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quarta-feira, 29 de julho de 2015

Geral: Produção de lixo aumentou 29% em mais de 10 anos



O percentual equivale a cinco vezes a taxa de crescimento populacional no período, de 6%


Luís Alberto Alves


 Pesquisa da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais revelou que a geração de lixo no Brasil aumentou 29% de 2003 a 2014. O percentual equivale a cinco vezes a taxa de crescimento populacional no período, que foi 6%. Porém, no ano passado, menos de 60% do total de lixo produzido foram direcionados a aterros sanitários. Mais de 40% das 78,6 milhões de toneladas de resíduos sólidos gerados no País em 2014 foram despejados em lixões e aterros, um risco ao meio ambiente e à saúde. Por dia, o brasileiro gera mais de um quilo (1,062 kg) de lixo.

 O estudo é o primeiro a mostrar a situação da gestão dos resíduos após a vigência da Política Nacional de Resíduos Sólidos, em 2010. Desde o dia 2 de agosto do ano passado passou a valer a Lei 12305. A medida define as responsabilidades de produção e descarte de rejeitos, entre outras normas. Segundo o artigo 54 da lei, a partir dessa data os resíduos nos municípios teriam que ser descartados de forma adequada a não causar danos ao meio ambiente. Os lixões não poderiam mais receber os rejeitos, que deveriam ser encaminhados a aterros sanitários onde deixariam de contaminar o ar, o solo ou a água, e receber o tratamento adequado.

 “Apesar da lei, pouco se avançou no Brasil em relação ao descarte correto dos resíduos sólidos. Em 2012 os municípios deveriam, segundo o artigo 55 da lei, ter entregado aos estados os planos de gestão integrada dos resíduos sólidos, com o mapeamento dos rejeitos produzidos, os riscos e os destinos dos mesmos. A localidade que não cumprisse a determinação perderia verbas provenientes da União, porém o que se sabe é que nem todos atenderam a essa exigência. A preocupação com o meio ambiente deveria ser mais consciente, partindo de cada cidadão, que tem responsabilidade com o lixo que gera e o que acontece com ele”, afirmou o presidente da Comissão de Gestão Ambiental do Centro Universitário de Brasília - UniCEUB, Carlos Alberto Júnior.

 No Distrito Federal, por exemplo, onde são produzidas cerca de 70 mil toneladas de rejeitos por mês, o lixão da Estrutural é o lugar que recebe todo tipo de resíduo sólido. O depósito a céu aberto é local de emissão de gases tóxicos, e do líquido proveniente do lixo chamado chorume, capaz de contaminar o solo e a água de lenções subterrâneos. Com o fechamento do lixão, rejeitos perigosos para o meio ambiente, os chamados ‘especiais’, como pilhas, lâmpadas fluorescentes, baterias, graxa e óleos, deverão ser encaminhados ao aterro sanitário de Samambaia. Contudo, o novo espaço para o descarte dos resíduos ainda não tem previsão de abertura.

 “Os aterros diferem dos lixões por serem áreas próprias para o descarte dos rejeitos, separados de acordo com os riscos, com o solo impermeabilizado, e espaço para o tratamento do chorume. Porém, somente os aterros sanitários não são suficientes para resolver o problema do lixo. Alternativas como a reciclagem devem ser buscadas para o destino final de certos materiais. Com a desativação do lixão da Estrutural, é necessário que haja um tratamento de descontaminação da área que há anos recebeu resíduos sem controle. Se isso não acontecer um grave desastre ambiental estará na iminência de ocorrer no local do lixão”, alertou o professor do UniCEUB.

Economia: Segmento de suplementos alimentares dribla crise e crescerá 14% em 2015







A projeção é da Abenutri, mas o mercado pode ser mais bem trabalhado

Redação

 O mercado de suplementação alimentar e esportiva crescerá cerca de 14% em 2015. Esta é a projeção da Abenutri – Associação Brasileira de Empresas de Produtos Nutricionais, que afirma que, nos Estados Unidos, o crescimento será de 5% ao ano. Para o presidente da entidade, Marcelo Bella, os números do setor (veja abaixo) mostram que o mercado ainda pode ser bem trabalhado.

