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segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

Geral: Queda de helicóptero mata jornalista Ricardo Boechat



O motorista de um caminhão atingido no acidente foi resgatado pelo serviço da concessionária que administra a via


Agência Brasil

O jornalista Ricardo Boechat, de 66 anos, morreu na queda de um helicóptero no início da tarde de hoje (11) em um dos acessos da Rodovia Anhanguera, que liga a capital paulista, ao interior. Segundo o Corpo de Bombeiros, o piloto da aeronave também morreu carbonizado.
Boechat era apresentador do Jornal da Band e da rádio BandNews FM e tinha uma coluna semanal na revista ISTOÉ.
O motorista de um caminhão atingido no acidente foi resgatado pelo serviço da concessionária que administra a via. O fogo no local já foi extinto.

Um jornalista de estilo próprio marcado pelo humor ácido



O jornalista Ricardo Boechat, de 66 anos, nasceu em Buenos Aires, na Argentina, quando o pai Dalton Boechat, diplomata, estava a serviço do Ministério das Relações Exteriores. Dono de um humor ácido, usava essa característica para noticiar fatos e criticar situações. O tom era frequente nos comentários de rádio, televisão e também na imprensa escrita.
Nos anos 1970, Boechat começou no jornalismo no Diário de Notícias como assistente do colunista Ibrahim Sued. Do Diário de Notícias, seguiu com Sued para O Globo em que trabalhou por 14 anos. Também foi chefe de reportagem da Rádio Nacional, em 1973.
Boechat foi para o Jornal do Brasil, no início dos anos 1980, após briga com Sued. Logo depois retornou ao O Globo para assumir a Coluna do Swann. Ele teve uma breve passagem pela Secretaria de Comunicação do governo Moreira Franco, no Rio de Janeiro, em 1987.
Depois, ao voltar para O Globo, o jornalista ganhou sua própria coluna: Boechat. Nesta época, o jornal estabelecia a linha editorial de ter dois colunistas sociais de prestígio: Ricardo Boechat e Zózimo Barroso do Amaral.
Em 1997, passou a ser comentarista no telejornal Bom Dia Brasil, na Rede Globo. Nesta época, sua coluna era a mais lida no jornal carioca e uma referência nos jornais impressos, pautando dezenas de redações pelo país.
Em 2006, foi para o grupo Bandeirantes. Pela manhã, apresentava um programa com seu nome dividido em duas partes: uma nacional e outra dedicada ao Rio de Janeiro. À noite, era o âncora do Jornal da Band. Também escreveu para os jornais O Dia e O Estado de SPaulo.
Boechat teve diferentes cargos nas redações em que passou, mas sempre manteve a veia jornalística, talvez a sua maior característica profissional. Ele ganhou ganhou três prêmios Esso: em 1989, 1992 e 2001. Venceu oito vezes o Prêmio Comunique-se.
Flamenguista, foi atleta assíduo na pelada de fim de semana, que reunia artistas e jornalistas no Alto da Boavista, no Rio de Janeiro, durante muitos anos. Em 2008, escreveu Copacabana Palace: um hotel e sua história. Organizado por Cláudia Fialho, que por 17 anos foi relações públicas do hotel, o livro conta a história dos bastidores do cinco estrelas mais famoso do país.
Boechat deixa mulher, cinco filhas e um filho.

Veja a repercussão:

Jair Bolsonaro - presidente

Por meio de seu perfil na rede social Twitter, o presidente Jair Bolsonaro escreveu: “É com pesar que recebo a triste notícia do falecimento do jornalista Ricardo Boechat, que estava no helicóptero que caiu hoje em SP. Minha solidariedade à família do profissional e colega que sempre tive muito respeito, bem como do piloto. Que Deus console a todos!”.
O Palácio do Planalto divulgou uma nota oficial. "A Presidência da República expressa seu pesar e condolências em razão do falecimento do jornalista Ricardo Boechat, vitimado em um acidente aéreo neste dia. O País perde um dos principais profissionais da imprensa brasileira. Sentiremos a falta de seu destacado trabalho na informação da população, tendo exercido sua atividade por mais de quatro décadas com dedicação e zelo". A nota está assinada pelo presidente Jair Bolsonaro.

Hamilton Mourão - vice-presidente

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, escreveu em seu Twitter "manifesto meus sentimentos às famílias de #RicardoBoechat e do piloto do helicóptero, aos profissionais da Rede Bandeirantes, rádio e televisão, extensivos à classe jornalística, pela triste notícia do acidente que os vitimou. Deus no comando."

