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quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

Variedades: Receita de Coxinha de carne louca especial




Redação/Hourpress
Ingredientes
Recheio
  • 1 kg de lagarto em cubos grandes
  • 1 folha de louro grosseiramente picada
  • 2 dentes de alho picados
  • ½ colher (chá) de cominho moído
  • Sal
  • 4 tomates maduros em cubos grandes
  • 4 colheres (sopa) de azeite
  • 1 cebola grande em cubos pequenos
  • 1 pimentão vermelho em cubos pequenos
  • 1 pimentão amarelo em cubos pequenos
  • 4 colheres (sopa) de vinagre
  • ½ lata de extrato de tomate (70 g)
  • Pimenta-do-reino
Massa
  • 3 batatas médias (500 g)
  • 150 g de manteiga com sal Tirolez
  • 5 xícaras (chá) de farinha de trigo
  • 1 colher (sopa) de sal
Montagem
  • 1 sachê de requeijão Cremoso Tirolez (250 g)
  • 5 claras de ovo
  • 3 xícaras (chá) de farinha de rosca
  • Óleo para fritar
Modo de preparo
  • Comece pelo recheio: tempere o lagarto com o louro, o alho, o cominho e o sal.
  • Acrescente os tomates, 3 colheres (sopa) do azeite e 4 xícaras (chá) de água (800 ml).
  • Cozinhe na panela de pressão, em fogo médio, por 40 minutos contados a partir do início da pressão.
  • Refogue a cebola e os pimentões no restante do azeite.
  • Quando a panela de pressão já estiver fria, abra-a com cuidado e misture a cebola, os pimentões, o vinagre e o extrato de tomate à carne.
  • Se o caldo tiver secado, adicione de 1 a 2 xícaras (chá) de água (400 ml) e deixe cozinhar por mais vinte minutos.
  • Acerte o tempero com sal e pimenta-do-reino.
  • Reserve para que esfrie.
  • Enquanto o recheio esfria, prepare a massa: lave bem as batatas e cozinhe-as em 4 litros de água temperada com sal, até que, espetando um garfo, elas estejam macias.
  • Retire as batatas e reserve a água quente.
  • Esprema as batatas com um espremedor, fazendo um purê.
  • Em outra panela, coloque o purê, 5 xícaras (chá) da água quente do cozimento (caso haja pouca água, complete com água fria) e a manteiga.
  • Mexa constantemente e, quando ferver, coloque a farinha de uma só vez.
  • Mexa vigorosamente até formar uma massa lisa e homogênea que desgrude do fundo e das laterais da panela.
  • Retire do fogo e despeje sobre uma superfície limpa e seca.
  • Deixe amornar e sove até que esfrie completamente.
Monte as coxinhas
  • Porcione a massa em 65 bolinhas (cerca de 30 g cada).
  • Modele as bolinhas e abra-as com os dedos, formando copinhos (posicione o dedo indicador no centro de cada bolinha e pressione levemente, girando-a).
  • Repita o processo com todas as porções e recheie com a carne louca, pressionando delicadamente o recheio contra as “paredes” da coxinha, para deixar um espaço no centro para o requeijão.
  • Finalize com o requeijão ainda gelado, fazendo um corte pequeno em uma das pontas da embalagem e pressionando-a para preencher a cavidade.
  • Una as bordas das coxinhas, fazendo o acabamento no formato de um bico.
  • Passe-as nas claras e, em seguida, na farinha de rosca.
  • Aqueça o óleo e frite as coxinhas aos poucos, até que estejam douradas.
  • Retire-as com uma escumadeira e deixe escorrerem em um prato forrado com papel-toalha.
  • Sirva a seguir, ainda quentes.