 Apostando neste crescimento, a Dr. Shape é uma franqueadora que soma 45 lojas implantadas ou em fase de implantação. Essa franqueadora desenvolveu três formatos de negócios, disponíveis para todo o Brasil. “De acordo com as características da região em que pretende atuar e a disponibilidade financeira para o investimento, o investidor pode escolher um dos modelos, que são Dr.Shape Express;  Dr.Shape Monster ou Dr. Shape Viva na Medida. Certamente, todas elas têm um excelente retorno de investimento e oferecem ao investidor a capacidade de crescimento”, afirmou Roberto Kalaes, sócio-franqueador.

 A Dr. Shape Express é uma loja compacta, com área de implantação de 50m² a 80m², que oferece as principais marcas de suplementos alimentares nacionais e importadas, vestuário fitness e para treino, artigos ortopédicos, artigos para natação, acessórios e equipamentos funcionais, entre outros produtos. O investimento inicial é de R$ 150 mil a R$ 180 mil, dependendo do tamanho da loja.

 Já o modelo Dr. Shape Monster, cujo investimento inicial é a partir de R$ 200 mil, exige uma área a partir de 150m². “Além dos itens comercializados no Express, oferece um mix maior de produtos, incluindo equipamentos e acessórios para musculaçãoe a maior linha “fight’ do mercado”, completou Kalaes.

 O modelo “Viva na Medida” é um conceito diferenciado e inovador. “Trata-se de uma megastore que mescla o modelo de loja Monster com um espaço para convivência e alimentação saudável no formado de food service. São lojas grandes, que ocupam uma área a partir de 150m² e exigem investimento inicial de R$ 250 mil”, diz Felipe Kalaes, também sócio-franqueador.

 A Dr. Shape trabalha com mais de 60 fornecedores homologados e 7 mil itens. São produtos nacionais e importados que atendem às mais variadas necessidades de pessoas de todas as classes sociais e idades.

 Ela  acompanha o crescimento deste mercado pouco explorado e em franco crescimento, pretende abrir novas lojas em todo o Brasil, em cidades com mais de 80 mil habitantes, especialmente no interior de São Paulo e nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

                                          Números do setor

 Segundo dados da IHRSA Global Report 2014, o Brasil conta com 30 mil academias que têm, em média, 254 clientes por unidade. O faturamento anual chega a US$ 2 milhões e cerca de 4% da população brasileira é adepta a esta prática. Trata-se de um mercado que cresce ano a ano, especialmente em cidades menores e em bairros mais afastados do centro, no caso das capitais.

 Paralelamente, a necessidade de se nutrir corretamente é uma realidade não só para os esportistas e praticantes de atividade física, mas também para quem deseja suplementar a alimentação. Assim, o mercado de nutrição esportiva cresce no Brasil, desde 2010, uma média de 23% ao ano. Segundo Marcelo Bella, da Abenutri, trata-se de um resultado mais significativo do que o dos Estados Unidos, país mais próspero do ramo, que cresce 5% ao ano.

 Ele afirma que o potencial do mercado brasileiro é imenso porque, atualmente, o faturamento da área é de US$ 320 milhões ao ano, com 2,5 milhões de consumidores. São 250 marcas pertencentes a 100 empresas, sendo 60% nacionais e 40% internacionais, que têm seus produtos vendidos em 11 mil pontos de venda, que variam entre lojas especializadas e farmácias.

