agora. Crie objetivos realizáveis e faça algo todos os dias para que você chegue mais perto deles, mesmo que a conquista pareça pequena.

8) Aceite que a mudança faz parte da vida: dê menos murros em ponta de faca. Deixe de lado as circunstâncias que você não pode mudar e concentre-se naquilo que você sabe que consegue alterar.

9) Evite o pensamento catastrófico: lembre-se que as crises são passageiras. Procure olhar além do presente e pense que, no futuro, as coisas vão melhorar.

10) Conecte-se com outras pessoas: o apoio e a gratidão compensam. Por isso, é importante construir bons relacionamentos com familiares, amigos e outras pessoas importantes em sua vida.

 *Flora Victoria, mestre em psicologia positiva aplicada pela Universidade da Pensilvânia.

Saúde: Covid-19: Brasil chega a quase 4 milhões de casos e 121,3 mil mortos

 


Mais de 3 milhões de brasileiros já se recuperaram da covid-19

Agência Brasil 

No Brasil, desde o início da pandemia, 121.381 pessoas morreram em função da covid-19. Nas últimas 24 horas, foram registrados 553 novos óbitos. Os dados estão na atualização do Ministério da Saúde divulgada na noite desta segunda-feira (31). Ontem, o painel do ministério marcava 120.868 óbitos. Há 2.708 falecimentos em investigação.

De acordo com o balanço da pasta, o número de pessoas infectadas desde o início da pandemia chegou a 3.908.272. Entre ontem e hoje, as secretarias estaduais de saúde acrescentaram às estatísticas 45.961 novos casos. Ontem, o sistema do Ministério da Saúde trazia 3.862.311 casos acumulados.

Os casos são menores aos domingos e segundas-feiras pelas limitações de alimentação pelas equipes das secretarias de saúde. Já às terças-feiras, o número usualmente tem sido maior pelo envio dos dados acumulados do fim de semana.

Ainda de acordo com a atualização, 689.157 pessoas estão em acompanhamento e outras 3.097.734 já se recuperaram.

A taxa de letalidade (número de mortes pelo total de casos) ficou em 3,1%. A mortalidade (quantidade de óbitos por 100 mil habitantes) atingiu 57,8. A incidência dos casos de covid-19 por 100 mil habitantes é de 1859,8.

Covid-19 nos Estados

Os estados com mais morte foram São Paulo (30.014), Rio de Janeiro (16.065), Ceará (8.409), Pernambuco (7.593) e Pará (6.146). As Unidades da Federação com menos óbitos até o momento são Roraima (587), Acre (612), Tocantins (673), Amapá (661) e Mato Grosso do Sul (862).

Boletim epidemiológico covid-19
Boletim epidemiológico covid-19 - Ministério da Saúde

Saúde: Na geriatria, a teleconsulta surpreende médicos e pacientes

 


Ela tem se revelado um recurso que vai além de contribuir com a necessidade de isolamento social

Redação/Hourpress

 Cerca de 30% da carteira de vidas da Conexa Saúde, maior plataforma independente de telemedicina do Brasil, são de pessoas com idade acima de 65 anos. Isso representa um total de 1,2 milhão de pessoas que têm a sua disposição a possibilidade de usufruir de uma teleconsulta. Um benefício importante, principalmente, em tempos de pandemia do novo coronavírus e da necessidade de isolamento social desse grupo de alto risco para Convid-19.

Usuária da plataforma da Conexa Saúde, a médica geriatra do Hospital Santa Paula, Maristela Soubihe, atende em seu consultório pacientes entre 50 e 99 anos e avalia que a teleconsulta, diferentemente do que muitos podem pensar, contribui para aproximar ainda mais médico e paciente. “Eu fico mais disponível em termos de horários e tenho contato mais vezes com meu paciente, o que em geriatria é de extrema importância. Também posso atender situações de urgência de maneira mais rápida e segura se estou fora do consultório”, afirma.

“Com a teleconsulta, eu entro na casa do paciente”

A médica tem atendido cerca de metade de sua clientela por teleconsulta durante a pandemia e aponta outros benefícios da tecnologia, além da contribuição com o isolamento social dessa população em tempos de pandemia. “Em uma teleconsulta eu entro na casa do paciente e posso ver a caixinha do remédio, o chinelo que ele usa, o travesseiro e a cama que ele dorme. Dados importantes no cuidado do idoso”, afirma. Nas consultas presenciais, informações como essas, explica a especialista, são descritas e sempre carregam subjetividade.

Sobre dificuldades com a tecnologia, Maristela diz que podem existir e são mais frequentes na faixa etária a partir dos 70 ou 75 anos ou de um paciente mais debilitado. Nesse caso, o idoso pode precisar de ajuda de um familiar ou do cuidador para baixar o aplicativo, inserir senha e fazer a chamada. No entanto, esse seria o paciente que em uma consulta presencial estaria acompanhado de alguém.