Rodrigo Maia - presidente da Câmara dos Deputados

"Recebo com tristeza a informação sobre a morte do jornalista Ricardo Boechat e do piloto do helicóptero que caiu nesta manhã. Boechat foi um dos grandes comunicadores do nosso país e uma referência de bom jornalismo e independência. Minha solidariedade a seus familiares e amigos", disse Maia, por meio da rede social Twitter.

Davi Alcolumbre - presidente do Congresso Nacional

"Foi em estado de consternação e tristeza que recebi a notícia da morte inesperada do jornalista Ricardo Boechat. Era um profissional reconhecido pelo trabalho e senso crítico aguçado revelado nos principais meios de comunicação do país. Envio meu sentimento de solidariedade aos seus colegas de trabalho e à toda sua família. Tenho certeza que os brasileiros lamentam a morte desse argentino que escolheu o Brasil como lar. Fica a saudade e o respeito pelo homem e jornalista que sempre demonstrou ser. Meu apoio fraterno também aos parentes e amigos dos demais ocupantes do helicóptero, que fatalmente caiu em São Paulo", disse na rede social Twitter.

STF

Em nome da Corte, presidente do STF, ministro Dias Toffoli, manifesta pesar pela morte do jornalista Ricardo Boechat, ocorrida nesta segunda-feira, em São Paulo.
"Lamento a morte do jornalista Ricardo Boechat ocorrida nesta segunda-feira (11), em São Paulo. A imprensa e a sociedade brasileira estão em luto pela perda desse excelente profissional que com dinamismo e versatilidade levava a notícia aos públicos mais diversos, seja para quem o lia na coluna da revista Istoé, seja para quem o ouvia na rádio ou o assistia nos telejornais da Band. Presto minhas sinceras condolências à família, aos amigos e às empresas para as quais trabalhou ao longo de quase meio século de jornalismo".

STJ

"Ao longo de quase 50 anos de carreira, o jornalista Ricardo Boechat construiu uma história marcada pelo profissionalismo, pela imparcialidade e pelo cultivo dos valores mais caros ao jornalismo, como a ética e o combate à corrupção. Jornalista multifacetado e premiado, Boechat consolidou seu nome entre os profissionais de imprensa mais respeitados do País. Com profunda tristeza, manifesto condolências aos familiares, amigos e todos os colaboradores do Grupo Bandeirantes", diz a nota, assinada pelo presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), João Otávio de Noronha.

CNI

"A Confederação Nacional da Indústria (CNI) lamenta profundamente o falecimento do jornalista Ricardo Boechat, cujo brilhante trabalho, nos diversos meios de comunicação pelos quais passou, ganharam o respeito e a admiração dos brasileiros. Ao longo de quase 50 anos de vida profissional, Boechat se destacou pela inteligência, pelo amplo conhecimento e pela clareza na transmissão das notícias, especialmente nos campos da política e da economia. O sucesso que teve nos jornais, no início da carreira, foi integralmente transferido para o rádio e a televisão, mídias nas quais passamos a acompanhar, diariamente, seus comentários sempre lúcidos e precisos, feitos de maneira livre, crítica e bem-humorada. Neste momento de pesar, nossos pensamentos se voltam para a família e os amigos de Ricardo Boechat, assim como para todos os funcionários do Grupo Bandeirantes de Comunicação, em especial da Rádio BandNews e da TV Band, na intenção de que encontrem conforto no legado desse jornalista exemplar", diz presidente da confederação, Robson Braga de Andrade.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

Fundo do baú: Você se lembra do Mr. Soul, Express Yourself?



Luís Alberto Alves/Hourpress

No já distante ano de 1975, explodia nos bailes o dançante disco "Mr. Soul" e o samba-rock "Express Yourself". A capa do bolachão de vinil era simplória, mas o conteúdo bem quente. Mate a saudade neste clipe.

https://www.youtube.com/watch?v=6y-il5RQPQc

Geral: APM debate avanços em Medicina do Esporte


Haverá ainda revisão da literatura médica sobre pontos específicos da área


Luís Alberto Alves/Hourpress

Ocorrerá em 21 de fevereiro (quinta-feira), na Associação Paulista de Medicina (APM), reunião de discussão de casos clínicos de Medicina do Esporte. Com a participação de especialistas, residentes e médicos da Escola Paulista de Medicina (EPM), do Hospital do Servidor Público Estadual, da USP e também da SPAMDE, o encontro visa a promover troca de experiências, atualização sobre diagnóstico e tratamento, além de orientar condutas, criando uma uniformidade de assistência.

