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quarta-feira, 27 de abril de 2016

Túnel do Tempo: Apolo 16 pousa no Pacífico



Luís Alberto Alves

Recorde: Em 27 de abril de 1972, a nave Apolo 16 pousa no Pacífico depois de cumprir uma permanência recorde de mais de 71 horas na Lua.

Radiografia de Sampa: Rua São Vicente



Luís Alberto Alves

Cidade paulista. A vila de São Vicente foi fundada por Martim Afonso de Souza, em 1532. Sua povoação é a mais antiga do Brasil. Foi cabeça da Capitania do mesmo nome até 22 de março de 1681, data em que esse privilégio passou para a Vila de São Paulo. A Rua São Vicente (foto) fica no bairro do Bixiga, Centro.

Geral: Você sabe o que é Prolapso genital?




* Dra. Lilian Fiorelli 

A cada década de vida, dobra a chance de a mulher apresentar o prolapso genital,  11% delas deverão precisar de cirurgia até os 70 anos

Popularmente conhecido como “bexiga caída” ou “útero caído”, o prolapso genital é caracterizado pela queda de um ou mais órgãos pélvicos pela vagina como útero, bexiga, reto, intestino delgado ou uretra e também pode estar associado a rotura perineal - conhecida como “vagina larga”. Isto pode ocorrer por enfraquecimento ou lesão dos músculos pélvicos, fáscias - estrutura que reveste a vagina -, ligamentos ou até fratura dos ossos da bacia.
“Além de provocar desconforto na região genital e em baixo ventre, o prolapso genital pode proporcionar dificuldade para evacuar, para urinar, impressão de saliência na vagina e pode estar associado à perda de urina e de fezes. Em casos mais avançados, há uma sensação de grande bola saindo pela vagina. Essa bola, na verdade, é a parede da vagina caindo”, explica Lilian Fiorelli, ginecologista da Alira Medicina Clínica. Por causa destes sintomas muitas mulheres sentem vergonha de conversar com familiares e amigos sobre o que está acontecendo com elas ou mesmo procurarem um médico para fazer o tratamento adequado.
A queda da parede da vagina, entretanto, é mais comum do que se pensa. Até os 44 anos de idade, em média, 7% das mulheres já tiveram prolapso genital, após a menopausa este número pode chegar a 30%, o ápice de incidência da doença ocorre entre 60 e 69 anos. Estudos recentes apontam que, a cada década de vida, dobra a chance de a mulher apresentar o prolapso genital, sendo que 11% delas deverão precisar de tratamento cirúrgico até os 70 anos. Com o aumento da expectativa de vida, aparecem cada vez mais casos de prolapso genital.
A doença ainda atinge duas em cada 10 mulheres, causando problemas na vida sexual e piora considerável da qualidade de vida, como por exemplo dificuldade e dor genital ao sentar e desconforto genital ao andar. “Muitas mulheres se excluem de qualquer tipo de contatos e eventos sociais, o que, por vezes, leva muitas delas à depressão”, afirma a ginecologista. “Além disso, por causa dos sintomas, pode haver diminuição do desejo sexual já que a mulher fica com medo e se sente desconfortável em manter a intimidade com o parceiro, principalmente se houver incontinência urinaria ou fecal associada”, diz.
A causa para o surgimento da doença é multifatorial, ou seja, diversos fatores podem contribuir para o desenvolvimento como idade, histórico familiar, obesidade, paridade, tipos de partos e macrossomia fetal (excesso de peso do recém-nascido), ou outras doenças que aumentem a pressão abdominal, como tosse crônica e tumores abdominopélvicos.
O tratamento varia de acordo com a intensidade de cada caso. “Nos prolapsos mais leves são indicados exercícios para a região pélvica; nos avançados, cirurgia. O importante é saber que a bexiga ou útero caído é muito comum e, o principal, que tem cura”, finaliza Lilian. No caso da mulher ter algum sintoma ou incômodo a indicação é sempre procurar um especialista.
* Dra. Lilian Fiorelli é ginecologista e obstetra da Alira Medicina Clínica. Tem especializações em uroginecologia e sexualidade humana pela Universidade de São Paulo. Também é membro do Grupo Médico Assistencial do Assoalho Pélvico do Hospital Israelita Albert Einstein e do International Urogynecological Association.