Mas a dificuldade de lidar com a tecnologia está longe de ser regra entre os idosos. Há pessoas como Wilsonia Mesquita Andrade Alves, 73 anos, que já em sua primeira experiência com teleconsulta passou a ser defensora da facilidade. Moradora da cidade de Guarullhos (SP), ela conta que foi avisada pelo seu convênio durante a pandemia sobre a possibilidade da teleconsulta por meio do aplicativo da Conexa Saúde. “Fiquei curiosa e assisti o vídeo com o passo a passo e já treinei”, diz.

“Um anjo da guarda no celular”
Dias depois, em casa acompanhada do marido que é idoso e tem problemas de saúde, Wilsonia começou a sentir uma forte de ouvido. “Se não tivesse o aplicativo eu teria que ir até ao atendimento mais próximo de meu plano de saúde que fica no bairro de Santana, em São Paulo”, diz. Decidiu testar o aplicativo. Ela conta que foi rapidamente atendida por vídeo no celular por uma profissional de saúde que fez uma série de perguntas sobre seu estado e na sequência passou para a médica otorrinolaringologista. “Fui atendida com o mesmo cuidado e atenção de uma consulta presencial. Além de perguntar sobre sintomas, histórico de saúde, pediu para pressionar as regiões que estavam com dor e explicar a sensação”, explica.

Segundo Wilsonia, a médica prescreveu um medicamento para pingar no ouvido, mandou a receita digital pelo celular e ficou de ligar em dois dias para ver como ela estava passando. Entre a consulta, a compra do remédio e sua medicação foram apenas duas horas e a noite, a paciente já estava sem dor. Dois dias depois, conforme combinado, Wisonia recebeu a ligação da médica. “Fiquei maravilhada com a facilidade da tecnologia e a qualidade do atendimento. Para nós que temos mais idade é como ter um anjo da guarda no celular”, conta.

Sobre a Conexa Saúde

Maior plataforma independente de telemedicina do Brasil, a Conexa Saúde foi fundada no Rio de Janeiro em 2016, como uma clínica de saúde voltada à atenção primária. Em 2017, reformulou seu modelo de negócios e adotou a telemedicina, com uma plataforma digital que promove a conexão entre pacientes e profissionais de saúde. Por meio dessa tecnologia, implementa serviços de saúde a distância, obedecendo protocolos médicos e de segurança da informação de alta confiabilidade. A empresa tem como missão revolucionar o acesso à saúde, tornando a jornada e a experiência do paciente mais fácil, segura e humanizada.

Artigo: Estresse e ansiedade na pandemia podem causar bruxismo

 


O aperto e o ranger dos dentes ocorrem normalmente durante o sono 

*Dra. Caroline Castilho

Em situações de estresse, o corpo humano reage de distintas maneiras e o bruxismo pode ser uma delas. Durante a pandemia da Covid-19, essa síndrome que causa o ranger e aperto dos dentes, normalmente durante o sono, se tornou comum, mas longe de ser um sintoma da doença causada pelo novo coronavírus. “Todos estamos em situações de ansiedade e estresse com o que está ocorrendo no mundo e desenvolver o bruxismo por estresse é comum”, explica a ortodontista Caroline Castilho, de São Paulo.

Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), 40% dos brasileiros sofrem de bruxismo, condição que afeta adultos e crianças. Além do ranger e apertos, a condição pode resultar ainda em quebra dos dentes, enxaquecas e dores na mandíbula, ouvidos, pescoço e nas articulações do rosto. “Além disso, problemas gengivais e ósseos também podem ocorrer. Há também relatos de zumbidos nos ouvidos”.

Segundo a ortodontista Caroline Castilho, o tratamento clínico do bruxismo é simples, como o uso de placas de proteção dentária usada durante o sono, eletroestimulação, remédios musculares e, em casos graves, aplicação de botox para relaxar a musculatura facial. “A placa é a maneira mais usual em adultos e crianças e normalmente já causam o conforto e diminuição das dores. Ocorre que muitos pacientes não procuram ajuda no começo dos sintomas e os casos se agravam para dores intensas, para isso, técnicas com botox e estimulação mecânica ajudam a aliviar os sintomas”, ressalta Castilho.

Mas como prevenir o bruxismo? Por se tratar de uma síndrome relacionada normalmente ao fator emocional humano, manter o corpo e mente ativos para evitar estresse e ansiedade são as melhores formas. “O bruxismo está intimamente ligado ao funcionamento do corpo e da mente. Sabemos que na época em que estamos é mais difícil se manter saudável psicologicamente, mas fazer exercícios físicos, meditar, se desconectar um pouco do celular e das notícias, fazer terapia, entre outras ações, nos ajudam a desestressar e sentir menos impactos negativos”, finalizou.