 Em comparação, os Estados Unidos têm um mercado que fatura US$ 4 bilhões ao ano com mais de 2 mil marcas revendidas em 100 mil pontos de venda. Em termos de consumidores, são 50 milhões de interessados em nutrição esportiva. Quanto aos canais de vendas, o mercado hoje tem cerca de 20% das compras feitas pela internet, 50% nas lojas físicas especializadas e 30% em farmácias.

 Para o mercado de sportsnutrition, os produtos à base de proteína são os campeões de venda, com 65%. Em seguida vêm os aminoácidos e energéticos com 15% cada um; e hipercalóricos com 5%. Em relação ao perfil do consumidor, 80% são jovens entre 15 e 30 anos. São 80% de homens e 20% de mulheres das classes de A a D.

Política: Projeto exige a contratação de presidiários ou ex-detentos para obras em prisões



Detentos trabalhando na construção do Estádio Nacional de Brasília, antes da Copa do Mundo de 2014


Luís Alberto Alves

 Tramita na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei 35/15, do deputado Sergio Vidigal (PDT-ES), que possibilita à administração pública exigir que a empresa vencedora da licitação contrate presidiários ou ex-detentos para a execução do contrato em editais referentes a obras ou serviços em estabelecimentos prisionais.

 A proposta altera a Lei das Licitações (Lei 8.666/93). Pelo projeto, nos casos em que houver essa exigência, o edital da licitação deverá prever o quantitativo, os termos e as condições para a contratação dessas pessoas.
Atualmente, essa lei não prevê normas para o emprego de pessoas específicas em obras ou serviços em prisões.
                                                        Ressocialização
O conteúdo do texto já havia sido apresentado à Casa anteriormente pela ex-deputada federal Sueli Vidigal (PDT), por meio do Projeto de Lei 6808/10, mas foi arquivado ao final da legislatura. Sérgio Vidigal considera que o projeto continua "oportuno e atual".

 Para a ex-deputada, o governo federal, ao formular e concretizar as políticas públicas penitenciárias, deve empreender melhorias e adequações na prestação dos serviços, além de buscar alternativas coerentes com a Constituição.
 Dessa forma, “é fundamental o trabalho para o presidiário e para o egresso, como forma de garantir seus direitos fundamentais à ressocialização”, argumentou. Caso o projeto seja aprovado, não se aplicará as licitações cujos editais já tenham sido publicados.
                                                        Tramitação
A proposta foi apensada ao PL 4014/12. Ambas serão analisadas, em caráter conclusivo pelas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado; de Finanças e Tributação (inclusive quanto ao mérito); e Constituição e Justiça e de Cidadania.

Política: Comissão aprova obrigar SUS a fornecer sangue e remédios a pacientes







Luís Alberto Alves

 A Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara aprovou, no último dia 15, o Projeto de Lei 6718/09, do Senado, que garante a todos os pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde) a disponibilização de sangue, componentes, hemoderivados, medicamentos e demais recursos necessários ao diagnóstico, à prevenção e ao tratamento de suas doenças.

 A proposta altera a Lei 10.205/01, que regulamenta a coleta, o processamento e a distribuição do sangue, seus componentes e derivados. O trecho da lei que recebe nova redação diz que a Política Nacional de Sangue rege-se pelos princípios de universalização do atendimento à população.

 Relator na comissão, o deputado Marcus Pestana (PSDB-MG) defendeu a aprovação do projeto. “Para garantir aos pacientes do SUS o fornecimento de medicamentos hemoderivados ou produzidos por biotecnologia, esperando assegurar a necessária priorização de recursos, para viabilizar o direito dos pacientes à assistência terapêutica integral, inclusive farmacêutica”, afirmou.

 A intenção original do autor, senador Marconi Perillo (PSDB-GO), era assegurar meios para o tratamento dos pacientes portadores de coagulopatias congênitas (hemofilias), mas a proposta foi alterada durante a tramitação no Senado e estendida para todos os pacientes do SUS.
                                                 Tramitação
O projeto, que tramita de forma conclusiva, segue agora para análise da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.