De acordo com o médico do Exercício e do Esporte, dr. Fernando Bianchini Cardoso, os trabalhos serão mediados por um residente baseados em caso clínico. Haverá ainda revisão da literatura médica sobre pontos específicos da área.

Dr. Fernando ressalta a importância do desenvolvimento profissional continuado para a especialidade, já que a medicina esportiva é relativamente nova e possui programas de residência em fase de consolidação.

As discussões de casos clínicos ocorrem mensalmente, todas as terceiras quintas-feiras.

Variedades: Anny Petti lança o Pop dançante "Parará"


A multiartista já gravou com nomes como Vinicius D´Black em "Jogo Proibido" e "Foreign" na música Encosta

Redação/Hourpress
'Parará' é o tipo de clipe para você assistir, cantar e dançar muito acompanhando a coreografia da cantora que interage o tempo todo com os dançarinos no clipe. Com uma letra fácil de ser decorada e um ritmo latino, Anny Petti mostra toda a sua essência Pop, somada ao toque do Reggaeton deixando o clipe dançante, alegre e com uma dinâmica que contagia. O clipe conta com a direção e fotografia de Mess Santos, um dos mais renomados diretores, que já assinou clipes de grandes nomes da música como Claudia Leite, Anitta, Wesley Safadão, Maiara e Maraisa entre outros. 
O clipe foi gravado em São Paulo, com tomadas em pontos 'turísticos' da cidade como a Avenida Paulista e o Viaduto do Chá e mostra que todos independente de idade, cor, raça, podem dançar o "Parará". Detalhe para o figurino utilizado no clipe, moderno e colorido, trazendo ainda mais alegria e força para a música. 
Anny Petti conquista a cada dia mais espaço na mídia nacional, assim como do público e críticos do segmento. Anny já lançou três singles “Boom”, “Mais Uma” e “Jogo Proibido”, todos com videoclipe e dois EPs, “First” e “Jogo Proibido”, que alavancaram sua carreira musical. Este é o quarto clipe da carreira.
Aos oito anos, junto com sua irmã, convenceram o pai a formar a dupla infantil, Isi & Livi, que durante quase dois anos fez sucesso e percorreram os principais programas de TV da época como Xuxa, Angélica, Mara Maravilha, Jackeline, Raul Gil, Video Show, entre outros. 
Mas conciliar os compromissos da dupla mirim com a vida profissional fez com que o pais decidisse por interromper a carreira das meninas e assim o sonho de estar no meio musical precisou ser adiado por um tempo. A vida de Anny seguiu, com duas faculdades no currículo e experiências profissionais diversas. Nesse meio tempo a música não lhe sai da cabeça e nem dos planos para ser, num futuro próximo, seu único caminho.

Até que Anny se encheu de coragem, juntou sua convicção com o incentivo que teve da família e deciciu abraçar de vez sua vocação: viver de música. Para começar a deixar sua marca no mercado da música, a multiartista lançou "First", seu primeiro EP, acompanhado de um super vídeoclipe do single "Mais Uma". Logo que veio o videoclipe foi lançado no YouTube, Anny não só chamou a atenção do público como também de uma grande gravadora e hoje faz parte do grupo de artistas da Universal Music do Brasil.

Assim nasceu Anny Petti, a cantora e personagem que deu a vida ao sonho e transformou em realidade o que até então eram só planos. 
Confira o clipe "Parará": https://youtu.be/xpp_KESqqz4

Política: Proposta de juristas descriminaliza o uso de drogas para consumo próprio

Conforme anteprojeto elaborado por comissão responsável por modernizar a legislação antidrogas, deixará de ser crime o consumo próprio de até “dez doses” de droga – valor que varia conforme o entorpecente e será definido, caso a caso, pela Anvisa