Dra. Caroline Castilho, referência em cuidados e tratamentos estético faciais, a Dra. Caroline Castilho é cirurgiã dentista há mais de 15 anos. Com ampla experiência, a especialista é graduada em Odontologia pela Universidade Paulista, possui formação técnica em prótese dentária e tem o título de Especialista em Ortodontia pela Universidade São Leopoldo Mandic. .




Geral: Novos tremores de terra são registrados no Interior da Bahia

 


O abalo sísmico mais forte atingiu magnitude 3.5 na escala Richter


Agência Brasil 

A terra voltou a tremer no interior da Bahia, na madrugada de hoje (31). Segundo o Laboratório Sismológico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (LabSis/UFRN), o abalo sísmico mais forte registrado esta madrugada atingiu magnitude preliminar 3.5 na escala Richter, e foi sentido em várias cidades do Vale do Jiquiriçá, principalmente na cidade de Amargosa, próxima à qual ocorreu o epicentro do terremoto.

De acordo com a diretora de Comunicação da prefeitura de Amargosa, Gabriela Andrade, a recente sucessão de tremores deixou os cerca de 38 mil moradores da cidade alarmados. “Tá todo mundo muito assustado. E é difícil tranquilizar a todos, já que nem os especialistas sabem se isso vai continuar acontecendo”, disse a diretora à Agência Brasil.

Segundo Gabriela, apesar do susto, não há registros de feridos ou desalojados. “Na zona rural, alguns imóveis sofreram rachaduras, inclusive uma igreja do distrito de Corta Mão, mas nenhum deles corre risco de desabamento ou precisou ser condenado”, disse a diretora, acrescentando que o tremor foi mais intenso no distrito de Corta Mão, a cerca de 18 quilômetros do centro da cidade.

Vale do Jiquiriçá

Uma sequência de tremores de terra já tinha assustado moradores do Vale do Jiquiriçá e do Recôncavo Baiano na manhã deste domingo (30). De acordo com o LabSis/UFRN, o sismo de maior magnitude ocorreu às 7h44 de ontem (30), e atingiu 4.6 na escala Richter, sendo sentido até mesmo em Salvador.

Segundo o Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP), em 2018 e 2019 foram registrados nove tremores de terra nessa mesma região da Bahia, o que revela “um histórico significativo de sismicidade no Recôncavo Baiano”. Já o LabSis/UFNR informou que o evento mais antigo que se tem notícia nessa região ocorreu em dezembro de 1899, quando foi registrado um tremor de magnitude estimada 3.5.

“Esses nove episódios se concentram em três períodos distintos”, disse a diretora de Comunicação da prefeitura de Amargosa. “Mas não é uma coisa comum e as pessoas ainda ficam assustadas. Principalmente porque sempre ouvimos dizer que não há terremotos no Brasil. Então, isso, para as pessoas, é uma novidade”, acrescentou Gabriela, garantindo que a prefeitura vem procurando manter a população informada sobre a situação, principalmente para evitar a propagação de boatos e notícias falsas. Ela disse que especialistas da UFRN conduzirão um estudo na região.

Em nota, os especialistas do Centro de Sismologia da USP explicaram que, como o Brasil está no meio de uma placa tectônica, terremotos de maior magnitude são “extremamente raros”. Mesmo assim, a movimentação desta chamada Placa Tectônica Sul-Americana causa grandes pressões em seu interior, forçando novas acomodações da matéria que forma este bloco rochoso.

“Como em sismologia é impossível fazer previsões, não é possível saber se esses eventos vão ficar circunscritos às proximidades de Amargosa ou vão iniciar um novo ciclo de intensa atividade sísmica nessa região da Bahia”, apontam os especialistas.

Sergipe

Moradores de Canhoba, em Sergipe, também relataram ao Laboratório Sismológico da UFRN que sentiram a terra tremer durante a noite deste domingo (30). Ao menos oito eventos sísmicos foram registrados por estações da Rede Sismográfica Brasileira. O maior deles atingiu magnitude preliminar de 1.8 na escala Richter.

A prefeitura de Canhoba informou à Agência Brasil que, até o meio-dia, não tinha recebido qualquer informação de tremores na cidade.

Nordeste

Tremores de terra de baixa magnitude foram registrados ao longo da última semana em diversos locais da Região Nordeste. Ontem (30), por volta das 5h23, foi registrado um abalo sísmico de magnitude preliminar 2.2 na região de Pedra Preta, no Rio Grande do Norte. No último dia 17, outro tremor, de magnitude preliminar 1.8, já tinham sido registrado na mesma localidade.