Fundo do baú: Ouça a bela melodia "Seasons for girls" da banda The Trammps


No meu blog blackmusicworld tem a história completa deste grupo musical


Luís Alberto Alves/Hourpress

Corria o ano de 1977 e nos bailes, já de madrugada, a nitroglicerina da banda The Trammps, "Girls for Seasons" era a senha para ninguém voltar sozinho para casa. Com mais de 6 minutos, só não ganhava ninguém o homem ou mulher ruim de conversa. Mate a saudade da época da Black Music de qualidade. No meu blog blackmusicworld tem a história completa deste grupo musical.


https://www.youtube.com/watch?v=YL95AgVVpWM

Variedades: Titãs e Alok se unem para nova versão de Epitáfio


Está disponível hoje,28, em todas as plataformas digitais, uma nova versão remix de “Epitáfio”, um dos maiores hits dos Titãs, feita por Alok

 Luís Alberto Alves/Hourpress

Com uma bela mensagem para reflexão neste final de ano, a música foi gravada com a participação dos Titãs, especialmente para um quadro do programa Caldeirão do Huck, especial de final de ano, que vai ao ar amanhã, dia 29. Todos os direitos, tanto artísticos quanto autorais serão doados para a ONG Instituto Anelo, que trabalha a cidadania através da música.

 “Foi incrível ter participado de um projeto como esse. Ainda mais sabendo que é em prol de uma causa tão nobre”, conta Sergio Britto. “Foi um encontro instigante, divertido e mostrou mais uma vez que a música não tem limites”, completa Branco Mello.

Já Tony Belloto falou sobre o encontro: “Unir a tradição titânica à modernidade do Alok, sob a sensibilidade do Luciano (Huck), em prol do talento e da generosidade do Luccas e do pessoal da Anelo, num projeto divertido e criativo, comprova mais uma vez que só a educação pode transformar o Brasil”, reflete o guitarrista. Luccas Soares é o criador da Anelo e ensina música para as crianças da comunidade onde nasceu.

“Titãs foi sempre uma referência musical tanto pra mim quanto para os meus pais e trabalhar em algo com eles certamente faz parte da realização de um sonho que vivo agora. A singularidade de “Epitáfio” torna o sentimento envolvido ainda mais forte, uma música atemporal, repleta de nostalgia e poesia enraizada na vida de todo brasileiro. E nada poderia ser tão bom em prol de uma boa causa que esse combo de competência, profissionalismo e talento em união! Agradeço ao Luciano por proporcionar isso e a atenção e receptividade de todos os integrantes do grupo. Muito, muito obrigado por me proporcionarem tamanha satisfação e realização profissional e pessoal gerando um impacto direto num projeto social tão bonito!, completa Alok.

A gravação, feita no estúdio Mosh, em São Paulo, teve produção musical de Alok, Bhaskar e Adriano Machado.

Sindical: Metalúrgicos de SP completam 86 anos de luta



Vivemos momentos difíceis, com crise, reformas que destroem conquistas históricas


Redação/Hourpress

Neste 27 de dezembro de 2018, o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes completa 86 anos de existência.

São 86 anos de lutas e conquistas: desde quando a entidade foi fundada, com pioneirismo, sacrifícios e muita dedicação, até os dias atuais de resistência aos ataques ao movimento sindical e aos direitos trabalhistas, sociais e previdenciários da classe trabalhadora.

Parabéns para todas as diretorias do Sindicato, desde 1932 até a diretoria atual, na qual fazemos parte, com total respeito a esta tradição histórica de lutas e conquistas.

Vamos nesta data saudar os companheiros que lideraram as primeiras ações, os que posteriormente também  enfrentaram enormes desafios, os que resistiram nos períodos de autoritarismo e perseguição e os que, já no período de redemocratização, conseguiram importantes avanços, direitos e benefícios para a categoria metalúrgica, que serviram de exemplo e também alavancaram conquistas para as demais categorias.

Vivemos momentos difíceis, com crise, reformas que destroem conquistas históricas, desemprego e governos alheios aos reais interesses da classe trabalhadora e fechados ao diálogo social.

O nosso Sindicato, porém, continuará resistindo, organizando os metalúrgicos nas portas de fábrica e nos locais de trabalho, em assembleias, greves e manifestações, defendendo as conquistas das Convenções Coletivas e evitando que as "reformas" nefastas e impopulares prejudiquem a categoria.

Temos muitos desafios e muitas ações em andamento, em busca de mais sócios, mais benefícios e conquistas, e pela preservação da estrutura de lutas e do patrimônio do Sindicato, que foi construído ao longo dos anos com muito suor, esforço coletivo e estratégia de lutas.