Luís Alberto Alves/Agência Câmara/Hourpress


comissão de juristas que trabalhou na modernização da Lei de Entorpecentes e do Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas (11.343/06) entregou nesta quinta-feira (7) ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, anteprojeto de lei que estabelece critérios objetivos para separar o usuário do traficante. O texto foca no combate ao tráfico internacional de entorpecentes e ao seu financiamento.
Luis Macedo/Câmara dos Deputados
Entrega do relatório da Comissão de Juristas sobre a Lei de Entorpecentes
Texto foi entregue nesta quinta-feira (7) ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia
Criado em junho do ano passado por Maia, o colegiado percorreu o País para ouvir especialistas de visões diferentes, a fim de oferecer um texto que modernize a legislação antidrogas e auxilie a segurança pública.
Critérios objetivos
A fim de distinguir o usuário do traficante, o anteprojeto descriminaliza o uso de drogas para consumo próprio de até dez doses. Também pune de forma severa o tráfico internacional e o seu financiamento e abranda a pena para o pequeno traficante e os “mulas” – indivíduos que, conscientemente ou não, transportam drogas em seu corpo.

“Procuramos diminuir as subjetividades nas sanções atribuídas a esse tipo de crime, introduzindo a variação da pena de acordo com a quantidade de substância apreendida”, explicou o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Marcelo Navarro Ribeiro Dantas, que presidiu a comissão de juristas. “Além disso, destacamos a atenção aos usuários problemáticos e dependentes de drogas.”
O magistrado também enfatizou que um dos objetivos do anteprojeto é aumentar a repressão ao tráfico.“Vamos fazer grandes apreensões e cortar os canais de financiamento de drogas”, disse Ribeiro Dantas.
Uso pessoal
O relator da proposta, desembargador Ney de Barros Bello Filho, esclareceu que a medida não contempla a liberação, apenas descriminaliza o uso pessoal de uma quantidade de até dez doses, mas sem a legalização e legitimação da venda, do comércio e da produção. Ney Bello acrescentou que, dependendo da droga, cada dose tem um valor específico, e que isso será definido pela Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Audio Player
Relator-geral da Comissão Especial do Novo Código de Processo Penal (CPP) na legislatura anterior, o deputado João Campos (PRB-GO) participou do encontro hoje e afirmou que, apesar de se opor à descriminalização das drogas para o uso pessoal, defende a discussão do tema.
“Sou contra [a descriminalização]. Na reforma da Lei Antidrogas, avançamos quando o uso de drogas foi despenalizado, ou seja, continua sendo crime, mas não tem pena, a sanção é administrativa, de internação, de curso. Já quanto à descriminalização, tenho uma posição conservadora, contrária à medida, mas sigo aberto para o debate, pronto para ouvir", comentou o parlamentar.
Caberá ao presidente Rodrigo Maia definir como a proposta entregue pelos juristas tramitará na Câmara.

Sindical: Dispensa de músicos da Banda Sinfônica de SP deve ser discutida em ações individuais


A extinção da Banda Sinfônica em 2017, após 27 anos de atividade, foi justificada pela necessidade de adaptação ao novo cenário econômico-financeiro do estado


Luís Alberto Alves/Hourpress

A Seção Especializada em Dissídios Coletivos (SDC) do Tribunal Superior do Trabalho extinguiu processo de dissídio coletivo ajuizado pelo Sindicato dos Músicos Profissionais no Estado de São Paulo contra a dispensa coletiva de 60 músicos e do maestro da Banda Sinfônica do Estado de São Paulo, em 2017. De acordo com a SDC, o dissídio coletivo de natureza jurídica não é a via processual adequada para discutir a questão.

Transferência de gestão
Segundo informações existentes no processo, o Estado de São Paulo tinha contrato de gestão celebrado com o Instituto Pensarte, entidade civil sem fins lucrativos com personalidade jurídica de direito privado. Com base em lei estadual (Lei Complementar 846/98), o contrato previa a transferência da responsabilidade da gestão de espaços públicos antes geridos pela Secretaria de Estado da Cultura ao instituto.

A extinção da Banda Sinfônica em 2017, após 27 anos de atividade, foi justificada pela necessidade de adaptação ao novo cenário econômico-financeiro do Estado, diante da crise nacional. Em vez de manter corpo permanente, com apresentações esporádicas, o Estado optou pela contratação por cachê e pela dispensa dos 60 músicos e do maestro, que não foram reaproveitados em outra instituição.

Indenização
O sindicato, então, ajuizou o dissídio coletivo. O Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (SP) entendeu que a dispensa havia sido abusiva, dado seu caráter coletivo e a ausência de negociação prévia. Assim, condenou o Estado e o Instituto Pensare ao pagamento de indenização compensatória equivalente a dois salários mensais para cada músico dispensado.