Geral: Saiba como equilibrar a dieta das crianças



Redação
Apenas 5% da população infantil nacional consome a quantidade diária recomendada de frutas e vegetais

Os brasileiros, em especial as crianças, têm consumido quantidade inadequada de frutas e vegetais, que é de três frutas ao dia. Segundo dados do IBGE de 2014, apenas 24% dos brasileiros consomem a quantidade recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) de frutas e vegetais. Estudos mais recentes que buscaram avaliar este consumo em crianças trazem dados mais preocupantes uma vez que apenas 2,7% a 5% destas ingerem frutas e vegetais de acordo com o recomendado.

                                      Importância da educação alimentar na infância

Profissionais da saúde em conjunto com o governo têm desenvolvido estratégias para educar e incentivar o consumo de frutas, legumes e verduras na população brasileira. A Pirâmide Alimentar e o programa ‘Cinco ao dia’ foram criados para facilitar o consumo destes alimentos e trazê-lo para mais perto do dia-a-dia do brasileiro. O programa oferece informações de como e quanto de cada tipo de fruta equivaleria a uma porção, sugestões de momentos para o consumo de frutas e como adaptá-lo ao ambiente escolar, por exemplo.

Instituições de saúde nacionais e internacionais recomendam que a ingestão de frutas e vegetais seja promovida em todas as idades, principalmente na infância uma vez que este período é fundamental para que sejam adquiridas as preferências alimentares que seguirão na fase adulta. Cynthia revela que, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, recomenda-se o consumo diário de 400 gramas de frutas e vegetais, o que corresponde a cinco porções ao dia.

O consumo de frutas e vegetais é importante para a saúde por seu perfil nutricional, rico em vitaminas e minerais, que auxiliam no bom funcionamento do organismo. As frutas são alimentos muito apreciados pela população em geral, uma vez que têm sabor adocicado, são acessíveis, têm baixo conteúdo de calorias, são saciantes e muito versáteis, podendo ser consumidas cruas ou dar origem a geleias, doces, vitaminas e sucos.

        Para a nutricionista Cynthia Antonaccio, da Equilibrium Consultoria, uma solução fácil para que o consumo ideal de frutas se torne alcançável, é a ingestão de um copo de suco caseiro não adoçado ou suco industrializado do tipo 100%, uma vez que estes podem ser considerados como uma das porções de fruta. Assim, a missão de atingir a recomendação torna-se mais prática, fácil e tão saborosa quanto o consumo da fruta em si. 

É importante ressaltar que há no mercado uma série de bebidas feitas a base de frutas e que, considera-se uma porção de fruta o suco 100%, pois apresenta o perfil nutricional mais similar ao suco caseiro. “Na dúvida fique atento ao rótulo dos produtos e verifique a lista de ingredientes para confirmar”, indica a profissional.

Geral: Itaipu e Exército inauguram sistema de energia que vai ajudar comunidades isoladas do País




Redação

Primeira fase do projeto será testada no quartel-general em Brasília. Inauguração foi nesta terça-feira (26).

Já está em funcionamento no quartel-general do Exército Brasileiro, em Brasília (DF), o projeto-piloto de segurança energética – módulo 1 de Armazenamento de Energia, que deverá ser replicado, num futuro próximo, em áreas isoladas do País. A iniciativa é uma parceria da Itaipu Binacional, Fundação Parque Tecnológico Itaipu (FPTI) e Exército. A primeira fase inaugurada nesta terça-feira (26) vai atender os escritórios, o sistema de segurança sul do quartel e fornecerá energia para um eletroposto, que abastecerá veículos elétricos.

O sistema é o primeiro do Brasil e um dos poucos do mundo que pode usar várias fontes de energia ao mesmo tempo. Inicialmente, será abastecido por energia solar. Para isso, foram instalados 360 painéis fotovoltaicos conectados a seis inversores solares com potência total de 90 kW.

O armazenamento e a segurança energética do projeto são garantidos pelo uso de baterias. A diretoria da usina forneceu as baterias (FIAMM) e o sistema de armazenamento de energia (Ingrid), além de um veículo elétrico em comodato e um eletroposto. A instalação é uma ação conjunta dos parceiros da Itaipu, a FPTI e o próprio Exército.

Segundo o comandante do Exército Brasileiro, general Eduardo Villas Bôas, um dos grandes gargalos, se não o maior, para o desenvolvimento e implantação de sistemas de defesa do Brasil está exatamente na área de armazenamento de energia. “Esse projeto abre uma perspectiva enorme, concreta e de longo prazo para avançarmos.”

Depois do quartel, a ideia é implantar o sistema no Pelotão Especial de Fronteira (PEF) de Tunuí Cachoeira, no Amazonas, com a perspectiva de replicação em todos os demais. A expectativa é melhorar a disponibilidade de energia elétrica para a comunidade daquela região, utilizando os raios solares, uma fonte limpa e renovável.
A mesma solução poderá ser replicada, futuramente, em outros pontos isolados da extensa área de fronteira do País e que também não são atendidos pelo sistema interligado nacional (SIN). “Há um leque, uma perspectiva muito grande.”

Para o diretor-geral brasileiro de Itaipu, Jorge Samek, esse projeto é emblemático porque vai ajudar a dar autonomia a regiões isoladas. “Queremos, muito em breve, ter todas as nossas fronteiras sendo abastecidas por meio dessa tecnologia que estamos desenvolvendo em conjunto”, disse. E complementou: “Todos os cientistas apontam que no fim deste século a energia que vai dominar o mundo será a solar. Veja que nós já estamos em 2016. E a tecnologia avança e caminha rápido”.

A diretora financeira executiva de Itaipu, Margaret Groff, explicou que inicialmente o projeto vai garantir uma economia em torno de R$ 30 mil por mês para o quartel. “Mas, mais do que isso, o importante é a segurança energética que esse sistema está trazendo e a experiência do uso da energia solar, já que é possível usar a energia solar de forma concomitante com a energia distribuída pelo sistema de abastecimento normal de energia.”

Margaret apontou outra vantagem do sistema, que não está limitado à energia solar. “O sistema é híbrido e pode usar energia eólica, hidrelétricas, diesel, biometano e geotérmica, entre outras, que possam surgir, porque estamos sempre inovando na área energética”, explicou.

O secretário de Energia Elétrica do Ministério de Minas e Energia, Ildo Grudtner, diz que o Brasil já tem uma matriz basicamente limpa e renovável. “Mas o crescimento do consumo nos impunha utilizar mais energia. Consequentemente, dispor de tecnologias que a gente possa utilizar energia solar e eólica, além da hidráulica. Isso é um ponto importantíssimo para o País.”

                                                             Como funciona
Os inversores solares são conectados entre si e conectados a outro inversor master híbrido, com potência máxima de 125 kW, que é ligado à rede elétrica e a um banco de baterias, permitindo a gestão energética do sistema. Esse inversor é responsável por fazer o carregamento das baterias utilizando energia solar prioritariamente. No total, são doze baterias de sódio com acumulação de 282 kWh.

                                                              Vantagens a mais
O sistema é controlado por um software desenvolvido pela empresa suíça Ingrid, com a colaboração da Itaipu e FPTI. O equipamento possui como estratégia duas funções concomitantes, autonomia e economia. Na função autonomia, com a configuração de baterias atual, é possível fornecer carga ininterrupta por até duas horas, no caso de falta de insolação ou queda de energia na rede elétrica.

Já a função economia trabalha com o objetivo de reduzir ao máximo a conta de luz, utilizando os módulos solares e a carga das baterias para neutralizar a carga elétrica consumida, preservando reserva suficiente para não comprometer a função autonomia.

O sistema apresenta uma série de características inovadoras e de segurança, que o torna o primeiro nessa categoria instalado no Brasil. Entre elas está a utilização de baterias de sódio de alta potência, com imunidade à variação da temperatura e com alto grau de segurança, pois evita a ocorrência de explosões ou incêndios, e a operação no modo on grid e off grid (conectado ou não à rede de energia).

                                                              Veículo elétrico
Para compor o projeto-piloto, a Itaipu cedeu em comodato um veículo elétrico Renault Fluence Z e um eletroposto, que será ligado ao sistema de armazenamento de energia. O Fluence Elétrico possui motor elétrico de 70 kW de potência e um pack interno de baterias de lítio com 48 módulos, totalizando 22 kWh de energia disponível. O resultado é uma autonomia de até 185 km em condições normais de utilização.

O posto de recarga, montado pela equipe técnica da Itaipu, é capaz de fornecer energia para até dois veículos simultaneamente e poderá carregar o VE em aproximadamente 4 horas. O automóvel e o eletroposto serão monitorados pela plataforma mobi.me, desenvolvida pelo CEiiA, Centro de Tecnologia de Portugal.
O sistema permite acompanhar em tempo real os equipamentos, informando estado de carga, localização, velocidade e deslocamentos, além da quantidade de CO² com emissão evitada, entre outros indicadores.