Tudo isto para garantir à Família Metalúrgica a existência de um Sindicato forte, histórico, atuante, progressista e de conquistas. Vamos, juntos, celebrar os 86 anos do Sindicato e nos fortalecer cada vez mais perante os desafios atuais e dos próximos anos.

Parabéns! Viva o nosso Sindicato! Viva a categoria metalúrgica e a classe trabalhadora!

Presidente Miguel Torres, Diretoria e Equipes

Política: Brasil, um país do passado


O pior é que bem que poderia ser


Philipp Lichterbeck

No Brasil, está na moda um anti-intelectualismo que lembra a Inquisição. Seus representantes preferem Silas Malafaia a Immanuel Kant. Os ataques miram o próprio esclarecimento, escreve o colunista Philipp Lichterbeck.


É sabido que viajar educa o indivíduo, fazendo com que alguém contemple algo de perspectivas diferentes. Quem deixa o Brasil nos dias de hoje deve se preocupar. O país está caminhando rumo ao passado.

No Brasil, pode ser que isso seja algo menos perceptível, porque as pessoas estão expostas ao moinho cotidiano de informações. Mas, de fora, estas formam um mosaico assustador. Atualmente, estou em viagem pelo Caribe – e o Brasil que se vê a partir daqui é de dar medo.

Na história, já houve momentos frequentes de regresso. Jared Diamond os descreve bem em seu livro Colapso: Como as sociedades escolhem o fracasso ou o sucesso. Motivos que contribuem para o fracasso são, entre outros, destruição do meio ambiente, negação de fatos, fanatismo religioso. Assim como nos tempos da Inquisição, quando o conhecimento em si já era suficiente para tornar alguém suspeito de blasfêmia.

No Brasil atual, não se grita "herege!", mas "comunismo!". É a acusação com a qual se demoniza a ciência e o progresso social. A emancipação de minorias e grupos menos favorecidos: comunismo! A liberdade artística: comunismo! Direitos humanos: comunismo! Justiça social: comunismo! Educação sexual: comunismo! O pensamento crítico em si: comunismo!

Tudo isso são conquistas que não são questionadas em sociedades progressistas. O Brasil de hoje não as quer mais. 

Porém, a própria acusação de comunismo é um anacronismo. Como se hoje houvesse um forte movimento comunista no Brasil. Mas não se trata disso. O novo brasileiro não deve mais questionar, ele precisa obedecer: "Brasil acima de tudo, Deus acima de todos". 
Está na moda um anti-intelectualismo horrendo, "alimentado pela falsa noção de que a democracia significa que a minha ignorância é tão boa quanto o seu conhecimento", segundo dizia o escritor Isaac Asimov. Ouvi uma anedota de um pai brasileiro que tirou o filho da escola porque não queria que ele aprendesse sobre o cubismo. O pai alegou que o filho não precisa saber nada sobre Cuba, que isso era doutrinação marxista. Não sei se a historia é verdade. O pior é que bem que poderia ser.

A essência da ciência é o discernimento. Mas os novos inquisidores amam vídeos com títulos como "Feliciano destrói argumentos e bancada LGBT". Destruir, acabar, detonar, desmoralizar – são seus conceitos fundamentais. E, para que ninguém se engane, o ataque vale para o próprio esclarecimento.

Os inquisidores não querem mais Immanuel Kant, querem Silas Malafaia. Não querem mais Paulo Freire, querem Alexandre Frota. Não querem mais Jean-Jacques Rousseau, querem Olavo de Carvalho. Não querem Chico Mendes, querem a "musa do veneno" (imagino que seja para ingerir ainda mais agrotóxicos). 

Dá para imaginar para onde vai uma sociedade que tem esse tipo de fanático como exemplo: para o nada. Os sinais de alerta estão acesos em toda parte.

O desmatamento da Floresta Amazônica teve neste ano o seu maior aumento em uma década: 8 mil quilômetros quadrados foram destruídos entre 2017 e 2018. Mas consórcios de mineradoras e o agronegócio pressionam por uma maior abertura da floresta.