Na quinta-feira (27), o Labsis/UFRN registrou quatro tremores de terra na região do município pernambucano de Caruaru. Os primeiros eventos, que ocorreram pela madrugada, tiveram suas magnitudes preliminares calculadas em 1.9 (às 3h01) e 1.8 (3h19). Houve um terceiro episódio perto das 8 horas e um quarto tremor às 20h11.

Nas primeiras horas da quarta-feira (26), um tremor de magnitude preliminar 1.6 foi registrado na região da Serra da Meruoca, no Ceará, atingida por pelo menos um outro tremor posterior. E perto das 14h47 do mesmo dia, estações sismográficas registraram um outro tremor próximo à cidade de Tejuçuoca (CE), com magnitude preliminar de 1.7 na escala Richter.

Geral: Covid-19 derruba consumo de chocolate no Brasil

 


Porém número de consumidores permanece o mesmo do ano passado


Agência Brasil

O volume médio de chocolate consumido por domicílio no Brasil atingiu 3,8 quilos(kg) no primeiro semestre deste ano, queda de 11,8% em relação aos seis primeiros meses do ano anterior, em decorrência da redução do consumo fora do lar, provocada pela pandemia do novo coronavírus. 

A retração já era esperada pelo presidente da Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (Abicab), Ubiracy Fonsêca, porque vários pontos de venda, como restaurantes e hotéis, estavam fechados em função do isolamento social decretado pelas autoridades, e a área de eventos ainda não retomou as atividades.

Com isso, a produção de chocolates de janeiro a junho deste ano, de 216 mil toneladas, foi 22% menor em relação ao mesmo período de 2019. Para o presidente da Abicab, o panorama já se mostra melhor em agosto e a perspectiva é que a demanda será maior  a partir de setembro, porque muitos clientes estão refazendo suas compras. Isso reforça a tendência de o consumo ir gradualmente voltando ao patamar normal.

O presidente da Abicab relatou que as indústrias tiveram que se adequar à diminuição da demanda durante a pandemia. Promoveram ajustes na produção, reduziram a jornada de trabalho, liberaram pessoas em férias, entre outras medidas. “Cada uma, de acordo com as suas condições, se adequou. Mas o importante é que as empresas mantiveram os empregos, mantiveram a produção ativa e o abastecimento dos canais de venda, como os supermercados, que estavam disponíveis.” Ubiracy Fonsêca acentuou que o setor se manteve ativo em um momento de crise. “Não parou, continuou trabalhando, de acordo com a demanda menor”.

Apesar de a quantidade de chocolate consumido ter caído, o número de pessoas que comem chocolates ficou no mesmo patamar do ano passado para o período, 73% da população, de acordo com pesquisa feita pelo Instituto Kantar para a Abicab. “Isso mostra que o consumidor brasileiro ama chocolate. Todos nós gostamos de consumir chocolate”, disse Fonsêca à Agência Brasil. As informações se referem a produtos regulares, como tabletes e bombons.

O presidente da Abicab considerou o patamar de penetração de 73% elevado durante a pandemia, em relação a outros segmentos econômicos. “Ficamos satisfeitos em termos apostado que a economia estaria retomando, embora não se ache na sua plenitude. Mostra também a força do nosso produto.”

Retomada gradual

Não foi registrada também alteração na quantidade de vezes que o consumidor foi ao ponto de venda para comprar chocolate no semestre analisado, da ordem de 4,4 vezes. Ubiracy Fonsêca avaliou que o hábito de consumo se mantém, o que é importante para a retomada. Ele diz acreditar que até o final do ano os números serão melhores, tendo em vista que os shoppings retomaram o funcionamento e os bares, lanchonetes e restaurantes também reabriram as portas. “Gradualmente, estamos voltando à normalidade.”

Os supermercados continuaram liderando as vendas no primeiro semestre, com 36,6% do volume. “Os supermercados sempre foram um dos principais canais de venda do setor”. O chocolate é muito vendido nesses estabelecimentos, que permaneceram ativos e funcionando durante a pandemia. “Isso se mantém”, destacou. O crescimento foi puxado, em especial, pelo pequeno varejo.

Perfil dos compradores

Quem comprou mais no primeiro semestre continuou sendo o consumidor das classes econômicas A e B, que concentram 30% do total das vendas. “Normalmente, as pessoas das classes A e B são os maiores consumidores, porque têm maior poder aquisitivo, sofrem menos com a questão de redução da jornada de trabalho, desemprego”, disse Fonsêca.

Os maiores compradores de chocolate são adultos, têm acima de 40 anos de idade (63%) e moram em lares com filhos, sendo 28% monoparentais (quando apenas um dos pais se responsabiliza pela criança) e 38% casais com crianças ou pré-adolescentes. A prioridade é para as embalagens maiores que facilitam o compartilhamento dos chocolates dentro das casas.