                                                             A Itaipu
Com 20 unidades geradoras e 14.000 MW de potência instalada, a Itaipu Binacional é líder mundial na geração de energia limpa e renovável, tendo produzido, desde 1984, mais de 2,31 bilhões de MWh. A hidrelétrica é responsável pelo abastecimento de cerca de 15% de toda a energia consumida pelo Brasil e de 75 % do Paraguai. 

Desde 2003, Itaipu tem como missão empresarial “gerar energia elétrica de qualidade, com responsabilidade social e ambiental, impulsionando o desenvolvimento econômico, turístico e tecnológico, sustentável, no Brasil e no Paraguai”. A empresa tem ainda como visão de futuro chegar a 2020 como “a geradora de energia limpa e renovável com o melhor desempenho operativo e as melhores práticas de sustentabilidade do mundo, impulsionando o desenvolvimento sustentável e a integração regional”.

Economia: Governo estima perda de R$ 402 bi com troca de juros na dívida de estados



  • Brasília
Da Agência Brasil
O Ministério da Fazenda divulgou uma nova estimativa do impacto que a mudança na fórmula de cálculo da dívida dos estados pode provocar nas finanças da União. De acordo com a nova estimativa, a perda pode chagar a R$ 402 bilhões. Inicialmente, os técnicos do governo tinham estimado o prejuízo em R$ 313,3 bilhões. O valor apresentado anteriormente tinha sido calculado sobre o saldo de 2013 e foi atualizado até 2015.

Ontem (26), o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, reuniu-se com o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para apresentar o cálculo atualizado e o impacto nas finanças da União caso haja mudança na fórmula de cálculo dos juros da dívida dos estados, passando dos juros composto para simples. 

O Supremo julga hoje (27) o mérito das liminares concedidas a alguns estados, que permitem o pagamento das parcelas da dívida em valores menores do que os exigidos pela União, sem sofrer sanções legais – em especial a retenção de repasses federais. O mandado de segurança, inicialmente impetrado pelo estado de Santa Catarina, já foi estendido ao Rio de Janeiro, Sergipe, São Paulo, Pará, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e Goiás, conforme o Ministério da Fazenda.

O governo federal tem dito que uma decisão favorável à adoção do regime de juros simples no cálculo da dívida beneficiaria somente seis estados, enquanto os 21 restantes perderiam com a decisão, de acordo com estudos do órgão. Segundo o ministro Nelson Barbosa, o uso de taxas de juros acumuladas em contratos de empréstimo (os juros compostos) é aplicado em financimentos habitacional, de automóvel, de eletrodomésticos e inclusive entre entes federativos.

Ao longo da última semana, o ministro se reuniu com os ministros do STF Edson Fachin, Dias Toffoli, Roberto Barroso e Rosa Weber em que manifestou os argumentos da União contrários à aplicação de juros simples no cálculo da dívida dos estados.

Economia: Número de empresas endividadas cresceu 11,08%, diz SPC




    Vladimir Platonow - Repórter da Agência Brasil
Aumentou o número de empresas endividadas no Brasil nos últimos 12 meses. A constatação é de pesquisa divulgada nesta quarta-feira (27) pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) e a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas.

O estudo abrangeu apenas as regiões Sul, Nordeste, Centro-Oeste e Norte, pois na região Sudeste o estado de São Paulo tem legislação que inibe a negativação das empresas.

De acordo com a pesquisa, nessas quatro regiões o número de empresas inadimplentes, na base de dados do SPC, aumentou 11,08%, em março deste ano, comparado a março de 2015.
A região onde houve maior crescimento na inadimplência de empresas foi a Nordeste, com avanço de 16,64%, seguida pela Centro-Oeste, com 15,66% a mais, a Norte, 12,11%, e a Sul, 11,42%.

O relato credita o aumento no endividamento das empresas ao cenário econômico desfavorável. “Dados do indicador mostram que o número de empresas negativadas apresentou crescimento expressivo entre março de 2016 e o mesmo mês do ano anterior”, destacou a pesquisa.

A economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, explica que a forma como essa taxa aumentou em apenas um ano demonstra o aprofundamento da recessão que afetou a saúde financeira das empresas. “O cenário foi piorado pelo recuo da atividade [econômica] com a alta dos preços e, por consequência, da taxa de juros”, sustentou a economista.