Jair Bolsonaro quer realizar seus desejos. O próximo presidente não acredita que a seca crescente no Sudeste do Brasil poderia ter algo a ver com a ausência de formação de nuvens sobre as áreas desmatadas. E ele não acredita nas mudanças climáticas. Para ele, ambientalistas são subversivos.

Existe um consenso entre os cientistas conhecedores do assunto no mundo inteiro: dizem que a Terra está se aquecendo drasticamente por causa das emissões de dióxido de carbono do ser humano e que isso terá consequências catastróficas. Mas Bolsonaro, igual a Trump, prefere não ouvi-los. Prefere ignorar o problema.

Para o próximo ministro brasileiro do Exterior, Ernesto Araújo, o aquecimento global é até um complô marxista internacional. Ele age como se tivesse alguma noção de pesquisas sobre o clima. É exatamente esse o problema: a ignorância no Brasil de hoje conta mais do que o conhecimento. O Brasil prefere acreditar num diplomata de terceira categoria do que no Instituto Potsdam de Pesquisa sobre o Impacto Climático, que estuda seriamente o tema há trinta anos.

Araújo, aliás, também diz que o sexo entre heterossexuais ou comer carne vermelha são comportamentos que estão sendo "criminalizados". Ele fala sério. Ao mesmo tempo, o Tinder bomba no Brasil. E, segundo o IBGE, há 220 milhões de cabeças de gado nos pastos do país. Mas não importa. O extremista Araújo não se interessa por fatos, mas pela disseminação de crenças. Para Jared Diamond, isso é um comportamento caraterístico de sociedades que fracassam. 

Obviamente, está claríssimo que a restrição do pensamento começa na escola. Por isso, os novos inquisidores se concentram especialmente nela. A "Escola Sem Partido" tenta fazer exatamente isso. Leandro Karnal, uma das cabeças mais inteligentes do Brasil, com razão descreve a ideia como "asneira sem tamanho".

A Escola Sem Partido foi idealizada por pessoas sem noção de pedagogia, formação e educação. Eles querem reprimir o conhecimento e a discussão. 

Karl Marx é ensinado em qualquer faculdade de economia séria do mundo, porque ele foi um dos primeiros a descrever o funcionamento do capitalismo. E o fez de uma forma genial. Mas os novos inquisidores do Brasil não querem Marx. Acham que o contato com a obra dele transformaria qualquer estudante em marxista convicto. Acreditam que o próprio saber é nocivo – igual aos inquisidores. E, como bons inquisidores, exortam à denúncia de mestres e professores.
A obra 1984, de George Orwell, está se tornando realidade no Brasil em 2018.

É possível estender longamente a lista com exemplos do regresso do país: a influência cada vez maior das igrejas evangélicas, que fazem negócios com a credulidade e a esperança de pessoas pobres. A demonização das artes (exposições nunca abrem por medo dos extremistas, e artistas como Wagner Schwartz são ameaçados de morte por uma performance que foi um sucesso na Europa). Há uma negação paranoica de modelos alternativos de família. Existe a tentativa de reescrever a história e transformar torturadores em heróis. Há a tentativa de introduzir o criacionismo. Tomás de Torquemada em vez de Charles Darwin.

E, como se fosse uma sátira, no Brasil de 2018 há a homenagem a um pseudocientista na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, que defende a teoria de que a Terra seria plana, ou "convexa", e não redonda. A moção de congratulação concedida ao pesquisador foi proposta pelo presidente da AL e aprovada por unanimidade pelos parlamentares.

Brasil, um país do passado. 

* Philipp Lichterbeck queria abrir um novo capítulo em sua vida quando se mudou de Berlim para o Rio, em 2012. Desde então, ele colabora com reportagens sobre o Brasil e demais países da América Latina para os jornais Tagesspiegel (Berlim), Wochenzeitung (Zurique) e Wiener Zeitung. Siga-o no Twitter em @Lichterbeck_Rio.
    