No recurso ordinário, o Estado de São Paulo sustentou a ausência de previsão legal para a indenização concedida. Argumentou ainda que a Orientação Jurisprudencial 5 da SDC o TST veda o ajuizamento de dissídio de natureza econômica por empregados públicos e que, no caso, os músicos sequer eram seus empregados, tendo em vista o contrato de gestão com o instituto.

O Instituto Pensarte, que também recorreu, afirmou que o ordenamento jurídico não proíbe a dispensa coletiva nem estabelece critérios que a balizem, “por se tratar do poder diretivo do empregador”.

Via inadequada
O relator dos recursos, ministro Ives Gandra Martins Filho, observou que, de acordo com a OJ 5 da SDC do TST, no caso de pessoa jurídica de direito público que mantenha empregados, o dissídio coletivo é cabível exclusivamente para apreciação de cláusulas de natureza social. A OJ 7, em acréscimo, dispõe que o dissídio coletivo de natureza jurídica não se presta à interpretação de normas de caráter genérico.

O ministro complementou sua fundamentação, lembrando que, em julgamento em abril de 2018 (RO-10782-38.2015.5.03.0000), o Pleno do TST concluiu que o dissídio coletivo não é o instrumento processual adequado para tratar da dispensa coletiva de trabalhadores, uma vez que não há pedido de interpretação de normas específicas da categoria.

Outro ponto destacado pelo relator foram as reclamações trabalhistas individuais ajuizadas pelos músicos da Banda Sinfônica nas Varas do Trabalho de São Paulo (SP) para discutir os efeitos da dispensa coletiva e pedir indenizações com os mesmos fundamentos apresentados no dissídio coletivo.

Por unanimidade, com ressalva de entendimento do ministro Mauricio Godinho Delgado, a SDC deu provimento aos recursos para, acolhendo a preliminar de inadequação da via eleita, julgar extinto o processo.

Geral: Escândalo na falência da Boi Gordo


Este mesmo perito contador está requerendo ao Juízo seus honorários pelo trabalho executado


Luís Alberto Alves/Hourpress

Após 17 anos de tramitação, o processo de falência da Fazendas Reunidas Boi Gordo SA, que tramita pela 3ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais do Fórum Central de São Paulo, chega a um impasse ao se constatar que mais de oito mil documentos originais de credores desapareceram. E agora, o síndico e contador que estão cuidando do processo exigem, em conjunto, mais de R$ 30 milhões  como honorários.

 A Associação ALBG contesta e exige providências da Corregedoria do Tribunal de Justiça de São Paulo.

Ao se aproximar de sua fase final, o processo falimentar da Fazendas Reunidas Boi Gordo S/A chega a um impasse porque desapareceram do cartório mais de oito mil documentos originais dos credores. Documentos estes correspondentes a procurações, contratos, e informações de vários credores, todos em seus respectivos originais.

Agora, estes documentos, absurdamente, estão sendo exigidos pelo Juízo, que determinou anteriormente fossem eles digitalizados pelos próprios advogados e remetidos ao síndico para início do pagamento dos credores.

Conclusão: essa determinação é impossível de ser cumprida, visto que todos os documentos originais foram extraviados por eles mesmos. Ao que consta, os papeis foram extraviador pelo perito contador, que os retirou do cartório e não os devolveu.

Para agravar ainda mais o panorama, este mesmo perito contador está requerendo ao Juízo seus honorários pelo trabalho executado, que fixou em R$ 4.311.250,00.

Acompanhando esse absurdo, o síndico reivindica como honorários... R$ 27.428.854,25 !!! , quatro vezes e meia mais do que a princípio de dispôs a receber. E o pior: estes valores sem propósito foram ostensivamente apoiados pelo promotor de Justiça.

“Isso é um absurdo total, por ser imoral, antiético e inadmissível diante da precariedade de recursos da massa”, alega a Associação dos Lesados Pela Boi Gordo- ALBG, que congrega mais de oito mil credores, e contestou energicamente esta pretensão diante do Juízo e da Corregedoria do Tribunal de Justiça de São Paulo.

“ Estamos aguardando providências urgentes e que se faça justiça aos milhares de credores que estão aguardando há 17 anos um processo que parece não ter mais fim. Agora agravado com estes fatos novos que são absurdos, inacreditáveis. Pedimos que a Justiça libere os créditos aos seus donos, que puna os responsáveis pelo extravio dos documentos e que reveja esses honorários exorbitantes,” argumentou José Luiz Garcia, presidente da ALBG.