Chumbo Quente: História mal contada do motorista Queiroz




Do contrário teremos outra lavanderia de dinheiro em funcionamento


*Luís Alberto Alves

Só bobo para crer na história contada pelo ex-assessor e motorista, do deputado estadual Flavio Bolsonaro (PSL), Fabricio Queiroz. cuja conta corrente passou R$ 1,2 milhão. Na entrevista ao SBT, ele disse ganhar esta quantia na revenda de automóveis. Com esta crise? Só grandes concessionárias conseguem essa proeza.
Luís Alberto Alves

Não sou juiz, mas Fabricio Queiroz mente e muito. Invertam os papeis! Qual a atitude da Justiça, caso este motorista estivesse a serviço do ex-presidente Lula? Provavelmente a Polícia Federal já o teria colocado atrás das grades! Porém, não é do PT, é do PSL, partido do novo presidente da República.  Recebe o salvo conduto do todo-poderoso Sergio Moro. Bandidos só existem no Partido dos Trabalhadores!

Esse episódio me lembra de uma batida policial num bar perto da casa onde morei na minha infância. Havia no bairro um sujeito brigão. Batia em quem estivesse pela frente. Mas a polícia o encontrou bebendo cachaça no boteco. Ao revistá-lo, os Pms encontraram uma enorme faca na sua cintura. Ele justificou que era para cortar fumo de corda!!!  Acabou preso na hora.

O governo ou desgoverno de Jair Bolsonaro (PSL) começa mal, se o motorista Fabricio Queiroz não explicar à Justiça a procedência dos R$ 1,2 milhão. Falar que ganhou esse dinheiro vendendo carros é conto de fadas. Precisa trazer a verdade. Do contrário teremos outra lavanderia de dinheiro em funcionamento, desta vez na família do próximo presidente da República.

*Luís Alberto Alves é diretor de redação do hourpress.com. br e jornalista há mais de 30 anos. Trabalhou nos principais veículos de comunicação de SP. É expert em Política Internacional, Segurança Pública, Economia, Música, Veículos, Gospel Music, Sindicalismo e Meio Ambiente. É grande estudioso de Black Music, arranjador e músico de formação clássica.



Política: Sindicato dos Jornalistas pede garantias a liberdade de imprensa e segurança dos jornalistas



Se submeter a detectores de metais ou máquinas de raio-x, na entrada de prédios públicos


Redação/Hourpress

A cinco dias da posse presidencial o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal (SJPDF) foi surpreendido por reclamações de colegas sobre a cobertura do evento. De acordo com informações da assessoria de imprensa da equipe de transição de governo, as restrições ao público também serão aplicadas aos profissionais de imprensa escalados para trabalhar na cobertura. Entre elas, a proibição de carregar mochilas e máscaras, e de circular entre os prédios do Congresso Nacional e do Palácio do Planalto.

Jornalistas necessitam de equipamentos como notebooks, carregadores, telefones celulares, bloco de anotações, canetas e, em casos mais específicos, microfones, fones de ouvido e câmeras fotográficas ou filmadoras. Diariamente esses materiais são levados em mochilas e não existe informação sobre recusa dos colegas em se submeter a detectores de metais ou máquinas de raio-x, na entrada de prédios públicos.

Sobre máscaras para gás, capacete e coletes à prova de balas, esses são alguns equipamento de proteção individual (EPIs). Desde 2014, o Ministério Público do Trabalho recomenda o uso de EPIs por jornalistas, para evitar acidentes como o que vitimou o repórter cinematográfico Santiago Andrade. É preocupante que um evento que espera receber meio milhão de pessoas insista em descumprir uma recomendação do Ministério Público e expor profissionais a riscos desnecessários.

Outro ponto que não é novidade é que a cerimônia de posse ocorre, em diferentes momentos, em diferentes pontos da Esplanada dos Ministérios e da Praça dos Três Poderes. Pela primeira vez, os jornalistas credenciados não poderão transitar entre o Palácio do Planalto e o Congresso Nacional, num ato claro que limita a livre atuação da imprensa. A justificativa da assessoria de imprensa é que "antigamente podia", mas  "antigamente era antigamente".

O SJPDF apela para o bom senso e pede que a equipe envolvida na organização valorize o momento da posse - a exemplo do que ocorria "antigamente" - como a consagração da democracia, em que o povo escolheu, por meio do voto, o governante que ficará no poder até 2022. E, como toda democracia, precisa garantir o direito ao livre exercício da imprensa e a segurança dos jornalistas e radialistas envolvidos na cobertura.

Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal